Soul Hunter - A Restrição escrita por Redhead Wesley


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

desculpem a demora



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Após a "pequena" seção de tortura, levei minhas armas comigo, eu teria que ir para o leste de Londres buscar informações sobre os três devoradores que mataram a Caçadora Carol.

Eu estava trajando preto, a cor básica do uniforme de um caçador, usava luvas abertas e feitas de couro. Preso a minha coxa estava a adaga que batizei pelo próprio nome do metal, Anaris. Em minhas costas estavam a espada feita de Yarmantyas e a espada feita de Roven. Batizei-as, respectivamente, de Caelum e Falcatio.

Subi em minha moto e coloquei meu manto negro, que cobria meus braços inteiramente.

– Vamos ver se você ainda dá pro gasto... - Falei checando o motor, após refazer os rugidos da moto até ficarem a uma altura quase insuportável, eu parti.

Onde eu passava não via nada mais que borrões de pessoas e carros, além das luzes fracas que iluminavam a rua e se esticavam até o final, onde curvei para a direita e adentrei na estrada, que me tirava do esconderijo dos Caçadores. Ali pude acelerar minha moto a vontade, senti o vento bater em meu rosto e usei uma habilidade especial de caçadores, pisquei duas vezes então eu enxergava a noite como dia. Pude ver no retrovisor que meus olhos haviam ficado verdes, o que não combinava muito comigo. Isso me lembra o que meu pai sempre dizia.

"Os olhos são as janelas para a alma" Não era a toa que toda vez que precisávamos checar as almas, a cor dos olhos mudava, talvez fosse algo filosófico que o primeiro Caçador de Almas tenha feito. Ou talvez por causa da cor de seus olhos, que era um azul gelado, bem claro, sem manter a cor do azul.

E de seu irmão gêmeo, o segundo caçador mais forte, que tinha olhos esverdeados e podia enxergar no escuro como se fosse dia.

– Talvez se não fosse por eles a humanidade já estaria extinta. - Escutei alguém falar ao meu lado, me permiti olhar uma vez.

Um ser voava a poucos metros acima do chão, na mesma velocidade que eu...Talvez 120 km/h, atrás de si uma fumaça negra saía dele, como se fosse parte dele.

– Posso levá-lo onde você quer...Lhe dar as informações que precisa. - Ele falou mostrando seu sorriso, que era composto por dentes afiados e desregulados.

– Não...Obrigado. - Falei voltando a olhar para frente. - Aliás, o que você é?

– Posso dizer que não sou nem um caçador...e nem um devorador. Apesar de ter a aparência de ambos. - Pude perceber agora, seus olhos, ambos tinham cores diferentes, os olhos do Primeiro Caçador e os olhos do Segundo Caçador. - Pode confiar em mim agora? Bom...Tem um café aqui perto,logo quando você chegar na cidade, ele fica bem na esquina com uma rua e um beco sem saída. Te espero lá. - Após isso ele bateu em um caminhão que vinha na outra faixa e desapareceu em fumaça preta.

– Sujeito estranho... - Falei olhando para a rua agora, dobrei e entrei na cidade, uma invasão de luzes e cores ofuscou minha visão e tive que desativar a minha habilidade. A cidade era grande e muito bem iluminada, e apesar do horário, ela estava cheia de carros e motos, que buzinavam toda hora. Estacionei minha moto e andei pelas ruas, até achar o tal café. O homem que me dera a informação estava parado na frente do mesmo, usando uma roupa que cobria parte de seu rosto.

– Chegou rápido - Ele falou com a voz abafada. - Então, aqui é um centro de Devoradores Pacíficos. Aqueles que preferem almas artificiais a almas verdadeiras.

– O quê? - Falei com um sorriso de canto, e com a voz meio irônica. - Não existe Devoradores pacíficos.

Ele bufou e me forçou a entrar. O café era iluminado por uma luz amarelada bem fraca, tinha um chão polido de madeira, que dava para sair escorregando por ela sem problemas, mesas e cadeiras de madeira foram distribuídas pelo café e nas paredes tinha cadeiras de poltronas, próximo a porta, na parede esquerda, tinha um bar e atrás de si a cozinha do café. Nas laterais saídas de emergência .Ali realmente tinha muitos devoradores, mas tinham a aparência mais humana, porém mantinham os dentes afiados, alguns tomavam algo que parecia um copo de café. Ali também vi humanos normais e até Caçadores mais jovens, que tomavam café e comiam um sanduíche. Apenas caçadores formados tinham permissão para utilizar os olhos do Primeiro Caçador, então era por isso que não viam os Devoradores.

– Realmente...São Devoradores...

– Não falei. - Ele falou sorrindo, então me empurrou até uma mesa, algumas caçadoras mais novas me deram tchau e deram risadinhas. Apenas retribuí com um sorriso.

– Ok...Mas por quê algum Devorador não-pacífico viria aqui?

– Alguns desses Devoradores já foram não-pacíficos. - Ele falou ajeitando a gola que cobria seu rosto. - A questão é, eles já tiveram contato com muitos devoradores. Inclusive aqueles dois que você procura...Que transformou o Caçador né?

– Sim... - Falei, chamei a garçonete e pedi um café com leite um pouco adocicado. Enquanto o outro ser pedia um copo de água.

– Acho que você já sabe meu nome... - Falei tomando um gole do café e ele assentiu. - Mas não sei o seu.

– Bom...Me chamam de Iucundus. - Olhei para ele em um tom do tipo: O quê? - Significa Devorador em Latim. Mas pode me chamar de Ícaro, sabe, tipo o da Mitologia Grega.

– Ah...sim. - Falei, olhei ao redor. Vi um homem de terno, com dentes afiados. Ele parecia ler um jornal, e bem na capa estava Carol. O homem fechou o jornal e olhou para os lados. - Aquele homem. - Disse para Ícaro indicando com os olhos para o homem - Ele sabe de alguma coisa.

– Ok. - Ícaro chamou a garçonete. - Pode levar um copo de almas para aquele rapaz e pedir para ele vir aqui por favor? Acrescente álcool nele. Obrigado. - a garçonete preparou e deu para o homem, em seguida indicou a nossa mesa com o dedo indicador. Ele se levantou, ajeitou a gravata e andou com passos firmes até nossa mesa, puxou uma cadeira de madeira e sentou-se, cruzando as pernas em forma de quatro.

– O que querem? - Ele falou tomando um gole do copo de almas.

– O que você sabe sobre esses dois devoradores? - Falei passando um pó negro sobre a imagem do jornal, duas formas se revelaram na imagem, e uma terceira encima da Carol. Ele revirou os olhos, em seguida olhou para mim.

– Eles estavam em Tokyo, andavam com um grupo grande de Devoradores, e pretendem fazer mais para juntar-se ao grupo. Pelo menos essa é a intenção do magrelo. - Ele falou apontando para o Devorador ao lado da outra Devoradora. Ou seja, meu irmão. - Já a outra apenas quer que todos sejam destruídos e está usando os outros Devoradores para isso. Esse terceiro, pelo o que me falaram, é um Devorador forte, foi transformado recentemente pelo Magrelo. - Ele descruzou as pernas e colocou as mãos na mesa, limpou o pó e as imagens desapareceram.

– Muito obrigado. - Falei guardando o que restou do pó em um saco de pano. - Isso foi muito útil.

O homem pegou seu copo e levou para sua mesa, que agora estava sendo habitada por duas Devoradoras pacíficas, que flertaram com o homem. Me levantei, deixando a conta paga, saí do café e me dirigi até minha moto. Uma fumaça negra se materializou ao meu lado, revelando Ícaro novamente.

– O que vai fazer agora? - Ele perguntou flutuando.

– Não é óbvio? - Falei subindo na moto. - Ir até a cena do crime.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem desse capítulo e por favor, deixem mais reviews. Não estou mendigando, estou pedindo um favor, aí vocês que sabem se vão deixar ou não.
Sem data prévia para o capítulo 6, mas ele vai sair



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