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Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Saudades do nyah não é? Eu fiquei! Nem eu pra responder nada ou postar pq sexta e sabado minha net deu problema tambem. Mas de todo jeito, vou fazer uma coisa legal para vcs, falarei disso la em baixo. Agora fiquem com o cap.



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[Jason]

–Você fez o que? – Gritei para Nico que correu para mim e tampou minha boca olhando para a porta com medo de alguém escutar. Estávamos em meu quarto já de pijama, todos já haviam se recolhido, Nico não foi jantar e ficou olhando o céu de cima do mastro durante todo o tempo, Percy não apareceu e Annie disse que ele estava passando mal. Todos ficamos preocupados com isso, Percy é de extrema importância para nossa missão e derrotar Gaia, mas agora que Nico me contou isso, já sei o por que dele não ter saído do quarto.

– Quer um megafone? Escrever em neon no céu? – Disse ele assustado e ao mesmo tempo irritado. – Eu beijei Percy. Agora pare de gritar! – Ele olhou para mim em busca de sinais que eu iria voltar a grita. Respirei fundo controlando a súbita raiva que me dominou cinco segundos atrás, não sei por que, mas estou com muita vontade de bater em Percy, mesmo sabendo que o cara não fez nada. Acenei para Nico me soltar e ele o fez devagar.

– Como ele reagiu? – Perguntei e cerrei as mãos ao lado do corpo, Nico deu de ombros e voltou para cima da cama, se sentou em posição de índio e me olhou. Seus olhos tinham um brilho diferente, ao mesmo tempo que eu sei que ele esta apreensivo, sei que esta feliz por ter beijado o cara que gosta pelo menos uma vez na vida. Mas por algum motivo, que eu suspeito que seja ciúme - mas eu não vou admitir isso- eu não estou feliz com isso. Na verdade to o oposto disso, estou quase triste, quase, ver a luz de felicidade em Nico evita isso.

– Ele não reagiu. – Levantei uma sobrancelha, ajoelhei no chão e me debrucei na cama o olhando, parecíamos duas menininhas fofocando sobre namorados. Nico bufou. – Ele não me afastou e não correspondeu... Só... Ficou parado la. – Ele encolheu os ombros e eu suspirei pesadamente. Quando foi que eu virei conselheiro amoroso? Que eu saiba, Piper é a filha da deusa do amor, não eu.

– Ele precisa de tempo para assimilar as coisas... – Eu disse devagar e Nico corou um pouco. – Mas isso foi bom ou ruim?

– Não sei. Só... Foi estranho. – O olhei sem entender e ele virou o rosto.

– Como assim?

– Foi... Diferente de como pensei que seria. – Disse ele olhando para a parede franzindo o cenho.

– Como achou que seria? – Fiquei curioso agora, me inclinei mais para frente e ele se deitou cobrindo a cabeça.

– Não quero mais falar disso. Boa noite Jason. – Pisquei algumas vezes e esperei ele me olhar, ele não se mexeu. A conversa foi encerrada assim. Bufei e me joguei no colchão batendo com o ombro no assoalho, gemi de dor e praguejei, escutei Nico rir baixinho e sorri involuntariamente. - Jason...- Ele sussurrou.

– O que? – Perguntei me cobrindo e massageando o ombro dolorido.

– Nós vamos morrer amanhã? – Sua voz saiu fria e sem sentimento, apática. Me sentei novamente no colchão e estiquei a mão tocando seu cabelo, ele ficou estático por um momento.

– Eu não vou permitir. – Respondi com mais confiança que eu sentia.

– E se você não puder impedir? – Ele se encolheu.

– Farei o possível pelo menos. Já não falamos sobre isso? – Ele acenou que sim, acariciei seu cabelo e ele relaxou. Não sei quando exatamente que passamos a ser tão próximos assim, eu não ter nenhum medo de tocá-lo e de ele não me afastar, mas agora parece tão natural quanto respirar. – Vai dar tudo certo Nico, não fique com medo.

– Não estou com medo. – Ele suspirou. – Só temo que o pior aconteça... Não suportarei perder mais ninguém.

– Estarei ao seu lado la, iremos trabalhar juntos. Vamos vencer e eu vou te arrastar para o acampamento, te farei jurar ficar por la e sempre irei te visitar... – Ele riu e se virou para mim, acariciei seu rosto, sua pele era macia e cheia de pintinhas marrons quase imperceptíveis a não ser que se chegasse perto o bastante, e naquele momento, meu rosto estava a centímetros do seu. – Vou te proteger. – Olhei no fundo de seus olhos e ele corou, mas não desviou o olhar.

– Lutaremos juntos então?

– Juntos. Vamos por fogo na branca de neve. – Ele riu mais, me inclinei para gente e beijei sua testa, ele fechou os olhos, me afastei e ele os abriu novamente. – Iremos restaurar a personalidade de nossos pais. Seremos heróis. Todos nós.

– Mesmo eu não sendo um dos sete? – Eu ri e me deitei na cama improvisada que eu fiz no chão, ele se apoiou nos cotovelos e olhou para baixo.

– Você não é um dos sete, mas sem você não teríamos feito nem metade do que fizemos ate agora. – Olhei para ele e sorri. – Vamos ficar bem. - Ele sorriu e senti meu coração perder o ritmo e borboletas no estomago, percebi que isso sempre acontece quando ele sorri para mim.

– Obrigado, por tudo. – Ele voltou a se deitar e esticou a mão para o abajur o apagando. Me virei de lado fechando os olhos, e em minha mente, o seu sorriso foi cristalizado e eternizado, era a coisa mais bonita que eu vi ate agora em minha vida, e olha que eu já conheci Venus pessoalmente!

~~~~♣~~~~

– Jason, Nico! Levantem! Já está na hora! – Ouvi a voz de Percy do lado de fora de meu quarto, me sentei assustado, Nico murmurou algo e esfregou os olhos ao meu lado, ele estava deitado junto comigo, mais precisamente em meu peito, ainda podia sentir certo formigamento onde ele estava há segundos atrás antes de eu derrubá-lo. Senti meu rosto corar, como ele foi parar ali? Ele caiu da cama ou foi por conta própria? – Andem logo! Estamos perseguindo um monstro, Annie disse que ele é uma espécie de mensageiro de Gaia, podemos ser atacados a qualquer hora, saiam daí!!! – Nico se sentou ao meu lado, desviei o olhar dele.

– Se sente melhor? – Perguntou ele colocando a mão em meu ombro, o olhei sem entender, seus olhos demonstravam preocupação.

– Co-como assim? – Ele me olhou questionando. Percy esmurrou a porta e voltou a gritar, Nico fez uma careta e jogou um sapato na porta.

– Já vamos! Pare de bater! – Gritou ele sem paciência.

– Desculpe por interromper o que quer que as princesas estejam fazendo, mas vocês tem que sair daí! Agora!

– já vamos! Podemos trocar de roupa pelo menos? – Perguntou Nico, Percy bufou e deu um chute na porta.

– Andem rápido, dou cinco minutos, então arrombarei essa porta e vocês vão sair daí a força. – Ouvi seus passos se afastarem e ele fazer a mesma zoeira na porta ao lado, a de Frank. Nico suspirou pesadamente e apertou o cobertor com a outra mão.

– Ontem a noite, você estava chorando.- Começou ele.- Pediu para eu ficar ao seu lado por que estava com medo, medo de desaparecer... –Nico olhou para mim, corou um pouco e desviou o olhar. – Você pediu que eu dormisse ao seu lado por que assim não seria levado, disse que ser retirado de perto de quem ama uma terceira vez seria de mais...- Ele voltou a me encara e senti meu rosto esquentar, ele está realmente preocupado comigo... Eu podia ler isso em seus olhos. – Jason, eu nunca tinha te visto daquele jeito. Parecia assustado...

– Eu não me lembro... – Balancei a cabeça e ele suspirou, apertou meu ombro e se apoiou nele para levantar. – Nico...

– Tudo bem que não se lembre, você parecia ter acabado de acordar de um pesadelo horrível. – Ele retirou a camisa do pijama e a jogou em algum canto, corei com seu ato. Quando começamos a ter tanta intimidade assim ao ponto dele fazer isso? Ele foi ate o cabide e vestiu a camiseta preta de caveiras de sempre. – Jason, você pode me contar as coisas e desabafar também. – Ele retirou a calça de pijama enquanto falava, estava de costas para mim, virei o rosto sem graça. – Que eu saiba, se somos amigos, eu não posso ser o único ajudado. Você tem que confiar em mim também... – Olhai para ele novamente, ele já estava colocando a jaqueta e se virou para mim. – Tem de ser algo mutuo e que nós dois nos beneficiemos. – Concordei com a cabeça e encarei o colchão. Por que eu estou com tanta vergonha de olhar para ele? Quando foi que fiquei tão sem graça em ver um cara trocar de roupas na minha frente? Eu mesmo fiz isso com Percy e Leo ontem.

– Eu vou arrombar essa porta!!!!- Percy gritou e jogou algo na porta.

– Se vista logo Jason. – Disse Nico me jogando a camiseta do acampamento júpiter e uma calça jeans. As peguei no ar, me levantei retirando a blusa e Nico fingiu estar ocupado limpando a espada de costas para mim. Então eu não sou o único sem graça aqui. Tirei a calça do moletom que eu dormia e vesti o jeans, quando ia vestir a camiseta do acampamento parei. Observei a camisa em minhas mãos e senti o coração apertar, eu não tinha mais o direito de usar aquilo, tão pouco o do acampamento meio sangue.

– Pode me jogar a camiseta azul? – Perguntei a Nico sem levantar o olhar da camisa roxa em minhas mãos, ele ficou quieto alguns segundos, mas logo ouvi o armário se abrir e o barulho do pano cortar o ar em minha direção. O segurei e coloquei a camiseta roxa na cama com cuidado, como se fosse algo precioso. Nico me olhava confuso e desviou o olhar para a camisa roxa na cama. – Eu não tenho o direito de usar isso mais. – Eu disse sem que ele perguntasse, vesti a camisa azul escura e a estiquei no corpo. Olhei para Nico, ele me encarava serio. – Não pertenço mais a aquele lugar.

– Jason... se isso é pelo que aconteceu na casa de Hades...- Disse Nico receoso, balancei a cabeça negativamente.

– É pelo conjunto da obra. Aquilo só foi a gota que faltava para trasbordar. - Caminhei ate a porta e a abri Nico me seguiu de perto, saímos do quarto em direção aos banheiros e depois para a cozinha, peguei uma torrada e uma maçã, Nico um bolo branco e um pêssego. Comemos em silencio.

Todos estavam na mesa, mas ninguém disse nada, nem Percy e Leo. O medo e a insegurança era palpável no ar, mas ninguém tinha coragem de dizer nada, todos sabemos o quão perigoso será, o que nos espera. Não preciso perguntar, festus já deve estar seguindo o tal mensageiro automaticamente e a única coisa que podemos fazer agora é esperar, mais uma vez, ate que a verdadeira batalha comesse.

– Vamos viver. – Disse Nico para ninguém em especial. – Todos. – Hazel apertou a mão do irmão, Percy acenou com a cabeça e corou levemente, mas Nico olhou para mim ao invés dele, e aquilo aqueceu meu coração. – Vamos todos voltar para casa. – Assenti com a cabeça, olhei para Leo e Piper, que tinham os rostos determinados, Piper segurava katoptris com firmeza e Leo tinha a mão em seu ombro a dando segurança, Frank se virou para Nico.

– Vamos utilizar o exercito dos mortos como primeiro ataque. – Disse ele para Nico, não foi uma pergunta, ele já estava traçando um plano de ataque, como um verdadeiro pretor, mas Nico negou com a cabeça.

– Eu levarei um tempo para poder invocá-los, precisaremos de algum tempo e eu de cobertura. – Ele olhou para mim. – O que acha Jason? – Ele sorriu de lado. – Vai conseguir varrer meu caminho?

– Por que Jason? – Perguntou Percy olhando para o prato. Nico o olhou sem entender assim como eu, o tom de Percy mostrava certa magoa.

– Por que ele poderá manter os monstros afastados dele usando o vento. Ninguém mais aqui tem essa habilidade. Todos nós somos bons em ataques de curta e media distancia, mas Jason pode fazer os ventos trabalharem a nosso favor como uma barreia ao redor de Nico enquanto ele se concentra. – Disse Frank com firmeza a Percy. – Não temos certeza se haverá água Percy, e você está sendo considerado somente usando contra corrente por enquanto. – Percy arregalou os olhos para Frank, que não mudou a expressão seria e concentrada de um líder pronto para entrar em campo de batalha. – Você e Annabeth irão trabalhar como uma dupla e distrairão os gigantes, Leo e Piper trabalharão em achar Gaia, propriamente dita, e acharão um modo de deter o seu despertar, eu e Hazel daremos cobertura. Quando Nico conseguir invocar o exercito eu trocarei de lugar com Jason. – Ele olhou para mim e eu assenti. – Comandarei o exercito e Jason dará cobertura para Piper e Leo ou ajudará Percy. Nico...

– Depois de invocar tantos mortos estarei esgotado. Sem uma benção que me cure, ficarei fora do ar por pelo menos dez minutos. Levarei néctar e ambrosia comigo, mas não serão de grande ajuda, só me manterão acordado e com força para me esconder em algum lugar enquanto me recupero.- Frank assentiu.

– Temos que pensar nisso sem contar com a ajuda dos deuses, não sabemos quando irão agir...

– Isso se agirem. – Eu observei mordendo com raiva a maça, Frank assentiu novamente.

– Por isso iremos considerar a ajuda deles um bônus de força, mas não podemos depender disso ou contar com isso.

– Em outras palavras...- Disse Percy.

– Estamos sozinhos nessa ate que eles decidam ajudar. – Eu disse.

– Foi bom conhecer vocês. Obrigado por tudo caras. – Disse Leo cruzando os braços atrás da cabeça.

– Leo, não fale assim! – Repreendeu Piper. Ele a olhou triste e depois para Frank.

– Seu plano é ótimo, estou realmente surpreso, mas quase morremos com os gigantes que enfrentamos ate aqui, e tivemos ajuda dos deuses, imagine lutar com o mais poderoso deles, Gaia, um provável exercito de monstros, prováveis deuses menores, entre outras coisas que podem aparecer a fim de nos fazer sangrar. - Ele disse contando nos dedos.

– Infelizmente ele tem razão, Frank. – Disse Hazel apreensiva. – Não teremos chance.

–Teremos de ter fé. – Disse Percy levantando os olhos. – Teremos que acreditar que pelo menos nossos pais vão estar ao nosso lado e ajudar...

– Não podemos contar com isso Percy. – Disse Annabeth. – Os deuses estão em disputa com eles mesmos, mesmo se quisessem, será complicado.

– Pelo que eu me lembro. - Começou Piper repousando a arma que segurava na mesa. – Minha mãe não sofreu com isso, ela continua a mesma.

– Meu pai conseguiu uma vez entrar em acordo com ares e eles agiram em nosso favor ao chegarem em um consenso. – Disse Frank apoiando a cabeça nas mãos.

– Meu pai está confuso, muito, seus momentos de controle entre as personalidades são raros e inconstantes. – Disse Nico serio e Hazel concordou. – Mas...- Todos se voltaram para ele e ele olhou para Annabeth. – Sua mãe está bem, ela recuperou o controle depois da estatua ser entregue. – Os olhos de Annie faiscaram.

– Eu não sei nada quanto ao meu pai. Nem me perguntem. – Disse Leo levantando as mãos.

– Ótimo. – Disse Annie dispensando o comentário de Leo e olhou para mim.

– Estou junto com Leo, meu pai não é muito presente. – Ela revirou os olhos e concordou. Por experiência própria ela já havia percebido como Zeus é com seus filhos, aparece quando quer, mas pelo menos faz algo útil quando da as caras, como nos transformar em uma arvore ou em porteiro das terras antigas.

– Então temos: Atena, Ares/Mate e Afrodite. – Annie disse e suspirou, olhou para Percy e ele apertou seu ombro a reconfortando.

– Vamos torcer pra tudo dar certo e eles escutem nossos gritos. – Disse ele.

– Isso é animador. – Disse Nico e Leo juntos. Olhei para meu prato, havia perdido a fome, um silencio se estabeleceu ali novamente, e assim ficamos.


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Notas finais do capítulo

Interrompemos essa nota para uma observação especial: Esse cap é pro Matheus di angelo por ter recomendado a fic, obrigada seu lindo ♥ amei a recomendação!
Voltando a programação normal: Então? o que acharam? E agora a luta começa meus caros leitores, e por ser assim, e interromper a luta na metade não ser legal, fim de semana q vem (sexta, sabado e domingo) eu vou postar todos os cap de batalha para vcs não perderem o pique. Serão postados talvez dois por dia, um de manha e outro a tarde, dependendo do tanto de cap q eu escrevi de luta q eu não me lembro agora.
Espero comentários grandes, criativos, ou somente comentários mandando oi, pq esse cap foi enorme!
Então é isso, ate semana q vem!