Just don't be afraid escrita por Maya


Capítulo 23
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Olá meus abacates!
Não me atirem com pedras por favor! Eu tenho andado uma, e desculpem o termo, merda. Juro-vos! Não tenho escrito nada de jeito e além disso passei quase duas semanas a escrever algo para o jornal aqui da vila. Pois é! Agora escrevo aqui num jornal, meu deus, estou tão feliz!
Mas vá, desculpem-me! a sério! Eu já vos tinha dito que isto ia ser complicado, e acho que cada vez vai ser mais, porque vou mudar de casa e o meu pai não parece querer por lá internet, por isso rezem que os vizinhos tenham internet! xD
Quero dedicar este capítulo à Styl3sGirl tal como prometido e também à Bellla por ambas terem faboritado a fic! Muito obrigada anjos! ^^
Bem, capítulo com algumas revelações e (não me matem por favor!) sem P.O.V da Anne.. :/ Pois é, parece que só vaõ descobrir sobre o jantar para o próximo ahaha xD
Vá, fiquem com a lamechiche do Kentin e sejam felizes! ahaha xD
Boa leitura lindas e lindos! ^^

[Obs: Capítulo editado e revisto a 30 de Janeiro de 2015]



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/496138/chapter/23

Kentin’s P.O.V.

Olhei de relance para a Matilde, que ainda se encontrava relativamente perto de mim. A sua expressão facial demonstrava dúvida, e talvez até medo. Ela tentou falar, no entanto não deixei.

– Porquê Matilde? Porquê agora? – a minha voz saiu fraca, tanto pela minha recente descoberta, como também pelo facto de não perceber o porquê dela me ter beijado justamente quando eu já não sinto nada por ela. Eu passei seis anos da minha vida, apaixonado por ela e só agora é que ela nota isso?! Só agora é que se lembrou que eu existo?!

– Porquê o que Kentin? Não era isso que querias? Aliás, que sempre quiseste? Não? Não querias que te beijasse? Que admitisse que gosto de ti? – estremeci assim que ouvi a sua ultima pergunta. Que merda é esta de ela gostar de mim?!

– Quê?! – perguntei, agarrando-lhe os ombros com certa brusquidão.

– É exatamente o que acabaste de ouvir Ken, eu gosto de ti. Não foi isso que sempre quiseste? Que eu me declarasse, para que pudéssemos ser felizes? – a sua voz ficou mais doce, assim como o seu olhar. Por um momento, apeteceu-me largar tudo aquilo que tinha pensado até aqui e beija-la até não conseguirmos respirar mais. Só Deus sabe o quanto eu quis ouvir isto!

O problema está no próprio pensamento. Quis, não quero mais.

– Eu já não quero isso, Matilde – sussurrei e desviei o olhar.

– Então queres o quê Ken? A vadia da Annelise? – soltei os seus ombros. Como pode dizer aquilo dela?!

– Não lhe chames isso! E-

– Até já a defendes, deve ter-te feito uma lavagem ao cérebro.

– Matilde, menos. N-

– Menos nada! Ela está a virar-te contra mim, não percebes? Ela só quer destruir o nosso amor!

– Será que me podes de-

– Ken, percebe que ela só quer o teu mal! Ela deve querer uma espécie de vingança sabe-se lá o porquê. Ela é-

– Foda-se! Para de me interromper! Eu não falei aquilo por causa dela, quer dizer, tem um pouco a ver. Mas não da maneira que estás a pensar. Ela só me fez perceber que o “amor” que sempre disse sentir por ti, era de alguma forma platónico. Não era verdadeiro! Agora, por favor, sai da minha casa e leva as tuas roupas que estão por aqui espalhadas. Eu preciso de pensar e contigo aqui não dá. Pe-

– Isso quer dizer que ainda mexo contigo, Ken? – perguntou com os olhos cintilantes.

– Claro que sim, sempre vais mexer Matilde. És importante para mim – disse, tentando fazer um sorriso.

– Posso abraçar-te na mesma? – assenti e ela colocou os seus braços a minha volta, encostando a cabeça perto do meu pescoço. – Eu… Eu não vou desistir de ti Ken, não agora que sei o que quero – largou-me e dirigiu-se para o interior da casa.

Suspirei. Porque é que será que as coisas só complicam?

«»

– Ei, onde vais Germano? – perguntei, assim que o vi a dirigir-se para a garagem.

– Tenho a noite livre, vou jantar com a Anne – disse, sorrindo. Falso.Do.Caralho.

Fez um pouco de silêncio entre nós e ele continuou a andar, até que o interrompi:

– Eu vi.

– Viste o quê, idiota? – perguntou, ainda no mesmo tom alegre virando-se para mim.

– Na sexta, Germano – a sua expressão começou a ficar séria.

– Viste o quê, idiota? – repetiu a mesma pergunta mas num tom rude, embora baixo.

– Tu sabes o quê German, não te faças tu de idiota – ele veio até mim e agarrou o meu pescoço puxando-me levemente para cima.

– Eu não sei do que falas Kentin, mas aviso-te já para não te meteres no meu caminho – empurrei o seu braço para longe e encarei-o tentando por a minha expressão mais intimidante.

– Conta-lhe, ou conto-lhe eu. Escolhe – ele riu-se sarcasticamente.

– E achas que ela vai acreditar em ti? Poupa-me! Também não acreditaste nela!

Germano Camelo 1.

Kentin 0.

– Então já sabes do que estou a falar? – ele pareceu hesitar durante um pouco.

– Não Kentin, não sei. Mas seja lá a merda que lhe fores inventar, arranjar uma que seja, pelo menos, credível. Agora, se não te importas, tenho uma linda rapariga à minha espera – continuou o seu caminho e logo pude ouvir um carro ligar-se.

«»

Sinto o suor escorrer pelo meu corpo todo. Devo parecer um cavalo, mas que sa’foda. Golpeei mais uma vez o saco de boxe.

Onde será que foram jantar? Será que se estão a divertir?

Todo o meu corpo tremia de raiva sempre que me vinha à cabeça imagens dos dois. Senti o saco rebentar e passei as mãos pelo cabelo, despenteando completamente. Simplesmente não dá!

Saí a correr do ginásio, subindo as escadas para a casa de banho. Tomei o banho mais rápido da minha vida e vesti a primeira coisa que me veio à frente, uma t-shirt branca (que já devia estar-me pequena de tão justa que me ficava) e uns calções azuis marinho. Corri escadas abaixo, em direção ao meu carro e só parei quando cheguei à beira do mesmo. Não demorei nem dez segundos a arrancar.

Pela minha cabeça, passavam mil e um restaurantes onde o Germano pudesse levar a Anne, mas nenhum me pareceu suficientemente bom para aquilo que o loiro tem capacidade. Puta que pariu, eu quero tanto esmurra-lo até à morte. Não é uma questão de possessão, mas sim querer que ela seja feliz, e com aquele mentiroso de merda, de certeza que não será.

Desculpem pelo meu vocabulário cheio de palavrões, mas não consigo pensar direito com tanta fúria dentro de mim.

Voltei a concentrar-me nos restaurantes. Eu não faço a mínima ideia onde ele a possa ter levado e não sei a quem perguntar… O Germano tornou-se solitário assim que saiu do secundário, quer dizer, pelo menos é o que ele demonstra. Mas depois do que vi, solitário é coisa que ele não é…

Eu não percebo… Porque é que sempre que eu encontro alguém, tem de haver sempre alguma coisa a empatar? Será que o problema sou eu? Eu sei que não tenho o melhor dos humores, nem que fui a pessoa mais simpática no início, mas deve haver uma hipótese para mim, certo? Quer dizer, eu só tenho de tentar conquista-la, não é? Talvez se eles se afastarem, ela se aproxime de mim e depois tudo aconteça naturalmente. A questão é como fazer isso. Eu sei que lhe posso contar, mas ela não vai acreditar como o loiro disse. O mais provável é achar que eu estou a vingar-me pelo que ela disse da Matilde – algo que ainda tenho dúvidas sobre quem está a dizer a verdade.

Olhei para o relógio do carro. 21:30. Nem acredito que passei duas horas a andar de carro. Eles já devem ter acabado de jantar, agora é mais fácil saber para onde o Germano a levou. Conhecendo o Germano, e ainda mais a Anne, sei que devem ter ido para a margem do rio. Ela adora estas coisas simples. Mudei completamente de sentido e dirigi-me ao norte da cidade.

Assim que lá cheguei, deixe-me estar dentro do carro e procurei-os com o olhar. Não foi difícil, afinal o Germano é bastante alto e ela minúscula. Estão os dois a conversar encostados à grade que separava o parque do rio. Decidi escrever-lhe uma mensagem.

Para: Annie

Preciso de falar contigo. Algo mesmo importante”

Acabei de digitar e enviei. Encarei-os mais uma vez, vi-a pegar no telemóvel e ficar com ele durante alguns segundos. Escreveu algo e voltou a guarda-lo.

De: Annie

Agora não dá, quando chegar a casa ligo-te”

Ia responder-lhe, mas antes disso, ergui o olhar e desisti de o fazer. Eles encontravam-se a beijar como se não houvesse amanhã. O Germano agarrava a sua cintura e ela tinha as mãos à volta do seu pescoço. Pela maneira frenética com que o faziam, diria que já tinha evoluído muito mais na relação. Senti o meu peito doer e as facas afiadas atacarem, sendo muitas mais que da última vez.

Se eu queria esmurra-lo? Com certeza. Se o faria? Não.

Para ganhar, eu tenho de entrar no jogo dele, e por muito que seja contra a mentira, não estou a ver como possa contar a verdade a Anne sem que esta fique destroçada. Se eu estivesse no lugar dela, ficaria completamente de rastos e voltaria a ser a pessoa deprimida que outrora fui. E eu não quero isso para ela, quero vê-la feliz, não de coração partido. Principalmente por alguém que não merece minimamente isso.

Para: Annie

Deixa estar, já não é preciso. Diverte-te ;)”

Arranquei o carro e conduzi até ao meu apartamento. Assim que lá cheguei avisei a minha mãe que ia passar aqui a noite e sentei-me no sofá. Passei as mãos pelo cabelo, suspirando.

Que faço agora?

Se estivessem no meu lugar, o que fariam? Contavam-lhe a verdade? Pois, eu sei que devia. Mas simplesmente não consigo… Deve haver uma maneira de fazer isto tudo sem que ela tenha se sofrer… Eu sei que sim…

Deixei a minha cabeça descansar no sofá, permitindo aos meus pensamentos focarem-se nela. No seu olhar escuro e completamente legível; no seu cabelo enorme que me desperta a vontade de o afagar; nos seus pequenos gestos que faz intencionalmente, como o leve encolher dos ombros ou até mesmo o revirar dos olhos sempre que está chateada ou a gozar comigo; na doce melodia que sai dos seus lábios sempre que ri; ou então na sua mão quente e na maneira como me abraça. Oh, como eu quero senti-la junto de mim, com a cabeça contra o meu peito e o braço à minha volta. Poder tê-la a tocar piano e a cantar só para mim.

Lembro-me que quando a vi junto ao piano na casa de férias, fiquei completamente sem reação. Não só pelo fantástico som que ela produzia, como também pela paixão que ela mostrou por aquele instrumento. Poderia até dizer, que por ela, passaria a vida assim. A tocar piano e a esquecer qualquer que fosse o problema que lhe atormenta o seu pequeno e maravilho mundo.

Caramba, isto soa tão gay.

Levantei-me e fui até ao meu quarto, observando o quadro de cortiça que trouxe de casa com todas as minhas fotos. Agora tem bastante menos, já que tirei a maior parte que havia da Matilde. E mesmo que tenha juntado uma boa quantidade de fotos da Annelise, não chega a ser o mesmo número. Juntei algumas que consegui tirar durante o jantar e outras que tirei hoje de manhã. Tenho até mesmo uma dela a dormir. Se pensam que ela ficam completamente angelical a dormir, enganam-se. Ela fica ainda mais sedutora. Uma das suas pernas encontra-se sempre fora do lençol e das duas vezes que já a vi dormir, nunca estava a usar calças. A vontade que eu tive de fazer-lhe pequenas caricias na sua perna pálida! A sua boca fica ligeiramente aberta, como se tivesse usado aparelho. E o seu cabelo… Oh aquele cabelo… Aquele cabelo é a minha perdição! Só o tenho desenhado nos últimos dias, mesmo antes de fazer aquele pequeno retrato na casa dela.

Ao pensar nisso, senti os meus dedos formigarem, implorando para que pegasse num lápis e os deixasse mexer livremente. Sentei-me na secretária e deixo-os mover como bem entendessem. Pequenos traços foram aparecendo, formando uma espécie de “S”, passando mais tarde a um “B” e quando notei, tinha um enorme piano desenhado, exceto uma pequena parte que seria tapada se alguém estivesse lá sentado. Logo tratei disso, esboçando o tal cabelo que me atormenta desde que a vi no primeiro almoço em minha casa. O seu corpo, visto de trás foi também delineado, assim como um pequeno banco.

Em poucos minutos tinha um desenho pronto e com ele, uma maravilhosa ideia para deixar a minha Annie feliz.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, a Matilde levou um fora! Ou pelo menos quase ahaha xD
Vá digam-me o que acharam da revelação, se foi obvio ounão.. xDD
Ahh, mudei a capa da fanfic e acrescentei uma pequena coisa na sinopse, vão lá ver e deem-me também a opinião pf! Nem que seja por MP. Se forem ao meu perfil no AD tenho lá assinaturas e coisas assim xD
Fico à vossa espera nos comentários e por favor, não seja masinhas aqui com a recem adulta (fiz 18 anos no sabado o/)
Beijinhos minhas perolas :D