Just don't be afraid escrita por Maya


Capítulo 43
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Heeey! ♡
Como estão abacates? ♡ Bem, eu espero.
Sim, eu sei que demorei um bocado, mas estive com um bloqueio terrivel em relação à história, porque estava com medo de a estar a levar para o lado errado. Além do mais, este capítulo é um dos que mais me custou a escrever, porque começava a chorar. ISTO NUNCA ME TINHA ACONTECIDO! Eu nunca antes tinha chorado por alguma história que estievsse a escrever. Aconselho-vos desde já a ouvirem com a música mais heartbroken que tiver aí. Eu escrevi ao som de Grand Piano, Photograph, Love Me So (acoustic rap version) e The Only Exception, caso queiram alguma referencia.
Quero dizer-vos que o mudei o meu nome no twitter para maya_thefangirl Façam o favor de me seguir e falar comigo, porque eu gosto muito de vocês e gostava de vos conhecer melhor. Aproveitar também, antes que me esqueça para dizer que mudei a capa da fanfic, vão dar uma vista de olhos e digam o que acharam ;)
Bem, quero dizer que, apesar de já ter o proximo capítulo planeado, não sei quando vou postar, porque a minha cabeça anda uma confusão e não me consigo concentrar o suficiente para escrever. Hoje estava mais inspirada que o normal, por isso consegui acabar este capítulo, e ainda bem!
E agora, as dedicações:
Por onde começa, suas malditas? Pelo facto (sim, facto, não fato) de que estou em lágrimas? Ou pelo abraço enorme que vos quero dar? Jesus Cristo, eu não sei o que seria de mim sem vocês, sério. Eu quando comecei isto, nunca pensei que fosse chegar a ter sequer uma recomendação, e agora estou aqui a agradecer a 7ª e a 8ª! E ainda por cima de duas leitoras portuguesas ♡
Vcs são as melhores leitoras que eu podia ter (falo no feminino, por serem mais mulheres).
Filipa e Dysney, muito obrigada por tudo. Desde lerem, até à recomendação, passando pelo carinho enorme que me dão. Muito, muito, muito obrigada! Do fundo do coração ♡ Dedico-vos este capítulo, sei que é um dos mais heartbroken de toda a fic, mas espero que gostem. Este é todo vosso, enjoy it, please ♡ e mais uma vez, obrigada! ♡
Ps: também sou do norte, Dysney ♡
Um agradecimento especial à TiaMay e à MrColli pela favoritção. Muito obrigada anjos ♡
Sem mais nada a acrescentar, pelo menos que me lembre, boa leitura! ^^

[obs: capítulo não resvisto, peço desculpa pelos erros]



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/496138/chapter/43

» Anne «

– Então já sabes o que vais fazer? – encarei a minha melhor amiga, erguendo uma sobrancelha. De que raio está ela a falar? – Em relação ao Lucas e ao Kentin, burra. – suspirei, abando a cabeça em negação.

– Não faço a mínima ideia – respondi, com desânimo na voz.

– Amanhã tens o tal encontro com o Ken, não é? – assenti – Então, pronto, pode ser que amanha consigas perceber tudo.

– Não me parece, Camila. Eu passei mais de metade deste verão com ele, como é mais um dia, me vai fazer perceber alguma coisa? – ergui o meu tronco, sentando-me na cama. Ela continuou deitada e encolheu os ombros.

– Sei lá, Anne. Eu nunca passei por nada disso – murmurou – Só acho, que mais tarde ou mais cedo, vais perceber aquilo que já todos percebemos.

– Como assim? – encostei-me à cabeceira da cama. Peguei no telemóvel e coloquei um álbum dos Paramore, grupo favorito da rapariga, a tocar.

– Eu posso estar errada, é claro, – levantou-se, ficando sentada à minha frente – mas acho que tu já sabes o que queres. Sinceramente, na noite anterior, na festa e mesmo depois, acho que dava para qualquer um perceber. Agora, falta é saber se tu queres perceber. – fechei os olhos e suspirei mais uma vez.

– Foi sobre isso que estive a falar com o Kentin, ontem. Que eu já sei o que quero, mas que estou com medo das consequências que as minhas decisões possam ter –murmurei.

– Já reparaste que é sempre a mesma merda, Annelise? – disse, com certa irritação na voz, fazendo-me voltar a olha-la.

– Hum?

– Não te faças de desentendida, pelo amor de Deus! Enquanto estás nessa merda de impasse, em que te fazes de coitadinha, deixas os pobres rapazes com o coração na mão. Sinceramente, às vezes penso que não passas de uma egocêntrica. Que direito tens tu, de os fazer correr atrás de ti? Principalmente quando já sabes o que queres! O Lucas não merece isso, aliás, nenhum merece. – levantou-se da cama, dirigindo-se até à porta do meu quarto. Antes de sair, virou-se para trás – És uma egoísta, Annelise – disse, num tom duro, saindo depois.

Que raio foi isto?

«»

Ouvi a porta do meu quarto abrir-se, mas ignorei, continuando a encarar o teto. Levei as mãos a cara, tapando-a. Não consigo tirar a sua voz da minha cabeça.

«És uma egoísta, Annelise»

– Menina, vai querer torradas para o lanche? – murmurei a resposta, embora mais tenha parecido um rato a falar – Então, vai ser o quê? – senti lágrimas virem-me aos olhos.

– Traz-me daquelas bolachas que o Kentin come – respondi, com a voz abafada. Ela assentiu, e saiu do quarto. Não demorou muito para que voltasse. Ergui-me e deixei que pousasse o tabuleiro nas minhas pernas.

– Espero que não se importe que tenha trazido também sumo de manga – neguei com a cabeça. Anastácia sentou-se à minha frente, e sorriu-me docemente – Que a preocupa, menina? – encolhi os ombros. Comi a primeira bolacha, tentando que o sabor do chocolate diminuísse um pouco a angústia que estava a sentir.

– Achas que sou egoísta, Anastácia? – ela voltou a abrir um sorriso carinhoso e passou uma mão na minha cabeça, acarinhando-me.

– É esse o problema?

– Só um deles… – respondi. Ela suspirou.

– Bem, eu não posso dizer que a menina seja completamente altruísta. Claro que tem um grande coração e é bastante humilde, mas penso que às vezes não se poe no lugar dos outros – começou – Não que o faça sempre, mas vejamos um exemplo, quantas vezes perguntou à menina Camila se estava tudo bem com ela estes dias? Ela parecia bastante perturbada…

– Eu… – De facto, quantas vezes o fiz? Pensado bem, ultimamente eu só me tenho queixado sobre as coisas. E claramente que ela ontem não estava bem, provavelmente por causa do Ricardo, mas para variar eu não insisti no assunto. Será que sou assim tão má amiga?

Anastácia tocou levemente no meu ombro, fazendo-me concentrar a minha atenção nela.

– O que eu estou a querer dizer, menina, é que nem sempre tem os maiores problemas, percebe? Que talvez devesse prestar mais atenção no que se passa, em vez de ficar indecisa em coisas para as quais não tem duvida nenhuma mas sim medo. Pense nisso, sim? – anui, recebendo mais um sorriso da sua parte. Ergueu-se e preparou-se para sair do quarto – Mais tarde passo para levar o tabuleiro, está bem? – voltei a concordar e ela acabou por sair.

Peguei em mais uma bolacha, trincando-a. Pensando nas palavras da Anastácia e da minha amiga russa, decidi que devia tentar resolver as coisas o mais rápido que pudesse.

Com isso em mente, peguei no telemóvel e comecei a digitar uma mensagem.

Para L ♥:

«Não queres vir cá a casa? xD»

A resposta não tardou muito:

De L ♥:

«5 min. estou ai. Importaste que entre pela janela?

Não respondas, eu vou entrar de qualquer maneira ♥»

Abri um pequeno sorriso ao ler a ultima frase.

Atirei-me para a cama e fechei os olhos, deixando que a voz da Hayley me embalasse. Há muito tempo que não ouvia The Only Exception. Aliás, eu agora só tenho ouvido as músicas que o Kentin ouve, sem saber ao certo o porquê.

Levantei-me da cama e fui abrir a porta da varanda, para que Lucas pudesse entrar sem ter de bater no vidro. Voltei para a cama e peguei na guitarra que estava lá pousada. Desliguei a música do telemóvel e toquei os primeiros acordes da música que eu e ele escrevemos. Foi das músicas mais bonitas que já fizemos. Acho que das mais sinceras também. Mas tenho a impressão nenhum de nós a voltará a tocar tão cedo, não quando tem tanto significado.

For a while we pretended that we never had to end it, but we knew we had to say goodbye – murmurei ao ritmo da música - You were crying at the airport. When they finally closed the plane door I could barely hold it all inside – continuei, ainda em tom baixo.

– Pensava que nunca te iria ouvir cantar isso de livre vontade – ouvi a voz do Lucas atrás de mim e virei-me para lá. Pousei a guitarra e levantei-me para lhe dar um abraço. Ele beijou a minha testa, fazendo um pequeno sorriso crescer-me nos lábios. Peguei na sua mão e puxei-o até ao lugar que estava sentada há pouco – Que vamos fazer, Annelise Marie? – encarei as suas esferas azuis.

– Pensei que podíamos fazer algo como nos velhos tempos – respondi, encolhendo os ombros.

– Como por exemplo? – abriu um sorriso matreiro.

– Tocar, ou ver um filme qualquer. Sei lá – sorri – só queria estar um pouco contigo – desviei o olhar. A sua mão livre acarinhou a minha bochecha e ouvi um pequeno riso.

– Já não te via corada há tanto tempo – disse, com ternura na voz. Senti os seus lábios beijarem a minha testa mais uma vez – Ficas tão fofinha, pareces um rabanete – disse. Encarei-o confusa.

– Mas os rabanetes não são vermelhos – murmurei.

– Então, são o quê? Azuis? – riu-se – Tens a certeza que não és daltónica? – riu-se ainda mais.

– Eles são vermelhos? A sério? – disse, incrédula. Ele pegou no telemóvel, entregando-me.

– Pesquisa aí “rabanetes” – murmurou. Fiz o que me pediu, batendo na minha testa com a mão. Ele riu-se mais.

– Eu juro que pensava que eles eram brancos – disse, ele soltou mais algumas gargalhadas.

– E há uns brancos, mas quando se fala em rabanetes, acho que vem os vermelhos logo à cabeça – passou a mão no meu cabelo – és tão tontinha – beijou a minha bochecha. Sorri-lhe – É verdade, tens composto alguma coisa? – inquiriu, pegando na guitarra.

– Não muito, só tenho conseguido escrever um monte de frases soltas… – murmurei – Queres ver? – ele anuiu. Levantei-me, indo até à secretária buscar o caderno. Abri na página que queria, entregando-lhe – Vê se consegues fazer alguma coisa com isso.

Ficou em silêncio durante algum tempo, observando as frases.

– Arranjas-me qualquer coisa para escrever, por favor? – assim que lhe passei um lápis, começou a rabiscar apressadamente no caderno, como se tivesse medo que a ideia fugisse. Murmurou algumas palavras, como se estivesse a comprovar que suavam bem juntas.

Encarei a sua cara, apreciando cada pormenor que com o passar destes dois anos se tornou diferente. Desde a sua barba, até aos olhos que ficaram mais acinzentados. As espinhas que desapareceram e o maxilar que ficou definido. O Lucas já era bonito antes, mas agora…

E depois, ele é daquelas pessoas, que basta olhares para a sua cara, para morreres de amores, não por ser bonito, mas porque está sempre com o sorriso estampado na cara. E felizmente, isso não mudou. De facto, nada nele parece ter mudado a não ser o exterior. Porém, ao observa-lo, há algo que parece não encaixar. Como se eu estivesse triste e pegasse numa fotografia antiga, desejando poder viver aquele momento outra vez, porque tudo estava perfeito lá.

Suspirei, após perceber o significado daquilo que estivera a pensar.

– Acho que consegui recompor a trapalhada que tinhas aqui – murmurou, entregando-me o caderno. Li o que lá dizia.

« So tell me when you run, I want to run with you

Tell me where you go, I want to go there too

Tell me where you hide, I want to come to you

Tell me where you go, I want to go there too

Even if you fall I will go down with you

I will be the one who comes to rescue you

Tell me where you go, cause I want to be there too

With you, with you, with you, with you »

– Então, ficou melhor? – perguntou. Concordei com um aceno de cabeça – Pelo pouco que tens aí, penso que pode ser uma boa música. Um bocado lamechas, mas uma boa música lamechas – soltei um pequeno riso e pousei o caderno. Peguei na sua mão, focando o meu olhar nela, e comecei a brincar com os seus dedos – Que foi, Anne?

– Eu preciso de te dizer algo… – sussurrei.

– Podes dizer à vontade, Anne. Não te vou julgar, sabes disso – suspirei.

– Eu sei… – respondi ainda sem o encarar – É só que eu nunca sei como começar… – ele colocou a sua outra mão por cima da minha e apertou ligeiramente. Ergui o olhar. Vamos lá, Anne, tu consegues. Tens de conseguir! – És tão lindo, Lucas. – falei, acariciando-lhe a bochecha – E não falo só por fora. És uma pessoa maravilhosa – vi os seus olhar entristecer, como se já soubesse o que vinha a seguir. – E… E eu fui tão feliz contigo, tão, mas tão feliz. Mesmo sem te merecer, tu foste meu. Meu em todos os aspectos. Meu melhor amigo; meu companheiro; meu amante; E eu nunca te vou conseguir agradecer por tudo o que fizeste e fazes por mim. Nunca – uma pequena lágrima desceu pelo meu olho esquerdo. A cada palavra dita vai doendo mais. – Eu amo-te, amo-te mesmo. Irei amar-te para sempre, não da maneira como te amava há dois anos, mas com um carinho especial. Um carinho de quem sabe que foi bom, de quem sabe que pode contar contigo sempre. Porque eu sei que se precisar, tu vais estar aqui. Assim como tu sabes que eu vou estar aqui para ti e por ti.

«Porém, ambos sabemos que as coisas entre nós não estão iguais. E não é só da minha parte, eu sei que tu também não te sentes da mesma forma em relação a mim. Simplesmente sabes que entre nós sempre vai funcionar, e tal como eu penso, é uma opção segura. Afinal, nós conhecemo-nos tão bem...– esfreguei a minha cara com as mãos, tentando limpar as lágrimas que saiam – Mas também sabes que temos de por um ponto final a isto… – acabei por esconder o rosto nas palmas das minhas mãos e encostei-me ao seu peito – Isto dói, Lucas. Dói tanto. É como se estivesse a esmagar uma parte de mim – murmurei em soluços. Ele abraçou-me fortemente – Perdoa-me por estar a fazer isto, por favor – supliquei – mas eu sinto que se não puser um ponto final nisto, só nos vou magoar mais – ouvi-o suspirar, e senti algo molhado no meu ombro. Ele afastou-se de mim, sorriu tristemente por baixo das lágrimas.

– Porquê que até a acabar comigo me fazes amar-te mais, Annelise? – riu-se, embora foi uma tenha saído como uma gargalhada magoada. Passou o polegar por baixo do meu olho – Sabes, eu sempre achei que nós seriamos aquele casal que se encaixa no um por cento dos que mantem a relação após a escola terminar. E o pior, é que se eu não tivesse ido para Inglaterra, isso provavelmente teria acontecido – limpou a cara e respirou fundo – Mas eu não posso mudar o passado, não é? Nem sequer posso contestar o que disseste porque não disseste uma única mentira. Apesar de te conhecer tão bem, há altura que pareces uma estranha para mim, porque há pedaços de ti que mudaram nestes anos, e eu não estive cá para vê-los a mudar. É claro, que tu quisesses, eu estou disposto a descobri-los contigo. Porque as coisas podem não parecer certas agora, mas quem sabe um dia não acordamos e vê-mos que tudo está tudo, não como antes, mas melhor? – comecei a negar com a cabeça, não querendo que ele pensasse daquela forma – Sim, eu sei que já não há nada que possa fazer, não agora. Mas é o que penso, Annelise. Eu sei que te posso ter outra vez, tenho a certeza – abraçou-me – Eu vou estar sempre aqui para ti, por isso, não hesites se precisares – levantou-se, caminhou até à porta, virando-se para trás, assim que a alcançou – Eu sei que vou amar outras pessoas pelo caminho, Anne, mas garanto-te que nenhuma delas me dará aquilo que só tu me podes dar.

– Não digas isso – murmurei, indo abraça-lo – Tu vais encontra alguém te faça muito mais feliz.

– Eu já a encontrei, e dói saber que perdi a minha oportunidade com ela. ­ – afastou-se de mim, colocou a minha cara entre as suas mãos – Dá-me só mais um pouco do teu amor, por favor – murmurou, juntando os nossos lábios, num beijo carinhoso. Quando nos afastamos, Lucas encaixou a sua cabeça no meu pescoço – Não devia ter feito isto, mas morreria se não te beijasse mais uma vez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, vou chorar toda a noite com isto... O Lucas é minha personagem favorita... :'cc Sinto que levei uma facada no coração (provavelmente não é ético da minha parte dizer isto, mas pronto xD)
#LunneIsOver #sadness #CortandoOsPulsos
Comentem por favor, este é um capítulo muito importante para mim e eu preciso de saber o que acharam.
Beijinhos ♡

Ps: twitter: @maya_thefangirl