Just don't be afraid escrita por Maya


Capítulo 25
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas queridas abacates! :D
Pois é, demorei muito menos tempo desta vez! E sabem porque? Porque eu tenho um teste na quinta e então a minha inspiração resolveu voltar só para eu não ter de estudar xD Já sei que vai correr mal o teste, mas mesmo assim, depois de publicar isto, vou estudar xD
Caramba, eu estou tão feliz!!!! Eu recebi a outra recomendação! Outra carago, vocês sabem o que é isso? Omg, eu estou tão feeeeeeeeeeeeliiiiiiiiiiiiiiiiiz! DivaLaianinha, muito obrigada pela maravilhosa recomendação! Do fundo do coração obrigada, fico mesmo muito feliz (vejam só o meu vocabulário pobre xD) que gostes assim tanto da minha história ao ponto de recomendar. E quanto ao que disseste, infelizemente, nunca poderia publicar esta fic porque uso personagens que não são minhas, mas é bom saber que consideras que isto dava para um livro. Muito obrigada! Aqui tens este capítulo cheio de amor todinho para ti querida! Muito obrigada mais uma vez!
Vá, minhas queridas, boa leitura! :D

[Obs: Capítulo editado e revisto a 22 de Fevereiro de 2015]



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Anne’s P.O.V.

Sabem aqueles dias em não vos apetece fazer nada? Quando já estão fartos de ver séries, filmes, animes, de ler, de desenhar, de pintar, de ouvir música, de tocar, de tudo? Pronto, essa sou eu, hoje.

Que porcaria! E o pior de tudo é que devido à minha saída de ontem, a Anastácia não me deixa sair de casa, a não ser que seja o Kentin a vir-me buscar. E para agravar a coisa, ela viu que eu estava mal-humorada e ainda assim se atreveu a negar-me torradas! Como pode?! Agora, para além de estar a apanhar um alto secão, estou ougada. Maldita, maldita, maldita! Mas eu vou-me vingar, aí se vou.

Bem, da última vez que estive assim à seca, o Castiel veio salvar-me o dia. Só que desta vez ele não está online. Sim, eu já fui confirmar – desespero nível máximo.

Também, por que raio tinha de estar o Kentin ocupado hoje? Não podia fazer isso num sábado ou assim? Não, claro que não, há que contrariar a Annelise e fazê-la morrer de tédio.

Olhei para o relógio pousado em cima da mesinha de cabeceira e suspirei assim que constatei que ainda só eram três e meia. Ele disse que só passava por aqui depois das cinco horas… Que faço até lá? Ninguém tem uma ideia?

Sinto tanto a falta da Camila, se ela estivesse aqui, nada disto acontecia. Ela passa a vida aqui metida ou então sou eu que estou na casa dela. Mas a pita resolveu ficar mais um mês na Rússia por causa do tal rapaz da foto. Traidora.

O Daniel arranjou mais um part-time e agora passava a vida a correr de um emprego para o outro. Ao menos não é como eu que sou uma preguiçosa de primeira. Quando tive que ficar a limpar uma sala, porque eu e a Camila a sujamos toda de tinta na aula de evt, percebi que não tinha vocação para esse tipo de trabalho forçado. Acho que seria melhor a trabalhar num escritório ou a tocar em bares do que a limpar casas. É que para além de não ter “vocação”, não tenho jeitinho nenhum! Juro-vos! É mais provável um guaxinim limpar melhor que eu. Até a lavar a loiça sou um desastre, fica sempre pequenos pedacinhos de comida escondidos nos pratos. No dia em que tentei ajudar nas tarefas domésticas, consegui enervar tanto a Anastácia que ela voltou a lavar os pratos todos e partiu três (saliento que eles eram, no total, cinco).

Ouvi o meu telemóvel tocar, despertando-me dos meus pensamentos.

De Kentin:

Daqui a meia hora chego. Consegui despachar-me :D

Quero um pacote de bolachas XXL para quando eu chegar ;) xD”

Sorri sem tirar os olhos do telemóvel e gritei para chamar a Anastácia. Já que ela não me deu torradas, hoje vou tortura-la!

– Sim, menina Annelise? – perguntou.

– O Kentin chega daqui a meia hora e quer um pacote XXL de bolachas, temos em casa? – falei normalmente.

– Não menina, o último que havia ele comeu no outro dia.

– Oh, mas não lhe vamos fazer essa desfeita pois não? Afinal ele é convidado.

– Pois menina, mas o Morgan foi com os seus pais para Inglaterra, não dá como ir comprar agora.

– Mas Anastácia, não poderia ir comprar? Demora, quê, cinco minutos a chegar ao mercadinho em frente ao parque? Que lhe custa?

– As minhas pernas – murmurou, para eu não ouvir. Mas eu ouvi! – Nada menina, se é para ir ao mercadinho, eu vou num instante.

Saiu a correr pelo quarto e quando estava prestes a fechar a porta voltei a chama-la.

– Ah, já me esquecia, o Kentin prefere das da marca do Intermaché, diz que são as únicas que ele pode comer três pacotes inteiros e não ficar enjoado.

– Intermaché? Não está a dizer para eu ir lá, pois não?

– Eu? Longe de mim, só te disse o que faria o Kentin mais feliz. Afinal temos de agradar o meu noivo, não é? – senti os seus olhos enfurecidos tentarem me matar como se fossem raios laser. Ninguém te mandou proibir-me de comer torradas!

– Pois, claro. Tem toda a razão. Em menos de vinte minutos estou aqui menina.

Assim que fechou a porta, ouvi-a resmungar um monte de coisas relacionas comigo, mas a que menos gostei foi: “Tira-se-lhe as torradas e é a terceira guerra mundial nesta casa, onde já se viu?!” Terceira guerra mundial?! É o fim do universo, isso sim!

«»

– Não te preocupes querida Anastácia, eu sei o caminho – gritou das escadas. Se continuar assim, a velha vai ficar apaixonada por ele. Entrou no quarto sem bater à porta e a primeira coisa que fez foi atirar-se para a minha cama, ficando quase em cima de mim. – Esquece, a tua cama é das melhores que já vi.

– E tu és o mais obeso que já esteve deitado nela – disse, virando-me para ele e empurrando o seu ombro – chega para lá, balofo! – ele soltou uma gargalha abafada por eu não ter conseguido afasta-lo nem um centímetro. Suspirei. – És tão gordo que nem com a minha força toda te consigo empurrar! E olha que sou bastante forte! Eu como os espinafres todos! – ele voltou a rir-se e virou-se para mim. Soprou-me para a cara, fazendo-me fechar os olhos. Senti os seus lábios depositarem um beijo no topo do meu nariz, causando-me cócegas.

– Olá Annelise – murmurou, assim que se afastou da minha cara. Abri os meus olhos lentamente, um primeiro que outro, ainda com medo que ele me atacasse outra vez.

– Olá Kentin – falei, no mesmo tom baixo, assim que o encarei totalmente. A sua boca contraiu-se num lindo sorriso e senti os seus braços rodearem-me. Encostou-me ao seu peito para o abraço mais fofo que alguma vez tive. Sentia a sua respiração bater no meu ouvido e, apesar dos arrepios, estava realmente a adorar estar nos braços dele, mesmo que seja um abraço desajeitado.

– Meninos, está aqui as bo- – afastei-me rapidamente do Kentin assim que ouvi a voz cansada da Anastácia. – Ai, perdoem-me meninos! Não era minha intenção interromper-vos!

– Não há problema Anastácia, trouxeste bolachas? – perguntou no tom infantil já habitual quando o assunto é a sua “comida” favorita. A senhora assentiu e entregou-lhe o pacote. – As minhas preferidas! – levantou-se. – Obrigado, és um anjo, Anastácia – deu-lhe um beijo no topo da cabeça e voltou a atirar-se para a cama. A mulher começou a ficar corada e saiu a correr do quarto.

– Ela ainda vai ficar apaixonada por ti Kentin – murmurei rindo das figuras da minha funcionária.

– Nau bai naba – proferiu com a boca cheia. Engoliu tudo e antes de meter mais na boca, voltou a virar-se para mim. – Ela já está caidinha – piscou o olho, começando logo a seguir a gargalhar. Comecei a rir-me junto a ele, não resistindo ao som contagioso.

– Então vai-lhe pedir torradas para mim, por favor – disse com a voz mais suave que o normal. Ele abanou a cabeça em negação. – Vá lá Kentin, fui eu que a mandei ir comprar essas bolachas para ti! É o mínimo que podes fazer!

Nope. Ela foi compra-las porque me adora que eu sei, não tentes difamar a mulher. Ela faz de tudo para me agradar. De certeza que daqui a pouco me vem perguntar se fico para jantar e diz que faz a minha comida favorita.

Virei-me de costas para ele, fingindo estar amuada. Quer dizer, fingindo não, eu estou amuada. Quero torradas!

– Oh meu Deus! Está a dar Teenage Dream! – saltei da cama e apontei para a televisão que se encontrava ligada num canal de música. Não consegui conter-me e comecei a cantar junto com a Katy Perry – I know you get me, so I let my walls come down, down – pus-me em cima da cama e fiz o telemóvel de microfone. – Let's go all the way tonight, no regrets, just love. We can dance, until we die. You and I, will be young forever – se vocês soubessem o quanto eu adoro esta música. - You make me feel like I'm livin' a teenage dream. The way you turn me on I can't sleep. Let's run away and don't ever look back. Don't ever look back. My heart stops when you look at me. Just one touch. Now, baby, I believe this is real. So take a chance and don't ever look back. Don't ever look back.

«I'm a get your heart racing in my skin-tight jeans. Be your teenage dream tonight. Let you put your hands on me in my skin-tight jeans. Be your teenage dream tonight»

O Kentin ria-se das minhas figuras enquanto eu improvisava passos de dança que nunca seriam possíveis com esta música, afinal ela nem sequer é mexida.

– Youuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu – fiz o maior agudo desafinado de sempre na minha parte preferida.

Estava tudo a correr bem, até que senti algo escorregadio por baixo do meu pé. Quando desviei os meus olhos para lá, encontrei o pacote das bolachas, já vazio, e quando ia a continuar a cantar e a dançar o maldito pacote fez-me cair de cara no chão. Mas eu posso descrever-vos a queda: a minha tão adorada perna direita, onde se encontrava o papel, lembrou-se de querer fazer a espargata sozinha, esticando-se até me fazer desequilibrar até ao maravilhoso pavimento de penas, aterrando com a minha encantadora face no mesmo, onde mais tarde, a outra amada perna se juntou à diversão e querendo fazer uma espécie de figura de ginástica acrobática.

Espero que tenham sentido toda a ironia.

Ouvi as gargalhadas do Kentin enquanto tentava pôr-me normal. Desisti de por a perna direita de pé e deixei-me escorregar pelo chão, colocando todo o meu corpo nele. Aquele deficiente, intitulado do meu noivo, também se encontrava no chão, mas não, não era para me ajudar, mas sim rir-se de mim. Quando finalmente consegui erguer-me reparei que ele se encontrava todo encolhido e já tinha pequenas lágrimas a sair-lhe dos olhos. Sentei-me na cama e tentei ajeitar o meu cabelo, porém aquilo encontrava-se pior que a floresta amazónia.

– Acho que já chega Kentin – comentei com o sorriso. Ele tentou parar de rir e sentou-se ao meu lado, ainda soltando pequenos risinhos.

– Foi a melhor queda que já assisti em toda a minha vida – disse e voltou a gargalhar, atirando-se de costas para a cama. – Só mesmo tu, Anne desastrada.

– Em vez de te preocupares se estou bem, não, continuas a rir-te feito hiena. Tem um riso mesmo irritante – mentira! Mas ninguém precisa de saber, né?

– Ai tenho? – perguntou, erguendo-se, e levantando o sobrolho. Oh não, eu sei o que esse olhar significa… Levantei-me e comecei a correr até à porta. No entanto ele foi mais rápido e agarrou-me nos braços, puxando-me de volta para a cama. Colocou uma perna de cada lado do meu corpo e fez o seu sorriso de canto. – Vamos lá ver se o teu também é irritante, hum – mexi os lábios num silencioso “não”, mas ele não quis saber e começou a sua tortura de cócegas. Continuou até que lhe implorasse para parar e que “admitisse” que a sua gargalhada era a mais sexy do mundo. No fim, encostou a sua testa na minha e deu-me outro beijo na ponta do nariz. Afastou o seu corpo do meu e deitou-se ao meu lado. – Não te aleijaste, pois não? – sussurrou com ternura.

– Não – murmurei, ainda sem fôlego por causa do seu ataque.

– Ainda bem – puxou-me para si e depositou-me um beijo na minha têmpora. Oh, como sabe bem.

– Vais ficar para jantar? – perguntei, encostando o meu nariz ao seu peito, para poder sentir o viciante perfume que usa. Ele deu um leve encolher de ombros. – Fica, por favor. Eu não quero jantar sozinha… – falei no mesmo tom ternurento que ele usara. Senti-o suspirar, como se soubesse que se estava a meter num grande problema.

– Tudo bem Anne – disse suavemente. – Mas só para poder seduzir mais um pouco a Anastácia – dei uma pequena gargalhada e abracei-o, agradecendo-o.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Muito mel? xDDD Team Kentin feliz? xD

Fico à vossa espera nos comentários, já sabem. Beijinhos e até à próxima! :D