Just don't be afraid escrita por Maya


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Hey! :D
Antes de tudo quero agradecer à CapitainChibi e à DivaLaianinha pela favoritação, obrigada anjos! Este capítulo é para vocês! ^^
Este cap contem finalmente a descrição do lindo Germano, preparem-se para babar ahahah xD
Já tenho uma rapariga que é Team-Germano, será que depois deste vou ter mais? ahaha xD
Boa Leitura! :D

[obs: capítulo editado e corrigido a 14 de novembro de 2014]



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Anne’s P.O.V

Acordei mais uma vez, é quarta esta noite, peguei no telemóvel para ver as horas e constatei que ainda eram 5:35h… Argh!

Acho que devia ir correr, já não o faço há muito e não quero virar nenhuma baleia… Mas não quero ir sozinha… Peguei mais uma vez no telemóvel, desbloqueei-o e dei de caras com a mensagem que Germano mandou ontem. Sorri, ele é mesmo um querido. Será que já está acordado? Podia mandar-lhe uma mensagem para ver se ele quer ir correr comigo… Oh, mando nada, afinal ele deve estar a dormir. Voltei a pousar o telemóvel e deite-me outra vez.

Nem passado 5 minutos, o meu telemóvel vibrou, mostrando sinal de mensagem nova. Abri.

Espero não te estar a acordar, mas não resisti em mandar-te uma mensagem de bom dia para perguntar se estás melhor :)

– Germano”

Impossível não sorrir com isto, sempre tão fofo… Respondi de imediato.

Ia agora mesmo mandar-te mensagem xD

Estou melhor sim, obrigada :D Queres ir correr comigo para o parque em frente a minha casa? Não queria ir sozinha xD”

Levantei-me, vesti as minhas leggins pretas que mal usei ontem e vesti uma camisola bué comprida que ganhei duma impressa qualquer que o meu pai patrocina.

Ele respondeu.

Ai ias? Xb

Ainda bem que estás, encontramo-nos lá daqui a 20 min? ;)”

Respondi um “Ok” e desci para pegar um iogurte. Em menos de 20min já estava a espera do Germano.

– Buu! – Uma voz surgiu do nada fazendo-me saltar.

– Ai que susto! És tolo Germano? – perguntei com a mão no peito, tentando em vão acalmar os batimentos cardíacos.

– Desculpa, não queria assustar-te tanto – sorriu – mas devo admitir que ficas muito fofa assim – acrescentou, fazendo-me corar. Será que ele não percebe que mexe comigo? – E corada ainda ficas mais Annezinha.

– O-obrigada – tentei dizer.

– Então, vamos lá? – perguntou.

– Sim! – sorri e começamos a correr.

Durante o trajeto falamos de várias coisas, como gostos musicas, filmes, séries e até desenhos animados que víamos quando éramos pequenos. Devo dizer que temos bastante em comum, o que fez o meu coração saltitar mais um pouco. Afinal, ele é bonito, quer dizer, lindo mesmo! Tem um olhar que faz qualquer rapariga derreter-se, e ainda por cima é querido e fofo. Como não posso não me sentir atraída por ele? Fogo, controlar-me a beira dele é quase impossível! Aquele cabelo loiro com corte à jogador de futebol, semi-rapado dos lados e grande em cima, que no caso do Germano, levantado e um pouco curvado para a esquerda, aquela barba que lhe dá um ar mais adulto e sexy, aqueles olhos azuis/cinzentos-esverdeados, o corpinho todo bem medido, ombros largos, um cuzinho que nem vou comentar… Enfim, tudo nele me fascina!

Demoramos cerca de uma hora a dar a volta completa ao parque. Aquilo é enorme! Acho que nunca o tinha feito todo, estou realmente cansada!

Paramos para nos alongar à entrada do parque. Decidi que devia tirar a questão que já me está na cabeça desde ontem.

– Olha Germano, eu não consigo para de pensar isto desde ontem… Porque é que o Kentin reagiu daquela maneira ao que eu disse?

Germano suspirou, como se estivesse a arranjar uma maneira simples de explicar, mas quando abriu a boca para começar foi interrompido por uma voz de fundo.

– Andas atirar-te a minha noiva já a esta hora German? – assustamo-nos ao ouvir a voz de Kentin, virando-nos de seguida.

– Que ‘tás aqui a fazer? – perguntou Germano.

Não consigo encarar o Kentin depois ontem, não que esteja chateada com aquilo da mancha, mas as coisas que ele me disse ainda circulam pela minha cabeça.

– Vim correr, ora essa. Porquê? Atrapalho? – atrapalhar o quê? Como se eu e o Germano nos fossemos comer, que não é de todo má ideia… Mas também não sou assim tão rápida a arranjar amizades coloridas.

– Nop, nem um bocadinho, até estávamos a falar de ti – respondeu.

– Ai sim? Aposto que mal – será que é possível alguém ser mais estúpido que ele? Por que carga de água é que eu iria convidar o Germano às seis da manhã para falar mal dele?

– Por acaso até não – respondi já farta da atitude dele. – Eu estava a perguntar ao Germano se havia algum motivo para te teres irritado tanto ontem, quando tu apareceste – disse encarando o chão.

– Não percebo qual o interesse em quereres saber disso, já foi dito por isso.

– Bem Anne, peço desculpa, mas tenho de ir. O trabalho chama-me.

– Já? – olhei para Germano, tentando não perecer triste.

– Sim – sorriu. – Vemo-nos amanhã Annezinha – deu-me um beijo na testa e foi.

Eu e o Ken ficamos em silêncio. Eu queria questiona-lo, perguntar-lhe o porquê de ontem, mas para quê? Ele ia tratar-me mal provavelmente. Eu só quero perceber… Não faz sentido ficarmos assim, principalmente quando ainda temos de conviver por muito tempo. Eu sei que não precisamos de nos dar propriamente bem, mas acho que se tivermos chateados vai custar mais passar o tempo…

Decidi que devia perguntar-lhe, afinal não perdia nada.

– Podias por favor, dizer o que te levou a ficar irritado comigo? – perguntei com voz baixa.

– Porque queres saber? O mal já está feito…

– Eu… – Que lhe digo? Que estou preocupada com ele? Não, claro que não. Ainda acha que gosto dele, da maneira como é egocêntrico… – Eu só quero perceber, não gosto de magoar ninguém… Além do mais vamos ter que conviver durante os próximos meses, e acho que não devia haver este tipo de atrito na nossa “relação”… – disse fazendo o gesto das aspas quando pronuncie a ultima palavra.

– Bem Anne, eu não te sei explicar muito bem, só sei que não gostei do que disseste e pronto… – que lhe custa dizer? Foda-se que rapaz chato, meu Deus!

– Porque não me dizes?! Será que não percebes que só ‘tou a tentar resolver as coisas?! – bufei. – Mas tudo bem, até amanhã Kentin – voltei a correr em direção a casa, sem esperar pela resposta.

Idiota! Idiota! Idiota! Porque perguntas-te?! Já sabias que ele não ia dizer nada de jeito.

Passei o dia no meu quarto, já repararam a vida emocionante que tenho? Eu não tenho muitos amigos, e os que tenho estão todos a viajar ou ocupados com alguma coisa.

A minha amiga Camila, que já conheço desd’a pré-escola passa as férias a viajar com os pais. Eles são empresários estrangeiros que abriram aqui uma empresa, e aproveitam as férias da escola da Cam para visitarem a família na Rússia. Ela é a típica amiga que toda a gente tem que só faz merda quando está contigo. E depois temos o Daniel, aquele que nos ajuda a resolver a merda.

Ele está a trabalhar a part-time numa loja do shopping e no Mc Donalds para a ganhar dinheiro para a carta, por isso anda ocupado. Conheci-o na escola também, mas só no secundário. Ele ganhou bolsa para estudar no nosso colégio. Lembro-me que no início toda a gente o excluía por causa da sua situação financeira. Nós começamos a falar numa aula de biologia em que tivemos de fazer um trabalho de grupo juntos. A partir daí tínhamos conversas mais regulares e quando reparamos já éramos melhores amigos.

Ele e a Camila também se deram bem e começamos a andar sempre os três juntos. Também me dou bem com o resto da turma, mas para mim eles é que são realmente meus amigos, os outros não passam de um bando de fúteis que só pensam em dinheiro e sexo.

«»

– Menina Annelise, está na hora de acordar. O Senhor Petrov ligou a dizer para ir lá almoçar hoje, para conhecer a casa do seu noivo. Ande lá, despache-se!

– Não quero Anastácia, diz-lhe que estou doente. Não quero ir lá…

– Lamento informar, mas a sua mãe já aceitou o convite. Pedirei ao Morgan para preparar o carro, desça em 20 minutos. Já é quase uma da tarde – saiu, mal terminou o seu discurso.

A sério que tenho de ir? Estou tão mal humorada…

Fui tomar banho, demorei uns 10 minutos até sair da casa de banho. Abri o armário sem saber o que vestir… Afinal o que se leva na casa dos futuros sogros?

Após um tempo a decidir o que vestir, decidi que mais valia ir simples – calças pretas e uma camisola de alças de renda branca. Afinal não quero impressionar ninguém, e mesmo que este noivado fosse “a sério” eles deviam gostar de mim pelo que sou, não acham?

Em menos de meia hora já estava a chegar à casa do Kentin, fica num condomínio fechado destinado a militares de cargo elevado, como o seu pai. Pelo que soube, Kentin pretende também seguir a vida militar quando acabar o secundário, já só lhe falta ir à segunda fase dos exames e passar no de português que já pode inscrever-se.

Os portões abriram-se para o carro entrar, revelando o belo jardim que a casa possuía. Muito maior que o meu.

Não me apetece nada ver o Ken outra vez, principalmente porque ainda não resolvemos as coisas e eu não sei como é que ele se vai comportar enfrente aos pais. Será que vai fingir que está tudo bem? Provavelmente, da maneira como é falso…

– Menina, chegamos. – Relembrou-me Morgan, notando que não saia do carro.

– Sim, obrigada – sorri. – Depois ligo-te quando for para me vires buscar, ok?

– Peço desculpa menina, mas o seu pai disse-me que o motorista do senhor Petrov a levaria a casa caso fosse preciso. – O Germano? Que bom! Mas não percebi o “caso fosse preciso”…

– Como assim, caso seja preciso? – perguntei confusa.

– Não sei bem, mas penso que seja para a menina passar aqui a noite. – Passar aqui a noite? Com o Kentin? O meu pai ‘tá tolo, só pode!

– Está bem Morgan, mais uma vez obrigada – sorri e sai do carro, dirigindo-me a porta de entrada. O meu pai não pode estar com as luas todas, ele quer que eu durma aqui? E se o Kentin me matar a meio da noite por causa das coisas que eu disse? Que medo! E não estou a exagerar! Pronto, talvez um bocadinho. Afinal até tem um ponto bom nisto, pode ser que veja o Germano. Até me deixou mais animada.

Quando entrei fui recebida por uma empregada já com alguma idade que me indicou que estavam todos a minha espera no jardim traseiro. Quando cheguei lá dei de caras com uma piscina onde Kentin já nadava. Os seus pais encontravam-se sentados numa espreguiçadeira, lendo alguma coisa. A sua mãe, mal notara a minha presença, veio ter comigo.

– Annelise, que bom que chegas-te! – disse abraçando-me. – Está tudo bem querida?

– Está sim, obrigada! – sorri.

– Kentin! Anda cumprimentar a tua noiva! – gritou, chamando a atenção dele para mim.

Saiu da piscina, mostrando o belo corpo que tem. Ombros largos, tronco musculoso, bastante musculoso, pernas fortes de quem pratica muito desporto. Agora juntem isto a um par de olhos verdes esmeralda, gotas de água espalhadas pelo corpo e um sorriso safado. Ai Jesus Cristo, que é isto?!

Passou a mão pelo cabelo, despenteando-o, e veio abraçar-me, molhando-me toda. Nisto encostou a boca ao meu ouvido.

– Espero que não vás dizer que estamos chateados, noivinha – sussurrou, pondo o meu corpo arrepiado pela sua voz rouca. Ele quer matar-me só pode… Onde é que me vim meter? – Que bom que podes-te vir Anne! – disse com a voz mais elevada, afastando-se. – Tinha medo que com este convite assim a pressa não pudesses – sorriu gentilmente. É mesmo fingido, credo.

– É claro que viria. Sempre quis ver como era a tua casa – sorri. Se ele quer brincar, vamos brincar então.

– Venham, vamos almoçar – disse a sua mãe, indicando para a mesa.

É, pelos vistos este dia promete.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam do German? Correspondeu às expectativas? xD
Espero que tenham gostado flores! :D
Beijinhos e até a proxima! ^^