Just don't be afraid escrita por Maya


Capítulo 42
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Heeey ma niggas! Como estão?
ESTOU DE FÉRIAS, O/ VAMOS FESTEJAR!!!
Bem, tirando a proxima semana, que vou mesmo de férias para a praia e não vou estar com computador, vou ter muito mais tempo para escrever! Que bom, não acham? Pode ser que consiga voltar às minhas rotinas antigas de escrita e de postagem. (torcendo para que sim)
Bem, quero dedicar este capítulo à Gabbe pela favoritação! Muito, muito origada!
Aproveito para vos dizer, que já tenho em mente o que vou fazer para o capítulo especial da Camila e devo começar a escreve-lo assim que vier de férias. Até lá, vou escrevendo os normais.
Já agora, quero dizer que fiquei mesmo triste pelos poucos comentários que recebi no capítulo anterior, pensei até não publicar este tão cedo, mas achei que seria injusto para aqueles que comentaram, por isso cá estou eu!
Sem mais nada a dizer, boa leitura!



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» Anne «

Desci do palco com a ajuda do Lucas, deixando que o Castiel e a sua banda ocupassem o recinto. Ele puxou-me para fora da multidão e encarou-me com o seu enorme sorriso. Não perdi muito tempo, atirando-me logo aos seus braços.

– Oh meu Deus! Foi tão bom! – disse, sem esconder a alegria que estava a sentir. Ele soltou uma gargalhada e abraçou-me de volta

– Foi mesmo, Annelise, foi mesmo – murmurou, beijando a minha cabeça. Deixei-me ficar um pouco mais nos seus braços – Vamos ter com eles, honey? – afastei-me dele e arqueei uma sobrancelha.

Honey? Really? – ele riu-se.

Honey, sweetheart, darling, baby, o que tu quiseres, Annelise – disse, pegando na minha mão.

– Annelise chega – respondi antes de ser começada a ser puxada por ele.

«»

Quando reparei que já não estava a par da conversa do grupo, afastei-me e decidi procurar o Kentin. Ainda não falei com ele desde que saí ontem da sua casa.

Por falar nisso, a minha mãe não ficou nem um pouco chateada por ter ficado na casa dele, nem sequer me pôs de castigo pela forma como lhe falei. O que só me prova, que ela quer, a todo o custo, que eu e ele fiquemos juntos.

Senti alguém pegar-me no braço e arrastar-me até aos fundos do jardim. Não gritei porque sabia perfeitamente quem era. Assim que nos afastamos o suficiente do barulho da festa, ele encostou-me à parede, ficando à minha frente.

– Olá – murmurou, com um sorriso.

Hey– encarei as suas esferas verdes. Sempre tão brilhantes. – Posso saber porque me raptaste até aqui? – ele baixou-se um pouco, beijando a minha testa.

– Só queria ter a certeza que não subias àquele palco outra vez – riu nasalmente.

– Porquê? Cantei mal? – ergui o sobrolho. Ele soltou uma gargalhada mais alta e negou com a cabeça – Então porquê?

– Porque só eu devia ter o direito de te poder ver assim – murmurou, com a sua cara a poucos centímetros da minha. Senti as minhas bochechas aquecerem e desviei o olhar. Porquê é que ele diz coisas assim? Depositou um beijo no meu nariz e colocou as mãos na minha cintura – Estava com saudades – puxou-me contra si e envolveu-me com seus braços. Levei as minhas mãos até à sua cara, acariciando com o polegar. Ele fechou os olhos, fazendo-me sorrir.

– Também estava com saudades – disse baixinho, como se estivesse a revelar um segredo. Ele respirou fundo e voltou a encarar-me. Abriu um sorriso, fazendo o meu coração acelerar e voltou a beijar-me o nariz. Levei a minha mão até ao seu peito e comecei a desenhar figuras imaginárias com o dedo – Sabes… - comecei – eu estou mesmo ansiosa para sábado… – murmurei – e muito, muito curiosa… – ergui os olhos para a sua cara.

– Então, vais continuar curiosa – falou, rindo-se. Bati-lhe levemente no peito, levando-o gargalhar mais – Mas podes continuar o que estavas a fazer, eu gostei – piscou o olho. Abanei a cabeça em negação.

– Só se me contares – trinquei o lábio. Kentin negou – Então não faço mais – enchi as bochechas de ar. Ele voltou a rir-se.

– Não sejas uma criança, маленькая. Eu faço-te uma proposta, tu continuas e eu penso se te conto ou não, que tal? – soltei uma gargalhada seca.

– Não. Ou dizes, ou vou-me embora – ele ergueu uma sobrancelha.

– E pensas ir como? Não sei se reparaste, mas atrás de ti, só existe uma parede – olhei em volta e percebi que ele tinha razão. Mas ele não vai ganhar!

– Duvidas das minhas capacidades de fugir de pedófilos? – ergui uma sobrancelha. Ele anuiu, rindo – Então eu vou provar-te que consigo – levei as mãos até ao seu pescoço, começando a massaja-lo suavemente. A sua respiração ficou escassa e as suas bochechas coradas – Gostas disto, Kentin? – sussurrei. Ele balbuciou um “sim”. Comecei a raspar as minhas unhas suavemente na sua pele – E disto? Também gostas? – ele abanou a cabeça em concordância. Sorri travessamente. Levei os meus dedos até à parte de trás do seu pescoço e comecei a fazer-lhe cócegas. O rapaz à minha frente começou a rir-se incontrolavelmente, enquanto se encolhia e tentava afastar as minhas mãos da sua pele. Assim que consegui espaço suficiente, distanciei-me dele, sorrindo. Mal consegui uma distância segura, virei-me para si – Que dizias, Kentin?

– Isso foi muito baixo. Até para ti, ervilha – disse, compondo a camisola e sorrindo.

– Baixo ou não, eu-

– Ah, estás aqui, Anne! – a voz da minha melhor amiga interrompeu-me. Virei-me para ela, perguntando-me mentalmente o que estaria aqui a fazer – Não olhes assim para mim, eu não sabia que estavas acompanhada – desviou a sua cabeça para o Kentin – muito bem acompanhada por sinal… Olá Kentin! – sorriu.

– Oi – ouvi-o dizer.

– Mas o que te queria dizer; A polícia está à porta da tua casa – QUÊ?

«»

Após convencer os agentes que estava tudo dentro da legalidade dentro da minha casa e que acabaria imediatamente com a festa, comecei a expulsar toda a gente.

– Temos mesmo de ir, Annelise? – desviei o olhar para o meu primo.

– Sim, Christian, têm mesmo de ir – ele assentiu e caminhou para fora da minha casa. Ainda o pude ouvir dizer “Para a discoteca mais próxima, mates”, antes de entrar no carro de alguma miúda mais velha que ele. Aquele rapaz nunca aprende.

– Olha lá, porque é que ele tem o mesmo nome que o teu pai? – ouvi a Camila. Soltei uma gargalhada ao lembrar-me dessa história.

– Foi uma aposta ridícula que o meu pai e a minha tia fizeram. Quando a minha tia engravidou, começou a comprar uma data de vestidos porque pressentia que seria uma menina. No entanto, o meu pai estava sempre a chateá-la que era um rapaz. Chateou-a tanto que lhe propôs fazer uma aposta. Se fosse rapaz, ela teria que lhe dar o nome dele. No fim, o meu pai ganhou, como já deves ter verificado. Eu sei, é estúpido, mas já sabes que o meu pai não deixa para menos…

– Tinhas de sair a alguém, Anita, não achas? – revirei os olhos, mas logo me ri. Afinal, eu sou tão, ou mais estúpida quanto o meu pai.

– Anne, achas que podemos ficar só nós, por aqui? – virei-me, dando de caras com o gigante do Lysandre. Olhei para o grupo que se encontrava atrás dele, vendo que só eram mais quatro. Levei uma cotovelada da Camila, e fuzilei-a com o olhar. Ela indicou-me o olhar para os rapazes e percebi logo o que queria.

– Acho que pode ser, desde que parem de beber. Ok, Castiel? – ele observou-me e suspirou, pousando a garrafa no móvel ao seu lado.

– Acho que já foi toda a gente, Annelise – disse a Camila, fazendo-me assentir – O que vamos fazer, agora? – Sinceramente? Eu só queria que se fossem todos embora para eu poder estar um bocadinho sossegada e pensar no que devo fazer em relação à minha vida. Encolhi os ombros em resposta.

– Podíamos aproveitar o material todo e gravar um cover – ouvi o Nathaniel falar – Afinal, aqui é um sítio mesmo bom para filmar – Castiel pareceu ficar a pensar durante um bocado assim como o Lysandre e a outra guitarrista. Quanto isso, o gémeo que eu nunca sei o nome, sentou-se num sofá, começando a jogar My Talking Tom no telemóvel. A sério? My Talking Tom?

– Que foi? Eu gosto de gatinhos – disse, olhando para mim, como se tivesse lido a minha mente, voltando depois a fazer mimo no bicho.

– Anne, tu não te importas que utilizemos a tua casa?

– Claro que não, Lysandre – respondi, sorrindo sem mostrar os dentes. Eles saíram logo da divisão, indo buscar os instrumentos ao jardim – Camila, podes ficar a tomar conta das coisas? Quero ir trocar de roupa, estou farta deste vestido – ela concordou.

Caminhei em direção às escadas, subindo-as e indo depois para o meu quarto, fechando a porta atrás de mim. Acendi a luz e gritei assim que vi alguém sentando na minha cama.

– Ei, calma, Anne! – levantou os braços em forma de rendição. Levei as mãos ao meu peito, tentado acalmar a minha respiração.

– Que estás aqui a fazer? – dirigi-me ao armário, procurando umas leggins e uma camisola comprida.

– Estava a espera da melhor altura para me vingar – murmurou.

– E tinha de ser no meu quarto? – peguei no que queria e comecei a ir em direção à casa de banho.

– Aqui não há testemunhas – ouvi os seus passos, e logo senti a sua mão no meu braço. Virou-me para si – Onde pensas que vais? – sorriu de canto.

– Só vou trocar de roupa, este vestido está a apertar-me as banhas todas – respondi-lhe, rindo.

– Pois, é melhor ires lá antes que fiques sem ar – largou-me. Elevei uma das sobrancelhas.

– Estas a chamar-me gorda, Ken? – ele riu-se.

– Да, мой маленький (sim, minha pequena) – respondeu, irritando-me com o seu sexy sotaque russo.

– Eu vou fingir que disseste: Claro que não Anne. Tu és perfeita – respondi, entrando no quarto de banho e fechando a porta, podendo ouvir as suas gargalhadas.

Assim que deixei de o ouvir, a minha expressão feliz desfez-se. Eu sinto-me, literalmente, uma merda.

«»

Depois que me vesti, saí da casa de banho e propus ao Kentin que fossemos ter com os outros. Ele concordou e entrelaçou a sua mão na minha, puxando-me até à saída do meu quarto.

[MÚSICA]

Ouvi a voz do Lysandre, enquanto acabava de descer as escadas. Senti o Kentin puxar-me antes de chegarmos à sala. Encarei-o de forma confusa.

– Dança comigo – murmurou, perto do meu ouvido. Colocou as mãos na minha cintura e começou a balançar-me ao ritmo lento da música. O meu coração começou a ficar acelerado e o meu corpo quente. Encostei-me ao seu peito, abraçando-o, e respirei fundo, sentido o seu perfume reconfortante e os seus lábios mornos na minha cabeça.

São momentos como este que me fazem ficar confusa em relação ao que fazer. Porque são nestas alturas que eu não posso negar aquilo que o Kentin me faz sentir. Não posso negar a maneira como os nossos corpos parecem ter sido feitos para encaixarem um no outro, nem a maneira como o seu perfume, ou o seu olhar, me tranquiliza. E muito menos o batimento rápido do meu coração acompanhado daquela sensação boa na barriga sempre que o vejo.

É tudo tão harmonioso com ele.

O problema é que acontece o mesmo quando estou com o Lucas. Também me sinto bem com ele. Como não me sentir? Ele foi... Não, ele é o meu primeiro amor e isso é um peso enorme. Principalmente porque eu vou ser sempre atraída por ele; atraída pelos sentimentos que ele me fez sentir outrora. É como se a qualquer momento, eu pudesse ter uma recaída e me lançasse nos seus braços.

E quando ama-mos alguém somos leais a essa pessoa. Mas eu não posso ser leal quando me sinto fortemente atraída por duas pessoas. E o Kentin não merece isso, muito menos o Lucas. Aliás, ninguém merece. Ou se está por inteiro com alguém, ou não se está.

– Não penses tanto nas coisas, Anne. Aproveita o momento, deixa-te levar pelo que estás a sentir. – murmurou. – Ficares assim só te vai por mais confusa, возлюбленный (amor).

– Ei, essa palavra é nova. – sussurrei. Ele soltou uma pequena gargalhada. – Não tem piada quando não percebes o que quer dizer. – resmunguei.

– Talvez um dia eu te ensine, Annelise – respondeu, num tom divertido.

– Isso é uma promessa?

– Uma que terei muito gosto em cumprir – murmurou junto ao meu ouvido. Um pequeno sorriso cresceu na minha cara – Acho que devíamos ir para a beira deles, antes que notem que eu também não estou lá.

– E que tem? – perguntei baixinho – eu não quero estar com eles, Kentin – disse, contra o seu peito.

– Hum? Porquê? – pensei durante algum tempo.

– Eu só quero estar sozinha, ou então contigo – disse-lhe a verdade. Não vale a pena mentir-lhe, não quando me sinto tão segura na sua companhia. Kentin afastou-se um pouco, fazendo-me encara-lo. Senti os meus dedos formigarem para tocar na sua bochecha coberta pela barba, mas agarrei-me à sua camisola para que isso não acontecesse.

– Que se passa? De onde veio esta Anne deprimida? – acarinhou a minha cara. Encolhi os ombros em resposta. – Нет (não), nem pensar. Vais contar-me o que se passa, ok? – agarrou a minha mão, entrelaçando os nossos dedos – Vem, eu sei o sitio perfeito para falarmos.

Começou a puxar-me gentilmente pela casa, levando-me para o jardim pela sala de jantar, evitando a divisão onde todos se encontravam. Depois de andarmos um pouco às escuras e comigo sem saber ao certo para onde estávamos a ir, paramos em frente ao banco da primeira vez que nos conhecemos. Ele sentou-se e puxou-me gentilmente para o seu lado. Encostei a minha cabeça no seu braço, e o Kentin aproveitou para colocar um braço à volta da minha cintura.

– Agora conta-me o que se passa, ervilha – proferiu. Respirei fundo e encarei as estrelas.

– Sabes, no fundo, eu acho que eu já sei o que quero. Só que para variar, eu tenho medo. Medo de estar a pensar errado; de não estar a ver as coisas como elas são; de magoar quem não quero. Medo que a minha escolha seja errada... Eu sou uma medricas… – desabafei. Senti uma lágrima descer a minha bochecha, mas não me importei – E não estou a falar somente de ti e do Lucas, mas sim do meu futuro e da minha mãe. E eu sei que vou sempre magoar alguém, e que devia só pensar em mim, mas eu não consigo… – os meus lábios começaram a tremer – Eu simplesmente não consigo… – comecei a chorar – Pareço uma daquelas miúdas que choram por tudo – murmurei, tentando rir – quando é que me tornei tão hormonal?

– Quando percebeste que comigo não precisas de ser a Annelise sempre alegre e feliz com a vida. – respondeu, ficando depois em silêncio. Levantou-se e voltou a puxar-me pelo jardim. Quando estávamos a meio do relvado, parou, sentou-se no chão e virou-se para mim – Vem. – sorriu. Não demorou muito para que já estivesse sentada ao seu lado, afinal, é impossível não fazer o que me pede quando tem um sorriso que me aquece o coração estampado na cara. Beijou a ponta do meu nariz – Está noite, vamos esquecer tudo, ok? Só vamos olhar para a estrelas, ok? – deitou-se, estendendo o braço para que eu me deitasse no seu peito. Fi-lo de imediato, encaixando a minha cabeça no seu peito confortável. Virei os meus olhos para as estrelas e suspirei

– Será que as estrelas têm inveja umas das outras? – perguntei. –Afinal, nunca podem brilhar sozinhas.

– Eu acho que não. – respondeu, fazendo-me encara-lo.

– Porquê? – ele baixou o olhar até mim e sorriu.

– Tenho a certeza que cada uma delas, tem alguém que as faça sentir especiais. – beijou a minha testa – Assim como eu te tenho a ti.


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Notas finais do capítulo

owww adoro-os s2
Então, que acharam? Já podem comentar mais?
Beijinhos e fico à vossa espera nos comentários s2