Just don't be afraid escrita por Maya


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii!
Voltei mais cedo do que pensava!
Primeiramente, digo-vos que este é um dos meus capitulos preferidos e também o maior que algumas vez escrevi! Está enorme! o.o
Bem, acho que depois deste capitulo, talvez devessem arranjar um espacinho para o Kentin no vosso coração já ocupado pelo Germano. Coitado do moço, tem tão poucas fãs... xD
A meio do capitulo, vão encontar a indicação para porem a dar uma música se quiserem é claro, mas garanto-vos que fica muito mais "emotivo" ler a ouvi-la. Até porque escrevi aquela parte a ouvir a música. No entanto, só escolhi aquele cover porque era o que mais se adequava a aquilo que idealizo da voz da Annelise, mas não é bem bem igual xD
Ah, quero dedicar este capitulo à Beta23! Muito obrigada pelas tuas palavras lindas que me incentivaram muito mais! Aliás, mereces que te dedique a fic toda! Sua linda! *__*
Sem mais demoras, Boa Leituras Anjos! :D

[obs: Capítulo editado e revisto a 22 de Dezembro de 2014]



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A casa possuía dois quartos, o dos meus “sogros” e o dele. Tanto um como outro, tinham uma casa de banho incluída, por isso a primeira coisa que fizemos, depois do Ken arranjar alguma roupa para mim (uma camisola dele enorme, e uns bóxeres), foi tomar banho. Não preciso de referir o quanto me sinto desconfortável assim vestida pois não? Pareço uma versão light de um travesti!

Quando cheguei à cozinha ele já se encontrava lá, virado para o fogão com um avental vestido. Aproximei-me para ver o que ele estava a fazer. Quer dizer, tentar fazer. Aquele arroz já estava mais que afogado em tanta água que ele colocou!

– Chega para lá! Eu faço isto, vê se tem carne ou assim no frigorífico – peguei num avental e tentei remediar a situação do arroz. Ele ficou algum tempo a mexer no eletrodoméstico e voltou com bifes de frango. Deixei o arroz a cozer, e fui temperar a carne com limão que estava em cima da bancada e pus, da melhor maneira possível, a grelhar. O Kentin pôs a mesa e ficou sentando à espera que eu terminasse.

Passados dez minutos já estávamos sentados a comer.

– Tenho de admitir que até tens jeitinho para a coisa – comentou no fim de comer.

– Acho que toda a gente sabe grelhar bifes Kentin – ele sorriu e começou a arrumar tudo para a banca. – Tu arrumas tudo? Eu cozinhei por isso…

v Sim, tudo bem. Não te esqueças de ligar à tua mãe para a avisar – disse já com as mãos na esponja.

– Vou fazê-lo já.

«»

– Kentin, pelo amor de Deus, para de mudar de canal! Já viste que não está a dar nada de jeito em nenhum, por isso deixa num qualquer – suspirei. – ‘Tás há mais de meia hora nisso…

– Ei! Não sejas exagerada! – sorriu. – Vamos ver um filme antes? – assenti e ele levantou-se para ir buscar. – Hum… Comédia ou terror?

– Comédia – respondi sem pensar muito. Odeio filmes de terror, odeio mesmo!

– Terror então. – O quê?!

Não! Quero o de comédia, põe-no!

– Na, na, na – disse enquanto abanava com o dedo. – Nunca pensei que fosses ter medo de um filmezinho de terror Annelise – disse com ironia na voz.

– Eu não tenho medo, só não gosto! – repliquei.

– Ora, não há problema em ser contrariada um pouco. Se quiseres depois deste vemos o de comédia – ele pôs o filme e veio sentar-se à minha beira. – Queres que te dê a mão ou assim? – disse num tom de gozo. Ergui o dedo do meio e ele riu-se.

Entretanto o filme começou e até estava a aguentar-me bem. Até que a miudinha, protagonista penso eu, começou a seguir a vozes que ouvia a chamar por ela. E sabem o que vem depois não é?

Bem, seguiu-se de um grito histérico meu, uma almofada encostada à cara e muitas gargalhadas do idiota ao meu lado.

– Esquece, isto é mais cómico que qualquer filme de comédia que pudéssemos ver… – disse entre gargalhadas. Atirei-lhe com uma almofada à cara, fazendo-o rir-se ainda mais.

Por fim, não aguentei a farsa de miúda chateada e sorri. Sorri pela gargalhada estúpida dele, que nem sei descrever, e pela maneira como ele fica quando não está numa de revoltado. Por fim, ele parou de rir e ficou a encarar-me.

– Que foi? – abriu um sorriso lindo, tal como aquele que eu tinha visto no quarto dele, quando falou do orgulho que o pai sentia dele.

– Nada… É só que… Er… Acho que nunca te tinha visto a sorrir assim para mim… – disse e voltou a fitar-me. Fiquei sem saber o que dizer, mas ele pareceu não se importar e continuou. – Normalmente só vejo quando falas com o Germano, ou até mesmo com o Castiel… E… Só achei… bonito… – comentou a ultima parte com a voz mais baixa. Senti a minha cara arder e desviei o olhar.

– Obrigada… – murmurei. Não estava nada a espera disto, pelo menos não dele e muito menos agora. Começo a achar que a teoria de ele ser bipolar é verdadeira…

– Hum, que tal irmos dormir? Já está a ficar tarde, não sei a que horas vêem cá amanhã, por isso é melhor acordarmos cedo – assenti com a cabeça e levantei-me. Ele também o fez e começou a caminha em direção aos quartos – tu ficas no dos meus pais pode ser? – concordei mais uma vez e fui para lá.

«»

Kentin’s P.O.V

Sinceramente, não sei o que se passa comigo. Desde a conversa com os gémeos que não trato mal a Annelise. Talvez por eles me terem “aberto os olhos”.

Se calhar, é melhor explicar do início: No dia em que a ervilha se lembrou de fazer birra enfrente ao meu prédio, mais precisamente ontem, fui passar a tarde com o Armin e com o Alexy para ver se conseguia deixar o mau humor de lado. Conversa vai e conversa vem, eles perguntaram-me o porquê de eu estar ali, quando tinha dito que ia passar do dia com a minha noiva.

Contei-lhes o sucedido, escondendo claro o episódio do elevador com o Castiel. É óbvio que não estava à espera de uma salva de palmas ou algo do género, mas nunca pensei que o Alexy fosse deixar a sua pose de brincalhão por uma coisa destas.

Flashback on

– Olha Kentin, não achas que estás a ser demasiado infantil? Essa tua birra com a miúda já está a passar das marcas, afinal pelo que sei ela não tem culpa. Esta coisa de casamento faz parte da tradição dela, logo ela não pode fugir dele. Quem podia fugir eras tu, mas na verdade e ainda não sabendo porquê, embora desconfie, aceitaste fazer parte “desta merda” como tu próprio intitulas. Por isso, põe-te no lugar dela e vê que provavelmente não é assim tão fácil para ela como tu julgas. E presumivelmente, se tu tivesses recusado estaria agora outro rapaz no teu lugar. Por isso, para de a culpabilizar por uma coisa que não tem a decisão dela pelo meio, e aproveita a oportunidade que tens de te livrar desse passado que te persegue.

Flashback off

No fundo, até que o azulado tem razão. Realmente, a culpa não é dela. E talvez, mas só talvez ela seja uma boa pessoa. Mas só talvez!

A porta do meu quarto foi aberta devagar e aos poucos pode notar a silhueta da Annelise, por baixo da minha camisola preferida – não me perguntem o porquê de lhe ter emprestado aquela camisola, ok?

– Hum… Kentin? – disse num tão baixo. – estás acordado?

– Que se passa ervilha? Não consegues dormir por causa do filme? – perguntei, enquanto me erguia e ligava a luz. Pude observa-la melhor. Estava com o cabelo meio despenteado, e com as suas pernas brancas totalmente à mostra. Dava para notar um pouco dos bóxeres que lhe emprestei. A única palavra que podia usar para descreve-la era sexy, muito sexy. Ela pareceu hesitar se era boa ideia contar-me ou não o porquê de estar aqui, mas entretanto aproximou-se e sentou-se na ponta da cama.

– Eu sei que vais gozar comigo, mas não consigo mesmo dormir… – suspirou. – Eu sou uma medricas nestas coisas… Por isso não queria ver o filme.

Eu juro que tentei, mas… Não deu! Comecei a rir-me feito maluco, chegando até contorcer-me na cama. Quando estava quase a acalmar-me, vi-a a levantar-se da cama e caminhar até à porta.

– Obrigada na mesma Ken – murmurou antes de sair do cómodo.

Apaguei a luz, e voltei a deitar-me.

Nem sei porque veio aqui. Era óbvio que não lhe ia dar um abraço ou conforta-la. Tudo bem que não queira ser mais malvado com ela, mas isso não quer dizer que vá criar qualquer tipo de laço com ela. Criar laços é algo que pessoas corajosas fazem e eu não sou corajoso. Faço de conta que sou, mas no fundo não passo de um cobarde com medo de ser julgado por todos. O Alexy tem razão quando diz que o passado me persegue… Mas não acho que a Anne seja uma maneira de fugir dele. Ela foi só uma maneira que arranjei para t-

O som de uma guitarra fez-me desconcentrar dos meus pensamentos, passando-me só a focar na melodia que vinha do andar de baixo.

(ponham a música a dar se quiserem)

Levantei-me e dirigi-me para lá.

Claramente que é a Annelise a tocar. Não estou assustado nem nada, só estou curioso e com vontade de ouvir a sua linda voz outra vez. Reconheci de imediato “Wake me up when September ends” dos Green Day. Das minhas músicas preferidas deles.

Engraçado como a voz doce da Annelise encaixa perfeitamente na canção escrita pelo Billie. Deixei-me estar encostado à porta como fiz de manhã. Vê-la assim, tão vulnerável aos olhares alheios, torna-a ainda mais encantadora. É impossível não ficar seduzido tanto pela sua voz como pela sua postura. Ainda mais quando esta a usar apenas uma camisola minha. Será que a camisola vai ficar com o cheiro dela?

Sinceramente, nem sei ao certo porque não lhe dou uma oportunidade. Talvez ela mereça, talvez não. Mas que tenho a perder? Depois desta coisa, ou noivado (como preferirem), provavelmente não a volto a ver mais na minha vida. Se por um momento eu simplesmente deixasse de ter medo… Se por um momento pudesse dar uma oportunidade a alguém de me ajudar a esquecer o passado…

Afastei-me da porta, não quero que me veja e pare de tocar. Por mim, ouviria a sua voz até adormecer, é tão pura. Sei que pode parecer errado ouvi-la sem me mostrar, mas parece mais certo estar aqui encostado à parede ao lado da porta. Fazê-lo em segredo, como se ela nem pudesse sequer sonhar que eu estou aqui a ouvi-la e ainda por cima a adorar.

Será errado eu ter esta súbita vontade de querer me aproximar dela?

Sei que no início, ela tentou ter algum tipo de amizade comigo e eu recusei de todas as vezes. Provavelmente fui burro, mas também não posso voltar atrás… Só posso remediar o que está feito. Lembro-me que no primeiro dia estranhei o facto de o Castiel ter-se dado bem com ela logo de cara, e por momentos pensei que talvez eu estivesse a exagerar sobre aquilo que sempre achei dela. Mas esses pensamentos perderam-se assim que a Matilde agarrou a minha mão para me puxar para dentro da casa assombrada. Na altura fiquei tão feliz com o gesto que ignorei qualquer outra coisa. Só sentir o contacto da sua mão na minha fora suficiente para esquecer a existência da pequena Annelise.

No entanto, se tivesse ouvido a minha consciência, talvez as coisas não estariam assim tão más com ela. Acho que vou seguir o conselho do Alexy e tentar aproximar-me dela, afinal uma amizade a mais não faz mal a ninguém. Só não sei ao certo como conquistar a sua confiança de volta.

De volta? Tu nunca a tiveste Kentin!

Realmente nunca tive, mas isso não me impede de conseguir. Não quero nada mais que amizade. Acho que realmente preciso de outra amiga sem ser a Matilde e esta é a oportunidade perfeita. É isso, está decidido! Vou conquistar a amizade da Annelise!

Sorri com a minha firmeza perante isto e fui espreita-la antes de ir para cima. A música já está a acabar também.

Ela é realmente linda, só um tolo como eu é que desperdiçaria a chance de casar com ela.

Dirigi-me para o meu quarto depois de a ouvir a cantar a última parte da música. Com a sensação que depois disto não me vai custar nem um pouco a adormecer.

«»

Acordei com uma estranha sede e dirigi-me à cozinha. Surpreendi-me ao encontrar a luz ligada e uma Annelise de costas encostada à bancada com um copo vazio na mão. Ela não me viu entrar, e decidi pregar-lhe um susto. Pequei numa colher e encostei ao seu pescoço como se fosse uma faca. O corpo dela logo ficou tenso e a sua respiração descompassada. Encostei o meu corpo ao dela, de maneira a minha respiração bater no seu pescoço. Adorei ver a sua pele ficar arrepiada. Encostei a minha boca ao seu ouvido e sussurrei:

– Bu – a minha voz saiu rouca por causa do sono. Ela estremeceu. E eu afastei-me pousando a colher. Sentei-me no balcão atrás de mim e comecei a rir-me. Lentamente, foi-se virando para mim.

E eu não estava mesmo nada à espera daquela cara. Ela tinha os olhos brilhantes, suplicantes e assustados. Mas logo isso passou e deu origem a uma cara de raiva, ficando com as bochechas vermelhas. Pensei que me fosse matar, mas a única coisa que fez foi sair da cozinha. Nem me dirigiu a palavra.

Boa Kentin, para quem se queria aproximar da miúda, acabaste de estragar tudo mais uma vez.

Ouvi os seus passos apressados para o quarto e logo pousei o copo e fui atrás dela. Ao chegar ao lá, a porta estava entreaberta e consegui vê-la a olhar para a janela. Tinha a mão no peito e continuava com a respiração acelerada. Sem pensar muito, entrei no quarto amaldiçoando-me por ter aberto a porta com tanta força ao ponto de a fazer chiar. Fui ter com ela, que se encolheu no sítio onde estava e puxei-a para mim, abraçando-a fortemente. Primeiramente não reagiu, mas depois que sussurrei um “desculpa” ela abraçou-me de volta e começou a chorar. Beijei os seus cabelos e voltei a sussurrar:

– Eu não devia ter feito aquilo… Fui um estúpido… Desculpa – ela soluçou ainda mais. – Eu estou aqui. Ninguém te vai fazer mal, muito menos uns bichinhos que nem 20 centímetros têm – ela soltou uma pequena gargalhada sobre o que disse em referência às criaturas do filme – Desculpa-me mesmo…

– Tudo bem – disse com a voz fraca. Afastei-me um pouco dele e agarrei a sua mão, levando-a para a cama. Ela não ofereceu resistência, por isso deitei-a e cobri-a. – Eu ainda não tinha conseguido dormir…

– Não te preocupes, está tudo bem agora. Dorme, ok? – fiz-lhe uma festa no cabelo e levantei-me dirigindo-me para porta.

– Fica – sussurrou. – Até eu adormecer… Por favor…

Tudo bem que eu podia dizer que não. Mas, primeiramente, eu quero ser amigo dela. E além de mais sou homem! Ela está a usar a minha camisola favorita, está vulnerável e é bonita. Nem precisei de pensar muito para decidir.

Voltei para junto dela, sentando-me ao seu lado. A certa altura comecei a fazer caricias no seu cabelo levando-a a fechar os olhos, como se estivesse realmente a apreciar o gesto.

Não tardou a adormecer. Fiquei mais alguns minutos ali a observa-la e acabei por ir para o meu quarto.

Por mais estranho que pareça, sinto que talvez não tenha sido assim muito estúpido tê-la assustado, afinal ganhei um abraço dela e ainda me pediu para ficar lá. Portanto, até que às vezes as merdas que faço me ajudam. E há que dizer que realmente teve piada aquilo. Virei-me para a parede e preparei-me para dormir. Afinal com esta brincadeira já só vou dormir mais ou menos quatro horas.

«»

Senti o cheiro de torradas assim que desci as escadas. Entrei na cozinha e encontrei a Annelise com as suas calças vestidas e ainda a usar a minha t-shirt.

–Oh, bom dia Kentin! – disse assim que me viu. – Podes sentar-te já estou quase a acabar.

– Bom dia, não precisas de ajuda? – ela virou-se para trás e sorriu.

– Não, já está tudo pronto. Só não há leite, vai ter de ser sumo de manga com torradas.

– Por mim serve, desde que não morra à fome – colocou tudo na mesa e sentou-se à minha frente. – A tua camisola ainda não está seca? – perguntei depois de dar uma trinca no pão.

– Er… está… Mas o biquíni não e por isso… Er… bem… - ela estava a ficar vermelha, muito vermelha. – A tua t-shirt fica-me larga… E… Bem… Assim não se nota que não tenho o coiso…

– Que coiso…?

Soutien… – sussurrou. Ah, agora entendia a sua dificuldade em falar aquilo! Sem pensar, olhei para o seu corpo tentado ver se se notava que ela não possuía o tal “coiso”. Voltei a focar-me na sua cara, antes que alguém ficasse animado demais, se é que me entendem. Ela tinha virado a cara para a janela e continuava muito corada. – Ah, a tua mãe ligou. Disse que o Germano já está a caminho para nos levar de volta e que depois alguém vem buscar o teu carro.

– Tudo bem, podes ir fazer o que quiseres, eu arrumo – ela voltou-se para mim e abriu outro sorriso tímido.

– Obrigada, por ontem… – senti que devia levantar-me para a abraçar e assim o fiz, só que quando estava a contornar o balcão ouviu-se uma buzina de um carro que a fez despertar. – Deve ser o Germano – e saiu apressadamente. Deixando-me feito parvo com os braços já meios inclinados para a abraçar. Abanei a cabeça e sorri. É impossível prever esta miúda.

Arrumei tudo e fui desligar as luzes da casa. Tão cedo não devemos vir para aqui, não com o meu pai fora.

Saí da casa e fechei a porta. Encontrei o Germano e Anne abraçados a beira do carro. Ele sussurrou-lhe ao ouvido e beijou a sua testa. Ela sorriu, com aquele mesmo sorriso que eu ontem descrevi. Algo dentro de mim doeu, mas decidi ignorar e fui ter com eles. Assim que me viram afastaram-se, embora o Germano continuasse com a mão na sua cintura, numa espécie de abraço de lado.

– Então, vamos? – perguntei sorrindo.

– Yup, só estávamos mesmo à tua espera.

Sentamo-nos nos lugares habituais. Germano à frente e eu e a minha noiva atrás.

Falamos os três durante todo o trajeto, numa conversa tipicamente portuguesa. Começamos por falar de algo completamente normal como a Anne cozinhar e acabamos em assuntos “nojentos” que envolviam tomates e outras coisas que não vou referir…

Por fim acabamos por chegar à casa dela, ela despediu-se e saiu. E sem pensar muito, abri a porta e disse um “espera um pouco” para o Germano e corri até à Annelise.

– Ei Anne, espera! – ela virou-se para trás e parou onde estava.

– Eu não sei como te dizer isto, mas… Talvez possamos começar de novo, tentar ser amigos? Tipo tréguas ou o nome que lhe quiseres chamar… Que dizes? – por momentos os seus olhos mostraram dúvida e insegurança, mas logo isso passou e ela sorriu. Pensei estender a mão para “selar” o contrato, no entanto ela foi mais rápida que eu e abraçou-me.

Com toda a certeza, aquilo foi dos melhores sins que já recebi na minha vida.


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Notas finais do capítulo

Ó Kentin, que não seja por isso, vem cá que eu dou-te mais sins desses .. *___*
Bom, o que acharam? xD
Espero que tenham gostado! Fico à vossa espera nos comentários, beijinhos!