Give me Love - Dramione escrita por MKUltra


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Olá coisas lindas! Como sempre agradeço os comentários e espero que gostem deste capítulo!
Aproveitem a leitura!



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O que essa garota fazia comigo? Eu agia como um tolo apaixonado quando estava perto dela, mas por quê? Eu não a amava... Não é mesmo? De repente algo que Pansy me falou dias atrás veio a minha cabeça: “A gente não manda no coração!”. Pois é Pansy Parkinson, acho que você acertou desta vez.

P.O.V Draco

– Então agora você ira me contar a verdadeira historia? – disse Hermione. Estávamos sentados na beira do Lago Negro, era inicio da tarde e como de costume havíamos sido liberados com antecedência da aula de poções. Já havia passado uma semana desde que eu e ela havíamos nos tornado amigos.

– Sim, acho que agora esta na hora de você saber e precisa prometer que não ira interromper.

– Eu prometo! Agora comece do começo, por favor – falou.

– Esta bem. Sabe, eu sempre quis ser um Comensal, desde que eu era muito pequeno e tinha uma mente infantil. Eu via Voldemort como um “herói”, queria segui-lo como meu pai fazia e foi por isso que odiei Potter desde o primeiro momento, quando ele recusou minha oferta de amizade.

“Mas enfim, quando você e a Armada de Dumbledore derrotaram os Comensais da Morte na batalha do Ministério no quinto ano, meu pai foi capturado e mandado a Azkaban, como você já sabe. Voldemort ficou furioso, se sentiu um tolo por ter confiado em meu pai e, como forma de punição acredito, ele escolheu a mim como substituto. Imagine a surpresa de minha mãe e o orgulho de meu pai quando aceitei a proposta do Lord das Trevas. Mas eu não tive escolha, era isso ou a morte” - olhei para Hermione e ela me observava atentamente e continuei - Então quando sugeri a minha mãe que fugíssemos ela se negou, dizendo que não abandonaria meu pai e que mesmo que o fizesse eles nos encontrariam. Não havia solução. Mas, sabe para se tornar um Comensal não basta somente receber a Marca Negra, era necessário merecer, como Bellatrix dizia.

“Eu precisava provar que realmente era um puro sangue, um Malfoy. Voldemort me obrigou a fazer coisas terríveis Hermione, coisas que fazem com que eu sinta nojo de mim mesmo”...

– Que tipo de coisas? – perguntou Hermione. Não respondi de imediato e ela voltou a perguntar – Que tipo de coisas, Draco?

Olhei em seus olhos, abaixei a cabeça novamente e falei.

– Capturar, torturar e matar nascidos-trouxas. Bellatrix e Voldemort assistiam a tudo e riam escandalosamente, como se aquilo fosse a coisa mais engraçada do mundo. Mas eu não conseguia mais dormir depois de ouvir os gritos e apelos das vitimas, aquilo me atormentava, me causava pesadelos horríveis. Comecei a ver então o que meu pai realmente era, um monstro, por que ele fizera à mesma coisa e não se arrependera disso...

... “E então, depois de diversas seções de tortura, Voldemort finalmente decidiu que eu era merecedor da marca. Recebe-la foi a pior dor que já senti, era como receber diversas vezes a Maldição Cruciatus. Mas enfim, depois disso Voldemort deu-me a missão que perdoaria todos os erros de meu pai, que faria com que minha família ficasse “livre” disso tudo. Eu teria que matar Alvus Dumbledore”.

Ouvi Hermione arfar, respirei fundo e continuei.

– Eu não sabia mais o que fazer, quer dizer, matar Dumbledore? O maior bruxo dos últimos tempos? Era impossível! Eu precisava de um plano muito bem bolado. Então comecei a pesquisar maldições, venenos, armas, tudo ate que descobri sobre os Armários Sumidouros e havia um intacto na Borgin & Burkes e, graças à experiência de Montague, que foi jogado entre dois Armários Sumidouros por um extenso período durante o quinto ano percebi que o Armário Sumidouro da Borgin & Burkes era ligado a um que estava danificado em Hogwarts.

“Passei praticamente o sexto ano inteiro tentado conserta-lo para que os Comensais pudessem invadir a escola. Enquanto isso ainda tentava achar uma forma de derrotar Dumbledore. Tentei dar-lhe um colar amaldiçoado e um licor envenenado, não funcionou. Na noite em que permiti que o lado negro tomasse conta de Hogwarts e vi Snape matar Alvus Dumbledore foi uma das piores coisas que já fiz uma das quais eu mais me arrependo”.

– Mas... – começou Hermione.

– Você prometeu não interromper...

– Ah, desculpe! Continue.

– Sem problema. Bom, depois disso as coisas só pioraram. Voldemort não nos deixou em paz como prometeu, nossa casa continuou sendo seu “lar”, onde vi pessoas sendo torturadas e onde torturei também. Cada vez que eu me negava a fazer algo minha mãe era machucada na minha frente, o que fazia com que eu cedesse logo. Mas enfim, é basicamente isso. O resto não tem tanta importância.

Ficamos um longo tempo em silencio observando o lago, os pássaros e absorvendo o leve calor do sol. Hermione foi a primeira a quebrar esse silencio horrível.

– Draco, isso é terrível...

– Por favor, não me odeie por tudo isso, eu não tive escolha... – falei.

– Eu sei, era isso ou a sua morte, mas mesmo assim é péssimo. Eu sou uma nascida-trouxa Draco! – seus olhos já estavam cheios de lagrimas que ameaçavam cair.

– Por favor, não chore, você sabe que eu odeio te ver assim.

– Desculpe-me, mas eu me sinto mal por isso, quer dizer por saber que você teve de fazer essas coisas contra sua vontade... – falou ela.

Suas lagrimas escorreram pelo rosto. Limpei-as com a maior delicadeza que tinha e falei.

– A única pessoa que precisa ser perdoada aqui sou eu. Me perdoa, Hermione?

– Pelo que exatamente? – perguntou.

Olhei seu rosto. Ela era linda, levemente corada, com os olhos brilhando e o cabelo solto. Ela era perfeita..

– Por tudo. Pela forma como a tratei durante todos esses anos, pelo meu ego gigante, por eu ter me tornado o que me tornei, por não ter mudado de lado quando tive chance, por eu ter sido o causado do seu rompimento com o Weasley e principalmente por não ter impedido que minha tia lhe torturasse. Por favor, me perdoe – falei.

Agora quem estava com os olhos molhados era eu.

– Ah Draco... É claro que eu te perdôo. Não é sua culpa, você não teve escolha e... – ela limpou uma única lagrima que escapava pelo canto do meu olho – Eu acredito em você.

– Acredita em mim? – perguntei confuso.

– Sim, acredito que você realmente tenha mudado e que você nunca tenha sido mal. E em relação ao Rony, sabe algumas coisas não são o que parecem. Eu sempre achei estar apaixonada por ele, mas nesse tempo longe dele parece que meus sentimentos mudaram completamente. Quer dizer, eu ainda o amo, mas como amigo e não passa disso – disse ela suspirando e olhando para baixo.

Meu coração acelerou-se quando ouvi isso... Estranho.

– Posso? – disse ela esticando a mão e tocando meu braço.

Recuei com o braço rapidamente.

– Não, não quero que veja – falei apressadamente.

– Mas eu quero Draco, por favor, me mostre – pediu ela. Neguei com a cabeça – Então faremos o seguinte eu te mostro a minha se você me mostrar a sua – propôs ela.

Olhei em seus olhos, sorri e respondi sarcasticamente.

– Vamos comparar cicatrizes e ver qual é a pior?

– Sim, é exatamente isso que faremos – respondeu sorrindo também – Você primeiro.

Com isso puxei a manga do meu braço esquerdo, revelando a Marca Negra, a Marca Dele. Já estava clareando e não era mais tão visível quanto antes. Hermione olhou para a marca por alguns instantes, passou sua delicada mão por cima e disse rindo:

– Você tinha razão, ela é horrível!

De uma risada pelo nariz e falei.

– Eu sei! É tão feia! – demos risada novamente – Agora é a sua vez, Hermione, mas só se você quiser – disse um pouco mais serio.

– Eu quero – respondeu e puxou a manga da blusa do mesmo braço que o meu, o esquerdo e revelou a escrita “Mundblood” – Odeio olhar para ela.

Segurei seu braço, passei a mão levemente por cima, podia sentir a palavra em alto relevo. Sim, era realmente de arrepiar.

– Sei como se sente – olhei em seus olhos novamente, segurei sua mão e ela disse num sussurro “Sei que sabe” e passou a mão livre em meu cabelo. Aproximei-me dela lentamente e quando nossos lábios estavam quase se tocando...

– Hermione! Finalmente te achamos... O que é que vocês estão fazendo??? – perguntaram Ginny Weasley e Luna Lovegood que estavam vindo em nossa direção. Droga!


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Espero que sim por que não foi nada fácil escrever esse capítulo (rsrs)! Por favor, comentem não dói nada!
Beijinhos e até o próximo!