Soul Hunter - A Restrição escrita por Redhead Wesley
Notas iniciais do capítulo
OEEE PESSOAL!! Voltei a ativa e finalmente estou postando o capítulo 6 de Soul Hunter! Decidi que será uma Short-Fic, tendo em torno de 10-15 capítulos!! (MAS, dependendo do que acontecer, talvez tenhamos Spin-Offs e talvez um segundo Soul Hunter :D)
Eu e Ícaro partimos para o aeroporto mais próximo, uma viagem para o Japão naquela hora e de imediato, custaria caro. Por sorte, o cartão que os Caçadores recebem para emergências facilitam isso.
– Olá! Falei para o atendente que olhou-me dos pés a cabeça. - Preciso de uma passagem para Tokyo. - Estendi o cartão na mesa. - Agora.
Ele me olhou e sorriu, seu olho esquerdo brilhou em azul e o direito em verde. Ele me colocou no primeiro voo, e ainda por cima na primeira classe! Despachei minha arma e caminhei rapidamente para os fundos do aeroporto, onde fui guiado com mais alguns caçadores para o Japão. Sentei-me longe dos outros, parecia ter uma sala no avião apenas para mim, minha cadeira deitava e tinha uma TV pendurada no teto, onde passava alguns filmes.
– Esses petiscos são bons. - Escutei ao meu lado. Tomei um susto e olhei para a cadeira a minha esquerda, ali estava Ícaro que comia alguns camarões mergulhados em molho rosé.
– O que está fazendo aqui? - Perguntei furioso.
– Viajando do jeito que eu mereço...Oras.
Após horas de viagem o piloto se comunicou com todos.
– Olá passageiros! Em breve chegaremos em Tokyo, o clima está nublado e faz frio. Aos paraquedistas sentados nas fileiras de 1-5 da 2° classe e o paraquedista sentado na primeira, em cerca de alguns minutos o salto de vocês será permitido. Obrigado.
Era nossa deixa, uma aeromoça me entregou um paraquedas e me posicionei na porta, Ícaro surgiu atrás de mim.
– Isso vai ser divertido! - Ele falou com um tom de brincadeira na voz. Então me deu um chute, fui o primeiro a cair, um borrão de manchas pretas surgiam ao meu lado, os outros caçadores. Eles gritavam de adrenalina e um sorriso fora delineado pelos mais audaciosos. Rapidamente ajeitei meu equipamento no ar e coloquei meus óculos, onde indicavam o local do crime, fechei meus braços e pernas e mergulhei no ar em direção ao centro de Tokyo. Ao chegar em uma determinada altitude, abri-os novamente, diminuindo minha velocidade da queda. Abri rapidamente meu paraquedas e meu corpo tomou uma direção horizontal. Guiei-me até o topo do prédio e finalmente caí no chão. Tirei os equipamentos e olhei para o horizonte, iria amanhecer em algumas horas. Verifiquei o local ao meu redor, atrás de mim havia uma caixa d'água quebrada e ensanguentada, junto com o chão, a marca de um corpo feminino fora deixado onde eu pisava, olhei o local, era onde a tal Carol havia morrido.
– É, foi como eu pensei...Divertido. - Ícaro surgiu como fumaça e andejou até se aproximar de mim.
– Se você fosse sólido eu te daria um soco nesse momento. - Falei com um tom de voz alterado. Minhas armas chegaram para mim em um pacote flutuante. As peguei e me equipei rapidamente.
– Sabe, tem algo errado. - Ícaro olhou em volta e se dirigiu até a ponta do prédio, o segui.
Ali no canto da rua, na entrada de um beco, havia um Devorador que com certeza não gostaria de ser seguido.
– Boa. - Falei com um sorriso, pulei do prédio e caminhei até o beco, o mesmo havia sumido nas sombras. - Merda...
– Hey, esqueceu de uma coisinha. - Ele falou indicando os olhos, mudei minha visão para o modo de almas. Vi várias silhuetas com almas em seu interior, gritos ensurdecedores vinham de dentro de si, mesmo que para os humanos, eles fossem inaudíveis.
– É tipo um clube. Todos fracos e um forte...Deve ser o líder. - Falei com calma, mudei minha visão novamente para enxergar no escuro. Desviei de lixos e dobrei em bifurcações de becos. Então pulei sobre um muro e quando toquei o chão, um massacre começou. Retirei minhas adagas e lancei nos devoradores que atacavam a distância. Meu olhar percorreu a área, retirei Roven de minha bainha e fiz um corte circular, os que estavam ao meu redor tiveram seus corpos e cabeças decepadas instantaneamente, eles se transformaram em fumaças negras. Sobrara apenas dois devoradores, sendo um deles o líder. O devorador mais alto fez um movimento com o pescoço e o devorador ao seu lado sumiu de vista...Pelo menos por alguns segundos. Ele surgiu encima de mim com dentes afiados tentando arrancar meus olhos.
– Sai... - Falei com dificuldade, desferi um corte horizontal em suas costelas e ele bufou. - Saia!
Ele babava, ele desejava minha alma, meus cálculos estavam errados. Tinha dois fortes...Mas um era apenas o mascote. Dei um chute em sua barriga e rolei para trás, ele sumiu de vista novamente, e presumi seus movimentos, deixei os meus outros sentidos aguçados.
Na esquerda. Na direita. Na minha frente. Desferi um golpe em linha reta na posição de esgrima, a espada atravessou seu crânio e o devorador sumiu de vista.
– Não tenho assuntos com você. - O outro devorador falou, ele parecia humano, exceto pela sua pele cinza e seus olhos totalmente negros. Ele trajava um terno a risca e usava um chapéu fedora.
– Ah...Mas eu tenho assuntos com você! - Falei, retirei Yarmantyas da bainha e ele me atacou com suas garras, uma gota de suor veio pela minha testa. Eu mal o vi sair do lugar.
– Está com medo? Eu sou o mais rápido dos devoradores. - Ele falou com um sorriso amarelo. Seus dentes eram presas afiadas. - E o melhor lutador corpo-a-corpo.
Fiz um movimento com a espada, me libertando de suas garras, ele foi para trás e assumiu uma postura reta e disciplinada. Coloquei a espada em minha frente.
– Cara...Você vai ser uma dor de cabeça... - Falei, e então senti uma ardência em minha maçã do rosto. Ele havia feito um corte, e o sangue escorria pelo meu rosto.
– É...Vou ser mesmo. - Seu sorriso se abriu novamente.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado!!