Always Be Yours escrita por Kaory, Kbex


Capítulo 6
Give me love like never before


Notas iniciais do capítulo

oi oi ooooooi
então pessoal, aqui vai mais um cap, espero que gostem



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POV Kate

Mudanças

O silencio no carro era confortável, a musica tocava baixo no radio e Rick prestava atenção a estrada. Ele não havia dito nada sobre o que eu lhe entregara no outro dia, e devo confessar que estava curiosa para saber a opinião dele. Daria mais algum tempo, se ele não tocasse no assunto, eu tocaria.

– Kate? – me chamou.

– Oi...

– O que foi aquela lista? – ele me olhou por um rápido momento, antes de olhar novamente para a estrada.

– É a lista de coisas que eu quero fazer antes de morrer. – respondi sorrindo.

– Você não vai morrer... - Rick disse vacilante.

– Você não sabe. - eu disse tentando contrariá-lo - mas o que você achou?

Depois de ir ao médico eu surtei, não pelo fato de que eu estava doente, mas porque estando doente eu não poderia fazer nada das coisas que eu queria fazer. Eu quero viver a minha vida enquanto eu puder e me aventurar porque morrer sendo apenas a líder de torcida que tinha câncer me parece pequeno demais.

1- Revelar depois de ter realizado todos os posteriores

2- Guerrear na neve

3- Viajar de avião

4- Ir para Roma

5- Ser assaltada em Roma

6- Planejar o casamento do Rick

7- Bater na mulher do Rick

8 - Casar

9- Separar do meu marido para ir morar com o Rick

10- Sapatear na Torre Eiffel

11- Matar alguém (nem que seja de susto)

12- Alguém fazer uma serenata para mim

13- Ler 50 livros em um mês

14- Ganhar uma rifa

15- Ganhar um daqueles concursos de comer cachorro-quente

16- Contar um milhão de estrelas com o Rick

17- PIXAR UM MURO

18- Aprender uma nova língua

19- Dançar a musica singing in the rain na chuva

20- Passar um dia inteiro com um grupo de skatistas e aprender a andar de skate.

– O que eu posso dizer dela? - ele sorriu realmente achando graça da situação.

– Vamos Rick, me diga o que você pensa.

– Ser assaltada, Kate? Mesmo?

Eu gargalhei diante da confusão dele.

– Planejar meu casamento? - ele disse olhando o semáforo que tornava-se vermelho - e com quem eu vou me casar?

– Eu não sei - ri - ela tem que ser irritante.

– Por que? - ele falou sorrindo e acelerando o carro.

– Porque eu vou ter que brigar com ela, e porque você deve fazer uma besteira em relação ao amor da sua vida...

Chegamos ao colégio e, como sempre, todos os olhares se voltaram para mim, mas hoje estava diferente.

Abri meu armário e guardei a minha bolsa, peguei meu livro de biologia e fechei o armário com cadeado. Tiffany estava do meu lado me observando.

– O que foi, Tiff?

– Eu sinto tanto... - ela disse com lágrimas nos olhos.

– Sente pelo o quê? - eu disse sem entender.

– Por... - ela olhou para os lados - por você... estar desse jeito.

– Desse jeito como - olhei para minhas roupas.

– Com câncer. - Tiff disse confusa.

Foi como levar um baque surdo.

De repente eu podia ouvir o que todos diziam, e tudo o que falavam era em relação à mim. Eu queria me esconder. Não suportaria toda aquela pena que estavam despejando com barris em cima de mim.

A menina à minha frente chamava minha atenção com os olhos castanhos transbordando.

– Depois, Tiff, depois.

Agarrei meus livros e segui para a sala, sentei-me na última carteira perto da parede.

A Srta. Jones falava algo sobre genética, e eu só pensava em como tudo explodiu na minha vida. Há uma semana atrás a minha rotina era comum, exatamente como deveria ser, acordar, ir para a escola, treinar e me preocupar com as nacionais. Agora eu preciso de remédios a cada intervalo de tempo e sem descanso.

A aula acabou e eu saí, sem nem mesmo olhar para onde ia.

Percebi que minhas pernas me levaram ao meu armário, deixei meus livros ali e um papel caiu no chão, o peguei, peguei também os livros para a próxima aula, fechei o armário e olhei o cartão, tinha a letra de Josh.

Sorri, ao menos algo para me fazer feliz, gostava quando ele era carinhoso assim...

– Não – sussurrei baixinho, agradeci pelo corredor estar vazio.

Não era um bilhete fofo, como as vezes ele deixava.

“Querida Kate, fiquei sabendo do que aconteceu com você, acho que é por isso que você anda estranha nos últimos dias. Eu não quero te fazer sofrer, então acho melhor terminarmos tudo agora, do que quando você... ah você sabe, ficar com uma aparência diferente.

Beijos, espero que fique boa, Josh”

Encarei aquele bilhete idiota com lágrimas nos olhos, não podia acreditar que ele havia feito isso. Covarde!

Sai correndo tentando passar despercebida pelas pessoas, acho que consegui, pois ninguém veio atrás de mim. Fui direto para o banheiro, para poder chorar em paz, uma vez que estariam todos em aula, e também para ver se aquelas náuseas irritante passariam.

Entrei correndo no banheiro e me tranquei em uma das cabines, fechei a tampa da privada e sentei ali, joguei meus livros ao chão, juntamete com aquele cartão idiota, levei minhas mãos ao meu rosto, passei uma delas pelo meu cabelo. Meu mundo estava desmoronando, em menos de uma semana eu descobri uma doença, perdia aos poucos a força para fazer o que eu mais amava, que era dançar com as animadoras e como brinde meu namorado acaba de terminar comigo. POR UM BILHETE NO MEU ARMÁRIO

Histérica eu soltei uma gargalhada. Eu já não sabia o que fazer e chorar tinha se tornado frequente para mim, ao menos quando eu estava longe deles, era suficiente que eu sofresse, não queria ver meus pais e Rick sofrendo também.

– Tem alguém ai? – ouvi falarem.

Fiquei quieta, não queria ser descoberta.

– Você precisa de ajuda? Quer que eu chame alguém? Ouvi que...

– Não chame ninguém – abri a porta rapidamente – por favor, não chame ninguém.

A garota ficou parada na minha frente como se tivesse visto um fantasma. Sequei minhas lagrimas.

– Katherine? – ela arqueou uma sobrancelha.

Fiquei surpresa, eu não me lembro de ter visto ela...

– Desculpe...

– Oh, Lanie, Lanie Parish. Não acho que você me conheça – ela sorriu – grupos sociais diferentes.

– Você daria uma boa animadora – falei encarando-a, ela deu uma leve gargalhada.

– Oh não, eu prefiro meu clube de biologia e sair para dançar em boates, sem ser jogada para cima igual uma boneca.

Agora era eu quem gargalhava. Lanie parou de rir e me encarava, preocupada.

E mais uma vez uma náusea me atingiu – havia se tornado comum desde que comecei com as medicações – virei-me para a pia do banheiro e abaixei a cabeça tossindo. Senti a mão de Lanie nas minhas costas e me encolhi.

– Me desculpe por isso – falei respirando fundo quando me recuperei, mas um alarme falso.

– Quer que eu chame aquele garo...

– NÃO! – exclamei – por favor, não.

– Mas você...

– Lanie, não. Não quero preocupar ainda mais ele. Você já deve saber sobre minha... – sorri fraco sem continuar e ela assentiu.

– As noticias correm rápido por aqui – ela me ajudou a sentar em um banco ali dentro mesmo – você se sente melhor?

– Sim, obrigada.

– Disponha – Lanie sorriu

– Por favor, não conte nada a ninguém.

– Se você não esta se sentindo bem deveria falar com a sua médica, Kate, não é bom que...

– Eu tenho consulta amanhã, mas não quero alertar meus pais, eles já estão cansados o suficiente.

– Promete que vai conversar com a doutora? – ela falou mandona.

– Claro que sim – eu ri do jeito dela, ela era legal – quer almoçar com a gente hoje?

– Oh não... não acho que seria bem vista daquele lado do refeitório.

– Oh, por Deus – revirei os olhos – olhe para você, vai ser MUITO bem vista, pode acreditar – falei e ela sorriu.

– Agradeço mesmo Kate, mas tenho os meus amigos e... vamos deixar para a próxima?

– Se você prefere assim – suspirei – mas não desapareça, gostei de você – sorri – e obrigada mesmo, por estar aqui.

– É o destino – ela riu levantando-se por conta do sinal que acabara de tocar.

– Vá fazer um teste para as animadoras, você se daria bem lá – falei.

– Prefiro manter meus pés no chão – ela falou da porta – mas aceitaria ir no cinema – piscou.

– Vou cobrar heim.

Ela sorriu e saiu do banheiro. Fiquei ali sentada por mais um tempo, de repente o papel no bolso da minha calça peso


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Notas finais do capítulo

a vida nao é facil, mas sempre tem uma luzinha no fim do tunel
nao deixem de comentar, certo? precisamos saber o que estao achando
beijos, nos vemos nos comentarios