Eu nem imaginava ser você. escrita por AgathadeLima


Capítulo 8
Está tudo perfeito, olhares á parte.


Notas iniciais do capítulo

*Juro Solenemente que não vou fazer nada de bom*
Óia eu! Desculpa, eu tava viajando! Foi td de bom :3
Enfim, vou dar um jeito de incluir Hermione ou Fred... um desses dois para contar o que aconteceu na Sala Precisa. E, sinceramente, que povo pervertido! Quem não era pervertido achava que Draco já estava in love... nem, por enquanto, não tá in love não. Bem, BOA LEITURA!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/489643/chapter/8

Pov. Ronald

Sentei no sofá com Harry e começamos a conversar sobre Quadribol.

–Sendo bem sincero, acho que esse ano a Índia conseguiu capacidade para ganhar a Copa Mundial. -Falei.

Harry franziu a testa.

–De jeito nenhum. -Respondeu ele. -Pelo menos, se eles continuarem com aquele goleiro, o Muhamed, vão perder feio. Eu aposto na Grécia. Já viu aquele apanhador, o Dionisus? No último jogo contra a Irlanda, o cara conseguiu o pomo em menos de dez minutos!

Balancei a cabeça.

–Não, não... se não for a Índia, vai ser Itália, talvez até mesmo Egito. -Comentei.

–Bom, parece que só a Inglaterra se dar mal. -Respondeu ele.

Tive de concordar.

–A Inglaterra e a Bulgária. Esses dois não ganham faz anos. E é porque a Bulgária ficou no segundo lugar ano passado, lembra?

Eu mesmo lembrei e nós dois nos arrepiamos. Ainda tenho pesadelos com aquela noite.

–Eu estava lá... mas fomos umas das primeiras famílias a fugirem para a floresta. Não vimos quase nada. -Disse uma menina que reconheci.

Me virei, sorrindo.

–Lizzie. Bem, foi sorte sua, porque eu, Harry, minha família, etc, ficamos lá bem mais tempo, nem tínhamos notado. Nos perdemos um dos outros...

–Mas ele achou todo mundo, foi um verdadeiro herói. -Disse Harry, me interrompendo.

Sorri agradecido para ele.

–Bem, vou no dormitório rapidinho, daqui a pouco volto. Ronald, diga a Lizzie como achou todo mundo. Lizzie, sente aqui, onde eu estava. Quando eu voltar você se levanta. -Falou Harry, se levantando. Foi embora, meio andando, meio correndo.

–Não, eu... -Começou Lizzie, mas Harry já tinha sumido.

Corando, ela se sentou do meu lado, e senti minhas orelhas ficando vermelhas. Os olhos dela pareciam mais azuis. Ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha e ficou ainda mais vermelha. De repente, eu não conseguia despregar meu olhar do dela. Alguém estralou na minha frente: Dino Thomas. Fiquei com raiva, mas disfarcei. Pera ai, eu fiquei com raiva?

Dino riu e foi embora.

Olhei em volta, com vergonha. Achei Hermione descendo com Gina. Quando ela viu Lizzie e eu, começou uma careta que eu reconheci: Estava lutando para não chorar. Comecei a pensar sobre isso.

Eu juro que não faço ideia do porque dela estar me tratando assim.

Parece que... parece que, sei lá, eu matei alguém que ela gosta, ou algo do tipo. Nunca vou entender meninas.

–Nunca mesmo. -Respondeu alguém. Pisquei, focando na pessoa.

Parece que eu não só pensei.

Pov. Lizzie

Hermione estava com uma cara incrédula.

–Eu não acredito que você não entende. -Comentou Gina, tão surpresa quanto a amiga.

Ronald franziu a testa.

–Ué, e o que era para eu entender? -Perguntou.

Hermione deu um tapa na própria testa. Meu Merlin, até eu entendi. Mas eu é que não ia desistir do meu mais novo amor da vida inteira.

–Meninos... -Suspirou eu, Gina e Hermione, ao mesmo tempo.

Ele parecia querer rir. Gina puxou Hermione para longe, impedindo o septuagésimo olhar de ódio do dia. Tanto faz. Eu nunca me intimidei com ninguém. Hermione Granger não vai mudar isso.

–Ér... -Começou Ronald.

–Então Ronald... -Interrompi.

Ele sorriu amarelo.

–Me chame de Rony. Agora, o que ia dizer, Lizzie?

–Me chame de Liz. E eu ia dizer que tenho de ir, eu... tenho de fazer dever de casa para o Snape e eu não quero perder ponto com aquele professor! -Falei, escapando.

Ele fraquejou no sorriso, mas fingiu que ria.

–Tudo bem, eu... eu também preciso adiantar os deveres. Tchau!

E foi embora. Respirei fundo e peguei meu livro de poções. Ah... meu dia estaria perfeito se eu não soubesse que competir por um garoto com uma monitora não fosse me dar problemas. Muitos, muitos problemas.

Pov. Hermione

(N/A: Começa da parte em que Fred fala aquele troço de "Achei que você sabia, aqui é a Sala Precisa.")

–Sala Precisa? -Perguntei.

Ele afirmou com a cabeça.

–Ahan. O que você precisar, você acha aqui. Menos aquelas cinco exceções de... argh, sei lá o nome daquela criatura.

Eu ri.

–Eu acho que ainda vou estudar isso.

Fred sorriu, calmo. O sofá reapareceu, e ele se deitou como eu estava, e eu fui sentar, colocando as pernas dele no meu colo.

–Invertendo posições. -Comentou ele.

–É. -Respondi.

E assim ficamos, um silêncio enorme se abatendo sobre nós.

–Então, ahn... o que você viu no meu irmão? -Perguntou Fred.

Arqueei uma sobrancelha.

–Isso é sério? -Respondi, usando outra pergunta.

Ele pareceu afundar.

–É que... deixe para lá.

Franzi a testa.

–Não, pode falar. Eu juro que não digo a ninguém.

Ele riu sem humor.

–Acho que é tarde demais. Todos já sabem. Você não porque não foi pro café da manhã hoje.

Eu sorri.

–Eu ia. Mas ai certo ruivo parecia muito triste e não é normal esse ruivo estar triste, então eu segui ele para ver se eu fazer alguma coisa para ajudar o ruivo. E deu certo.

Ele sorriu fracamente.

–Se você já estivesse lá antes de eu entrar teria entendido. Eu... eu briguei com Jorge. -Ele falou o nome do irmão com esforço.

Arregalei os olhos.

–Você o que? -Exclamei.

Ele desviou o olhar. De repente estava a ponto de chorar de novo.

–É. Ontem, depois do jantar, eu peguei eles dois... se... se... se be-be-beijando. E-ele e-e e An-an-ange-gelina-na. -Falou com dificuldade, começando a soluçar.

A pena tomou conta, e nunca senti tanta vontade de consolar alguém. Então me levantei e levantei ele pelo tórax. Sentei e coloquei a cabeça dele no meu colo. E comecei a fazer cafuné. Minha mãe, quando a conversa não resolvia, fazia isso, e meu pai... ele me dava chocolate quente. Mas acho que a Sala não faz comida. Tive uma ideia. Olhei para Fred. Ele estava com os olhos fechados, ainda chorando, sem som, apenas lágrimas constantes.

Então pensei: Pode trazer elfos domésticos?

Um pequeno estalo e ali estava Dobby. Coloquei meu dedo indicador nos lábios, pedindo silêncio, e sussurrei:

–Chocolate quente. Duas canecas, por favor.

Ele afirmou com a cabeça e, com outro estalo, ele sumiu. Poucos segundos depois, apareceu, com duas canecas fumegantes de chocolate quente. Apareceu uma mesinha a meu pedido, e ele pôs as canecas lá. Acenei com a mão livre e ele se foi, com um quarto estalo.

Olhei mais uma vez para Fred. Ele estava do mesmo jeito. Parei o cafuné e ele abriu os olhos. Peguei uma caneca e estendi, dizendo:

–Um pouco de chocolate quente, que tal?

Ele arregalou os olhos e sentou, do meu lado, com um pouco de vergonha.

–Mas... a Sala não faz comida. -Disse, a voz embargada.

Como eu tinha pensado.

–Mas faz coisas que fazem comida. Um dia te digo o segredo. -Respondi, sorrindo para encorajá-lo.

Ele pegou a caneca e tomou um gole. Peguei a outra.

–Uma delícia. -Falou ele.

Eu experimentei, para confirmar, e estava mesmo uma delícia. Ficamos em silêncio, até as canecas ficarem com chocolate quente apenas até a sua metade. Fred não olhava para mim, envergonhado. Só para o chão.

–Você deve estar pensando que eu sou, sei lá... aqueles caras frágeis, ou um bebê chorão, ou coisa do tipo. -Disse. Ele olhou para mim.

Pensei um pouco. Eu olhava de volta, bem dentro dos olhos castanho-esverdeados. Mais esverdeados que os de jorge, notei. Quase totalmente esmeraldas. Quase.

–Não. -Respondi finalmente. - Acho que é um cara sensível e com sentimentos. Um cara que sabe a hora de ser forte, e a hora em que não deve ser. Que aceita ajuda, e continua um cara como qualquer outro. Um cara melhor do que muitos. Não vejo um bebê chorão olhando para você. Não mesmo.

Ele pareceu relaxar.

–Quando eu ficava triste, até o terceiro ano, eu sempre vinha para cá. Era meu esconderijo, onde eu podia ser eu mesmo. Nem Jorge sabe da existência da Sala Precisa. -Comentou.

Eu sorri.

–E pode ser meu esconderijo também? -Perguntei.

Ele sorriu de volta.

–Não sei por qual motivo ficaria triste. É difícil ver uma Hermione Granger durona e sabe tudo chorando. -Ironizou.

Meu sorriso morreu.

–Tem motivo sim. E ninguém é de ferro. -Respondi, tristonha.

Ele franziu a testa.

–O que... -Então arregalou os olhos. -Ronald! Merda, eu tinha esquecido dele!

Minha vez de franzir a testa.

–Não fale merda. Isso é ser boca suja.

Certo, pensei, e isso, minha querida, é hipocrisia. Como se você nunca tivesse pensado palavrão nenhum, né?

Ele riu.

–Viu? Uma sabe tudo mandona. Certo, poderosa chefona, agora você vai me dar cinquenta detenções, estou correto? -Falou, sarcástico.

Revirei os olhos, mas nos meus lábios havia um sorriso verdadeiro. Então me toquei pela segunda vez.

–Que horas são? -Perguntei, minha voz aumentando de tom.

Ele olhou em volta, achando um relógio.

–Já passou do toque de recolher. -Respondeu, despreocupado.

Pisquei uma, duas, três vezes. Depois me encolhi no sofá e cobri meu rosto com as mãos.

–O que ouve? -Questionou Fred.

Olhei para ele entre os dedos.

–Eu sou a monitora. -Gemi. -Eu faltei um dia todo de aula, e é o meu segundo dia de verdade no cargo! Eu sou uma vergonha! -Continuei, e então, terminei sem pensar:- Dumbledore devia me demitir e colocar, sei lá, a perfeitinha da Lizzie Bemole no lugar.

Por entre os dedos, notei que ele arqueou uma sobrancelha.

–Então ela é o maior obstáculo entre você e o meu irmãozinho... vou memorizar esse nome. -Murmurou. Depois, achando que eu não estava vendo, franziu a testa e balançou a cabeça como se quisesse afastar esse pensamento da cabeça.

–Agora não dá mais para voltar. Melhor dormir aqui. -Comentei, fingindo que não vi.

Tirei minhas mãos e pensei, de olhos fechados, que queria uma cama confortável. Abri-os e vi uma cama de casal.

–Estão brincando com a minha cara. -Sussurrei.

Infelizmente, só tinha nós dois, então ele escutou. Ouvi uma risada abafada e a voz dele perguntando:

–O que você pensou?

–Numa cama confortável. -Respondi, envergonhada.

–Ah. O problema é: Você tinha de ser específica. Se não a Sala escolhe por você. -Aconselhou ele.

Fiz que entendi com a cabeça. Fechei os olhos e quando abri, duas camas de solteiro separadas por alguns centímetros.

–Melhor. -Falei.

Fui para a primeira e me enrolei. Fred, lentamente, foi para a segunda cama.

As luzes apagaram e eu me ajeitei, mas não conseguia dormir. Eu precisava do meu bichinho de pelúcia, mas se Fred acordasse antes, ele ia ver e riria da minha cara.

Mas a Sala tinha vontade própria, e lá estava meu bichinho. Bom, eu era quem não ia reclamar. Então o abracei e adormeci, sentindo que estava esquecendo alguma coisa.

****

–Ei... Mione. Mione, acorda. Mione, estamos muito atrasados. -Me acordou uma voz.

Me sentei num pulo. Olhei em volta, ainda sonolenta.

As memórias voltaram num turbilhão: O dia na Sala Precisa, Fred, tudo. No entanto a primeira coisa que me veio foi:

–Fofo! -Olhei para a cama. Gemi de frustração. E lá estava o ursinho de pelúcia.

Fred olhou para ele também e riu, divertido.

–O nome dele é Fofo? Gostei.

Corei violentamente e atirei o travesseiro nele.

–O despertador devia ter me acordado e... -Dei um tapa na própria testa. -Foi isso que eu esqueci. Do despertador!

–Bem, eu também. E é por isso que faltamos todas as aulas da manhã mais uma vez. -Falou ele, rindo.

Olhei irritada para ele.

–Está rindo de que? -Perguntei.

Um espelho surgiu. Olhei para mim mesma. Uau. Eu estava com o cabelo parecendo um ninho de ratos. Minha farda estava desalinhada. Olhei para Fred. Ele não estava nem um pouco melhor.

Comecei a rir também.

–Melhor irmos. Devem estar desesperados. -Comentei, entre risadas.

Ele, sem conseguir falar, só fez um gesto afirmativo. Fomos correndo para a Sala Comunal da Grifinória, esbarrando em estátuas e outras coisas. Olhei para Fred. Agora ele também estava sujo e suado. Eu não deveria estar mais limpa.

Abrimos a porta do Salão. Automaticamente, um monte de gente veio perguntar onde estávamos, mas não conseguíamos parar de rir. Finalmente, conseguimos. E veio Gina.

****

Desci as escadas com minha ruivinha predileta e dei de cara com o meu ruivinho predileto quase em cima da loira vagabunda.

Certo, eu estava quase chorando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, espero que tenham gostado!!!!!! coments, please!
*Malfeito Feito*