Just don't be afraid escrita por Maya


Capítulo 24
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas abacates preferidas! ♡
Já vos disse que vos adoro? Então olhem, adoro-vos! E mesmo que só poucas comentem, eu não me importo, porque o resto lê e isso já é suficiente para mim. Muito obrigada pelas mais de 2 mil vizualizações, adoro-vos tanto que até partilhava as minhas torradas convsoco.
Ah, Portugal ganhou o jogo contra a Dinamarca, por isso vamos festejar! Três vivas ao Sr. Cristiano Ronaldo e ao Ricardo Quaresma ahahah xD
Mas não é por isso que estou a postar, deu-me uma inspiração divina no outro dia que estava estudar para matemática e hoje voltou a dar-me outra e cá esta. Este capitulo tem de tudo, desde germanne, safadeza e Kanne, por isso, acho que mereço um abraço de todas! xD
Quero dedicar este capitulo à tathay e à JuliChan por terem favoritado. Muito obrigada anjos, vocês fazem o meu dia! ♡ ♡ ♡
Ah, quero aproveitar para agradecer à BelllaSoares por ter deixado de ser uma leitora fantasma e por ter escrito um dos melhores comentários que já recebi. Muito obrigada! ♡
Desculpem por estas notas iniciais tão grandes, mas eu gosto de fala convosco e espero que também gostem de falar comigo. Ah, vai ter música mais lá para o fim, sugiro que ponham a dar xD
Vá, não vos chateio mais, boa leitura minhas queridas! ♡ ♡ ♡ ♡

[Obs: Capítulo editado e revisto a 30 de Janeiro de 2015]



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Anne’s P.O.V

Vi o seu carro aproximar-se, diminuindo a velocidade até parar. Não tardou para poder ver o seu cabelo loiro sair de dentro do mesmo. Vestia uma camisa branca com um ou dois botões desapertados. Usava umas calças de ganga pretas um pouco justas nas pernas. À medida que encurta a nossa distância, pude reparar na sua barba loira rala e nos seus músculos a tentarem escapar do tecido pálido. O seu cabelo encontrava-se um pouco mais despenteado que o costume. Um sorriso curvou-se nos lábios e vi a sua íris azul brilhar intensamente enquanto me observava. Todo o meu corpo tremia de ansiedade para tocar no seu, para sentir o calor que emana e cheirar o seu maravilho perfume de café.

Rapidamente colocou os braços à minha volta e puxou-me para si. As minhas mãos foram para as suas costas e vi-me a aperta-lo com força. Um beijo casto foi depositado na minha têmpora. Por estar a usar saltos, consegui encaixar a minha cabeça no seu pescoço e pude finalmente sentir a sua fragrância reconfortante. Contudo, aquele não era o perfume normal, e por momentos deixei de me sentir “em casa”.

– Senti tanto a tua falta pequena – murmurou no meu ouvido, arrepiando-me. – Eu adoro-te tanto, minha pequena – a maneira carinhosa que a sua voz proferiu a palavra “minha”, fez-me tremer e por momentos perder a força nas minhas pernas. Que estava a pensar mesmo?

– Eu também tive saudades tuas German – falei contra o seu pescoço, causando-lhe suaves cocegas.

– Oh, minha doce Annelise… – disse, apertando-me mais um pouco. Largou-me pouco tempo depois e encaminhou-me para a porta do carro. Abriu-ma e fechou-ma quando já estava devidamente sentada. Logo entrou para o local do condutor e ligou o rádio. – Alguma música em específico para cantar? Estou desejoso de ouvir a tua maravilhosa voz.

«»

Enquanto caminhávamos, murmurava a música “Wonderwall” que me ficou na cabeça, por tê-la ouvido na rádio. A minha mão encontrava-se entrelaçada com a do Germano enquanto ele me conduzia para o interior do restaurante italiano. Tenho de admitir que não sou grande apreciadora de massas, mas é sempre um bom dia para comer uma maravilhosa pizza.

Arrepiei-me assim que entramos no estabelecimento, provavelmente por causa do ar condicionado. O rapaz ao meu lado pareceu gostar da mudança de temperatura, o que é normal, já que ele está com uma camisa e nós estamos em pleno Julho, mês do calor. Paramos a frente de um balcão onde se encontrava um senhor de idade. Provavelmente o rececionista.

– Boa noite senhores – falou educadamente o tal homem.

– Boa noite – respondemos ao mesmo tempo.

– Presumo que tenham reserva? – o Germano assentiu e disse o seu nome. Germano Machado, que fofo.

O senhor, que descobri chamar-se Ambrósio – quão cliché, isto pode ser? – encaminhou-nos para a nossa mesa. Ficava perto da janela um pouco escondida das restantes. Todo o restaurante era muito acolhedor e romântico. Só tinha o único senão de ser muito sofisticado. Este é o tipo de restaurante que os meus pais usam para os jantares de negócios ou de família/amigos.

Por falar nisso, sempre achei estranho o facto de nunca ter conhecido a família Petrov já que o meu pai diz que ele e Marcus são bastante amigos e de longa data. Um dia hei de lhe perguntar melhor sobre isso.

– Gostas do restaurante? – encarei o rapaz de onde proveio a voz e sorri assim que os nossos olhares se cruzaram.

– Sim, muito. É bastante bonito – ele fez um sorriso ainda maior e desviou o olhar para a ementa. Fiz o mesmo, embora já soubesse o que pedir.

– Que vais querer linda? – nunca gostei que me tratassem assim. Faz-me lembrar aqueles rapazes que metem conversa no facebook sem nos conhecerem de lado nenhum e começam logo a dizer um monte de mentiras e a chamar-nos lindas e coisas assim para ver se caímos na lábia deles. Porém, agrada-me a maneira como Germano o diz. Não sei… Talvez seja o seu tom de voz carinhoso, ou até mesmo a sua voz sedutora. Só sei que sinto o meu estômago tremer sempre que o faz. E há muito que não sentia isto, cheguei a pensar que não iria sentir isto por rapaz mais nenhum. Até que apareceu um Germano e pôs o meu coração a bater freneticamente outra vez.

– Acho que vou pedir uma pizza – disse. Ele soltou uma gargalhada e fechou o cardápio.

– Claro que ias pedir isso… – disse com uma voz divertida. – Ai, Annelise. Eu adoro estas pequenas coisas em ti – senti a minha cara ficar quente. Ultimamente anda sempre a dizer que me adora e eu gosto tanto disso. – Acho que vou pedir para os dois então – sorriu e chamou a empregada. A rapariga abriu um enorme sorriso para o Germano e logo tratou de cumprimenta-lo.

– Germano! Que bom ver-te! – disse, demasiado sorridente e nojenta. Euzinha aqui vai vomitar – desde que saíste do secundário nunca mais te vi! – deu-lhe dois beijos, tentando ao máximo espetar-lhe as mamas na cara. O único problema é que ela não possui tal atributos, portanto, a sua missão não foi concluída. Assim que se ergueu, moveu o olhar para mim com certa cara de enjoada. – E esta quem é? Tua prima? – Tenho cara disso, loira oxigenada?

– Sabes que eu não tenho primas Clara – disse com cara de gozo. Toma, toma, toma! (Annelise modo criança, ignorem por favor). – Esta é a Annelise, a minha pequena – sorriu genuinamente. – Anne, esta é a Clara. Uma ex-colega minha.

Se eu gostei de ele ter dito aquilo? Muito! Mas gostei ainda mais da cara de nojenta dela, assim que ele pronunciou tais palavras.

Ela recompôs-se rapidamente e anotou os nossos pedidos.

«»

– Acho que vou pedir a conta, que dizes? – perguntou após ver-me a comer a última fatia. Concordei com a cabeça e vi-o erguer o braço para chamar o empregado. – A conta se faz favor – o homem assentiu e logo foi busca-la. Assim que o German pagou, saímos para fora do restaurante de mãos dadas. Por estranho que pareça, a sua mão é bastante fria. E isso faz-me lembrar aquela coisa de que os opostos se atraem. Acho que nem sempre isso é verdade, mas parece resultar com as nossas mãos, já que a minha é quente e a dele gélida.

Logo chegamos ao carro e ele voltou a abrir e a fechar-me a porta. Quando entrou olhou para mim e passou a mão gentilmente pela bochecha.

– És tão linda – murmurou. Desviei o olhar, envergonhada. – A sério, és mesmo linda. Tanto por fora como por dentro. Nunca deixes que mudem isso Anne, nunca – beijou-me suavemente a testa.

«»

O Germano parece ter a capacidade de adivinhar sempre para onde eu gosto de ir. Às vezes pergunto-me se sou eu que sou previsível ou se ele é que é carinhoso demais. Neste momento, estamos no maior parque da cidade, encostados à grade que separa o rio do parque. Estamos em silêncio há algum tempo, mas não num constrangedor. Mas naquele em que o silêncio é simplesmente perfeito e nos faz entender muito sobre a outra pessoa.

– Anne? – a sua voz saiu um pouco mais rouca que o costume. Talvez por ter estado calado algum tempo.

– Sim? – perguntei, virando-me para ele. Ouvi um carro estacionar, mas por mais que a minha curiosidade fosse grande, não consegui desviar o olhar do seu.

– No sábado tenho jogo, gostavas de ir ver? – perguntou, ainda encarando o rio.

– Eu adoraria – respondi. Senti o meu telemóvel vibrar.

De Kentin:

Preciso de falar contigo. Algo mesmo importante”

Senti o Germano olhar para mim intensamente.

Para Kentin:

Agora não dá, quando chegar a casa ligo-te”

Não tive tempo de fazer mais nada a não ser guardar o telemóvel, pois o Germano puxou-me contra ele.

– Consegues ouvir a música ao fundo? – perguntou. Assenti, é uma daquelas músicas que só era boa para cantar junto com a Camila no balneário de tão lamechas que é. – Danças comigo? – puxou-me ainda mais para ele e colocou a sua boca encostada à minha orelha. – Nem imaginas quantos ciúmes tive de te ver a dançar com o Kentin – sussurrou. As suas mãos, que outrora estavam nas minhas costas, desceram para minha cintura, apertando-me levemente. – Odiei tanto aquilo Anne. Só eu é que te posso tocar daquela maneira, só eu – os meus braços voaram para o seu pescoço, abraçando-o.

Ele não perdeu tempo e juntou as nossas bocas. O beijo começou lento, até que subtilmente o Germano o transformou num completamente selvagem. Os nossos lábios lutavam entre si, aquecendo-me. Senti-o morder o meu lábio inferior e aproximei-me mais dele. Tudo entre nós acontecia de maneira tão rápida, voraz e incrivelmente quente. Deixei-me entrar no jogo dele e mordi também o seu lábio. Ele sorriu. Não há nada melhor que sentir um sorriso com a boca… Puxou-me mais contra ele e apertou mais a minha cintura. Parecia que não queríamos separarmo-nos um do outro, ou então que nos queríamos fundir. Estava a ser demasiado perfeito. Dei por mim a ficar aquecida, solta e com pensamentos mais pervertidos. Quando reparei, uma das minhas mãos encontrava-se a passear pelo seu peito em bem formado enquanto a outra permanecia no seu cabelo, puxando-o de maneira completamente brusca. Senti que estava ficar sem ar, mas não quis parar. Queria prolongar aquela sensação maravilhosa o máximo que desse.

Demoradamente, ele parou o beijo dando pequenas caricias nos meus lábios com os seus. Continua as mesmas com o seu nariz no meu, tocando suavemente um no outro. Numa espécie de beijo à esquimó, mas muito mais vagaroso. Antes de se afastar definitivamente, voltou a morder-me suavemente.

Os olhos azuis fitavam-me de maneira intensa e um sorriso rasgou a sua face. Ele é tão lindo, passaria o resto da minha vida a observa-lo.

– Eu adoro-te tanto, minha doce Annelise – sussurrou, ainda com o mesmo olhar. O meu coração voltou a trabalhar a mil à hora, as minhas pernas tremeram e a minha boca proferiu:

– Também te adoro, Germano.

«»

Atirei-me para a cama assim que entrei no quarto. A noite tinha corrido melhor que eu esperava.

Após aquele beijo, houveram muitos mais e muito mais enérgicos . O Germano tem o dom de me fazer ficar viciada nele. Eu não queria parar de beija-lo, aquilo era simplesmente delicioso. No entanto, tivemos parar porque, primeiro, estava a ficar tarde e, segundo, ele disse que era melhor ir com calma para não ter de tomar nenhum banho de água fria.

Nessa altura, se eu fosse uma avestruz, era provável que em vez de meter só a cabeça, metesse o corpo todo debaixo da terra. Que vergonha! Tudo bem que eu já tenha tido um namorado, mas eu era uma “criança” na altura, as coisas nunca chegaram a isto. É claro que não eram só bate-chapas que haviam, mas nunca houve mordidas e muito menos línguas à mistura! Eu era uma pessoa inocente até conhecer o Germano!

E hoje pareci uma ninfomaníaca! Que horror, que horror, que horror!

Peguei na bolsa e tirei de lá o telemóvel. Tinha duas mensagem do Kentin.

De Kentin:

Deixa estar, já não é preciso. Diverte-te ;)”

Amanhã não vai dar para estamos juntos à tarde, mas devo passar por aí quando terminar tudo o que tenho a fazer. Beijinhos e dorme bem ervilha ♡”

Ao observar a primeira mensagem, conclui que aquilo era o tipo de mensagem que normalmente se usa quando estamos mal, e por momentos amaldiçoei-me por não lhe ter ligado logo. Ele podia estar a precisar de mim! Mas depois lembrei-me do beijo, do carinho e da atenção do German e acho que não trocava isso por nada.

Mesmo assim, por precaução, decidi ligar-lhe. Atendeu depois de chamar cinco vezes, quando já estava quase a desistir.

Sim…? “ – a sua voz estava muito rouca e sedutora. Parecia que ele tinha acabado de acordar. Oh meu Deus!

Oh, eu acordei-te! Desculpa! Volta a dormir Kentin, falamos amanhã.

Anne? “ – murmurou, pareceu mais “Annie” mas deve ter sido por causa do seu tom sonolento.

– Sim, desculpa… Eu só estava preocupada contigo… Volta a dormir.

“Agora que já me acordaste não vale a pena, não achas?” – produziu uma pequena gargalhada. Oh céus, como soa sexy!

– Sim, acho que tens razão. Bem… Eu queria saber se está tudo bem e o que querias falar comigo. Sabes que podes falar tudo o que quiseres, certo?

“Sim, eu sei ervilha” – fez uma pequena pausa. –“Mas não é nada mesmo… Quer dizer… Não sei se é algo mau ou bom, mas hoje despachei a Matilde” – voltou a rir. – “Acho que nunca tinha sido tão mau com ela como fui hoje. E acho que te devo isso a ti. Obrigada por me ajudares a perceber que ela não é perfeita como eu a idealizei. Obrigada mesmo”

Não pude conter o sorriso que se formou na minha cara.

– Fico feliz Kentin, realmente feliz. Mereces alguém muito melhor que ela.

“Eu acho que encontrei a pessoa que gostava de ter, mas acho que não a mereço eu. Ela é demasiado querida para alguém como eu” – Aa sua alegria foi diminuindo à medida que falava.

– Tu mereces o melhor Kentin, e se a rapariga não vê isso ou é cega ou é muito estúpida – disse convicta. Ele é uma pessoa espetacular, das melhores que já conheci.

“Tenho a impressão que ela é estúpida então” – murmurou rindo. Não percebi o que tinha piada, mas não pude deixar de sorrir ao ouvir o som maravilhoso que a sua gargalhada produz.

– Acho que devias dizer-lhe o que sentes… Quer dizer, pode não ser amor, afinal não tens a certeza. Mas porque não tentam juntos ver no que dá? – ele suspirou pesadamente.

“Não é assim tão simples pequena Anne. Sabes bem que falar de sentimentos não é bem a minha cena…” – a sua voz ficou um pouco mais triste.

– Então se não és bom a dizê-los, demonstra-os.

Como?”

– Sabes, para fazeres uma mulher apaixonar-te por ti, só tens de a fazer rir.

“O problema Anne, é que sempre que ela ri, quem se apaixona sou eu” – comentou vagamente, parecendo estar a lembrar-se do riso da pessoa. – “Está a ficar tarde… Amanhã tenho de me por a pé cedo… Achas… Achas que podes cantar para mim. Para eu adormecer?”

Claro. Vou cantar uma música nova dos Maroon 5, tudo bem?

Sim

– “Oh, and I don't need time to find another lover, but I want you” – comecei suavemente – “I can't spend another minute getting over loving you.”

«If you don't ever say, yeah.»

«Let me hear you say, yeah»

«Wanna hear you say, yeah, yeah, yeah»

«Till my heart is open»

Ouvi o som da sua respiração e continuei a murmurar a letra, mas baixinho, acabando por adormecer sem mesmo desligar a chamada.


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Notas finais do capítulo

Por hoje é tudo, e talvez por esta semana também, mas não sei. Pode ser que ainda poste mais qualquer coisinha.
Quero aproveitar para vos dizer que estou a preparar um novo capitulo especial, mas este só vai ser publicado assim que eu mandar uma personagem embora.. xDD
Ahhh, tenho um topico no forum amor doce, vão dar uma vista de olhos, aqui o link:http://www.amordoce.com/forum/t27165,1-pedidos-julgar-um-livro-pela-capa-por-brunaas.htm
Vá, espero que tenham gostado. Beijinhos e até aos comentários!
ps: aqui são 23h e eu ainda tenho de fazer os tpcs de matemática, pobre de mim...