Minha Querida Trolha escrita por Paloma Tsui


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo é mais ou menos uma reeecrita do captulo original, com partes dos dialogos tirados do mesmo. Alguns proximos capitulos serão assim também. Espero que não odeiem, enfim... Enjoy :3



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O túnel era mesmo longo e escuro. Newt seguia na frente. Marie podia ver que ele estava devastado. Ela soltou a mão de Minho e segurou a de Newt se postando ao lado dele.

_ Perdemos tanta gente. – Newt disse sem Marie nem ao menos perguntar. – E perdemos o Alby.

_ Newt... – Marie fez uma pausa sem saber o que dizer. Estava mais triste pelo estado de Newt do que pelas mortes, afinal, ela não conhecia nenhum dos outros garotos. Conhecia apenas vagamente Alby. – Ele se sacrificou por nós. Ele gostava da gente. Fez aquilo por nós.

_ Mas foi em vão. – Newt levantou a cabeça e começou a piscar rápido, como se quisesse fazer as lagrimas voltarem pra dentro dos olhos.

_ Mas pelo menos ele tentou. Fez isso por nós Newt. Ele se importava tanto e estava com tanto medo. Foi tanto por nós quanto por ele, Newt. Não foi em vão. – Marie apertou a mão de Newt e ele a encarou.

_ Você é tão familiar. E somos tão parecidos. Esse seu jeitinho de me colocar pra cima também é tão familiar. O que... – Newt não conseguiu terminar de falar antes de cair numa descida escorregadia. Marie também não conseguiu se segurar.

Diferente de Newt que apenas deu um grito áspero e sem sentido, Marie gritou por Minho.

A queda foi tão subida e sem sentido que Marie não teve tempo de pensar. Eles simplesmente começaram a escorregar por um duto melado e escuro. E justo pelo fato de ele estar melado era por que era tão escorregadio, era impossível usar as mãos para pausar a queda, e ela parecia não ter fim. Um enorme escorregador sem graça e gigantesco.

Marie ouvia Newt caindo um pouco na frente dela e todos os outros trolhos caindo logo atrás. Marie só conseguia pensar em no final todos caindo por cima dela e sendo incrivelmente doloroso.

No escuro do local, é meio impossível enxergar como aquilo acabaria então Marie só ficou lá, observando o escuro atentamente com os olhos arregalados. Mal teve tempo de ouvir um baque de Newt batendo no chão quando foi lançada para fora do escorregador também. Ela pensou que iria cair por cima de Newt, mas em um ato esperto ele havia rolado para o lado, e assim que Marie desabou no chão, Newt a puxou para onde ele estava a tempo de Minho cair um pouco atrás de onde Marie caiu. O que aconteceu em seguida foi um espetáculo de quedas desajeitadas e provavelmente dolorosas. Thomas e Teresa foram os últimos.

Marie, Newt e Minho se levantaram, Thomas e Teresa se aproximaram. Eles olharam ao redor e o que viram não foi agradável.

Era uma sala enorme, tipo, enorme mesmo. Cheia de computadores, fiações, e coisas parecidas com caixões, mas o mais assustador era o que tinha a frente deles. Uma fileira de janelas, com homens e mulheres anoréxicos os observando atentamente com um olhar tão profundo e triste que chegou a dar medo. Marie pensou serem os criadores. Por um momento ela não podia mais encarar aqueles olhares não só virados pra ela como para todos e meio que se escondeu atrás de Minho. Segurando seu braço e espiando pelo canto do olho, como uma criança que se esconde por trás das pernas da mãe devida á vergonha.

Marie ouviu a voz de alguém sussurrar alguma pergunta que ecoou por todo o cômodo, mas ela não sabia quem era e não havia entendido a pergunta. Mas Minho pareceu ouvir por que foi ele quem respondeu.

_ Os Criadores. Eu vou quebrar a cara de vocês. – Minho gritou tão alto que Marie teve que tapar os ouvidos.

_ Minho se acalme. – Marie entrou na frente dele segurando seus dois braços, depois ainda na frente do asiático, se virou e se esforçou para encarar as pessoas atrás dos vidros.

Thomas e Newt iniciaram um dialogo, mas foram interrompidos por um bip sem fim ensurdecedor. Alguém pareceu dizer alguma coisa, mas não foi nada que Marie conseguisse ouvir. Mas depois de um segundo uma porta se abriu e o bip parou, todos ficaram congelados, e então viram duas pessoas saindo de lá.

Uma era uma mulher bem comum e o outro era um garoto que usava um capuz cobrindo a cara. Os dois seguiram em direção ao grupo e depois pararam.

_ Bem – vindos de volta – disse a mulher finalmente. – Depois de dois anos e tão poucos mortos. Impressionante.

_O quê? – falou Newt.

Ela olhou pra todo mundo e por ultimo para Newt.

_ Tudo correu de acordo com o plano, Sr. Newton. Embora esperássemos que um pouco mais de vocês desistissem pelo caminho.

Marie não estava prestando atenção na mulher. Estava atordoada demais com toda aquela situação e não queria prestar atenção nela por que sentia que a conhecia. Mas tudo isso foi esquecido quando uma onda de confusão se manifestou no grupo. Alguma coisa havia deixado todo mundo muito surpreso. O garoto com a mulher havia abaixado o capuz e estava chorando, para Marie era só outro trolho, mas Minho o conhecia e parecia que todo o resto também.

_ O que ele está fazendo aqui? – gritou Minho. Ele não parava de gritar, aquilo estava enlouquecendo Marie.

_Vocês estão em segurança agora – respondeu a mulher, como se não o tivesse escutado. – Por favor, fiquem à vontade.

_ À vontade? – bradou Minho. – Quem é você para nos dizer para ficar à vontade? Queremos ver a polícia, o prefeito, o presidente..., alguém!

Marie achou que Minho ia partir para cima da mulher e apertar o pescoço dela. Marie meio que queria que ele fizesse isso.

_ Você não faz idéia do que está falando, garoto. Eu esperaria mais maturidade de alguém que passou pelas Provas do Labirinto. – A mulher disse com os olhos semicerrados. Um tom condescendente na voz. Dessa vez Marie quis apertar a garganta dela. Minho ia retrucar, mas Newt o impediu.

_ Como ousa usar esse tom nojento, a pessoa mais nojenta aqui é você, sua mulher repugnante. – Marie respondeu no lugar de Minho.

_ Senhorita Curie, se acalme. – A mulher disse numa voz mandona, como se fosse dona de Marie. Ela teria retrucado ou até ido pra cima da mulher, mas o nome “Curie” bagunçou a cabeça dela. Marie Curie era o nome cientista em qual o nome de Marie havia sido inspirado. Memórias queriam voltar, mas as coisas estavam confusas demais naquela hora. Marie não sabia se outros haviam dito coisas no seu estado de confusão.

_ Gally – falou Newt e Marie teve certeza de que todos os conheciam. – O que está acontecendo?

O tal garoto Gally parecia fora de controle para Marie, ele estava em um estado de choque estranho. Como se alguma coisa estivesse tentando possuí-lo. Marie viu Thomas movimentar os lábios para falar qualquer coisa para Gally.

E do nada o garoto começou a falar, mas Marie não estava entendendo, estava tudo embolado no meio de tosses e gritos estranhos e depois tudo aconteceu num borrão. Gally puxou uma faca de lugar nenhum lançou em direção a Thomas o resto foi uma confusão de gritos lagrimas e suspiros.

Marie olhou em direção a Thomas quando finalmente conseguiu se estabilizar na situação e viu Thomas com um garoto ensangüentado nos braços, o garoto que estava sendo puxado pela mão de Teresa, o garoto que havia trazido água pra ela no dia em que chegou a clareira, o tal Chuck. Thomas chorava e berrava coisas, mas ninguém se movia, ninguém fazia nada. Mas o que poderiam fazer? O garoto nos braços de Thomas não poderia ser salvo. Marie se virou de súbito horrorizada com a visão do garoto e enterrou o rosto nas mãos apoiada no peito de Minho sem se atrever olhar pra trás de novo. E ela não olhou. Não viu o que aconteceu depois, ouvi só sons de Thomas gritando, e não precisava ser nenhum adivinho para saber que ele estava espancando alguém.

Depois de um tempo Minho soltou Marie e a afastou levemente e saiu correndo em direção a Thomas, Marie observou Minho e Newt agarrarem Thomas e o seguraram firme enquanto ele se debatia tentando se livrar das mãos dos amigos, sem sucesso, quando ele sem mais nem menos parou, os garotos o soltaram e ele voltou a Chuck e mais uma vez ele voltou a chorar e berrar.

Thomas fez isso por um longo tempo, depois parou, deixou Chuck no chão, segurou na mão de Teresa e se levantou. Um silêncio mortífero se apossou da sala.

_ Todas as coisas acontecem segundo um propósito – a mulher do CRUEL quebrou o silencio. – Vocês devem entender isso.

Ninguém esboçou nenhuma reação. Tudo voltou ao silêncio depois dessa frase, e ninguém sabia o que fazer. Mas mais subitamente do que tudo que já havia acontecido até então, uma locomoção de gritos e barulhos foi ouvida vinda da porta onde a mulher e Gally haviam entrado, todos ficaram assustados até a tal mulher. E então vários homens e mulheres entraram no lugar, portando armas, armas de verdade, mas Marie perdeu todo o medo deles e até ganhou alguma simpatia quando os viu atirarem na agente do CRUEL.

Mas a coisa mudou um pouco de figura quando eles começaram a atirar pra todos os lados. Minho se abaixou e puxou Marie junto. Ela olhou pros lados e viu que as pessoas estavam atirando nas janelas. Um dos homens se aproximou deles.

_ Não temos tempo para explicar – falou o homem, a voz tão tensa quanto o rosto. – Apenas sigam-me e corram como se a sua vida dependesse disso. Porque depende. – O homem fez um gesto e correu. – Vão – ele gritou.

Todos os clareanos saíram correndo, se atropelado para passar na porta, desesperado para uma saída daquela câmara, e daquele labirinto. Minho foi à frente abrindo caminho segurando Marie pela mão.

Eles subiram escadas, passaram por túneis escuros, correram como se estivessem no labirinto, mas enfim chegaram a outro conjunto de portas de vidros, eles passaram por ela e depois de sabe se lá quanto tempo, viram realmente o céu, mas ele não estava agradável de ver. Estava chovendo muito, com uma nuvem negra dominando tudo. Eles viram um ônibus, o homem mandou todos entrarem, Minho e Marie não hesitaram ao fazer isso. Eles entraram com toda a energia que ainda os restavam e foram pra o fundo do ônibus para não impedir ninguém de passar. Marie olhou pela janela para ver como estava tudo e justo quando Thomas, o ultimo dos Clareanos estava para entrar, ele foi pego. Uma mulher que saiu de lugar nenhum agarrou a blusa dele e o puxou para baixo o fazendo cair de costas no chão. O homem foi o amparar e ele começou a discutir com a mulher ou qualquer coisa, Thomas entrou no ônibus atordoado, seguido por Teresa, foram até o fundo e se sentaram. Minho e Marie fizeram o mesmo.

O motorista ligou o ônibus e acelerou, ele atropelou a tal mulher que havia pegado Thomas, mas Marie não se importou, então eles seguiram. Marie sentada olhando pra janela pensando um pouco que talvez Alby tivesse razão.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Xoxo :*



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