Just don't be afraid escrita por Maya


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Heeey! :D
Estava tão ansiosa por postar esta capítulo! Eu gosto mesmo muito dele, talvez por ser inteiramente o ponto de vista do Kentin ou simplesmente porque gosto xD
Antes de mais nada queria agradecer à Rinocas e à kathay12 pela favoritação! Não sabem como fiquei feliz quando vi! Muito, mas muito obrigada às duas! :D
Este capitulo é para vocês anjos! Boa leitura! ^^

[capítulo revisto e editado a 30 de Novembro de 2014]



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Kentin’s P.O.V

Estou a correr desesperadamente até à casa de banho, todos no corredor se riam de mim, até mesmo Alexy. Não percebo que se passa. As pessoas olham-me como se eu ainda fosse o Ken, mas eu mudei, já não sou o mesmo!

Entrei na casa de banho, fui molhar a cara. Levantei a cara e encarei o espelho.

– Não, não, não! EU MUDEI! – gritei assim que vi a imagem do antigo eu no espelho. Atrás de mim estava a Matilde com cara de gozo.

– Não Ken, tu mudas-te por fora, mas dentro continuas o mesmo. Um rapaz tímido, cheio de inseguranças, loucamente apaixonado por mim e acima de tudo fraco! – disse.

– Que estás a dizer?!

– A verdade Kenzinho! Vais ser sempre fraco, faças o que fizeres! Eu nunca te vou amar! Nunca! – a porta da casa de banho abriu-se, entrando Castiel que agarrou Matilde pela cintura. – Eu prefiro os fortes, como o Castiel. Ele sim é um homem de verdade! - começaram a beijar-se.

De repente estava toda a escola na casa de banho, todos se riam de mim. O Germano também se encontrava ali a rir-se.

– Parem! EU MUDEI! PAREM!

Acordei sobressaltado, com a respiração ofegante e a suar.

Foi só um sonho, calma Kentin.

Decidi ir beber um copo de água, não estava a conseguir voltar a adormecer. Já há muito tempo que não tinha um pesadelo com isto… Deve ter sido por causa do que a Anne disse. Maldita!

Ela não sabe da tua história, não te esqueças. A vozinha irritante voltou a falar na minha cabeça.

Não, ela não sabe, mas não tinha nada que dizer aquelas coisas sobre mim! Ainda bem que ela depois foi embora com o Castiel, não queria nada vê-la. Não percebo como se dão tão bem os dois, mas ainda bem, estão bem metidos um para o outro.

Bebi a água e voltei para a cama. Ainda era três horas da manhã e não estava a conseguir voltar a dormir.

Será que realmente não mudei? Será que a Matilde acha mesmo aquilo de mim? Argh! Eu só queria que ela gostasse de mim… Meu Deus é assim tão difícil?! Eu fiz tudo por ela! Eu tirei os óculos, parei de andar atrás dela, comecei a fazer exercício para ter um corpo mais bonito… Enfim, tudo em vão porque ela continuou a tratar-me com sempre… Vá, melhor um bocadinho. Eu não quero ser o melhor amigo! Foda-se! Se calhar o Germano tem razão quando diz que devia tentar esquece-la… Mas como? Ela é perfeita em tudo o que faz! Só ver o sorriso dela, o meu dia fica completamente iluminado, como se não houvesse mais problema nenhum enquanto ela sorri. Ela sempre foi minha amiga, mesmo quando eu usava aqueles óculos de fundo de garrafa e o cabelo em forma de tigela. Sempre me defendeu e apoiou. Não posso ignorar isso, ela é a luz da minha vida! Ver a Anne falar dela daquela maneira enervou-me, como se pode comparar a Matilde à Barbie?

Sei que provavelmente me acha um convencido, mas realmente não me importa o que Annelise acha de mim. Eu sei que sou bonito! E ela não o pode negar, eu vi como olhou para mim no dia da nossa apresentação. Também olhei para ela, admito, mas a Matilde é muito melhor que ela. Com ela posso ser eu mesmo, sem ‘tar sempre com piadas egocêntricas e sarcásticas. Não preciso de ser o idiota que sou com a Anne, posso simplesmente ser eu, mesmo que as vezes não o faça para ver se a Matilde desperta algum interesse por mim. Mas para variar, nada do que eu faça a chama a atenção… Já pensei até que fosse apaixonada por algum rapaz da turma… Mas ela assegurou-me que não gostava de ninguém… Podia estar só a mentir, eu sei… Eu só queria que ela olhasse para mim como o homem que sou, contudo parece impossível…

Voltei a ver as horas, seis da manhã, perfeito! Uma noite em branco tudo por causa da maldita Annelise! Decidi que devia ir correr, aproveitar já que estou acordado.

Vesti uns calções e uma camisola de alças, dirigi-me para a cozinha sem me esquecer do meu iphone e os fones. Peguei numa maça e fui a comer até chegar a entrada da casa, moramos num condomínio fechado, ocupado só por pessoas de alto estatuto militar. Decidi que ia correr até ao parque perto da casa da Anne, a esta hora de certeza que está na sua caminha cor-de-rosa cheia de ursos de peluche por isso não corro o risco de encontra-la. Pus os fones nos ouvidos e comecei a correr.

Demorei cerca de uma hora para chegar ao tal parque. Não era o único que lá estava, tinha mais duas pessoas. Ao aproximar-me, notei que era o Germano e a Anne, estão a fazer estiramentos os dois. Ela está de leggins e com uma camisola bué comprida parecida com a de ontem.

Não percebo porque é que estão aqui, muito menos os dois! Mas nada como ir perguntar.

Andas atirar-te a minha noiva já a esta hora German? – perguntei, mal cheguei atrás deles.

Eles viram-se os dois rapidamente, como se estivessem a fazer algo completamente errado.

Que ‘tás aqui a fazer? – perguntou. Anne nem olhava para mim. Provavelmente chateada.

Vim correr, ora essa. Porquê? Atrapalho? – sorri falsamente.

Nop, nem um bocadinho, até estávamos a falar de ti – continuou a responder o Germano.

Ai sim? Aposto que mal.

Por acaso até não – desta vez foi a anã que respondeu. – Eu estava a perguntar ao Germano se havia algum motivo para te teres irritado tanto ontem, quando tu apareceste – manteve o olhar para o chão.

Não percebo qual o interesse em quereres saber disso, já foi dito por isso.

Bem Anne, peço desculpa, mas tenho de ir. O trabalho chama-me.

Já? – Anne olhou para ele, parecia triste.

Sim – sorriu. – Vemo-nos amanhã Annezinha – dito isso, deu-lhe um beijo na testa e foi.

Ficou um silêncio constrangedor entre nós e parecia que ninguém estava disposto a quebra-lo, mas ela fê-lo continuando a encarar o chão.

Podias por favor, dizer o que te levou a ficar irritado comigo? – disse quase num sussurro, como se realmente estivesse incomodada com tudo. Tola, não vale a pena vir com o seu charme idiota para cima de mim, não pretendo dizer nada.

Porque queres saber? O mal já está feito…

Eu… – ela hesitava no que dizer. – Eu só quero perceber, não gosto de magoar ninguém… Além do mais vamos ter que conviver durante os próximos meses, e acho que não devia haver este tipo de atrito na nossa relação…

Bem Anne, eu não te sei explicar muito bem, só sei que não gostei do que disseste e pronto…

Porque não me dizes?! Será que não percebes que só ‘tou a tentar resolver as coisas?! – suspirou. – Mas tudo bem, até amanhã Kentin – saiu a correr para casa, deixando-me perplexo. Ela queria resolver as coisas comigo? Porque raios?! Supostamente não deveríamos preocupar-nos um com o outro.

E correres atrás dela, não? Ela só queria resolver as coisas. A voz irritante voltou, argh! Eu não vou atrás dela, não vou! Virei-me para voltar para casa, e sem olhar para trás fui. Aquela rapariga só me confunde! A única coisa que consigo dizer é: Maldita Annelise!


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Notas finais do capítulo

Ken a mostrar o seu lado de bobo apaixonado, até tem mel a mais xD
Se houvesse algum titulo para o Cap, seria sem duvida "Maldita Annelise" ahahah xD
Espero que tenha gostado! :D
Beijinhos ^^