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Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Então, mais uma vez, obrigada pelos comentários, Percico shippers e jasico shippers parem de dar ataque kkkkkk



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[Jason]

Vimos Frank pousar no navio e se transformar, Leo correu na frente para falar mais ainda da injustiça de andar a pé, e nisso, eu e Nico ficamos sozinhos. Olhei para meu lado e ele encarava o navio com o rosto sereno, como se não tivesse mais nenhuma preocupação, nada sobrecarregando seus ombros ou que o atormentava, quando Leo chegou ao navio deu um grito com Frank e Nico deu um sorriso balançando a cabeça negativamente. Parei de andar e segurei seu braço, ele olhou para mim confuso e eu sorri o puxando para um abraço.

– O que é isso agora?- Perguntou ele me abraçando pela cintura.

– Não sei... Me deu vontade de te abraçar. – Ele se afastou e me encarou cerrando os olhos.

– Eu te dou liberdade pra me tocar, mas isso não significa que pode fazer quando bem entender. – E saiu dos meus braços. – Apesar de eu não odiar tanto abraços agora...- Disse desviando o olhar para o navio. Coloquei um braço sobre seus ombros e voltamos a andar.

– O que te fez mudar de idéia? – Perguntei curioso.

– Cansei de falar para você não fazer isso. É melhor aceitar e me acostumar do que te xingar toda vez. – Ele parou e me encarou. – Mas que fique bem claro, só você tem permissão pra isso. Se algum engraçadinho se aproximar de mais eu vou enterrá-lo. – Comecei a rir da cara resignada que ele fez e ele me deu um soco no ombro. – Eu to falando serio!

– Eu sei...- Controlei o riso. – Só que a cara que você fez foi bem engraçada... – Ele revirou os olhos e caminhou na frente. –O que foi?– ele se virou para traz ainda andando e abriu os braços sorrindo.

– Vou é reservar a cama pra mim. - Ele viu minha cara de espanto e se virou para frente correndo, corri atrás dele e só o alcancei no topo da rampa o segurando pela cintura. – Me solta! – Ele disse rindo. O girei e coloquei no chão paramos de frente para a montanha. Encarei o lugar, era uma paisagem magnífica... Porem sempre lembrarei desse lugar como onde perdi Piper, onde quase morremos e onde Gaia descansa...

– Espero nunca mais voltar.- Disse Nico soltando meu braço de sua cintura e encarando a montanha também. – Pensei que ia morrer, e ao contrario do que eu pensei... Eu fiquei com medo. – Ele me olhou.

– Todos temos medo da morte Nico...- Ele balançou a cabeça e voltou a olhar para frente.

– Eu não. Eu estava preparado para ela, eu a esperava e chamava constantemente... Mas... - Coloquei a mão em seu ombro.

– Fico feliz que tenha mudado de idéia então. Não ia suportar perder você também. – Ele abaixou a cabeça e vi suas orelhas ficarem vermelhas. Olhei novamente para a montanha, para meu azar, ou sorte, foi ali onde beijei Nico pela primeira vez também. Na hora eu não sabia o que estava fazendo, foi puro impulso, mas agora... Penso que a morte iminente me fez fazer algo que eu queria há algum tempo sem me preocupar com as conseqüências. Eu não tinha pensado como Nico me trataria depois, na verdade, eu pensei que não haveria um depois, mas estamos vivos, e Nico não mudou comigo. Eu agradeço por isso.

– Bem...- Sussurrou ele ainda de cabeça baixa. – A culpa foi sua mesmo... – Ele deu um passo para frente se afastando, virou para mim com um sorriso diabólico e me empurrou para o lado correndo para dentro do navio. – A cama é minha! – Gritou entrando pela porta, corri atrás dele sorrindo por poder conseguir que ele agisse tão espontaneamente depois de tudo.

[Percy]

– Annie...- Eu chamei pela milésima vez com a testa encostada na madeira da porta do antigo quarto de Piper. – Abre...

– Vai embora Percy. Eu tenho que ficar sozinha. – Disse ela calmamente. Odeio quando ela fala assim, significa que algo esta definitivamente errado.

– Annie... Por favor... - Pedi mais uma vez. Aquilo já está me cansando, não vou ficar o dia todo clamando por ser escutado e levar patada depois. Estou exausto, machucado e com fome.

– Não. – Ela respondeu, dei um soco na porta e cerrei os dentes.

– Tudo bem então. – Respondi pondo um ponto final naquela ladainha. Eu preciso de comida, vou acabar desmaiando aqui mesmo e ficar implorando a atenção de Annabeth por algo que eu nem sei se é culpa minha, e se for, o que eu fiz, não está na minha lista de prioridades. – Vou comer e dormir, quando se cansar de me ignorar e da solidão me procure... - Pensei melhor, eu não to a fim de ter de discutir agora, não depois de derrotar Gaia. - Pensando bem, se for para discutir, espere chegarmos ao acampamento e a cerimônia dos heróis acabar. – A escutei fungar do outro lado da porta e senti meu coração se apertar. Eu não quero brigar... Por que não podemos ignorar os problemas ate chegarmos em casa? Quando os ânimos estiverem mais estáveis...

Me afastei da porta e caminhei em direção ao corredor, Annabeth não pode ficar trancada naquele quarto por todos os dias da viagem certo? Passei pelo portal da cozinha e me deparei com Leo devorando tacos e Frank uma travessa de Yakissoba, Hazel ria da competição dos dois para ver quem comia mais e em seu prato tinha uma espécie de curry que ela comia devagar entre as risadas. Me sentei de frente a Leo e imaginei os belos bolos azuis de minha mãe, eu sentia muita a falta dela. O bolo apareceu e passei a saboreá-lo e observar os dois enfiarem a comida na boca.

–Eu cheguei na cama primeiro! Minha jaqueta já esta marcando que é meu território... - Ouvi a voz de Nico no corredor.

– Minha camisa chegou la antes que sua jaqueta. Então fica quieto e se contente em dormir no chão! Não era isso que queria há uma hora? – Disse Jason para logo gemer de dor. – Da para parar de me dar socos? Eu vou ficar roxo!

– Você caça! – Disse Nico e eles entraram no cômodo, Nico encarou Leo e Frank com as bochechas cheias como esquilos e piscou duas vezes. – O que estão fazendo?

– Competindo para ver quem como mais...- Disse Hazel dando mais uma risadinha, Frank e Leo se olharam e voltaram a comer.

– Como isso começou?- Perguntou Nico se sentando ao meu lado e Jason do seu.

– Pouco depois de chegarmos, é a continuação sobre a carona... –Nico franziu o cenho, e ficou claro que eu não sou o único que não consigo fazer relação entre uma carona e uma competição dessas. Nico deu de ombros.

– Bem, Jason venceria vocês fácil... Parece que ele não tem fundo quando começa a comer. – Disse Nico sorrindo de lado e olhando a macarronada que tinha aparecido em seu prato. – Eu senti falta de comer isso... - Jason o olhou com descrença e engoliu o pedaço do omelete que havia espetado em seu garfo.

– Eu não como assim! De onde você tirou isso? – Nico deu de ombros e começou a comer a macarronada com gosto e devagar. – Que isso? – Perguntou Jason.

– Minha mãe fazia isso para mim quando eu era pequeno... Eu havia me esquecido... Faz tanto tempo... - Disse ele sorrindo nostálgico. – Era meu favorito. - Jason assentiu e olhou para sua omelete.

– Thalia fazia isso para mim também... - Ele riu. – Era a única coisa que ela sabia fazer sem por fogo nas coisas... - Jason mordeu mais um pedaço. - Continuam horríveis. – Nico negou com a cabeça. Foi nesse momento que eu entendi um dos prováveis motivos de Nico e Jason terem se aproximado, os dois conheceram a mãe por um curto período, foram criados pelas irmãs ate certa idade antes de deixá-los. Eles se compreendiam nesse sentido, por terem vivido a quase as mesma coisa... De repente, me sinto muito grato por ter tido uma mãe carinhosa e protetora que cuidou e cuida de mim.

– Minha avó fazia esse yakissiba para mim...- Disse Frank e Leo depositou um dos tacos no prato, parece que a competição havia acabado.

– Minha mãe... Ela me levava para comer esses tacos em uma venda lá perto de casa... – Disse Leo encarando a comida. – Nos divertíamos muito quando imos lá.

– Minha mãe... - Começou Hazel. – Quando estava em seus dias bons...- Ela engoliu em seco. – Ela fazia esse curry, às vezes ate me deixava provar um pouco antes da hora...- Ela mordeu o lábio. – Mesmo não tendo as melhores lembranças dela... Eu sinto falta...- Ela levou mais uma garfada a boca.

– Todos sentimos falta de nossas famílias... Nossos pais olimpianos não podem conviver conosco... – Disse Nico dando de ombros. – Bem, pelo menos a maioria...- Eu dei uma risada involuntária, me lembro de ver Nico reclamando da convivência com os deuses no mundo inferior, de como Demeter o enchia de cereais para que ficasse saudável, de Perséfone mudando de personalidade de acordo com as estações... Mas ele evitava falar de Hades, na verdade, eu não sei ao certo como é a relação deles... Nico me encarou com uma sobrancelha arqueada.

– Desculpe por quebrar o clima, mas é que me lembrei de como você reclamava de Demeter e de como passou a odiar cereal por culpa dela.- Nico sorriu minimamente.

– Conviver com deuses é complicado. – Disse ele por fim.

– De toda forma... – Disse Jason bocejando. – Acho que e natural que sintamos falta deles... Eram nossa família, e não importa quanto tempo passe, sempre nos lembraremos deles. Sentiremos falta...

– E quando a dor da perda diminui...- Completou Leo. – Essas lembranças te aquecem por dentro... Não sei quando foi... Mas a culpa que eu sentia, a dor de lembrar do rosto de minha mãe, desapareceu, e quando penso nela agora, eu consigo sorrir. – Acenamos que sim, e Nico bocejou, seus olhos pareciam estar próximos de se fecharem e ele cair sobre o prato. Estiquei a mão para seu ombro e o segurei para que não caísse.

– Acho que devemos ir dormir. – Disse olhando para ele e depois para os demais. – Todos nós. – Leo se levantou e recolheu os pratos. Hazel e Frank acenaram saindo do cômodo, Jason se levantou e Nico pareceu despertar, se levantou rápido e correu na sua frente, Jason bufou e saiu ralhando com ele.

– Você ficou na cama por todo o tempo que esteve aqui! Eu mereço uma noite de sono nela! É minha! – Bravejou ele, Nico riu ao longe, me levantei e os segui pelo corredor.

– Onde estão seus modos de anfitrião Grace? – Perguntou Nico debochado e abriu a porta do quarto de Jason se jogando la dentro antes que este o agarrasse. – A cama me pertence. – Disse se esticando sobre os lençóis como um gato. Jason bufou e amaldiçoou. – Agora se cale, quero trocar de roupas e dormir.

– Nem vai tomar um banho? – Perguntou Jason, Nico coçou os olhos e se sentou na cama tirando a jaqueta.

– Não tenho mais forças para isso...- Jason bocejou e concordou fechando a porta.

Continuei a andar pelo corredor, entrei em meu quarto e encarei minhas coisas. Tudo continuava o mesmo, mas parecia estranhamente vazio. Caminhei ate o banheiro particular e tomei uma ducha rápida, vesti um samba-canção folgado, tratei o ferimento da perna e fiquei feliz em constatar que não havia farpas ali, eu havia sido atingido de raspão. Encarei o cômodo mais uma vez, ele continuava a parecer vazio, olhei para a parede e vi uma foto minha e de Annie nos beijando, mordi o lábio, eu não quero ter de brigar durante a noite ou ser acordado por ela... Estou estressado e vou acabar falando coisas que não farão bem. Estiquei a mão para o lado e agarrei o travesseiro e o cobertor, me levantei sentindo a perna pinicar e abri a porta saindo no corredor. Dei alguns passos e bati na porta a minha frente. Nada. Bati de novo, com mais força. Um resmungo. Bati de novo com mais força ainda e a porta se escancarou com um Jason bufante de olhos vermelhos de sono usando somente uma calça de moletom azul.

– O que foi Jackson? – Perguntou ranzinza, fiquei sem graça por um segundo, mas me recuperei, passei por debaixo de seu braço e entrei no cômodo, Jason fechou a porta murmurando algo e Nico se virou na cama e cenho franzido.

– Aconteceu algo Percy? – Perguntou sonolento quase não conseguindo abrir os olhos direito.

– Estou fugindo. – Respondi direto e joguei o travesseiro na outra ponta da cama onde Nico estava deitado,em cima de seu pés. – Da um espaço ai. –Eu disse já me deitando, Nico apenas se virou para a parede e eu me ajeitei na cama.

– Há não, se alguém vai dormir na cama serei eu! É minha! – Resmungou Jason.

– Fica quito. Quero dormir. – Respondeu Nico.

– Não! Você e Percy vão dormir na minha cama, e eu no chão? Isso está errado! – Nico bufou e se sentou na cama.

– Ótimo ! Então ninguém dorme na cama! – Ele se virou para mim. – Sai daí! – Sai da cama e ele jogou o colchão no chão o juntando com o outro, jogou o travesseiro no meio deles, se deitou e cobriu. Jason deu de ombros encerrando a briga e se ajeitou em uma das extremidades, me deitei na outra. – Boa noite, idiotas. - Disse Nico ranzinza.

– Boa noite Nico, Jason... E obrigado. – Eu disse virado para a parede.

– Não tem problema cara. – Disse Jason na outra extremidade.

– Calem a boca. – Disse Nico bufando. Ficamos em silencio e mais uma vez me deixei cair na inconsciência do sono.


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Notas finais do capítulo

Muito bem, acabou! Agora so quinta q vem! espero q tenham gostado! comentem, recomendem, façam propaganda... qualquer coisa, podem mandar mp, eu ficarei feliz!
os comentários serão respondidos assim q eu terminar de responder os de IFFY, q tão mega atrasados. então, ate semana q vem!!!