Minha Querida Trolha escrita por Paloma Tsui


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei por que como eu disse sou perdida no tempo :p Desculpe e Enjoy ^_^



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Marie e Teresa acordaram com um bom dia amistoso recebido de uma das tais cientistas.

_ Bom dia T. – Marie disse de um jeito feliz.

_ Bom dia M., acordou animada hoje? – Teresa perguntou com um sorriso malicioso no rosto.

_ E por que não deveria? – Marie sorriu do mesmo jeito malicioso de Teresa.

_ Vamos tomar o café da manha trolha. – Teresa disse já se levantando.

As duas garotas do grupo desceram para o refeitório e foram para a mesma mesa em que sentaram quando chegaram lá no primeiro dia e comeram Pizza. Minho, Thomas e Newt já estavam lá quando elas se sentaram.

_ E ai trolho, o que é que pega? – Teresa perguntou usando essas expressões como mais uma das suas brincadeiras.

_ Bom, eu nada, mas acho que o Thomas pega você e o Minho pega a Marie. – Newt rebateu a brincadeira e todos riram, até Teresa depois de dar um soco no ombro do loiro.

Uma mulher se aproximou do grupo com um sorriso amistoso.

_ Querem calda de morango ou chocolate pra os Waffles? – A mulher perguntou e todos se entreolharam em dúvida.

_ Ahn... Morango – Marie respondeu.

_ Mas eu quero chocolate – Thomas contrariou.

_ É eu também voto no chocolate. – Teresa disse dando de ombros.

_ Morango é melhor, seus trolhos. – Newt disse fazendo uma expressão de desdém como tivesse uma declaração por escrito e assinada sobre a tal afirmação.

_ Minho? – Marie e Newt perguntaram ao mesmo tempo.

_ Ahn... Acho que morango é legal – Minho respondeu.

_ Ok, Morango então. – A mulher disse e depois saiu.

_ Seu traidorzinho – Thomas disse com os olhos semicerrados. – Vai passar pro lado das trolhas agora?

_ Não estou passando pro lado de ninguém, só escolhi o que me agrada mais. – Minho deu de ombros.

_ Por que eles estão nos tratando tão bem aqui? – Newt perguntou.

_ Somos a esperança da humanidade. Sei lá, mais ou menos – Teresa indagou.

_ Tipo, eles sabem que os agentes do CRUEL não nos escolheram a toa, mas sabem que somos bons e como a mulher disse lá no ônibus ela quer que nós nos juntemos à causa dela. Não que eles estejam..., sei lá, tentando nos comprar, mas querem nos agradar, precisamos ajudá-los. – Marie disse dando de ombros.

Um tempo depois a mulher voltou com os Waffles e os dois tipos de cauda numa bandeja.

_Dá apara acreditar que estamos fazendo isso? – Teresa perguntou enquanto comia. – Sei lá quem são essas pessoas, mas eu vou ficar do lado delas.

_ Se eu tenho que escolher entre pessoas que me colocaram num labirinto com criaturas mortais ou pessoas que me derem um lugar incrível pra ficar e comida incrível pra comer, eu fico com a segunda opção sem pestanejar. – Thomas completou.

Depois que todos terminaram de comer e se reuniram no quarto dos garotos uma mulher veio até o quarto e do nada começou a falar.

_ Bom, nós resgatamos você, trouxemos vocês pra cá, e isso é mais gratificante pra nós do que pra vocês. É obvio que precisamos da ajuda de vocês, mas não pediremos nada agora, vocês terão um longo período de férias. Ficaram aqui, apenas, por estar, e quando acharem que estão prontos para nos ajudar. A pesquisa começará. Espero ter esclarecido tudo. – A mulher sorriu e saiu.

_ Férias. Isso parece realmente bom. – Marie indagou.

Eles passaram o resto do dia fazendo nada, só lá, apenas lá, sentados, comendo, conversando, férias tediosas maravilhosas.

Depois de um tempo, quando alguns se reuniram num círculo no chão e começaram a brincar de qualquer coisa aleatória, Marie achou que era hora do confronto. Ela acenou para o asiático segurou na mão dele e o conduziu até uma das mesas e se sentou lá com ele. Depois ela segurou as duas mãos do garoto e disse:

_ Não acha que precisamos conversar?

_ Acho, mas estava esperando você falar porque eu acho que é sempre a garota que diz quando se precisa conversar – Minho respondeu e Marie riu.

_ Já tem alguma idéia de qual é a nossa? – Marie disse num tom duvidoso. Ela estava com medo de que aquela conversa pudesse estragar tudo.

_ Sim, eu tenho uma idéia de qual é a nossa, por enquanto somos amigos que se beijam, e só pra constar eu acho isso ótimo. – Minho disse meio rápido.

_ Por enquanto? – Marie fez uma expressão desconfiada.

_ É acho que sim, mas eu tenho medo de te propor qualquer coisa dá qual eu não tenha certeza que você vai dizer sim. – O asiático disse ainda mais rápido.

_ Então que tal isso para de dar certeza? – Sem avisar Marie se levantou e beijou Minho mais intensamente do que nunca. Se for certeza que ele quer ter, certeza ele terá. Quando Marie o soltou ela percebeu que havia conseguido o que queria, deu a ele a tal certeza que precisava.

_ Vamos tornar isso oficial. Vamos ser namorados. – Minho disse desse jeito num tom de afirmação e não de pergunta.

_ Gostei da convicção – Marie semicerrou os olhos –, vou considerar sua proposta. – Minho fez uma expressão duvidosa. – Estou brincando. – Ela o abraçou. – Já está oficial. – Ela o beijou de novo.

_ Hei pessoas que estão se beijando – Newt chamou. – Parem. Não na frente das crianças.

Marie e Minho riram. Teresa, Thomas e Newt se sentaram com eles na mesa.

_ Então parece que decidiram qual a de vocês. – Teresa disse com um sorriso malicioso.

_ Somos oficialmente namorados – Marie disse esbanjando excitação.

_ Como isso aconteceu? – Newt perguntou fingindo surpresa.

_ Cara você não namora a primeira garota que beija – Thomas completou.

_ Calem a boca, seus trolhos, segurem essa inveja – Marie brincou.

_ Ok, vamos impor os limites de vocês – Newt começou.

_ Limites da gente? – Minho questionou semicerrando os olhos.

_ Sim, vocês são o único casal, por enquanto – Newt olhou furtivamente para Teresa e Thomas –, e não vão colocar limites em si mesmo, então eu como ainda supervisor, vou dizer quais as regras. Alby provavelmente diria apenas pra vocês não se engolirem. – Newt deixou o olhar perdido, provavelmente pensando em Alby e no líder que ele era. Provavelmente ele sentia saudades e meio que ninguém estava vendo isso. Marie quis abraçá-lo, confortá-lo e perguntar como ele estava, mas não sentia como se pudesse fazer isso, ainda não entendia toda essa coisa familiar entre eles. Newt sacudiu a cabeça, espantou os pensamentos, bateu na mesa e continuou com seu discurso fajuto brincalhão. – Mas eu sou um líder rígido e rude...

_ Acho que rígido e rude são sinônimos – Marie interrompeu. Newt a fuzilou com o olhar e continuou.

_ Então as regras são as seguintes, vocês não podem, tocar, abraçar, e nem beijar, quando tiver muita gente por perto e nem quando estiverem sozinhos. Mãos apenas na cintura ou acima do pescoço. Eu falo as outras regras quando pensar nelas depois. – Newt fez uma longa pausa e do nada todos explodiram em risadas. – Serio gente, só tentem não se engolir.

_ Tentaremos – Marie prometeu lançando um olhar malicioso ao loiro.

_ Bom, trocando a pauta – Teresa começou. – Acham que suas memórias vão voltar?

_ Não tenho certeza – Thomas disse.

_ Minhas memórias vão voltar completamente, eu estou numa maré de sorte – Marie e disse e os outros riram.

_ Eu quero entrar na maré de sorte dela. Só ter memórias da sua vida depois dos dezesseis é tão estranho. É como se fossemos robôs sabe. Sabemos o que é um bebê, mas nunca fomos um bebê. – Newt parou e pensou no assunto e de repente quis desesperadamente que as suas memórias voltassem.

_ Não se preocupe com isso, Newt, você definitivamente já foi um bebê. Talvez você ainda nem tenha superado isso – Thomas brincou.

_ Quando eu cheguei à clareira, eu tinha memória de vocês, mas não eu não se lembrava dessas tais memórias, que foram totalmente implantadas no meu cérebro, eu sei disso agora, até ouvir palavras chaves. Tipo as tais gírias de você, ou essas coisas. Se eu consegui organizar meus pensamentos eu conseguia lembrar coisas. É tipo causticante, mas funciona um pouco. – Marie fez uma pausa e olhou pros lados, depois ela continuou – Ontem à noite, eu tava pensando em como eu não consegui recuperar nada naquele dia na câmara. A agente do CRUEL me chamou de Senhorita Curei, eu associei que meu nome é Marie Curie, mas estava tudo muito caótico naquela hora eu não consegui organizar meus pensamentos, mas daí eu pensei nisso ontem à noite, então eu consegui lembrar que, Marie Curie, foi um cientista polonesa que fez descobertas no campo da radioatividade. Eu tenho o nome de uma cientista que fez descobertas sobre radioatividade. Faz tanto sentido pra mim. Tudo bem que não é lá uma informação que vale muito, mas eu acredito mesmo que as minhas memórias possam voltar. E a de vocês também.

_ Eu tenho umas memórias, mas foram apenas às coisas que eu disse depois que fui picado pelo Verdugo, não eram coisas da minha vida, ás vezes parece que não fizemos nada além de viver para o CRUEL e agora vivemos contra eles, ou pelo menos eu acho. – Thomas falou.

_ Parece chato, mas talvez tenhamos vivido mesmo – Minho disse com um tom de desapontamento.

_ Me recuso a acreditar nisso. Eu preciso saber que tive pelo menos dois anos de infância “normal” – Teresa disse fazendo aspas no ar – levando em conta esse lugar. Sei que sou uma órfã e tal, mas eu quero ter lembranças desse tal orfanato.

_ É. É isso. Temos que lutar por nossas lembranças. Temos que tentar nos lembrar, eu não vou acreditar que nossa vida se baseou toda no CRUEL e agora meio que estamos sem destino – Newt indagou.

_ Ta bom, parece que a partir de hoje, vamos nos dedicar mais as nossas memórias – Minho enfatizou.

_ Pode parecer um pouco estranho, mas... Não. É muita loucura. Esqueçam. – Newt tentou dizer, mas desistiu no caminho.

_ Não vamos esquecer nada, diga logo – Marie mandou.

_ Quando ainda estávamos na clareira, eu tive..., esse sonho, no começo eu pensei ser algum tipo de premonição sei lá, mas eu acho impossível considerando a situação desse mundo. Mas eu meio que sonhei com a gente, nunca escola, em um time de futebol e as duas trolhas como lideres de torcida e num clube de ciências e de matemática. – Newt disse e Marie quase se sentiu enjoada. Ela e Newt haviam tido o mesmo sonho. Ou pelo menos era o que parecia. – Foi uma coisa bem besta, mas...

_ Hei – Marie interrompeu. – Eu também sonhei com isso. E estávamos dormindo de mãos dadas naquele dia.

_ Como assim sonhamos a mesma coisa? – Newt fez um careta de descrença.

_ Meu sonho foi exatamente assim. Eu lembro ter pensado que queria uma vida dessas pra você e fui dormir, então sonhei com isso, achei que fosse normal, mas você também sonhou – Marie estava intrigada, pasma e enjoada, tudo ao mesmo tempo.

_ Acho que a gente perdeu um pouco o foco da conversa – Teresa interrompeu.

_ Provavelmente não quer dizer nada – Newt disse engolindo a preocupação, embora todos ali soubessem que as coisas lá nunca aconteciam por nada. Afinal, foi como a mulher do CRUEL disse: Todas as coisas acontecem segundo um propósito.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? XOXO :*



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