82ª edição dos Jogos Vorazes escrita por Just a Writer, Kaleidoscope Eyes


Capítulo 8
Segundo dia- part 1


Notas iniciais do capítulo

Oieee, ~desvia de facas~ , hey, não nos matem pela demora, quem vai fazer a fic? Desculpem, a culpa é das provas (ou da falta de criatividade...). Enfim , aqui está! Boa leitura! _|||_

PS: Leiam as notas finais



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POV Jorddan

Observo Arcadia subir na árvore, tentando ter uma boa vista da arena.

– Anda logo, Arcadia! - Diz Camile, impaciente.

Deixa eu explicar, agora que amanheceu, os outras carreiristas querem avaliar a área, para buscar suprimentos e caçar tributos. Estamos em uma clareira no começo da área de florestas, felizmente, (infelizmente para os outros) não encontramos tributos, não sei o que faria se encontrássemos Brianna.

E, adivinhe! Eu me apaixonei! Pela garota do 9. A irônica e violenta e linda e... pare Jorddan, foco! Que ótimo, não tinha tinha momento pior para isso acontecer. Fala sério! Estamos na arena! Daqui só um sai vivo. E se você acha que não pode ficar pior, observe: a Arcadia percebeu! Agora estou ferrado!

Arcadia pula da árvore caindo ao meu lado, me tirando dos meus devaneios. Ela se levanta logo dizendo:

– Daqui não dá pra ver muita coisa, devíamos ir para as montanhas.

– Concordo – diz o garoto do 4.

– Eu também.- digo. Na verdade eu só quero tirá-los dessa área mesmo.

– AH! QUE ÓDIO! - Camile berra, não entendia porque tanto mau humor, só que dai lembro que a arena não é exatamente um local propenso ao bom humor.

– Calma Camile! Assim vamos ser mortos! Olha, muitos tributos fortes estão escondidos aqui, e podem muito bem estar fazendo uma aliança pra nos derrotar. - diz Arcadia, com a maior calma do mundo, e continua : - Será muito mais fácil ir nas outras áreas e acabar com os tributos fracos que estão sozinhos, e aproveitamos para reconhecer o território.

Depois de um pouco de discussão, ela concorda e voltamos para a cornucópia para organizar os suprimentos para a exploração de amanhã, e no caminha Arcadia me puxa e fala baixinho:

– Considere isso um favor para a sua namoradinha. - ela diz com um sorrisinho.

Suspiro, e digo:

– Estou ferrado. Mas obrigado.

– Está mesmo, mas, se quer um conselho, devia aproveitar enquanto está vivo e tentar achar ela.

– Não está só tentando me fazer sair da aliança?

– Talvez sim, talvez não. - ela diz com um sorriso diabólico, mas vi em seus olhos que o conselho era sincero. Como todos os carreiristas, ela tinha que fingir ser durona, mas as vezes simplesmente não é da nossa natureza.

Em seguida, ela se afasta, e, por mais estranho que isso possa parecer, soube que tinha uma amiga aqui.

POV Katherine

Acordo com um som alto. Por um momento, sorrio, pensando ser o despertador lá de casa, mas lembro que estou na arena. O hino da capital retumba em meus ouvidos. Vou para a entrada da caverna. Vendo a lista de mortes, penso que ontem essas 10 pessoas estavam vivas, e tinham esperança de voltar para casa... incluindo meu companheiro de distrito... eu o conhecia de longe, era um “irritante sabe- tudo”, mas não consegui me aproximar dele, ele se fechou completamente, e eu entendo... qualquer sentimento, mesmo só amizade na arena, é destruído.

Balanço a cabeça, afastando esses pensamentos, e tento dormir, mas o vento uivando me atormenta. Levanto e vou novamente para a entrada da caverna, respirando o ar puro das montanhas. Olho para o céu estrelado, me perguntando se seria mesmo real. Suspiro. Aqui a realidade de tudo é colocada em xeque. Porém me pego olhando as estrelas, encantada com as constelações. No D3 não tem tanta poluição, mas desde a época pré- panem não se pode ver as estrelas. O D3... e Helena... oh, será que minha madrinha está me vendo, torcendo para que eu saia viva?

Afasto esses pensamentos, não posso pensar no D3, só ia atrapalhar. Volto para a caverna e me encosto na parede. Ainda pensando no brilho das estrelas, adormeci, indo para uma noite sem sonhos.

De manhã, como rapidamente e arrumo minha mochila. Não quero ficar muito tempo no mesmo lugar. O sol já estava alto no céu, mas não consigo ver muita coisa pela névoa densa. Encosto na parede e vou apalpando, tentando não ir para a borda do penhasco. Por longos minutos, ou talvez tenham sido horas, caminho assim, tentando não entrar em desespero, até que ouço um uivo alto. Estremeço. Isso não é o vento.

Empunho a faca com a mão trêmula, e espero. Com essa névoa minha zarabatana não seria útil, desperdiçaria dardos a toa. Vejo um vulto se aproximando, mas é baixo demais para ser um tributo. Ouço o barulho de patas raspando no chão, e xingo a capital em pensamentos. Bestantes! Maldito Snow!

A névoa vai abrandando, somente o bastante para eu conseguir ver meus (sim, meus, com S) oponentes. Estranho, mas lembro que a capital precisa ver a luta. Me assusto, vendo o que me espera. Lobos enormes, com presas e garras do tamanho da minha mão se aproximam lentamente, como se tivessem todo o tempo do mundo. Me encosto na parede, eles podem me cercar, mas pelo menos verei quando eles me atacarem.

Alterno o olhar entre os 3 lobos. O da direita salta em minha direção, mas viro para o lado rapidamente e o lobo dá de cara na parede. Enfio a faca nas suas costas, com uma força que surpreende até a mim, fazendo-o uivar de dor, e caindo morto no chão. O lobo da esquerda se aproxima sorrateiramente, mordendo minha perna. Grito de dor, mas chuto a boca do lobo, enquanto o do meio, que parecia ser o líder, pula tão alto que teria arrancado minha cabeça se eu não tivesse rolado para longe.

Minha pena doía, mas consigo me arrastar até a borda do penhasco. Os dois lobos restantes se aproximam, parecendo sorrir. Sinto um calafrio na espinha. Finalmente entendi. Esses bestantes não são mais fortes, são mais inteligentes, conseguem raciocinar. Pois então será inteligencia vs. Inteligencia.

Dessa vez os dois investem ao mesmo tempo, um pela direita e o outro pela esquerda. Rolo para frente, fazendo eles se chocarem. Me viro rapidamente e chuto os dois para o penhasco, ouvindo os uivos desesperados dos bestantes enquanto caem na escuridão.

Ofegante, dou um sorrisinho. Ler os livros da época pré- panem com essas fintas antigas finalmente veio a calhar. Vejo a névoa se dissipando. Parece que dei um bom show. Me arrasto até uma pequena caverna que achei por perto, caindo no chão úmido.

Pela primeira vez, dou uma boa olhada no ferimento. Em torno das marcas de dentes estava roxo com vermelho e escorria sangue, mas pelo menos não tinha pus. Abro a mochila, mas não tem nada para ferimentos, que droga! Mas nesse momento, escuto um barulho vindo do lado de fora. Automaticamente seguro a faca, que estava jogada ao meu lado, mas vejo somente um pote prateado lá fora. Meu coração se enche de esperanças, será?

Quase choro de alívio ao pegar o paraquedas prateado e ver o remédio dentro. Passo no tornozelo e o alívio é instantâneo. Quem diria, eu, a garota fraca do 3 tem patrocinadores. Só então vejo um bilhete colado no paraquedas. É da minha mentora, e diz:

"Ótimo show, garota. Caso ainda duvide que pode ganhar isso, lembre- se: às vezes, mesmo a força precisa se curvar a sabedoria."

Sorrio, e pela primeira vez, sinto a esperança de sair viva daqui tomando conta de mim. Afinal, isto é um jogo, e parece que tenho todas as cartas em minhas mãos.


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Notas finais do capítulo

Então... o próximo cap vai ser postado por mim (Katherine) de novo, vai ser o cap sobre os personagens do 3 (mesmo que o Robb já tenha morrido :P ), e depois vocês escolhem de quem vai ter POV, ok? Comentem, favoritem ou só leiam (mas comentar não custa nada! ~cara de gatinho do Shrek~) Obrigada todo mundo que comentou tudo até agora! _|||_



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