O portal se abre em cima do oceano Índico, fazendo o trio cair na água. Eles boiam na água, percebendo a situação em que se encontram.

– Onde estamos? – Len perguntou, visualizando o oceano ao seu redor. – Apesar de eu saber que estamos em um oceano.

– Não tenho a mínima ideia, parece que aquele portal nos levou para muito longe. Não consigo ver nada além de água e água. – Kenji afunda no oceano por um breve momento, voltando a boiar rapidamente.

– Algum problema ai?

– Mais ou menos. A armadura está dificultando pra eu boiar.

– Não acho que é só a armadura. – Megumi comentou se afastando um pouco do local. – A correnteza está se tornando mais forte!

A correnteza arrasta o trio para longe, fazendo com que uma onda pegue neles, afundando os jovens para o fundo do oceano. Len tenta subir pra cima, mas a correnteza piora cada vez mais, fazendo com que outra onda leve o cavaleiro para o fundo do mar. Kenji fecha os olhos e sua consciência é apagada, desmaiando. Tempo depois ele abre os olhos, e olha ao redor, sentindo o solo abaixo dele.

– Onde estou? – Kenji se senta, botando a mão na cabeça.

– Então você acordou.

Olhando para o lado, ele avista uma amazona de cabelos azuis, equipada com uma máscara composta por detalhes vermelhos nos olhos.

– Quem é você? Cadê os meus amigos? E onde eu estou?

– Os seus amigos estão bem. E você está na ilha de Andrômeda, por poucos vocês estão vivos, então deveria agradecer.

– Obrigado. – Ele falou, virando os olhos.

– Seu nome é Kenji, certo?

– Sim, mas como sabe?

– Os seus amigos me contaram. Bom, me siga.

A amazona caminha acompanhada do cavaleiro, entrando em uma pequena cabana de madeira onde está Len e Megumi. Os dois estão sentados em uma cadeira, bebendo água e comendo.

– Bom, vejo que estão todos bem, mas temos que fazer algo logo. – Kenji se sentou, pegando um copo de água.

– Se acalma Kenji. – Len pega uma maçã, mordendo um pedaço. – Ela vai nos levar para o santuário ainda hoje, fica tranquilo.

– Ela quem?

– A Górgofona.

– Então seu nome é Górfona. Vejo que você é uma amazona, então o que faz aqui? - Kenji perguntou, fitando a amazona.

– Aqui foi onde eu treinei para me tornar uma amazona. A ilha de Andrômeda é onde aqueles que usam correntes vivem, assim como eu, a amazona de Andrômeda que tem correntes como auxilio.

– A sua armadura tem o nome da ilha.

– Sim, Andrômeda é o nome da minha mãe.

– O que?!

– Mas ela não está mais aqui nessa terra, e em seu nome eu treinei para me tornar a amazona da constelação que lhe representa. Hoje eu estou partindo para o santuário e levarei vocês, mas como vieram parar aqui?

– É uma longa história. – Megumi falou. – Mas com isso descobrimos poderosos inimigos e iremos alertar ao santuário.

– Que inimigos?

– Parece que eles recebem o nome de Berserker, e encontramos um deles na ilha das Amazonas, ele era bem poderoso e nos mandou para o oceano com um portal criado por ele.

– O que estavam fazendo na ilha?

– A mestra de Kenji sumiu, e segundo o grande mestre, houve um confronto na ilha de um inimigo, mas ninguém sabe o resultado da batalha. Todos acham que ela foi derrotada, mas Kenji ainda tem esperança que ela esteja viva. Então formos mais ele para a ilha e encontramos o tal de Riki de desespero que estava nas escadarias do templo.

– Isso é realmente estranho. Bom, acho que já dar pra irmos, vamos. – Górgofona se levanta, saindo da cabana em direção do barco.

Kenji tira a sua armadura e bota dentro da urna, botando nas costas. Os seus amigos fazem o mesmo, e juntos seguem a amazona até o pequeno barco de madeira. Górfofona espera todos entrar no barco, partindo em direção ao santuário.

Salão do Grande Mestre

As portas do salão se abrem e dois soldados adentram acompanhados dos jovens, se retirando do local e deixando os quatros jovens na frente do Grande mestre.

– O que querem? – O Grande mestre pega uma taça de vinho, bebendo um gole.

– Viemos informar que os inimigos estão habitados na ilha das Amazonas e agora a chamam de Areos. – Kenji informou.

– O que?! – O mestre se espantou. – Por acaso vocês foram pra ilha?

– Sim, mesmo depois de tudo, eu ainda tenho a esperança de que Shieko ainda esteja viva.

– Um cavaleiro de bronze rebelde que ousa reunir seus amigos para ir pra ilha das Amazonas sem permissão, mas eu vou isso de deixar isso de lado por enquanto. Agora me conte o que aconteceu.

– Quando chegamos na ilha, avistamos diversos sujeitos ao redor do templo, eles estavam com umas vestimentas vermelhas, e então derrotamos eles facilmente, mas um sujeito muito poderoso saiu do templo, chamado Riki, o berserker do desespero. Ele lutou contra nos três, e depois usou uma técnica chamada portal do desastre, nos mandando para um Oceano muito distante dali, mas por sorte paramos na ilha de Andrômeda e a Górgofona nos salvou.

– Acho que tem alguém muito poderoso por trás disso tudo, alguém que está á cima desses Berserkers. – Megumi interrompeu, dando um passo pra frente. – No momento em que ele falou da ilha, ele falou algo bem suspeito...

Flash Back ON

– Ora, ora, então existe mais de vocês que utilizam armaduras. – Disse o inimigo, colocando a mão na cintura. – Achei que existia apenas essas mulheres de máscaras, mas não importa, pois eu vou acabar com todos vocês aqui mesmo. Pois a partir de hoje essa ilha se chama Areos.

– Como assim Areos? Aqui é a ilha das amazonas, você não tem o direito de mudar o nome da ilha como bem quiser. – Megumi questionou, enfurecida.

– Quem disse que fui eu que mudei o nome?

Flash Back OFF

– Então acho que isso foi uma pista que não foi ele que deu o nome de Areos, e sim alguém superior a ele.

– Com certeza isso deve ter alguma haver com a pedra mágica. Bom, podem ir, falarei isso para a senhorita Atena, qualquer coisa chamarei vocês. Mas não aprontem mais nenhuma dessas.

Os jovens se viram e caminham lentamente pelo tapete do salão, retornando ao santuário de Atena.