Minha Querida Trolha escrita por Paloma Tsui


Capítulo 6
Capitulo 6


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei? Demorei? Sei lá, sou perdida no tempo mesmo XD MAs enfim... Assim com o outro esse cap. é baseado no texto original, e acho que é o ultimo que será assim, entao... Enjoy ^_^



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Tudo parecia ter sido devastado por um apocalipse zumbi. Devido à escuridão, pouca coisa se via, mas as poucas coisas eram sempre ruínas e destroços de coisas que poderiam ter sido a cidade normal das lembranças vagas de Marie. Estava atordoada com tudo que a mulher havia contado. “Vai demorar algum tempo até recuperarem as suas lembranças, se é que isso vai acontecer...” ela havia dito, também falou sobre as explosões solares, o Fulgor, falou sobre sermos os órfãos testados escolhidos entre milhões, sobre o lugar chamado “Caustico” nos Andes, e ouviu a proposta de aliança dela. As coisas dançaram pela sua mente enquanto olhava para os destroços lá fora.

_ Eu nem passei uma semana lá, mas me sinto tão aliviada por ter saído – Marie disse finalmente cortando o silencio entre ela e Minho desde o tiroteio.

_ Passei tanto tempo lá, estar aqui fora é tão causticante. É tão grande e sem limites, e esta tudo devastado, e não tem Verdugos, mas tem esses doentes, não é muito melhor, mas é melhor que estar lá dentro, sem respostas, preso e sempre com medo. Espero que o que virá seja melhor – ele respondeu com o olhar perdido na janela. Marie pegou o braço dele e passou pelo ombro dela.

_ Ainda não consigo acreditar que estamos tão ligados. Isso foi feito pra acontecer. Sente isso também? – Marie perguntou incerta, ela sabia que Minho tinha laços afetivos por ela, ele a havia resgatado, cuidado dela, a protegido e tudo o mais, mas ela não tinha absoluta certeza se ele sentia a tal ligação, o laço formado entre eles em um mínimo instante.

_ Sinto isso tão forte agora. – Minho se virou pra ela e ela pra ele. Ela colocou a mão no rosto dele e ele no dela. Minho sorriu do seu jeito mais encantador, e Marie sorriu de volta. E mesmo que os dois tenham se aproximado devagar, Marie só se deu conta do ato depois que já estavam se beijando. Eles estavam no fundo do ônibus então ninguém além de Thomas, Teresa, e Newt notaram, mas ninguém disse nada, eles sorriam em felicidade pelos dois.

Marie tinha a boca doce, como se usasse gloss de cereja, e Minho tinha todo o seu jeito devastador, encantador, protetor e tudo o mais transmitido no seu beijo. A coisa toda parecia mentira, outra farsa, mais como um sonho, mas os dois não se importavam.

Depois que finalmente se afastaram, mas ainda sem tirar as mãos do rosto um do outro, Marie mordeu o lábio e disse:

_ Você beija bem, garoto asiático. Até parece que já fez isso antes, o que é um tanto estranho considerando que só tinha garotos e a Teresa naquela clareira. – Minho riu depois passou o braço por volta do ombro de Marie de novo, ela se aninhou no seu pescoço e sentiu o sono bater. Minho deslizou os dedos pelos cabelos de Marie e gradativamente ela caiu no sono.

Depois de duas horas Minho não queria acordar Marie, mas sair carregando ela dali seria um tanto absurdo, então ele a acordou mesmo assim. Ela estava sonolenta e com frio, se agarrou ao braço de Minho e seguiu para dentro de um edifício estranho. A mulher e os homens conduziram de qualquer jeito os dezenove garotos e duas garotas através da porta da frente e por um lance de escada, depois para dentro de um imenso dormitório com uma série de beliches alinhados ao longo de uma das paredes. Do lado oposto viam-se alguns armários e mesas. Todas as paredes do aposento tinham janelas cobertas por cortinas.

Marie ficou um tanto admirada com o lugar, achou que seria bom um lugar daqueles de verdade para viverem por o tempo que fosse.

O lugar era todo colorido. A pintura era amarela – vivo; os cobertores vermelhos, as cortinas verdes. Depois do acinzentado monótono da Clareira, era como se tivessem sido transportados para dentro de um arco-íris. Vendo tudo aquilo, vendo as camas e os armários, tudo arrumado e novo, a sensação de normalidade era quase esmagadora. Aquilo tudo era bom demais para ser verdade.

Minho expressou com perfeição o que Marie e boa parte dos Clareanos estavam sentindo naquele momento:

_ Eu me ferrei e fui para o céu.

Marie riu.

Marie e Teresa foram levadas para um quarto separado, que era mais ou menos a mesma coisa que a dos garotos só que menor, e não tinha um beliche, tinha uma cama de casal (que as duas não se importaram em dividir), dois armários e uma mesa, e as cortinas eram roxas, as paredes de um rosa Pink, e os lençóis eram vermelhos. Elas e os outros trolhos receberam roupas e artigos de banho, e jantara pizza, realmente pizza. Marie, Teresa, Thomas, Minho e Newt se sentaram numa mesma mesa e comeram em silencio, estancando sua felicidade tanto pela fome como por Thomas que parecia devastado. Depois eles disseram que era hora de dormir. Marie e Teresa não puderam se despedir antes de serem conduzidas para o tal quarto delas.

Teresa riu sozinha e por nada uma vez, mas Marie não se importou, estava entorpecida com todas as novas sensações que ela teve durante todo o dia. Boa, ruim, regular, nova, estranha, um desequilíbrio de sensações, Marie resolveu se focar apenas nas boas. Abraços, sua mão sendo segurada, dormindo com Newt e Minho, o beijo. Tudo parecia um lindo sonho, que ironicamente Marie estava com medo de ir dormir e acordar dele.

Depois de Teresa parar de encarar o teto, ela finalmente se virou para o lado e encarou Marie.

_ Somos qualquer coisa do tipo, Melhores Amigas Pra Sempre? – Teresa perguntou semicerrando os olhos. Marie riu.

_ Ainda não, mas estamos chegando lá. – Marie semicerrou os olhos também.

_ Foi legal você aparecer. Ao mesmo tempo em que fiquei com raiva senti que não ficaria sozinha, a tal única garota pra sempre, mas admito que fosse bom ter esse quarto só pra mim. – Teresa brincou como sempre fazia. – Quer me contar por que as coisas pra você foram tão diferentes do que foram pra mim?

_ Eu vi você chegar. Não sei como, mas vi. E até em coma você tinha a pose de durona do tipo “sou uma garota forte e incrível, consigo fazer tudo o que eu quiser”, eu nunca fui assim, só fui para aquela droga de labirinto levar aquela droga de mensagem e pronto, eu estava com medo e demonstrei isso, queriam que cuidassem de mim. – Marie respondeu.

_ Minho esta com certeza fazendo muito mais do que apenas “cuidar de você. – Teresa mais uma vez brincou e Marie riu.

Marie sentiu uma felicidade enorme crescendo dentro dela. Ela estava finalmente em paz e em segurança.

Eles nem perceberam quando dormiram, mas estavam próximas demais. A essa altura, Marie só tinha medo dos pesadelos. Eles haviam passado coisas terríveis, os pesadelos não demorariam a chegar.

Mas Marie e Teresa não acordaram num pesadelo. Elas acordaram em uma situação um tanto estranha.

_ Hei, Trolhas. – Marie ouviu uma voz familiar mais indistinta chamar.

_ Trolha um e trolha dois, acordem. – Outra voz indistinta chamou.

_ Por que elas estão dormindo tão perto uma da outra? – Mais uma voz indistinta perguntou.

Marie e Teresa se mexeram na cama querendo que aquilo fosse um sonho ou a imaginação das duas, mas quando elas se viraram e abriram brevemente os olhos, elas puderam ver os semblantes das tais vozes.

_ Minho? – Marie perguntou duvidosa. Não fazia idéia do que por que asiático estava lá. Se é que ele realmente estava lá. Marie não tinha certeza.

_ O original e único – Minho responde com um sorriso sarcástico encantador.

_ Oi, Tom. – Marie ouviu Teresa dizer, ela se sentou, olhou pro lado e viu Thomas do outro lado da cama.

_ Eu também estou aqui suas trolhas – Newt se pronunciou fingindo estar bravo.

_ Oi, loiro trolho – Marie brincou.

_ Posso saber que horas são? – Teresa perguntou.

_ Três e meia da manhã mais ou menos – Minho respondeu.

_ E posso eu saber o que vocês estão fazendo aqui às três e meia da manhã mais ou menos? Acho que isso nem é permitido. – Marie indagou.

_ Também não tínhamos certeza se podíamos vir, por isso viemos agora. – Thomas explicou.

_ Não deveria andar por ai a procura de confusão, trolho. – Teresa disse e seu um soco leve no ombro de Thomas. – Não consegue sentar esse seu traseiro de mértila em algum lugar e ficar quieto?

_ Consigo sim. Chega pra lá. – Thomas empurrou Teresa e se sentou na cama. Minho apoiou a idéia e fez o mesmo empurrando Marie. Newt se sentou na borda. – Queríamos conversar.

_ E o Tommy e o Minho estavam com saudades das trolhinhas deles – Newt disse revirando os olhos.

_ Trolhinhas deles? Não se refira a nós assim. – Teresa repreende-o e Newt deu de ombros.

_ Qual a de vocês afinal? – Thomas perguntou para Marie e Minho. Minho ficou mudo, mas Marie semicerrou os olhos e respondeu:

_ Qual a de vocês afinal?

_ Eu perguntei primeiro. – Thomas rebateu.

_ OK – Marie olhou pra Minho em duvida, não sabia exatamente o que eles eram. Eles haviam se beijado, tinha sido legal, Marie sabia que ambos sentem coisas um pelo outro, mas definitivamente não sabia qual era a deles. – Ainda não sabemos qual é a nossa, mas assim que descobrirmos você irá saber trolho. – Marie revirou os olhos.

_ Precisa me contar também, por que afinal, seremos BFF agora – Teresa sorriu da sua maneira brincalhona.

_ Contaremos pra você também, trolha. – Minho interveio. – E com certeza o loiro também irá ficar sabendo. – Newt também revirou os olhos.

_ É por causa dessa coisa de BFF que vocês estavam dormindo tão perto? – Newt perguntou com os olhos semicerrados.

_ E por que vocês dormem em uma cama de casal? – Thomas indagou finalmente em duvida sobre a situação.

_ Esta com ciúmes, Tommy? – Marie provocou.

_ Do jeito que vocês estavam dormindo até eu pensei que vocês iam largar os trolhos um e dois pra ficarem juntas – Newt brincou.

_ Seria uma grande pena por que por enquanto ainda somos as únicas garotas aqui e se ficássemos juntas seria a maior sacanagem com todo mundo – Teresa brincou e todos riram.

_ Mas, afinal, vocês não disseram qual é a de vocês. – Minho provocou se referindo a Thomas e Teresa.

_ Não é nada, somos amigos e só. – Teresa respondeu dando de ombros. Thomas se manteve calado.

_ Tanto faz, trolhos. Devíamos voltar para o quarto e dormir o resto de tempo que sobrou. Amanhã vocês trolhinhos terão todo tempo pra se ver. Pelo menos eu acho, mas enfim, vamos. – Newt chamou e os meninos se levantaram.

Marie queria que Minho a beijasse de novo, encostasse os lábios dele no dela mais uma vez só para ela ter alguma coisa da qual se lembrar na hora de dormir de novo. Mas ela não podia pedir, não queria deixá-lo mais em duvida sobre a tal questão do “Qual é a deles?”. Então só sorriu para aqueles trolhos que Marie estava começando a gostar bem mais do que deveria e os deixou ir. Mas sem avisar, Minho voltou, abriu a porta e veio tão rápido na direção de Marie que dessa vez ela realmente não teve tempo de agir, só se deu conta quando já estavam se beijando de novo.

_Dois beijos e uma questão, eu realmente me ferrei e fui pro céu – Minho disse que depois que parou de beijar Marie e saiu dessa vez definitivamente.

Marie e Teresa se deitaram de novo, nessa hora, bem mais felizes com a visita inesperada e maravilhosa e adormeceram uma bem perto da outra de novo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim.. Xoxo :*



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