Minha Querida Trolha escrita por Paloma Tsui


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Esse cap. é um outra visão da batalha contra os verdugos antes de sair do labirinto, espero que gostem :3 Enjoy.



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Eles acordaram num momento súbito de desorientação. Eles estavam numa posição completamente diferente da qual haviam ido dormir. De algum modo, Marie não estava mais deitada no peito de Minho, eles estavam deitados de conchinha, com Minho passando seus braços musculosos ao redor de Marie de uma maneira protetora. Mas a coisa mais estranha era que Marie estava com a mão no peito de Newt e a mão dele estava por cima da dela. Eles pareciam um estranho triangulo amoroso.

Marie se lembrou do seu esquisito sonho, sonhou com tudo que queria que a vida de Newt fosse, e o mais incrível, ela estava nela, e também Minho e os outros. Garotos do time de futebol da escola, Newt era o Quarterback, Minho e Thomas faziam parte do time. Teresa e Marie eram lideres de torcida inteligente por que também eram do clube de ciência e de matemática. E tudo era perfeito, sem clareira, sem labirinto, sem nada disso. Apenas uma vida de adolescentes normais.

Eles se mexeram e começaram a despertar. O grande ato estava por vir.

_ Vamos seus trolhos preguiçosos. Levantem logo. Vamos sair daqui. – Marie disse se levantando apressada. Tentando não devanear no tal sonho.

_ Cara, eu tive um sonho maluco – Newt indagou se levantando. Marie quis perguntar o que era, mas se lembrou de que não queria falar de sonhos.

Tudo tinha corrido muito bem enquanto eles dormiram. Todos tinham feito o que deveriam fazer e tinham se preparado. Os encarregados fizeram o mesmo e em dez minutos todos estavam prontos e apostos na porta oeste do labirinto. Os que decidiram ficar e não sair da clareira, nem sequer saíram para se despedir.

_ Sem conversa fiada. Vamos entrar nesse labirinto, encarar aquelas coisas e sair desse lugar. Teresa e Thomas já sabem o código. Minho sabe o caminho, não precisamos fazer muito a não ser correr, lutar com uns Verdugos até que aqueles trolinhos desativem essa droga de lugar. Nada demais. Só mais um dia comum nesse lugar incrível – Newt disse num tom como se estivesse dizendo que tinha acabado o café. Essa coisa que ele fazia, de se parecer calmo em situações estranhas, se sempre querer manter a sanidade, também parecia familiar a Marie. – Alguém tem mais alguma coisa a dizer?

_ Tomem cuidado. Não morram. – Minho se pronunciou.

_ Bom esta todo mundo incrivelmente inspirado hoje. Vamos entrar. – Newt finalizou o discurso se virando e indo em direção ao labirinto.

Todos começaram a o seguir numa marcha rápida, depois indo mais lenta. Marie percebeu que estava em boa forma por que depois de correr por meia hora ainda não estava completamente exausta. Ela, Minho, Newt, Teresa e Thomas, estavam na linha de frente controlando a velocidade do grupo. Marie evitou olhar pra trás por que estava com medo de ver pessoas estrebuchando e babando devido ao cansaço, ou pessoas ficando pra trás sendo deixadas pra serem mortas.

Marie apenas seguiu em frente.

Depois de mais ou menos uma hora de corrida, eles finalmente chegaram ao um lugar que parecia ser á beira do mundo. Um precipício infinito. Marie não sabia de qual maneira eles pretendiam sair dali pulando naquele buraco. Ela sabia que já estivera ali e que tinha chegado à clareira por lá, gostaria muito de se lembrar como foi feito, mas nada vinha a mente. As coisas não seriam fáceis.

Minho foi até a borda e olhou, mas ele foi e voltou num movimento tão rápido que Marie teve certeza de que alguma coisa estava lá. A palidez na pele dele só a fez ter mais certeza.

_ Tem muitos. Uns 12 pelo menos. – Minho disse se virando para toda a platéia que o observava, mas quando ele virou a expressão dele só piorou. Todos olharam pra trás e lá estavam. Mais das criaturas horrorosas e aterrorizantes os cercaram. Era tudo ou nada.

Marie não os ouviu conversar e nem percebeu como as coisas estavam, só viu Alby, se jogando no buraco. O Verdugo o engolindo. Alby não gritou, na verdade, ele não fez o mínimo som. Marie não estava por dentro da situação. Na verdade, ela não fazia a menor idéia do que estavam acontecendo. Os Verdugos os cercaram, Alby havia se sacrificado, os garotos estavam atordoados, os Verdugos atacaram. Uma guerra começou. Marie ficou colada na parede com Minho lutando na frente dela, eles se mexeram. Marie foi empurrada. Alguma coisa estava veio pelo lado direito dela. Só nessa hora Marie se lembrou que tinha uma lança na mão, ela conseguiu levantá-la a tempo de acertar o Verdugo antes que ela fosse engolida. Ele recuou, mas não morreu. Antes de ele conseguir vir pra cima de Marie de novo. Um garoto entrou no meio e começou uma luta com o bicho. A coisa toda era causticante e parecia não ter fim. Minho estava suando e estava cansado. Ela queria ajudá-lo, mas provavelmente só iria atrapalhar. Então ela ficou lá, parada. Enquanto todos ao redor dela lutavam bravamente.

Do nada, Thomas passou por Marie como um vulto e atrás dele estavam Teresa e Chuck. Eles tiveram que parar por conta do congestionamento que estava à frente deles. Thomas olhou de relance pra Marie e depois se voltou de novo para o mar de pessoas misturadas com Verdugos a frente dele procurando alguma brecha entre eles.

_ Pode vir com a gente se quiser – Thomas disse sem tirar os olhos da multidão.

_ Não posso. Tenho que ficar com Minho – Marie respondeu levantando a guarda vasculhando o redor de si própria.

_ Aposto que ele vai ficar bem – Teresa disse com um olhar desesperado. Como se precisasse que ela fosse com eles.

_ Não posso o fazer quebrar a própria promessa – Marie indagou e Teresa nem teve tempo de responder antes de ser puxada com um solavanco por Thomas que finalmente achou que conseguiria passar.

Marie observou Teresa, em seguida Chuck, depois Thomas pular no penhasco. Caírem pra escuridão e sumirem completamente. Ela tremeu de terror.

A luta continuava. Marie estava presa com as costas encostadas à parede, Minho na sua frente, Newt do lado esquerdo, e algum garoto aleatório do lado direito. Era quase uma barreira, e ela não entendia como aquilo havia se formado.

Marie estava pronta parar sair da sua zona segura quando aconteceu. Do nada tudo parou. Os verdugos simplesmente caíram. Deixaram de lutar. As garras deles se encolheram de volta ao corpo, e tudo ficou em silêncio. Marie olhou em volta e viu varias corpos caídos, alguma meio dentro- meio fora (literalmente) do corpo dos Verdugos. A cena toda era bizarra. Mas Minho estava bem, e Newt também, e Marie também. Era o que importava para os três. Thomas havia conseguido.

Marie correu para o abraço de Minho. Mesmo suado, machucado e cansado, o abraço dele era reconfortante.

_ Você cumpriu sua promessa. Protegeu-me. Você me manteve viva e bem. Você é o máximo garoto asiático – Marie disse ainda sem o soltar. Newt veio até os dois e colocou a mão no ombro de Minho. Marie se soltou do asiático e abraçou Newt. Newt era mais alto que Minho e bem menos musculoso, mas o abraço dele era como tudo nele para Marie, era familiar. Sentiu como se já o tivesse abraçado milhões de vezes. Aquela sensação era incomoda e boa ao mesmo tempo.

_ Vamos, loiro. Temos que mostrar pros trolhos que sobraram como se passa naquele buraco. – Minho sorriu de um jeito cansado. Segurou na mão de Marie e passou o outro braço pelo ombro de Newt e se aproximou da borda. – Bom, eu vou pular. Marquem bem onde é o lugar, você pula em seguida – apontou para Marie – e eu te pego lá dentro. Newt você vem depois e se certifique de que todos estão olhando. – Ele levantou o tom de voz e gritou. – Muito bem, seus trolhos. Mandaram muito bem. – Minho se virou e pulou no penhasco.

Marie o observou atentamente pular em uma área meio minúscula que era limitada por nada que se podia ver. Mas ele sumiu gradativamente enquanto se infiltrava naquela pequena área. Newt deu umas tapinhas nas costas de Marie e sem pensar muito ela imitou Minho. Foi como passar em uma camada de água gelada, mas sabia que já tinha feito isso. Marie teria caído de bunda no chão se Minho não estivesse logo abaixo para segurá-la nos braços. Logo após ele a ter segurado, Minho colocou Marie no chão e a puxou para o lado. Alguns segundos depois Newt pulou caindo de pé.

Minho acenou com a cabeça na direção em que Thomas, Teresa e Chuck estavam. Marie correu para abraçar Teresa, as duas explodindo de felicidade.

_ Fedelho, você conseguiu – Minho disse se referindo a Thomas.

_ Nós conseguimos, asiático. Nós. – Thomas retrucou.

_ Ainda não acabou, gente, vamos continuar – Newt disse parecendo inquieto. Marie queria retrucar qualquer coisa sobre Newt ser estraga prazeres, mas se manteve quieta, segurou na mão de Minho e se infiltrou na escuridão que se seguia túnel á frente.


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Notas finais do capítulo

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