A sacerdotisa foi se afastando ainda incrédula, estava tremendo ainda de medo, não podia ser quem ela estava pensando, piscou os olhos várias vezes, mas Naraku continuava rindo maléficamente enquanto a encarava, Kagome estava desprotegida e sem seus armamentos o que fazia teme-lo ainda mais, balançou a cabeça pensando:
– É só a minha imaginação, .... Ele não está aqui de verdade - assim que parou de falar encarou o lugar onde a imagem da pessoa que mais lhe trazia pesadelos, e Naraku não estava mais ali, a miko suspirou aliviada, mas logo em seguida notou que em seu lugar havia um homem caído no chão, se aproximou e se agachou a seu lado, analisou bem o seu rosto e reconheceu aquele rosto, pegou delicadamente com uma de suas mãos virando-o de frente para si mesma para ter a certeza de quem era :
– Akitoki - falou baixinho para que somente ela pudesse ouvir, observava detalhadamente sua face que estava perfeitamente intacta, deitou-o em seu colo para observá-lo melhor e pode perceber a fumaça roxa meio puxada para o preto que saia de seu corpo e ia em direção ao seu bolso.
Quando já não tinha nenhum sinal daquelas cinzas, foi verbo que tinha em seu bolsa que puxava aquela fumaça que emanava de seu corpo, estava com medo que ele acordasse, então procurou e pegou a única coisa que tinha no seu bolso e viu uma pedra se transformando de negra a transparente, e não pode acreditar no que estava sentindo.
– É impossível eu estar sentindo a presença de um fragmento da jóia ! Ela nem existe mais - a sensação logo passou e a jovem logo se pôs a pensar :
– Deve ser só minha imaginação, acabei de acordar e estou morrendo de fome, deve ser isso! - ela deu um leve riso e voltou a olhar para o homem ali em seus braços ainda desacordado - acho melhor chamar a Kaede para te ajudar - elevou a cabeça para que o som saísse mais alto - KAEDEE !
Alguns segundos depois a velha sacerdotisa apareceu serena como sempre:
– O que foi Kago...
– Me ajuda com ele, onegai? - a sua fala interrompeu a da miko e como a jovem ainda estava meio debilitada devido aos ferimentos e não deveria se esforçar tanto, Kaede se aproximou e levantou o rapaz que estava começando a acordar:
– Onde eu ... Estou? .. Cof! Cof!
– Se acalma... Primeiro vamos cuidar desses ferimentos depois nos conversamos.
Segui-os até dentro da pequena residência, a velha miko pôs o jovem onde Kagome estava deitada e começou a cuidar dele.
A jovem sacerdotisa observava a dona daquele vilarejo usar um pouco de seus poderes para ajudar Akitoki, que não tinha nenhum ferimento em seu corpo mas parecia machucado emocionalmente:
– Achou o InuYasha, Kagome? - isso tirou a atenção da jovem do rapaz para Kaede que tinha um semblante de dúvida.
– Sabe que tinha até me esquecido - essa estava tão calma - daqui a pouco ele deve aparecer por aqui aí eu falo com ele, mas antes Kaede - Sama .... Tenho que falar uma coisa pra você - agora Kagome estava séria como nunca esteve.
– O que foi Kagome?
– Eu senti a presença da jóia - assim que afirmou isso a velha sacerdotisa a olhou sem acreditar em nenhuma das palavras que ela havia acabado de ditar.
– Isso é impossível e você sabe disso Kagome - a jovem apenas assentiu com a cabeça - e mais uma coisa, se você tivesse sentido eu também teria conseguido senti-la, lembre-debique eu tenho tanto poder quanto você - advertiu.
– Sim, mas ..... Tem mais uma coisa que eu tenho que te contar - respirou fundo e torcia para aquela aparição a minutos atrás não ser verdade e tudo ser parte de sua imaginação - eu vi o Naraku - Kaede congelou na hora e olhou com medo para Kagome, que só afirmou com a cabeça novamente temendo da mesma forma - mas eu acho que pode ser só coisa da minha imaginação, porque, enfim.... Eu acabei de acordar de coma e estava morrendo de fome, e como já o derrotamos, é impossível ele estar vivo de novo, não ?! - a velha sacerdotisa continuava a encarando ainda sem reação, mas quando deu por só finalmente respondeu :
– Agora que você me disse isso Kagome, ..... Ja não sei de mais nada - afirmou tentando parecer calma.
– Então quer dizer que Naraku pode voltar a viver?
– Fisicamente eu não sei, mas pode ser que sim - o coração das duas naquele instante palpitava mais rápida, nenhuma delas queria acreditar que aquilo poderia ser verdade, então preferiram acreditar que era tudo apenas da imaginação da jovem sacerdotisa, para tentarem se tranqüilizar, o que fossem sucesso.

Floresta do InuYasha - Japão, Era Feudal

Observava a lua sentado em um dos troncos da grande árvore, a qual sempre gostava de ir quando seus sentimentos estavam a flor da pele, era um modo de fugir que demonstrava de mais.
Nesse exato momento o hanyo estava totalmente feliz, queria ficar com sua mulher, que depois de muito tempo havia acordado, mas não se livrava dessa mania de fugir toda vez que tinha esses sentimentos extrapolados.
Mas a sua felicidade foi interrompida por uma voz que ressoava ao seu lado :
– Eu não fiquei com Kikyo, .... Você não vai ficar com a sua querida Kagome! MUAHAIAHAUAH

– QUEM ESTÁ AÍ ?? - se levantou como em um flash virando-se para o lado, ainda em cima do galho, e já foi rangendo seus dentes e mostrando suas garras - EIHN?!
– Achei que tivesse bom fato InuYasha ?! - reconheceu a voz, mas para confirmar sentiu o cheiro que emanava no ar, arregalou os olhos assim que percebeu, e com a voz incrédula e falhada começou a pronunciar o nome do indivíduo - Na .... Naraku!

– Demorou InuYasha .. - a figura que se escondia apareceu nos ares logo após uma áurea negra ter se expandido o suficiente para eu ele passasse - achei que você me perceberia mais rápido! - O meio Yokai começou a rosnar para o hanyo a sua frente, e foi avançando direto nele sem esperar por mais nenhuma palavra dele:
– SANKO TESSOU ! - esse golpe acabou passando direto pelo corpo do inimigo e InuYasha deu um mortal percebendo a falha e parou em outro galho, onde continuou encarando Naraku com um ódio profundo, e esse falou :
– InuYasha você nunca vai conseguir me derrotar dessa forma - o dono dos cabelos prateados rosnava novamente para o moreno - afinal, .... Sou uma alma ! MUAHAUAHAUAH !
– JÁ QUE É ASSIM VOU TE MANDAR PARA O INFERNO COMO EU FIZ QUANDO TE DERROTAMOS - o hanyo de roupas vermelhas sacou sua espada, que ganhou uma cor preta em sua lâmina - MEIDO ZANGETSOHA ! - ele lançou o golpe se levitando no ar e cortando o ar lançando as várias lâminas negras na direção de seu inimigo. Logo após as várias lâminas sumirem ele olhou satisfeito vendo que Naraku já não estava mais ali, deu um sorriso convencido - Keh ... Sabia que não era coisa pra me preocupar ! - deu de ombros e quando estava prestes a voltar para o vilarejo :
– Você errou InuYasha ! - o meio Yokai cachorro mirou seu olhar para baixo e viu o moreno com um sorriso vitorioso nos lábios - Aproveite seu tempo com a sua querida mulher, ela logo estará junto com Kikyo ! MUAHAUAHIA - sua imagem sumiu da mesma forma que se formou, quando se tocou InuYasha saiu desesperado:
– Kagome! - saiu em disparada floresta afora, esperando que nenhuma daquelas palavras ditas tivesse sido verdade.

Vilarejo da sacerdotisa Kaede - Japão, Era feudal

– Vamos Misaki e Usagi a Oka-San está esperando vocês para podermos jantar, e também ... Já está noite, ... Vamos !
– A não Otou - San - as gêmeas responderam ao mesmo tempo virando para Miroku e fazendo cara de chateadas, o monge queria seder, mas sabia que o certo a fazer era levá-las para casa, afinal ainda estavam no início do vilarejo e sua casa ficava um pouco distante dali, e se viu tendo que fazer a tática que os pais sempre usavam para convencer seus filhos:
– Então ta bom, me rendo podem ficar aí, só que quando voltarem ninguém vai no colo do Otou-San para ser um Yokai dragão voando pelos ares - as gêmeas o olhavam impressionadas as duas queriam ser levantadas no ar para serem yokais dragão, Miroku se virou e foi dando passos lentos até sua casa , e as olhado com o canto do olho - mas, .... Já que ninguém quer voltar comigo, ninguém vai ser um Yokai dragão hoje, que pena... - ela continuava no mesmo ritmo, até que sentiu-se agarrado nas pernas por dois indivíduos pequenos que puxavam sua roupa.
– Otou - San eu quero voltar com você - disse uma das duas.
– Eu também - disse a outra, ele fez cara de esperto:
– Então Tá! - ele se agachou e chamou as duas para se aproximarem com um gesto com as mãos - que tal as duas serem Yokais dragão hoje? - as duas meninas ficaram animadas - estão preparadas?
– SIM! - as duas gritaram com um sorriso no rosto, o monge pegou uma em cada braço e as levantou no ar fazendo-as rir incontrolavelmente, Misaki e Usagi riam sem parar e Miroku como bom pai se divertia junto, até que seu semblante mudou ao ver um vulto vermelho passar bem na sua frente, ele sabia quem era com toda a certeza, deixou as meninas no chão e olhou em direção a onde perdeu de vista o indivíduo que corria rápido demais:
– Será que ele tem notícias da Kagome? - disse para si mesmo.
– Otou-San porque parou ? - saindo de seus devaneios olhou para as duas meninas e fez um falso sorriso maléfico.
– Por nada não, mas agora eu vou ....pegar vocês! - disse soltando-as e fazendo uma falsa cara de mal, enquanto elas corriam dele rindo.

Um pouco mais adiante ...

O monge ainda perseguia as meninas que continuavam correndo dele gritando e rindo sem parar, Sango ouviu o barulho e saiu de dentro de sua residência:
– Finalmente chegaram, quem está com fome ?
– EU! - disseram as duas meninas parando e se deixando serem pegas pelo monge logo atrás, fazendo-as rir mais ainda.
– Eu também Sango - falou Miroku com as duas no colo.

Os quatro entraram e se puseram a jantar, as gêmeas comiam uma do lado da outra, enquanto a caçadora de Yokais amamentava seu bebê de meses com seu marido do lado, o monge se aproximou do ouvido de sua mulher e falou bem baixinho :
– Sango depois eu preciso falar com você - a taiji apenas asentiu com a cabeça.

....

Logo após jantarem colocaram seus filhos para dormir, Miroku colocou o cobertor em cima de suas filhas que se remexiam muito enquanto dormiam, quando viu que elas se mantiveram na mesma posição foi se afastando aos poucos, virou-se para Sango que estava logo atrás dele:
– Então, Sango eu .....
– Sshiiiii - ela interrompeu e fez um sinal para eles irem para fora.

Do lado de fora ....

– Agora pode falar Houshi - disse calmamente.
– Bom é que eu vi o InuYasha correndo muito apressado em direção a casa de Kaede.
– E o que que tem ?
– E o que que tem é que ele pode ter notícias da Kagome- Sama - Sango mudou totalmente sua expressão, ela queria muito saber se sua amiga estava bem.
– Mas você acha que pode ser bom ou ruim se ele tiver notícias dela?
– Sinceramente não sei, também fiquei bastante curioso - de repente a morena o empurrou e disse :
– Vai la ver, que eu precisão cuidar das crianças - imediatamente o Houshi obedeceu e foi indo em direção a casa da sacerdotisa daquele vilarejo.

Na casa de Kaede....

– Kagome você está bem ? - Disse o hanyo entrando desesperado dentro do pequeno cômodo, as duas olharam para o indivíduo de cabelos brancos que apareceu de repente, e InuYasha viu que além delas duas tinha também um rapaz deitado ao lado das mesmas, reconheceu-o pelo cheiro, mas ele tinha pouco importância naquele momento, então voltou-se para a sua mulher.
– Sim InuYasha eu estou melhor - ele suspirou aliviado - porque ? - a jovem perguntou arqueando as sobrancelhas, o meio Yokai não queria tocar no assunto agora, então apenas sorrio meio sem jeito e disse:
– por nada não .... Mas - disse se sentando junto a elas - se lembrou de alguma coisa sobre o indivíduo que te machucou ? - ela suspirou:
– Infelizmente ..... sim - InuYasha encarava Kagome com um olhar compreensivo - e eu estava contando para Kaede agora. Eu
só me lembro que ....

FLASHBACK ON

As pálpebras pesavam, já não conseguia mais sentir nada em seu corpo, recobrava a consciência aos poucos, não sabia onde estava e nem como tinha ido parar lá, apenas se lembrava de seus últimos momentos antes de acordar, me levantei um pouco até ficar sentada, cocei os olhos e enxergando melhor, pude ver o céu estrelado lá fora sem lua, mas não conseguia definir onde estava:
– Onde ... Eu .... Estou ? - falei baixinho para mim mesma enquanto ainda tentava decifrar como eu havia ido parar ali.
– Não se preocupe - ouvi uma voz vindo de uma parede escura - eu sei como voltar - passei a encarar aquele canto temendo.
– Quem está aí ? - disse em um tom mais alto de voz - EIHN?! - com um pouco mais de coragem gritei.
– Se acalma querida - o homem se aproximava deixando seu corpo exposto a luz das estrelas que iluminavam aquela noite sem lua, mas não foi o suficiente para se ver a cara dele, mas era parecida com a de Naraku, porém percebi que ele estava inteiramente nu, olhei para meu corpo e vi que estava só com as roupas debaixo, e quando me dei por mim de volta ele já estava com a sua face bem próxima a minha beijando minhas bochechas e logo em seguida meu pescoço, o homem se afastou um pouco e disse:
– agora só falta sua boca - o empurrei e me levantei rapidamente, me virei de costas para o mesmo, mas pude perceber sua raiva:
– Ordinária ! - ele se levantou e me empurrou para um canto fazendo com que eu batesse minha cabeça na parede.
– AÍ ! - reclamei de dor.
– se você continuar me desobedecendo desse jeito você vai sofrer mais ainda - fitei-o com ódio - quer saber mulher? ..... Você é melhor desacordada - aí eu só sentia soco seguido de mais socos em mim, até que sentir um golpe ser dado em minha nuca me desacordando, mas antes que eu apagasse por completo, eu ouvi :
– Aquele maldito InuYasha vai sofrer .....

FLASHBACK OFF

O hanyo agora tinha não raiva daquele indivíduo do que tudo:
– Como assim ele tentou beijar a minha mulher?? - cerrava os punhos tentando se conter.
– Se acalma InuYasha - falou Kagome acariciando o rosto de seu marido, que ficou mais manso após esse gesto- agora eu estou bem e nada mais vai acontecer - o dono dos cabelos brancos agora a encarava preocupado, se lembrava de sua luta com Naraku a alguns minutos atrás, mas não queria preocupa-la com aquilo agora, achou melhor deixar para mais tarde e apenas protege-la de agora em diante.
– Espera aí Kagome, você disse que era alguém parecido com o Naraku, não ?! - disse Kaede se intrometendo, a jovem apenas assentiu com a cabeça, a velha sacerdotisa olhou para o Hanyo que logo entendeu o recado arregalando os olhos como se fosse algo impossível.
– Será que era Onigumo? - o coração do hanyo congelou no momento em que ele mesmo pronunciou essas palavras, Kagome ficou assustada e Kaede também não queria acreditar, que essa poderia ser a verdade.
– InuYasha eu vi você correndo para cá a Kagome - Sana está .... - todos se puseram a encarar o monge que no meio da conversa aparecerá, enquanto esse apenas ficou feliz por ver a sua amiga bem - Kagome .... Você finalmente acordou - falou em tom de animo, ele abraçou com cuidado pois percebeu que ela ainda não havia se recuperado totalmente, ela retribuiu correspondendo o abraço:
– sim eu estou bem Miroku, e ... - continuou sua fala saindo do abraço - ainda bem que você chegou, que eu tenho que falar uma coisa para vocês... - todos a fitaram curiosos, Miroku se sentou, ela respirou fundo e falou tudo de uma vez :
– Eu vi o Naraku !