Catorce.

POV ROBERTA:

Eram 00h e eu tentava dormir, era impossível! Não sei por que, mas pensamentos malucos faziam minha cabeça. Até que meu celular toca como mensagem. Pego ele de baixo do meu travesseiro e vejo escrito:

"Agora, Robertinha... Receba com muito amor essa linda foto minha com seu bebê."

Eu não tinha ideia de quem era essa mulher e o que ela queria, mas eu tinha certeza que era Diego ali, e aposto que ele dormiu com aquela mulher. Não só dormiu como transou. Nesse momento, não aguentei, comecei a chorar... Como Diego podia ser tão canalha assim?! O que ele queria realmente comigo?! Por que ele quis me iludir tanto?! Não resolvi ligar, nem mandar mensagem dizendo que tudo acabou. Eu queria ver até aonde chegaria essa mentira. Queria saber se quando eu chegasse ele iria se fazer de sonso.

POV DIEGO:

Menos um peso nas minhas costas... Chego em casa e Tomás e Giovanni estavam lá ainda. A única vontade que eu tinha era de chegar e me jogar na cama para dormir, mas pelo visto eles me atrapalhariam. Então eu disse, cansado:

–O que vocês querem?

Giovanni, com aquela marra de sempre disse, aos berros:

–Queremos saber se você comeu.

–Giovanni, fala baixo! Meus pais estão dormindo! E não, eu não comi, e nem quero. Eu terminei tudo o que eu tinha com ela.

Tomás se levantou do sofá e veio até mim dizendo:

–Amigo, amigo... Pode falar pra gente, você é virgem.

Giovanni se aproximou de Tomás e disse:

–É... Pode confessar, olha eu sou, e tô dizendo isso. Sem medo!

Pensei, pensei bem... Pensei muito bem mesmo, e cheguei a conclusão que iria contar a verdade:

–Tá bom, vocês venceram... Sou virgem.

Diferente do que eu imaginava, eles me entenderam bem. Tomás disse:

–Isso, amigo! Agora me diz, por que você ainda é virgem?

–Sei lá... Tô me guardando para uma pessoa especial...

Giovanni perguntou:

–E você já sabe quem é essa pessoa especial?

–Roberta...-Nem pensei duas vezes, era ela que eu queria perder minha virgindade.

POV ROBERTA:

Uma segunda feira, depois de acordar com os olhos mais inchados do que nunca, tomei um café e risquei uma data no calendário, e disse: Só mais 17 dias, Roberta.

Só mais 16 dias, Roberta.

Só mais 15 dias, Roberta.

Só mais 14 dias, Roberta.

Só mais 13 dias, Roberta.

Só mais 12 dias, Roberta.

Só mais 11 dias, Roberta.

Só mais 10 dias, Roberta.

Só mais 9 dias, Roberta.

Só mais 8 dias, Roberta.

Só mais 7 dias, Roberta.

E assim o tempo foi passando, demorando um século!! Quando me dei conta faltavam 7 dias, uhul! Fiz a rotina diária que era tomar meu café e riscar a data do dia passado no calendário. Ai... Finalmente 7 dias! Enquanto eu estava tomando meu café, ouvi meu celular tocar. Deixei o café em cima da pia, e subi correndo as escadas. Nem vi quem era no telefone mas atendi:

–Alô?

–Roberta, é a Lupita...–Disse a coitada com voz de choro.

–Lupi? O que foi? Me conta.

–Já faz 4 dias mas eu ainda não superei.

–O que, Lupita? Alguém morreu?

–Não, Rô... O Nico me traiu!

–É o quê?! Que que esse mono celha fez? Me conta tudo direitinho.

–Eu esqueci de te contar, mas o Nico me chamou para conhecer o bar do pai dele final de semana passado, e eu fui toda contente, linda e produzida. Ficamos juntos por um tempo, mas quando eu o perdi de vista e fui procurá-lo ele estava beijando uma garota. Ele ainda veio com a desculpa que ela ajudava o pai a pagar, mas eu não acreditei. O nome dela é Karen.

–Isso, Lupi... Você fez certo em não acreditar! Agora, princesa... Para de chorar, sorria... Ele não merece suas lágrimas... Escuta, tem alguém aí te apoiando?

–Apoiando, apoiando mesmo, só o Giovanni...

–Que ótimo! O Giovanni é um ótimo amigo. Mas e a Mia?

–Mia tá muito preocupada amando o Miguel.

–Ah, imagino... Amiga, fica tranquila! Olha, daqui a 7 dias eu vou estar chegando e vou te mostrar que você não deve chorar por homem nenhum, ok? –Eu falava aquilo, mas na noite passada eu havia chorado horrores por Diego, só por lembrar dos nossos momentos juntos. -Sorria, ok? Mostre que você é superior a ele, que nada te abalou. Te amo, princesa.

–Te amo, amiga... Beijos.

–Beijão, se cuida!

Como se não bastasse meus problemas ainda tinha que me preocupar com o da Lupita? Aff!

No Elite Way School.

POV JOSY:

Meu plano sobre declarar meu amor por Téo? Foi por água a baixo. No dia que eu mandei por de baixo da porta de seu quarto, ele foi até mim e falou:

–Olha isso, Josy... Quem será que foi? Acho que foi a Roberta!

–A Roberta, Téo? Mas ela nem está aqui...

–Mas ele pode ter escrito e pedido pra alguém imprimir e botar no meu quarto.

–Claro que não, Téo! Roberta não é esse tipo de garota ela simplesmente não gosta de romantismo, e tenho certeza que por carta e pessoalmente, ela preferiria falar pessoalmente. Agora, eu tô atrasada pra aula, tô indo.

–Mas hoje é domingo, não tem aula.

–Eu falei aula? Eu quis dizer trabalho de ética.

Obrigada, trabalho de ética... Sempre me salvando dos problemas! E até hoje eu ainda não escrevi mais nenhuma carta e nem quero, pra que? Pra ele pensar que foi a Roberta que escreveu? Não, valeu...

POV TÉO:

Eu pensei: Se não foi Roberta, quem foi então? Lupita? Não... Ou sim? Ah sei lá estou tão confuso! Será que foi a Josy? Não... Eu não faço o tipo dela. Aiii, quem será que foi? O único jeito era perguntar pra bibliotecária quem esteve lá, mas eu acabei esquecendo isso, e só hoje lembrei. Falando nisso, vou perguntar agora!

POV DIEGO:

Mas um dia sem Roberta, que saudades eu estava... Minha anjinha!

POV ROBERTA:

Os dias passavam, e eu esperava.

Só mais 6 dias, Roberta.

Só mais 5 dias, Roberta.

Só mais 4 dias, Roberta.

Só mais 3 dias, Roberta.

Só mais 2 dias, Roberta.

Só mais 1 dia, Roberta!

OUÇAM: https://www.youtube.com/watch?v=NE-C72MT97g

Finalmente só um dia, 1 DIA! Já arrumava minhas malas, botando roupa por roupa, sapato por sapato... Já planejava minha roupa para a viagem de amanhã, e estava super feliz por finalmente sair daquela casa.

Ainda era manhã, então fiquei vendo tv, mas a alegria era tanta que eu tinha que cantar para expressar minha alegria. Eu pulava na cama, me jogava no chão, era como se eu estivesse sendo liberta.

Teve uma hora até, que o velho do saco abriu a porta e perguntou:

–O que você está fazendo?

–Aiiii... Será que eu não posso ter nem um pouquinho de privacidade?

–Desculpe, rebelde.

E assim que ele fechou a porta, cantei bem alto uma música da minha mãe: "A REBELDEEE"

POV ALMA REY:

A saudade já não cabia mais no peito, mas finalmente Robertinha ia chegar e eu ia abraçar ela. Liguei para ela para confirmar o horário que eu tinha que pegar ela no aeroporto para virmos para casa.

–Filha?

–Oi mãe!

–Uau, está animada!

–É claro que estou, eu vou embora daqui.

–Isso aí, filha. Mas que horas eu te busco no aeroporto?

–Ainda não tem hora exata, o velho foi comprar agora minha passagem. Em breve lhe falarei.

–Ai, filha... Você tá até com uma linguagem mais bonita.

–Isso saiu sem querer, mamãe.

–Agora tenho que ir, beijinhos.

–Beijos mami!

POV ROBERTA:

As horas se passaram e quando me dei conta já era 01h da manhã! Fui dormir, o dia de amanhã seria apenas de alegria...

NARRADOR:

Às 10 horas da manhã Roberta é acordada por seu pai e ele fala:

–Filha, foi um prazer estar contigo.

–Pena que eu não posso dizer o mesmo. -Disse ainda na cama.

–Levanta, a gente vai sair daqui 11 horas.

Ela levantou-se, tomou seu café, escovou os dentes, tomou banho e vestiu essa linda roupa: http://www.www.polyvore.com/cgi/set?id=119761010&.locale=pt-br

E já eram 11 horas, ela entrou em um táxi, deu um tchau de longe para o pai com um dedo no meio no final.

POV DIEGO:

Era hoje que Roberta ia chegar, finalmente... Eu não aguentei de saudades, claro. Eu tinha que fazer uma surpresa para ela, então liguei para Alma e perguntei que horas ela chegaria ao aeroporto, Alma não sabia me respondeu mas assim que ela soubesse me telefonaria.

A minha surpresa era esperar por Roberta no aeroporto com um buquê na mão, e assim que ela chegasse, BAN! Nos beijássemos como nos filmes de romance.