Pov. Rin Takahashi
De frente com o garoto de cabelos azuis. Seu olhar... Podia sentir o olhar solítario vindo dele. Aqueles olhos... Lembravam muito os meus...
–Quem é você? Como me conheçe? –Pergunto.
–Ja disse quem eu sou... Mas quem é você, seria impossivel não saber... –Diz o garoto chamado de Haru.
–O que você quer dizer com isso? –Pergunto, olhando seriamente para o garoto.
–Bom... Qualquer um conhece o nome da familia Takahashi. –Ele diz. Me arrepio ao perceber que ele de fato me conhecia, e além disso.
–Como você... –Digo. Não sei como reagir.
–Fora que o nome sombrio de sua familia, trás medo a todos que ousam pronunciar tal palavra. –Haru sorri.
O vento sopra na colina. Me sinto tremer um pouco, e sabia que estava nervosa com isso.
–Então, eles te enviaram... Para me levar de volta... –Pergunto confusa e um pouco assustada.
–Não. –Haru sorri. Isso me deixa ainda mais confusa.
–Então... Veio para me matar. –Digo. Haru ainda sorri.
–Não se preocupe senhorita Takahashi... Não vim a mando de suas raises. –Diz Haru.
–Então... Por que esta aqui!? –Pergunto indiferente.
–Eu já disse.. Te levarei até seus amigos. Ou pelo menos uma parte de você. –Diz Haru, dando um sorriso a primeira vista inocente, porém malicioso.
Dou as costas a ele.
–Se tem uma coisa que aprendi... Foi que não posso mais ter nada com alguém que saiba de meu passado... –Digo, então viro minha cabeça para ele. –Não sei como me conheçe, nem a meus amigos... Mas se cruzar meu caminho outra vez...
Haru me observa. Seu sorriso desaparece.
–Eu te mato!
Então dou as costas e começo a caminhar em frente.
–Como seus amigos se sentiriam... –Diz Haru.
Sinto meu corpo gelar, então eu paro.
–Como se sentiriam... Sabendo que existe uma assassina entre eles? –Meu corpo congela.
Nem preciso me virar para sentir o sorriso de Haru, atravesar meu corpo. Me viro devagar o encarando.
–Como eles se sentiriam? Ta-ka-ha-shi... –Haru sorri.

(Trilha Sonora 1: On*)

Então me viro rapidamente e corro até Haru com uma lâmina de luz na mão direita. Levo a espada em sua direção, porém ele segura meu braço com sua mão esquerda, e desvia a lâmina facilmente. Olhando em meus olhos ele sorri.
–Opa! Será que eu a irritei? –Diz Haru. Me irrito ainda mais.
–Vai se arrepender de ter me provocado, desgraçado! –Então giro com um chute direcionado a cabeça de Haru, porém ele segura minha perna, e da um pulo para trás.
Avanço nele e tento acertá-lo varias vezes com minha lâmina de luz, porém ele desvia como se não fosse nada. Sempre com as mãos nos bolços e sorrindo, parecia estar me subestimando, isso me irritava ainda mais.
Logo tento cortá-lo no meio, porém ele pula e no alto dispara uma esfera roxa em minha direção. Me ponho em posição de defesa mas por alguma razão, sinto que aquele ataque não transmitia magia, então de repente ele aparece ao meu lado direito, e me acerta com um chute me fazendo voar. Logo giro na ar e caio de pé.
–Mas como ele!? –Digo perplexa. Como ele pode ter aparecido tão rápido ao meu lado?
–É melhor desistir Takahashi... Não pode me vencer. –Ele sorri.
–"Desgraçado... " –Penso comigo. Fico irritada.
–Nossos niveis são... Absurdamente, diferentes. –Então Haru desaparece, e reaparece ao meu lado, pela direita. Com um reflexo rápido, levo minha lâmina de luz até Haru, porém para minha surpresa a lâmina o atravessa.
–MAS O QUÊ!? –Então ele some e me acerta pela esquerda com um golpe.
Então mais uma lâmina aparece em minha mão e eu faço cortes duplos e rápidos tentando acertar Haru, que desvia sorrindo. Isso me irrita cada vez mais, por que não podia acertá-lo?
Começo a girar e a fazer cortes cada vez mais rápidos. Um dos cortes pega na roupa de Haru fazendo um pequeno corte em suas vestes. Não dou importancia e continuo a tentar acertar.
–Ora... Parece que está ficando animada Takahashi. –Diz Haru.
Continuo tentando acertá-lo com mais raiva.
–Vejo que seus dias de treinamento lhe fizeram profissional nisso... Digno de uma assassina! –Diz Haru
–CALE A BOCAAA!!! –Então junto minhas lâminas e crio uma esfera de luz, arremessando em Haru.
O garoto cruza os braços frente ao rosto. Minha esfera o atinge, e ele é arrastado para trás.
–Opa... Bom golpe! –Diz Haru, ainda de pé.
Ja estava um pouco cansada. Ainda não estava 100% da mordida do vampiro.
–Porém... Esse golpe não fez nem cosegas! –Diz Haru sorrindo.
–"Como é"? –Penso irritada.
–Você se diz uma Takahashi com um poder tão fraco assim? Será que é por isso que você é uma bastarda? –Ele diz com um sorriso que me irrita profundamente. –Entendo... Talvez você seja mesmo alguém sem valor algum.
–Desgraçado... –Digo trincando os dentes. Aquilo foi a gota d'água.
–Vamos lá! Mostre-me o que uma Takahashi é capaz de fazer. –Diz Haru sorrindo.
Meu corpo se enche de magia. Uma aurea de luz cerca a minha volta e meus cabelos loiros se elevam á magia.
Então saco meu caderno do bolço, e meu pincel. Logo começo a desenhar.
–Sim... Mostre-me esse belo poder! –Haru sorri.
Começo a desenhar mais rápido que o normal.
–ZUMEN!!! –Digo. Logo atrás de mim surgem minhas criações.
Uso grande parte da magia que tenho neste ataque. Não queria derruba-lo... Queria destrui-lo!!!
–Tiger Ink! Ink Bird! Dragon Ink!!! (Tigre, passaro, dragão de tinta) –Então minhas criações avanção em Haru pelos lados, frente e atrás, e até mesmo por cima.
Dou um grande salto e concentro minha energia em minhas mãos. Logo disparo uma grande esfera de luz em meio a Haru e minhas criações.
–Isso mesmo... Liberte o seu poder, Takahashi!!! –Haru sorri.
Então um grande impacto, seguido por uma grande explosão cerca Haru. A tensão mágica aumenta, e o impacto é forte. Muita poeira se forma no local.

(Trilha sonora 1: Off*)

A poeira se abaixa e vejo Haru caido no chão, muito ferido por meu ataque.
–Consegui... –Digo cansada. –"No fim ele não era grande coisa." –Penso.
–Ha... ha ha... –Haru sorri, deitado olhando para cima.
Me viro para Haru, e o observo sem entender nada.
–Qual é a graça? –Pergunto.
–Me mate... Você sabe que quer... –Diz Haru.
–Você não vale a pena... –Digo. Então me dou as costas a ele.
–Por que negar suas raizes Takahashi? Tem medo de ser o que é? –Diz Haru.
–Eu não sou mais assim... Não faço ideia de quem você seja, mas agradeça por eu ainda deixá-lo vivo. –Digo então começo a caminhar.
–Você... Perdeu Takahashi... Ha ha ha... –Diz Haru. Me dou as costas a ele.
Então sinto uma pressão muito grande, ao me virar vejo Haru de pé em minha frente. Ele me acerta com um soco na barriga me fazendo ajoelhar.

(Trilha sonora 2: On*)

–Mas... c-Como... –Então eu caio deitada.
–Eu disse... Nossas diferenças de poder são absurdas. –Haru sorri.
Então ele caminha a meu lado, e me levanta me deixando ajoelhada novamente, segurando meu pescoço atrás de mim.
–i-Isso... Não é possivel... Eu o vi. –Digo tentando respirar.
–Você viu o que acreditou ser real... Viu apenas aquilo que acreditou ser o melhor para você. Mas você viu uma mentira! –Diz Haru.
Então ele coloca a mão sobre minha testa. Começo a suar frio.
–Você realmente não é nem metade do que os boatos diziam... Takahashi renegada. –Diz Haru.
Começo a me sentir fraca. Sua mão em minha testa parecia me deixar cada vez mais tonta.
–Quem... Quem é você!? –Digo.
–Meu nome é Haru Kusanagi... E sou eu quem ira reinar sobre este mundo patético. –Diz Haru.
–Kusa... Na... Gi... –Então ele me solta e caio novamente. Minha visão começa a escurecer.
Vejo Haru caminhando de costas para mim, com uma esfera de luz na mão direita. Meu olhar escurecido foca em seus cabelos azuis, então ele vira seu olhar para mim devagar. Porém não foi ele quem eu encherguei.
–Chris... Tie... –Só me lembro de ter visto o rosto de uma amiga em um inimigo, pouco antes de apagar.

(Trilha sonora 2: Off*)

Pov. Narrador

Haru de costas para Rin desmaiada. Uma esfera de luz esta em sua mão, porém logo ele a fecha e a esfera some.
–Agora só falta uma chave... –Diz Haru.
O garoto caminha deixando a garota sozinha e desacordada na colina. Seu olhar é frio e suas intenções incertas.
–Logo este mundo será meu reino...
De repente Haru se pega em alguns pensamentos que não queria lembrar.
–Christie... –Diz Haru. O vento sopra em seu rosto, trazendo lembranças que ele não queria ter.

(Nuvem de pensaments: On*)
(Trilha sonra 3: On*)

"–Mana! Mana! Olhe peguei uma flor pra você! –Haru tem uma imagem de si mesmo, porém muito mais novo. Ele segura uma rosa azul.
–Ora... Obrigada Haru, você é muito gentil! –Diz Uma garota de cabelos azuis. Era Christie, porém ela também estava muito mais nova.
–Ela é azul como o nosso cabelo, por isso a peguei pra você, assim sempre poderemos ficar proximos mesmo separados. –Diz Haru sorrindo.
–Sim. É uma rosa mágica. Elas crescem vermelhas porém com a primeira noite de lua cheia, quando florecidas elas ficam azuis. São muito bonitas Haru! Obrigada. –Diz Christie.
–Mana, você gosta de flores não é? –Pergunta Haru.
–Bem... Não sou muito chegada nessas coisas sabe... –Diz Christie colocando a mão por trás da cabeça.
–Aah que maldade mana! –Diz Haru.
–Não! Eu adorei por que foi você quem me deu! Por isso realmente adorei, sério! –Diz Christie acariciando os cabelos de Haru, que sorri.
–Então... Por que não gosta delas? –Pergunta Haru.
–Não sei, eu só... Não gosto de vê-las morrerem. –Diz Christie olhando a rosa azul.
–"Morrer?" –Pensa Haru.
–Elas são lindas, porém morrem tão rápido... É triste saber que não poderei tê-las para sempre comigo. –Diz Christie. –Uma coisa tão bela como esta, pode encher nossos olhos de magia, simplesmente para desaparecer e apagar a magia outra vez... É como tudo na vida... Nada é para sempre...
Haru observa a irmã, com um olhar triste em seus olhos.
–AAAH!! Já sei! –Diz Haru.
–O que foi? –Pergunta Christie.
–Mana, vou encontra-las para você!! –Diz Haru
–Hã!?
–Um dia vou encontrar flores que nunca morreram! Esse mundo é muito grande e mágico afinal, eu sei que posso encontrar! E quando encontrar, vou colher todas só para você, assim nunca mais ficará triste! –Diz Haru.
–Haru... –Christie se ve com seu rosto corado.
–Eu prometo! –Haru sorri. Christie vira o rosto e sorri.
–Pequeno Haru bobinho... Flores assim não existem. –Diz Christie sorrindo.
–Que droga mana! Não desista sem antes saber! –Diz Haru.
Christie sorri. Haru se irrita.
–Droga! Se elas não existirem então eu mesmo criarei flores assim! –Haru se emburra e olha para o lado.
Então Christie o puxa e abraça seu irmão, que começa a corar.
–Obrigada... Haru. –Diz Christie.
–"Mana..." –Pensa Haru. Então ele fecha os olhos.
–Eu te amo... Irmãozinho. –Diz Christie.

(Nuvem de pensamentos: Off*)
(Trilha sonora 3: Off*)

Haru acorda de suas lembranças, então irritado ele da um tapa em sua cabeça.
–Droga! Por que fui lembrar de uma coisa tão estúpida agora? –Diz Haru.
Então ele olha para frente, e vê pequenas flores brancas no chão, balançando com o vento.
Logo ele volta seu olhar para frente e começa a caminhar, pisando nas flores que estão em seu caminho e seguindo em frente.
–Apenas me aguarde... Maninha. –Diz Haru, sorrindo.

(Enquanto isso no castelo)
(Torre do norte castelo Gremory)

–Ha... Ru... –Christie começa a acordar.
Logo ela se vê acorrentada ao lado de Laurie que estava inconsciente.
–Laurie! LAURIE! –Ela chama, mas a garota não acorda.
Logo ela olha para os lados e não vê ninguém. Podia sentir que estava muito machucada. Tinha marcas de cortes por todo o seu corpo.
–Merda... E agora como eu saio daqui!? –Diz Christie.
Logo uma porta se abre. Christie leva seu olhar em direção a ela.
–Ora... Você já acordou? –Christie ouve uma voz feminina, e ao olhar para a porta ve uma garota de cabelos negros e olhos vermelhos entrar.
Tinha uma flor presa em seu cabelo, e um vestido negro. Seu olhar era vazio, porém não transmitia medo. Pelo menos não a Christie.
–Quem é você!? –Pergunta Christie.
–Ora, perdoe os meus modos... Eu me chamo Elizabeth Himejima. E sou a responsável por você Srt. Christie. –A garota faz um gesto de reverencia curvando-se um pouco para Christie.
Christie estranha o jeito da garota. Como alguém que a mantia prisioneira podia a tratar de tal forma?
–Antes de tudo... Perdôe-me por isso... –Elizabeth permanece curvada, então rapidamente aparece em frente a Christie, o que assusta a garota.
Então Elizabeth morde Christie em seu pescoço, o que faz a garota grita em dor. O sangue escorre, e Elizabeth começa a beber, e parece gostar disso. Christie já não tem mais forças para resistir então começa a se entregar mais, ficando fraca. Elizabeth continua a beber o sangue, porém logo para e olha nos olhos cansados de Christie.
–Me desculpe... Apenas sigo ordens. Precisava extrair sua magia pelo sangue, para evitar que fuja, iria fazer com sua amiga também, mas ela já esta inconsciente e aparentemente sem magia a um bom tempo... Espero que esteja viva. –Diz Elizabeth.
–Sua... Vadia... –Diz Christie.
–Ora... Não leve para o lado pessoal... Como disse apenas sigo ordens. Mas tenho que adimitir que seu sangue é um dos melhores. Quase não consigo parar. –Diz Elizabeth, com os lábios ensanguentados e com seu olhar vazio. Logo ela pega um lenço e seca os lábios.
–Arf... Arf... –Christie respira cansada.
–Minha rainha mandou vir ficar com vocês, até a hora do ritual. Já que não podemos arriscar deixá-las sozinhas, quando seus amigos estão tentando intervir mais cedo. –Diz Elizabeth.
–Meus amigos!? Eles vieram por mim? –Pergunta Christie.
–Na verdade só um de seus amigos esta adiantado... Minha rainha está recebendo O Dragão do Eclipse agora mesmo. –Diz.
–Jake... –Diz Christie.
–Sim... Acho que seu nome ééé... Amaterasu? Isso mesmo! Jake Amaterasu. –Diz Elizabeth.
–Ele realmente veio por nós... –Christie sorri.
Elizabeth observa séria.
–Você o ama? –Pergunta Elizabeth.
–Hã!? –Christie se surpreende.
–Seu olhar... Mostra claramente isso. –Diz a garota de olhos vermelhos se aproximando de Christie. –Porém posso ver também que você sofre por isso.
A garota de cabelos azuis desvia o olhar.
–Sei como é estar assim... Dói amar e não ser correspondido. –Diz Elizabeth.
–Você sabe? Não me faça rir. –Diz Christie. –O que um sangue suga como você pode saber sobre amar!? –Pergunta Christie.
–Exato. –Diz Elizabeth sem nem uma expressão.
–Hã!? –Christie se surpreende.
–Não sei o que é amar... Não mais. Minha maldição me impede de ter tal sentimento. –Diz Elizabeth.
–"Essa garota... " –Pensa Chris.
–Porém... Nem sempre fui assim. –Diz Elizabeth, aproximando seu rosto da face de Christie. –Quer saber como fiquei assim? Quer saber como ganhei esta maldição?
Christie não responde apenas olha no fundo daqueles olhos vazios, profundos e vermelhos.
–Eu escolhi. Eu quis isso. –Diz Elizabeth. –Sabe por que?
–Você... –Christie não reage.
–Na verdade foram por dois motivos! –Elizabeth se afasta. – 1! Eu não podia mais viver com meus proprios sentimentos... Então escolhi deixá-los junto com minha humanidade.
–"O que há com essa garota? Esses olhos... " –Pensa Christie.
–2! Mesmo não podendo mais viver com meus sentimentos, parte de mim quis ficar assim para poder passar a imortalidade com eles. –Diz Elizabeth. Distorted TownEu abri mão de meus sentimentos... Para poder viver com eles para sempre.
–O que você quer dizer com isso? –Pergunta Christie já não entendendo nada.
–Bom então vou resumir pra você... –Elizabeth, da as costas a Christie e caminha até uma mesa com algumas armas como espadas, chicotes etc.
Christie olha em volta procurando um meio de sair. Ela vê que Laurie ainda estava inconsciente.
–Assim como você... Eu amava alguém. –Diz Elizabeth de costas para Christie. A garota imediatamente volta seu olhar para a vampira. –Eu amava essa pessoa de mais, porém ela não me via da mesma forma.
Elizabeth pega o chicote de cima da mesa e se vira para Christie que gela, ao contemplar seu olhar.
–Mesmo eu a amando demais, nunca era o suficiente... Eu não era o suficiente para fazê-la feliz! Eu ainda era julgada pois meu amor de certa forma era visto como... Proibido. E isso não contribuia para que a pessoa se apaixonasse por mim. Pelo menos naquela época... –Então Elizabeth começa a caminhar até Christie, e logo para a sua frente.
–O que você... –Christie, começa a suar frio.
–Então... Eu descobri que a pessoa que eu tanto amava... Era um monstro! –Elizabeth sorri.

(Trilha sonora 4: On*)

–"Um monstro!?" –Pensa Christie.
–Em uma bela noite, alguma coisa me tirou da cama sem razão. Uma vontade de sair de meu quarto me tomou... Até hoje me pergunto se deveria ter ficado deitada.
–"Preciso sair daqui... "–Pensa Christie.
–Então, descobri naquele momento, que apenas havia levantado para encarar a triste realidade... Meus pais... Mortos no chão, cobertos por sangue. Minha cara-metade... Ao meio deles com seus lábios sujos pelo sangue de quem eu também amava. Sim, a pessoa quem eu amava era o monstro que matou minha familia. Nesse dia meu sofrimento foi demais para suportar. Como poderia amar aquilo que matou o que tinha de mais precioso? Como poderia amar um monstro? Porém nesse momento... Eu descobri um sentimento que não pude compreender.
Então Elizabeth,enrola o chicote no pescoço de Christie que contempla seus olhos sem reação.
–Mesmo depois daquele monstro ter tirado tudo de mim... Eu ainda o amava incondicionalmente. –Diz Elizabeth. Christie se espanta. –Estranho? Sim... Porém eu não achava. Eu continuei amando aquele monstro, e acho que por isso aquilo me deixou viva. Porém... Ainda não era o suficiente. O sangue daqueles quem eu amava não era suficiente. Então comecei a segui-lo e a alimentá-lo. Mas ainda não era o suficiente. Mas eu ainda o amava.
–Você é louca... –Diz Christie.
–Será? Talvez hoje eu concorde com você... Mas estava cega demais por amor para poder ver isso. –Elizabeth acaricia o rosto de Christie. –Então o tempo passou, e eu continuei a seguir quem amava. Porém as dores dos sentimentos começaram a ficar cada vez piores. Podia eu amar o que matou minha familia? Devia amar? Mas eu não consigo... Preciso dessa pessoa, ela é tudo o que me resta agora! Será que ainda é uma pessoa? Certamente não era mais humano.
Então Elizabeth tira o chicote do pescoço de Christie e da as costas a garota.
–Então... Aquele monstro... Aquilo que eu tanto amava... Me fez o primeiro ato de amor que me recordo bem. –Elizabeth se vira. –Ele me ofereceu uma fuga daquilo que me matava por dentro. Uma fuga dos meus sentimentos. Porém com um preço a se pagar... Minha humanidade. Como aceitar uma coisa dessas a tal preço!? Porém... meu sofrimento era demais para poder viver com ele. Então eu escolhi...
–Você se transformou.. –Diz Christie.
–Apartir da-li não iria sofrer nunca mais. Não iria sentir dor, tristesa, raiva, solidão. Iria ser um monstro como aquele que tirou de mim o que mais me era precioso. –Diz Elizabeth. –E ainda podia viver com aquele monstro que eu tanto amava, pelo resto de minha eternidade.
–Você se tornou o monstro que tirou tudo de você... Você não passa de uma casca vazia, sem alma! –Diz Christie.
–Pode ser verdade... Afinal, não sinto mais nada. –Diz Elizabeth. –Mas quer saber uma coisa engraçada Srt. Christie?
Então ela se aproxima do ouvido da garota azulada e então sussurra.
–Mesmo não sofrendo mais... Mesmo não tendo mais sentimentos... Eu ainda amo aquele monstro. –Então ela olha nos olhos de Christie. –Acho que isso é uma daquelas coisas que chamam de "irônias do destino".
–Você... –Diz Christie.
–E agora posso passar a eternidade toda com ele, mesmo que após todo esse tempo ainda não me ame! –Diz Elizabeth, soltando o chicote em sua mão direita, apenas segurando pelo cabo.
–O que você!? –Christie se assusta.
–A irônia é... Agora eu sirvo eternamente... Quem um dia eu amei em vida. –Diz Elizabeth.
–Você... Você não... –Christie começa a tremer.
–Está vendo o que o amor faz pelas pessoas Srt. Christie!? Minha eternidade agora é apenas algo que uso para servir a quem amo! –Diz Elizabeth, batendo com o chicote no chão, que estala.
Christie observa a garota com medo no olhar.
–Não é nada pessoal Srt. Christie. Apenas estou seguindo ordens... Ordens de minha linda e doce rainha... –Elizabeth, sorri.
–Não... Não por favor... –Diz Christie, seus olhos começam a chorar.
–Não é engraçado? Pois mesmo quando é incompreendido... O amor é lindo... Não é? –Elizabeth sorri colocando o dedo na boca e inclinando a cabeça para o lado, enquanto segura o chicote.
De fora da sala, apenas se escuta os estalados de açoitamento e os gritos de uma garota, seguido pelo som de uma risada abafada.

(Trilha sonora 4: Off*)

Pov. Jin Yagami

–Então... Esse é o castelo!? –Estava de frente com o castelo dos vampiros, ao alto de um morro. De longe já podia ver fumaça, e já imaginava que aquele pateta era o responsavel por isso.
–Sim... Esse é o castelo. –Diz Nyu. –O Dragão do Eclipse concerteza deve estar lá, porém pode estar em perigo.
–Aquele cabeça oca. –Diz Clair.
–Isso não vai ser facil... Mesmo estando na vantagem do dia, tenho um mal pressentimento sobre isso. –Diz Ariadna ao meu lado.
–n-Nós podemos mesmo contra eles? Digo nós nem treinamos nem nada... Nunca estive em uma batalha real, só lutei em treinamentos. –Diz Jade meio assustada.
–Não se preocupem... –Diz Haruna tomando a frente. –Esses desgraçados vão se arrepender de terem puxado briga com a Dawn of Dreams!
–h-Haruna, está bem séria não é? –Diz Clair assustada.
–q-Que medo! –Diz Jade.
–Pobres vampirinhos... –Digo abrindo um sorriso.
Ficamos observando o castelo a nossa frente. O vento sopra e estavamos pronto para o que der e vier.
–VAMOS LÁ DAWN OF DREAMS!!!