Always Be Yours escrita por Kaory, Kbex


Capítulo 5
The very first words


Notas iniciais do capítulo

olha quem apareceu.
sim nós sabemos que faz muito tempo e pedimos MIIIL desculpas, mas a faculdade e escola nos consumiram...
porém nao vamos mais demorar, Kaory esta de ferias agora e vamos conseguir adiantar bastante coisa.
bom vamos, ao capitulo, esperamos que gostem.



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Rick’s POV

Rick me encontra na árvore

Kate, 10:19 am

O sms de Kate chegou um pouco antes de o sinal bater. Fiquei preocupado, e um pouco perdido com o pedido. Ela nunca ia à outro lugar na hora do recreio que não fosse a mesa reservada para “elas” no refeitório. Peguei meu material e deixei-o no meu armário no corredor, e segui para a árvore. “A árvore” era o nosso lugar, íamos lá quando algo estava errado.

Avistei o jardim e ela já estava lá, com seu material espalhado pela sombra, sorrindo.

– Oi – Kate disse ainda sustentando o sorriso, mas acho que ela estava sentindo alguma coisa, pois o sorriso de antes agora vacilava.

– Você está bem? – sentei-me ao seu lado.

– Tive algumas tonturas na aula de cálculo, mas não foi nada de mais – ela fez careta – a Srta. Thompsom acha que eu estou grávida – riu ela.

– Eu achei estranho você não estar com suas amigas...

– Queria te entregar uma coisa antes que você vá procurar a Mer...

Kate tirou uma folha de papel cartão azul de sua bolsa, enrolada como se fosse um pergaminho, e me entregou.

– O que é isso? – disse pegando-o de suas mãos e desfazendo o lacinho cor-de-rosa.

– Não abra agora! – ela pegou-o de volta e amarrou, me entregando novamente – Faça isso quando chegar em casa, e não mostre para ninguém, porque senão eu vou chutar o seu traseiro – ela disse me ameaçando com um olhar 2.0 que realmente me pôs medo.

Eu ri. Ela estava aprontando alguma coisa. Eu assenti dizendo que não falaria nada.

– Ótimo. Agora vá. A Mer está te procurando desde o sinal de entrada.

– Okay, mãe. Se precisar de qualquer coisa me liga.

Beijei sua testa e saí à procura da minha namorada.

Meredith foi a primeira menina realmente bonita com quem eu já namorei, eu, geralmente, nunca tive chances com meninas bonitas, meus óculos tortos e músculos imperceptíveis nunca foram um atrativo, mas para meu consolo minha mãe me acha lindo.

– Olá, babe... – ela disse dando-me um beijo rápido – Onde você estava? Fiquei preocupada quando nem a Beckett soube de você...

– Desculpe... Eu fiquei preso em casa, Dona Martha precisava de ajuda.

Não queria falar que fiquei acordado a noite toda preocupado com a Kate, conheço a Meredith e sei que ela não consegue manter segredos.

– Ah... Sua mãe não gosta muito de mim – ela franziu os lábios, ainda sorrindo em menor escala de sua própria desgraça.

Passei meu polegar por sua bochecha e beijei-a ali.

– Minha mãe é de Lua.

– De Lua ou não, ela não gosta de muito de mim. Eu a admiro muito, quero ser como ela quando me formar – Mer disse com os olhos brilhando.

– Você será. É muito talentosa, sabia? Palavras de Dona Martha.

O sonho de Meredith era ser atriz, e ela, realmente, tinha muito talento e uma vaga garantida na NYU.

– Você é tão fofo...

Eu sorri e senti meu sangue ser drenado para as bochechas.

O sinal tocou e deixei-a em sua aula de cálculos e segui para a de biologia fisiológica. Eu fazia dupla com a Parish, ela era legal e me faturava muitos “As”.

~~

As aulas tinham esgotado toda a minha vontade de viver naquele dia. Levei a Kate e a Mer para suas respectivas casas e depois fui para a minha.

– Mãe? – gritei entrando pela porta do apartamento.

Tirei meus sapatos e deixei minha mochila no sofá.

– Mãe?

– Olá, querido. Como foi a escola? – ela perguntou enquanto lavava a louça.

– O de sempre. – beijei sua bochecha e abri a geladeira caçando algo para comer.

– Como ela está? – mamãe me perguntou, ela havia ficado preocupada com Kate pois gostava muito dela, assim como eu.

– Bem, dentro do possível – suspirei – ela não parece estar mal, porém eu a conheço e notei que ela esta mais desastrada e as vezes no mundo da lua, e Kate não é assim, acho que são os efeitos dos remédios.

– Ela é uma garota forte querido – ela beijou meus cabelos e sorriu – e tem o nosso apoio, ela vai sair dessa.

Eu apenas sorri, esperava profundamente que mamãe estivesse certa. Peguei o sanduíche da geladeira e subi para o meu quarto, o bolso de trás da minha calça pesava e eu estava curioso para saber o que tinha naquele pedaço de papel.

Sentei em minha cama colocando o sanduíche de lado, tirei o papel do meu bolso, havia amassado um pouco. Devagar tirei a fitinha e desenrolei curioso, no papel a caligrafia dela chamava atenção, percebi que ela passou um bom tempo confeccionando aquela carta. Passei meus olhos pelas coisas escritas ali e a cada linha que lia eu não sabia se ria ou chorava. Era adorável, mas ao mesmo tempo me lembrava da atual situação em que ela se encontrava e isso me deixava com um aperto no coração. Porém não pude deixar de sorrir, aquelas palavras mostravam que apesar de todas essas dificuldades Kate continuava sendo ela mesma.

– Ser assaltada? Serio mesmo Kate? – eu sorri e passei o dedo pela carta.

Kate’s POV

Primeiro dia de tratamento...

Acordei cedo como de costume, me espreguicei, e levantei deixando meus pés afundarem no carpete de lã. Olhei-me no espelho e as manchas ainda saltavam em meus braços, como se eu tivesse levado uma surra. Passei as mãos por meus cabelos, ajeitando-os, quando mamãe bateu na porta, me avisando que o café já estava na mesa.

Coloquei o uniforme e uma camiseta de manga longa. Eu estava doente, mas ninguém precisava saber disso. Amarrei os cadarços e desci as escadas como um furacão.

– Bom dia, Katherine, dormiu bem? – papai perguntou com um sorriso petrificado nos lábios.

– Bom dia – sorri de volta.

Sentei-me à mesa e peguei uma torrada e passei geleia de morango. Papai olhava para mim como se a qualquer momento eu fosse quebrar, como uma bonequinha de porcelana que entrou em queda livre. Mamãe chegou com um pires em suas mãos que continham alguns comprimidos, ela sustentava o mesmo sorriso do meu pai. Eram muitos comprimidos. Pelo o que eu tinha entendido o que a Dr. Henning disse, poucos deles eram realmente para a doença, e os outros eram para os efeitos colaterais que eles causavam no meu organismo.

Comi a minha torrada e metade de um kiwi, pegando o pires logo depois.

– Tenho que tomar todos? – perguntei fazendo careta.

– Querida... – mamãe me repreendeu por estar caçoando dos remédios.

– Eu to brincando, ok?

Um comprimido de cada vez e um copo d’água depois, a campainha tocou.

– Rick chegou, tchau... – falei enquanto estalava um beijo na testa de papai.

Abracei minha mãe e saí correndo para a porta, mas acidentalmente tropecei no degrau que havia na divisória da sala com o hall de entrada, e caí fazendo um estrondo enorme.

– Eu tô bem... – gritei me levantando rapidamente, meus joelhos ardiam e eu gargalhava.

Rick havia se assustado com o barulho e entrou em casa, mas agora estava rindo da minha cara.

– Sabe, Kate, eu não sei como você conseguiu entrar pra torcida – ele gargalhou e balançou as mãos fazendo com que as chaves do Mustang fizessem barulho.

– Babaca – eu bati em seu ombro e ele pegou minha mochila.

– Tchau – gritei do jardim.


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Notas finais do capítulo

bom, é isso. Kate esta se tratando, vamos torcer para que de tudo certo, como diz Hazel Grace (no filme) "você não está morrendo, apenas está com câncer"
esperamos que tenham gostado e... nos vemos nos comentarios
beijos



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