LEIAM AS NOTAS INICIAIS!!!

– Eu também te amo, meu amor – respondeu ele. Fiquei ainda mais emocionada, era a primeira vez que ele me chamava de “meu amor”.

Nos beijamos, nos abraçamos e depois ficamos ali, sentados de baixo da arvore de sabugueiro, abraçados.

Naquele momento eu estava convicta de que Draco Malfoy era o amor de minha vida e eu adoraria passar o resto de minha dela com ele.

P.O.V Draco

Hermione e eu tomamos uma decisão. No dia seguinte, durante o jantar iriamos anunciar nosso namoro para toda Hogwarts. Passamos o resto da noite juntos na sala precisa, onde fomos depois que a pedi em namoro. Não fizemos nada “demais” (se é que você me entende), mas conversamos bastante, como da ultima vez, falamos sobre o nosso futuro, coisas que gostaríamos de fazer, lugares que um dia iriamos visitar e ela até me falou sobre o mundo trouxa, onde, sinceramente, tudo é muito mais confuso e complexo do que eu imaginava. Eles têm coisas como celular, televisão, computador e um negócio chamado internet, que substitui os livros pelo que entendi. Dá pra acreditar? É tudo tão incrível! Quer dizer, eu tenho a namorada mais perfeita do mundo, inteligente, divertida, linda... Hermione podia ser “sangue-ruim”, mas tinha o coração mais puro do que qualquer outro “sangue-puro”. Quem diria que um dia eu, Draco Malfoy, ira estar falando isso, que ironia.

– Que aulas você tem no primeiro período? – perguntei enquanto a acompanhava ao salão comunal Gryffindor. Todos deviam estar dormindo, pois já haviam passado das 3h da manhã.

– Hmm, estudos dos trouxas, trato das criaturas magicas com a Ravenclaw, poções junto com as cobras – ela me olhou e sorriu - E transfiguração com a Hufflepuff. E você?

– Trato das criaturas magicas com Hufflepuff, defesa contra artes das trevas, poções com uma irritante sabe-tudo – ela revirou os olhos e eu ri – E adivinhações com Ravenclaw.

Chegamos à porta de sua sala comunal, olhei nos olhos dela e a abracei com força. Ela retribuiu e depois nos beijamos, um beijo apaixonado e cheio de luxuria. Como eu amava sua boca, tão suave, tão doce, deliciosa! Minhas mãos desceram das suas costas até seu traseiro e eu lhe apertei levemente, ouvi-a gemer baixinho.

– Draco... Draco... – ela dizia entre os beijos – Draco... Acho melhor pararmos por aqui.

Afastei-me dela de má vontade.

– Esta bem, boa noite Hermione – falei dando-lhe um beijo na testa – Te amo.

– Boa noite Draco, eu te amo – e me deu um rápido selinho nos lábios e entrou correndo na sala comunal.

Fiquei mais alguns instantes ali parado, olhando para a porta com o quadro da mulher gorda que estava dormindo. Depois dei meia volta e fui em direção a minha sala comunal.

Andei pelos corredores vazios e gélidos do colégio. Hogwarts ficava assustadora há essas horas.

– Senha, por favor? – disse o quadro que guardava a entrada secreta da sala.

– Sangue-puro – falei e a porta abriu-se. Entrei silenciosamente e subi as escadas em direção ao dormitório masculino. Coloquei meu pijama e enfiei-me por debaixo das cobertas, olhei para o teto e sorri. Essa definitivamente será uma noite sem pesadelos, esse foi meu ultimo pensamento antes de cair no sono profundo.

– Malfoy! Malfoy acorda cara, você vai perder a primeira aula!

Levantei correndo, sem saber o que estava acontecendo. Nott estava em pé ao lado da minha cama, com o uniforme já posto e o cabelo penteado.

– Que horas são? – pedi enquanto entrava no banheiro para tomar um banho.

– Quase oito – ouvi-o responder do outro lado da porta.

– Merda – xinguei baixinho enquanto tomava um rápido banho. Terminei, me sequei e coloquei o uniforme. Infelizmente, já era muito tarde para o café da manha e eu estava faminto – Vamos, Theodore, ainda podemos pegar a primeira aula.

E saímos correndo do dormitório e da sala comunal. Encontramos a turma de Slytherin’s e de Hufflepuff’s indo em direção aos jardins, acompanhados do nosso querido Hagrid.

– Podem parar aqui turma – disse Hagrid com sua voz grossa – Ótimo, bom hoje vamos aprender um pouco mais sobre dragões – começou um murmúrio entre os alunos que logo se dissipou – Silencio turma!O dragão é provavelmente o animal mágico mais famoso do mundo, encontra-se entre os mais difíceis de esconder.

“A fêmea é em geral maior e mais agressiva do que o macho, embora ninguém deva se aproximar de nenhum dos dois exceto os bruxos com aptidão e treinamento excepcionais. O couro, o sangue, o coração, o fígado e o chifre do dragão têm grandes propriedades mágicas, mas seus ovos são considerados Artigos Não Comerciáveis Classe A. Existem dez espécies de dragão, embora se saiba que elas ocasionalmente se entrecruzam produzindo híbridos raros. Os dragões puros-sangues são os seguintes...” – e assim a aula foi passando até que acabou.

A aula de defesa contra artes das trevas foi um tedio e passou muito devagar! Dei graças a Merlin quando o sino de Hogwarts tocou e eu soube que viria Hermione agora.

Sai da sala o mais rápido possível, quase corri para a sala de poções só para poder sentar ao lado dela. E minha animação se extinguiu quando vi minha Hermione com Vitor Krum.

– O que ele esta fazendo aqui? – perguntei a Pansy que se aproximava.

Ela olhou para traz para ver do que eu estava falando e quando olhou para mim de novo estava com uma cara maliciosa.

– O que foi Draquinho? Ficou com ciúmes? – disse ela rindo.

– O que ele esta fazendo aqui? – perguntei de novo entre dentes já perdendo a paciência.

– Bom, pelo que Ginny me contou ele veio falar com Mcgonagall, esta atrás de novas estrelas do quadribol e...

– E por que ele esta falando com a MINHA NAMORADA!? – a interrompi.

Ela me olhou com se fosse a coisa mais obvia do mundo.

– Olha querido, não sei se você sabe, mas Hermione e Krum foram ao baile do quarto ano juntos e se tornaram amigos! As meninas me falaram que ele às vezes escreve para ela, mas não é nada de mais, é como se fosse o Krum fosse um Potter da vida para Hermione, entende...

Ela continuou falando, mas eu já não ouvia. Não consegui para de olhar para aqueles dois, ele passando a mão imunda no cabelo dela, olhando para ela como se ela, minha namorada fosse um pedaço de carne! Ela sorrindo para ele como boba e rindo de tudo o que ele dizia... Não me segurei e interferi.

– Oi, Hermione – falei seco.

Ela virou-se para mim com um belo sorriso no rosto.

– Oi, amor! – disse ela toda animada - Você já conhece o Vitor? Ele veio aqui pra falar com a...

– É eu já sei o motivo dele estar aqui – a interrompi - Sou Draco, Draco Malfoy, namorado de Hermione – falei enquanto puxava-a para perto de mim.

– Ah, enton você esta namorando Hermoni? – falou ele com aquele sotaque ridículo.

– Sim, ela esta. Por quê? Ela não te contou? – perguntei tentando me controlar. Esse cara é muito burro!

– Draco, Draco fica calmo, por favor! – falou ela implorando-me.

– Hermoni, acho melhor eu ir andando – disse ele olhando diretamente para ela – Foi b-bom te ver de novo, ate mais Hermoni...

– Ate mais, Vitor – respondeu Hermione, baixinho.

E Krum seguiu pelo corredor e depois desapareceu. Hermione virou-se para mim, para que eu pudesse ver seu olhar de fúria.

– O que foi? – perguntei – Você queria que eu ficasse parado olhando você, minha namorada, falando animadamente com o ex?

– Meu ex? Meu ex? – perguntou ela incrédula – Vitor e eu fomos juntos ao baile de inverno do quarto ano, ele foi o único que criou coragem e me convidou, mesmo eu sendo um sangue-ruim sabe-tudo! Depois disso viramos amigos, AMIGOS! Entendeu?

Eu não sabia o que falar para ela. Eu sentia raiva e ciúmes por tê-la visto com o Krum e arrependimento e felicidade por ela ter sido sincera comigo. Mas eu ainda sentia que o ciúme era o sentimento mais predominante no momento.

– Draco? Você não vai dizer nada? – disse Hermione, tirando-me de meus pensamentos.

– O que você quer que eu diga?

– Ah, não sei, talvez que você sente muito? – disse ela com sarcasmo.

– Ah, não sei se sou eu quem deve pedir desculpas, não era eu que estava falando com uma pessoa que é apaixonada por mim – falei com o mesmo tom.

– O que? Draco, você esta sendo um idiota, sabia disso?

– Ah claro! Draco Malfoy, idiota por amar Hermione Granger! – dei-lhe costas e fui embora.

Pelo visto, amor não é um mar de rosas...