As lembrancas da rainha do gelo escrita por Duda M


Capítulo 7
Cap. 6 A proposta


Notas iniciais do capítulo

Gente, miil desculpas pela demora, foi muito difícil escrever essas semanas por que eu estava em provas, e tive muitos trabalhos para fazer também, me desculpem espero que gostem desse capitulo



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Elsa

A primeira coisa que penso quando vejo os donuts é em Jack. Isso só pode ser brincadeira! Ele me trouxe até aqui, deixou dezenas de donuts para mim quando pensei que não viria até mim, pensei que ia encontrá-lo, mostrar como estou forte agora. Não conseguirei fazer o que tinha pensado, pois ele me reencontrou.

Sinto um misto quente e frio em minha barriga. Estou feliz, queria que nos encontrássemos. Estou com raiva, queria mostrar para ele do que sou capaz e que ficasse orgulhoso, agora isso não vai acontecer. Estou ansiosa, quero saber como vai ser revê-lo.

O tempo passa e me tranquilizo, a raiva desvanece deixando a ansiosidade aumentar. Para acalmar-me levanto e caminho em direção à mesa. De diversos tipos de donuts o que pego é o mesmo da lembrança, um simples. Ao mesmo tempo em que mordo, e o doce penetra em meu paladar a porta se abre.

– Jack? – pergunto de boca cheia ao vazio em frente à porta – é você?

Uma idosa entra pela porta, não consigo deixar de suspirar por não ser Jack. Fico alerta com a mulher, seus cabelos são grisalhos, os dentes amarelos e podres, essas são as características de uma bruxa. Olho ao redor examinando o ambiente para o caso de ter que atacá-la, o cômodo não tem muitos objetos, somente a cama onde estava sentada, a mesa de madeira e as bacias de ferros com os donuts. Se precisar combater ela eu somente jogaria gelo em sua direção, seria fácil se conseguisse ser rápida, mas se eu não fosse não sei o que pode acontecer comigo, e por isso recuo.

– Ah querida, - fala a bruxa fechando a porta atrás de si – creio que esse suspiro é por que não sou quem esperava, não é mesmo?

Começo a assentir olhando para meus pés, assim mostrando involuntariamente meu medo e logo reconheço meu erro, não posso parecer um cachorro que se submete a um dono.

– Está errada – minto de cabeça erguida – meu suspiro é por que gostei do donut. Quanto a você saber quem eu esperava, também está errada.

Ela cerra seus olhos me examinando, e para mostrar minha ignorância quanto ao seu gesto continuo comendo o dunot mordido.

– Você se mostra forte quando quer ser impertinente – declara ela – Querida, pode julgar que não sei, mas sei. Sei que você quer encontrar Jack Frost e eu posso fazer isso.

– Como sabe que é isso que eu quero?

– Isso é tão transparente em você quanto você achar que não é. Minha proposta é isto: mandarei-te ao outro mundo e ajudarei para que vocês dois se encontrem.

– E o que dar em troca?

– Nada – fico confusa quando ouço ela dizendo isso, bruxas geralmente querem algo em troca em seus acordos, e quando não querem algo vai beneficiá-las.

– O que vai ganhar então? – pergunto autoritariamente.

– Já que perguntou – ela diz sorrindo – um guardião ficará sabendo de mim. O guardião, que é Norte, vai saber que Cassandra terá sua vingança, e nada vai te afetar. Temos um acordo?

Não tenho muitas opções percebo, não conheço outra pessoa que possa me ajudar, essa mulher é a única, e eu não irei perder nada com o acordo. Parece-me uma decisão inteligente a que tomo.

– Sim, temos.

Dito isso a idosa bate palmas e um caldeirão aparece onde antes estava a mesa com as bacias de donuts. Ela me entrega uma caneta e uma folha que está escrito os termos do acordo e eu assino.

A bruxa me dá uma caneca com algum líquido recém-criado e me manda beber, obedeço. Minha visão fica embasada e sinto que estou caindo para trás, para o negro, para o fundo, e o torpor me abraça.

__________________________________________________________

Ontem quando fugi de Arendelle e construí esse castelo de gelo, não foi algo bem pensado. É isso o que percebo depois de dormir em uma cama de gelo e acordar dolorida, mas tenho que me acostumar, esse é o primeiro dos muitos dias que pretendo ficar aqui.

Sento na cama de gelo e seguro a minha coberta – que é pele de urso, a qual criei do mesmo modo que meu vestido e o pijama que estou usando, ou seja, não sei como criei. – olho em volta á procura de Jack Frost tentando descobrir se ontem o dia em que o conheci e ficamos horas conversando foi real, se ele era real.

Como ele não estava no meu quarto, o que já esperava pois proibi-o de entrar, levanto da cama estralando as costas e mesmo não precisando enrolo-me na coberta. Saio andando nas pontas dos pés para procurá-lo.

Jack Frost não está em lugar nenhum do castelo, por isso volto para meu quarto. Ao abrir uma das portas vejo ele deitado no bloco de gelo, que por burrice chamei de cama, está com um copo de café em uma mão e na outra um saco bege.

– Aonde você foi? – pergunto meio que o acusando.

–Trouxe o café da manhã – fala ele enquanto vou em sua direção, e pergunta se referindo à cama de gelo – Como você dormiu aqui? Minhas costas estão doendo e mal faz cinco minutos que deitei.

Ele estende o café e o saco para mim, eu os ranco de sua mão e logo começo a comer os pãos de queijo que ele havia me trazido. Ele começa a rir e incerta do que estava rindo pergunto de boca cheia.

– O quê? – ele me ignora e continua a rir, com raiva repito a pergunta – O que foi?

– Nada, você só me faz rir – ele sorri, mas não maliciosamente como fez o dia anterior, o seu sorriso era genuíno, isso o fazia parecer galanteador.

– Eu to realmente com fome!- exclamo socando sua perna e só nesse momento percebo que ele ainda não havia comido nada desde que nos conhecemos – E você não come nada, não?

–Não, quer dizer, eu posso, mas não preciso. Eu não era capaz de compra comida quando ninguém me via, claro que eu podia roubar como fiz com a sua, mas a lu...

– Pera um pouco – interrompo e aponto para o saco com pão de queijo – isso é roubado?

– É – ele responde dando de ombros como se não fosse nada.

– Você roubou isso de quem trabalhou para conseguir? – pergunto incrédula.

– Não, foi de um fast-food – assim que ele fala que é um fast-food me sinto aliviada – continuando – me olha de cara feia por eu ter interrompido – a lua achou que não seria ético roubarmos comida e por isso não precisamos comer.

Ficamos sem conversar até eu terminar meu café da manhã e durante esse período ele ficou me observando.

–Por que você nunca agiu assim no castelo?

– Assim como? – pergunto sem entender o que ele quis dizer.

– Feliz – diz simplesmente, e como não tenho resposta para a pergunta dou de ombros – eu nunca a vi rindo e devorando a comida como fez agora, você sempre foi reservada e triste.

Sinto raiva, raiva da pessoa que era, e quero aproveitar o agora, então ignoro a pergunta.

– Como é voar? – de todas as coisas que queria saber essa era a que mais me intrigava.

–Você tem que sentir para saber – ele sorri e oferece a mão, a qual aceito de bom grado.

A sensação de voar é majestosa, não era como algo que eu já havia sentido antes, era glorioso. Nos ares o resto do mundo não existe, é só você.

__________________________________________________________

Desperto sendo bruscamente puxada. Meio sonolenta começo a gritar com meus agressores – dois homens, o primeiro tem cabelos negros compridos, dezenas de tatuagens e cicatrizes por todo o corpo, sua expressão é cruel, o segundo é ruivo e amedrontado, como se fosse obrigado.

Eles amarram meus pés e mãos em uma cadeira e colocam panos em minha boca. O tempo todo só consigo pensar que fui enganada, e o que mais me apavorou não consegui usar meu poder. O homem de expressão cruel chega seu rosto perto de mim e diz:

–Seus poderes não funcionam aqui, nem tente e seja boazinha enquanto esperamos por Jack Frost.


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Notas finais do capítulo

TAMTAM é isso que aconteceu com a Elsa, até o próximo capitulo, e eu vou tentar postar o mais rapido que conseguir. E eu amaria se vocês comentassem, me incentiva muuito.



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