Londres, Inglaterra - 11:30 a.m

POV Maya Blanchard 

 Estamos dentro do "esconderijo" e eu tava perplexas com a quantidade de equipamentos que tinha lá.

— Então, o que exatamente estamos procurando? — perguntei 

— Algo que não seja comum para estar num lugar desse tipo. — Isa disse observando o lugar em que a gente estava com o robozinho dela ao seu lado.

— Definitivamente não sei se é comum ter um quarto desse tipo dentro de sua própria casa! — falei e comecei a andar buscando algo que nem eu mesma sei.

— Pessoas normais podem não ter um quarto desse tipo, mas nós não somos pessoas normais! — Isa falou se sentando numa cadeira que fica de frente ao um computador — Vamos vê se eu consigo achar algo nessa coisa. Maya vê se você não acha, sei lá, uma caixa?! — ela perguntou olhando pra mim.

— Uma caixa? Sério?! — perguntei — Acho que seria mais fácil achar uma caixa dentro do quarto da sua mãe, não aqui! E além do mais, por quê uma caixa?

— Uma vez, quando eu tinha uns 10 anos eu vi ela mexendo em uma caixa e lendo uma carta, eu não sei o que tá escrito nessa carta, só sei que quando ela acabou de ler ela ficou chorando e falando que ela fez o que fez pelo bem dele. E eu acho que esse cara é o meu pai, no dia seguinte eu entrei no quarto dela pra procurar essa caixa que tinha a carta mas não encontrei nada. — ela suspirou — Procurei em cada canto dessa casa, até no lixo eu procurei, só não imaginei que ela tinha um quarto secreto dentro do próprio quarto.

— E é por isso que você acha que essa caixa tá aqui? — perguntei e ela acendiu — Então tá, eu vou procurar e o robozinho me ajuda também.

— Ele tem nome — ela disse sorrindo.

— Eu sei mas robozinho é mais fofinho! — falei ficando de costas pra ela.

POV Isabelly Campbell 

Relembrar daquele dia foi um pouco doloroso pra mim, foi a primeira vez que eu vi minha mãe chorar e depois disso prometi a mim mesma que ia descobrir o que tinha feito ela chorar e o porquê disso. Fiquei procurando algo naquele computador que pudesse me dá alguma pista.

Até que me lembrei de que uma vez eu perguntei para minha mãe como ela conheceu o meu pai, ela disse que ela o conheceu em uma festa durante uma missão dela. 

Então decidi começar por aí, comecei a procurar pelas missões um ano antes de eu nascer. Abri uns arquivos mas não achei nada que me desse alguma pista, continue procurando até que eu escutei alguém me chamar.

— Ei, Isa! Olha o que eu achei aqui — ela disse olhando pra mim. 

Me levantei da cadeira e fui até ela, vi que ela tinha uma caixa nas mãos.

— É essa a caixa? — ela perguntou e eu assenti — Então vamos abrir — ela suspirou e me entregou a caixa. 

Coloquei a caixa em cima de uma mesa que tinha e tirei a tampa com cuidado. Tinha várias fotos de polaroide e cartas, e peguei umas fotos.

— Olha essa foto — falei e amostrei a foto que tinha um casal se abraçando de lado.

— Quem será que é esse cara? — ela perguntou

— Eu não sei — falei olhando pra ela

— Vê se tem alguma coisa escrita na frente ou então atrás — ela perguntou e ficou mexendo na caixa

Tirei meu dedo que estava tampando a borda branca que ficava embaixo da foto e li o que tava escrito " O melhor ano da minha vida, 1997 "

O coloquei a foto que estava em minhas mãos ao lado da caixa e continuei a vê as outras. Todas as fotos tinha escrito eu te amo, você é a melhor coisa que apareceu na minha vida, eu sempre vou te amar. Continuei a passar as fotos até que vi uma foto de um homem, que por sinal é  lindo, e como nas outras fotos, tinha uma frase escrita " Não importa o que aconteça entre a gente, eu sempre vou te amar, Tony Stark" 

Alguém me segura que eu não to bem! Agora, pensando em todas as possibilidades eu tenho 80% de certeza de que o meu pai é ele. Fiquei parada olhando fixamente para a fotografia em minhas mãos até Maya me chamar.

— Isabelly, tá tudo bem? — ela falou colocando as mãos no meu ombro e eu assenti — Eu achei isso, só não sei se é a mesma carta que você falou— ela disse e me entregou. 

— É isso que eu vou descobrir — falei e abri a carta. 

Querida Rosalie Campbell, 
Não encontrei outra forma de te dizer isso a não ser por essa carta. Você sabe que eu não sou muito bom em expressar meus sentimentos mas por você eu vou tentar, então lá vai.

Durante esses dois meses você me mudou, me fez sentir sentimentos que eu não estou acostumado a sentir, com você eu me sinto mais feliz, mais vivo, mais amado. Você virou a minha vida de cabeça pra baixo, pensei que nunca amaria alguém até você chegar. Rose você deu cor a minha vida, deu sentido à ela, fez meu coração bater mais rápido e fez eu sentir aquele friozinho na barriga. 
Te peço que por favor não ria de mim, eu realmente sou péssimo nisso!
Desde quando você me disse que ia embora eu me afastei de você e de todos, não quero que pense que eu não não goste mais de você, quero que sabia que eu me afastei porque eu fiquei confuso, aconteceu tudo rápido de mais, uma hora a gente se odiava, depois você me salva daquele desastre que aconteceu naquela festa, aí tivemos a nossa primeira vez e depois eu falei que eu te amo e você disse que também me amava, e pra terminar você diz que vai ter que ir embora pra bem longe e não pode me dizer apenas pediu para eu te entender e mesmo eu não entendendo muito bem o motivo disso tudo, só quero que sabia que eu vou te apoiar em todas as suas escolhas porque eu te amo!
Te amo tanto que vou deixar você ir livre de mim e vou te dar o tempo que você pediu, e assim que estiver pronta eu estarei aqui te esperando.

Vou te amar para sempre.

Com amor,
Tony Stark

Terminei de ler e senti algo salgado na minha boca, passei as costas da minha mão em meu rosto e só aí percebi que eu tinha chorado. Olhei pra Maya e ela me abraçou forte. 

— Ei, tá tudo bem, vai ficar tudo bem.

— Já está tudo bem Maya, tá tudo ótimo! — falei e me afastei desfazendo o abraço. 

— O que têm nessa carta? — ela perguntou me olhando. 

— Uma declaração de amor do meu pai para a minha mãe, Maya. Eles se amavam de verdade — falei e entreguei o papel em minhas mãos para ela, leu rapidamente o que tava escrito.

— Nossa eu não to sem palavras.  

— Eu também. — falei e fiquei vendo mais algumas coisas que continha dentro da caixa junto com minha prima.

— Mas o que vocês duas estão fazendo aqui dentro ?! 

Aí meu Deus, agora ferrou!