Soul Hunter - A Restrição escrita por Redhead Wesley


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, uma amiga minha me ajudou a escrever:
Nota: Contém morte de um menor, tortura e mutilação.



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Acordei pela manhã bem cedo, recebi informações de que metais negros agora tinham pouco efeito sobre os devoradores, e em seguida um convite para eu testar os novos metais, junto de dois cientistas. Tomei um simples café da manhã, composto de um sanduíche natural e café com mais leite que café, e duas colheres de açúcar. Tomei um banho frio, pois estava uma época de calor muito grande na Europa. Vesti uma roupa casual, uma camisa preta com jeans. Saí pelas ruas ainda com o café em mãos, afinal era minha bebida favorita. Levei um tempo até chegar no laboratório, eu ia precisar de armas novas para lutar contra os devoradores. Adentrei no laboratório, ele totalmente branco com algumas mesas de metal, acima delas várias seleções de metais e diferentes armas. Mais para frente tinha uma sala de vidro, onde abrigava um ser que era apenas um borrão, devido ao vidro que não permitia ver as imagens de dentro pra fora, apenas com óculos especiais.

O ser acorrentado ali, no meio da sala de vidro formando um “X” era uma figura desforme, que parecia ter sido retirada de um livro de contos de terror. A palavra que mais se aproximava do que ele era, seria Minotauro. Ele tinha pelos espalhados pelo corpo, e eles eram negros como a noite, como o manto da morte, embora se encontrassem mais negros ainda devido ao sague que escorria freneticamente pelos talhos abertos em seu corpo, o bom desse espécime capturado era sua habilidade de recuperação, não podíamos mata-lo, ele sempre se curava, o que tornava o trabalho mais simples e mais divertido e muito doloroso para ele, que já se encontrava nessa “diversão” a algumas horas. Seus olhos tinham cores que mudavam de acordo com as seções que os cientistas trabalhavam em sua pele. Falando em pele, ele tinha a pele acinzentada, e também era um poço de músculos, distribuídos de forma irregular pelo corpo, grandes chifres negros, retorcidos e com a ponta afiada projetavam-se do alto de sua cabeça, seu rosto, distorcido pela dor, era normal para um padrão humano embora ficasse deslocado em comparação ao corpo animalesco. O sangue que pingava no chão era preto, assim como sua pele, era como se derramassem petróleo no chão branco.

A faca de brilho e metal esverdeado que eu nem sabia de onde surgira, se quebrou em minhas mãos os estilhaços voaram no rosto da criatura, sem nem se quer arranharem e caíram no chão, me dirigi até a mesa de vidro no qual estavam os meus objetos para aquele “estudo”, era a primeira vez que eu fazia isso assim como os cientistas que estavam comigo. Fui me dirigindo as estantes cheias de armas num dos cantos da sala, peguei um pedaço de metal de bronze misturado com prata denteado de ambos os lados e de três gumes, o que resultava numa arma de aparência macabra.

Dois cientistas foram designados para me ajudar com os testes, um era apenas um garoto, deveria ter aproximadamente 14 anos, mas na realidade em que vivemos hoje qualquer um que possa lutar ou fazer algo que beneficie a humanidade vira adulto, vestia um jaleco maior que ele, na cor branca. As luvas eram azuis, seus dedos estavam inquietos, e sempre que me encontrava com esse menino, ele estava com uma prancheta em mãos. Seus cabelos loiros caíam sobre os óculos de maneira desleixada, e atrás das lentes de vidro, ali tinha duas cores diferentes nas íris do menino. Um olho, era azul-claro, que mais me lembrava o céu em dias claros. E o outro, verde, que me lembrava uma grama clara de uma floresta ao amanhecer e se me lembrava bem seu nome era Aden. O segundo cientista era um senhor de cabelos grisalhos, seus olhos cinza e cansados combinavam com a cor de sua pele branca, ele usava um jaleco preto e luvas brancas, sapatos sociais negros que tinham mais sangue de Minotauro do que eu imaginava, o dispositivo eletrônico em suas mãos já tinha na tela uma crosta de sangue seco o que dificultava seu trabalho em registrar o progresso que fazíamos, já havíamos testado tantos metais que resultaram nos mais diversos efeitos e fracassos, mas me sentia cada vez mais empolgado ao mesmo tempo em que não ligava para isso, só sabia que isso seria uma das coisas que iriam me perseguir todas as noite a partir de hoje. Ambos tinham sangue frio e faziam aquilo pela ciência e pela garantia de um futuro para humanidade, embora que a cada golpe que o menino desferia seus olhos se iluminavam com um brilho sádico e um sorriso se abria em seus lábios.

O menino tinha agora um frasco com ácido para devoradores, um tipo especial que corroía devoradores e não tinha efeito em humanos, não sei ao certo por que, nas mãos e uma espécie de adaga de um metal arroxeado cheia de furos , parei por um momento e observei, o menino abriu o cabo da adaga e despejou o conteúdo dentro da adaga, ele sorria abertamente e virou-se para a criatura, ele cravou a faca no estomago do ser repetidas vezes, gritos guturais vinham da criatura e enchiam a sala, ela jogava a cabeça para trás e se debatia nas correntes, numa tentativa vã de fugir da dor, sangue e ácido espirrava em nós e em toda a sala, o garoto de repente parou com as facadas uma outra ideia brilhou nos seus olhos, ele pegou a adaga e começou a cortar a pele da criatura, foi então que entendi como a adaga funcionava, o acido saia pelos furos, o sangue manchava o rosto do menino que gargalhava como se aquilo fosse uma brincadeira, enquanto ossos se tornaram visíveis e pedaços de pele e camadas de músculos caiam no chão, ao mesmo tempo em que voltavam a se formar para substituir as que eram corroídas e o cheiro pútrido preenchia a sala, o rosto de ambos se encontrava desfigurados, de Aden pelo prazer sádico, o do Minotauro de dor, e cada grito desse ser se tornava um sorriso de prazer de Aden, isso era doentio e ao mesmo tempo me incentiva a me divertir também, fiz um arco com a espada e decepei-lhe uma orelha, em seguida quebrei seu nariz com o a parte plana do metal e enterrei a parte denteada na garganta e a puxei e então cravei-o na parte interna de sua coxa, os gritos se tornaram mais altos e gorgolejantes devido ao sangue que subia a sua garganta e escorria pela boca e misturava-se ao que escorria pelo nariz e respingava em meu rosto o que me enojava e me deixava com uma espécie de fúria, as íris da criatura estavam negras, e me seguiam o que me incomodou bastante, peguei duas adagas da estante iguais as que o menino usava em sua “brincadeira” e as enchi com ácido e perfurei seus olhos com elas, a criatura retorceu-se ainda mais, então as puxei arrancando os olhos e deixando apenas buracos de carne vazios e ensanguentados no lugar e os gritos que eu achava que não podiam piorar ficaram mais altos e estridentes, joguei as adagas longe, o sangue espirrava pelos buracos no seu rosto diminuindo o fluxo bem lentamente, Aden já estava com uma espécie de bastão de um metal de azulado, elétrico e pontiagudo em mãos, ele o cravava em partes aleatórias da criatura e a carne ao redor do bastão ficava negra e exalava um forte cheiro de queimado que se misturava ao de carne corroída, peguei uma arma de um metal transparente que era frio como gelo e lembrava vidro, com a sua lamina retorcida em meia lua e uma corrente especial que estava no chão e dei uma volta frouxa na cintura do Minotauro, então dei um leve puxão e a corrente se apertou e começou a “ganhar vida”, na verdade a corrente é formada por uma espécie de liga de nano-metal, que ao entrar em contato com a pele e ser levemente puxada ela começa a se apertar, e quanto mais se debater ou tentar puxa-la mais rápido e mais forte ela aperta, e com o menino o perfurando e eletrocutando, e eu cravando cuidadosamente a arma de modo que a lamina entrasse totalmente em seu peito e então puxando a rapidamente arrancando pele, veias, tecidos, sangue e gritos do ser a minha frente. O garoto ria e gargalhava ao meu lado, a criatura a minha frente se contorcia e gritava de dor, o cientista a minha costa tinha um sorriso frio nos lábios anotando a reação de cada metal, para poder termos armas que fossem eficazes de agora em diante e a única coisa que eu podia sentir era nojo do sangue que espirava em mim, Aden havia enjoado do bastão elétrico e remexia na estante, puxei uma bola de aço vermelho que se encontrava jogada por ali, que tinha essa cor devido a ser misturado a algo eu que preferia não saber, presa a uma corda, e golpeei partes aleatórias do monstro com ela, onde esse metal encostava ele deixava uma marca acinzentada e a carne no local se desfazia e demorava além do normal a se recuperar, o sangue espirava e não parava de escorrer mesmo quando a carne músculos novos cresciam, e os novos olhos da criatura se reviravam em direção ao teto, Aden pegou uma arma que parecia um saca rolhas feita de prata e metal esverdeado e veio sorrindo na direção do Minotauro, me afastei para que ele pudesse testar mais a vontade a arma e eu pudesse escolher outra, quando ele violentamente o forçou contra o pescoço da criatura, o metal quebrou-se em suas mãos e ricocheteou, cravando-se em sua testa, olhos e um cravou-se na sua boca que estava aberta em uma gargalhada, o menino caiu no chão sem gritos, espasmos ou mesmo um gemido que fosse, apenas a boca aberta em um sorriso e nos olhos uma expressai de medo que rapidamente foi sugada pelo vazio da morte. O cientista não demostrou nem um sentimento, nem esboçou surpresa, o Minotauro continuou a se debater e gritar indiferente de termos de certa forma cessado sua dor, eu me joguei ao lado do menino, e chequei sua pulsação mais por descrença, pois via claramente que o menino morrera.

–Então o metal de prata e nano-metal a base de aço negro não funciona e se quebra facilmente? Engraçado, pena que ele teve que morrer para descobrirmos isso. – o senhor falou enquanto balançava a cabeça negativamente – uma pena esse menino seria um ótimo cientista.

Levantei-me e sai da sala com o corpo do garoto no colo, levei-o ate o necrotério e disse embora soubesse que o corpo na responderia nem ouviria.

– Foi um prazer trabalhar com você, pena ter acabado assim. – Falei antes de sair daquela sala branca. O cientista tocou em meu braço e olhei para trás.

– Daniel, ainda tem um, mas eu achei melhor deixar longe do garoto. – Ele falou, como se a morte do garoto fosse prevista. – Venha, separamos os melhores. Foram os metais avermelhados, o Anaris, e os metais Roxos, Roven. Atrás daquela porta você pode encontrar o metal que achei melhor você utilizar.

Fui até uma porta que estava na parede, ali dentro havia uma espada totalmente negra, que quando refletia na luz ficava roxo, a peguei e para minha surpresa, o outro lado da espada era branca, e quando refletia na luz ficava dourada. Arrastei a pesada espada pelo chão e fui até o Minotauro, que estava ofegante.

– Veio me ver sofrer novamente humano? – Ele falou com uma voz desforme e grossa. Levantei a espada com uma mão e fiz um corte na diagonal pelo seu peito. Aparentemente nenhum corte estava feito, mas então o Minotauro partiu-se onde cortei e ficou pendurado pelas correntes, cada parte que cortei.

– Vim te matar... – Falei sério. Saí pela porta e joguei a espada em uma mesa de ferro. – Qual o nome desse metal?

– Decidimos chama-lo de Yarmantyas.

– Ok, quero uma espada desse Yarmantyas, uma espada de Roven e uma adaga de Anaris.

– Tudo bem...Você quem manda.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Um agradecimento especial a Márcia que escreveu praticamente o capítulo todo



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