Eu nem imaginava ser você. escrita por AgathadeLima


Capítulo 4
Counting stars.


Notas iniciais do capítulo

*Juro solenemente que não vou fazer nada de bom*
Laura V, minha linda, obrigada pela vigésima sétima vez por comentar! Por isso, primeiros sinais de Fremione! Ihul! E... não se assustem com os palavrões, nem são tantos... é que quero colocar humor, sabe? A depressão fica para as horas dos apertos. bjus!



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Pov. Hermione

Estava de noite, muito tarde para uma pessoa como eu estar acordada. Talvez... meia noite, uma da manhã? Mas, sendo sincera comigo mesma, isso para mim pouco importa. Eu ainda não sei o que fazer com a anta bonitinha. Ah, que ótimo.

Raciocina, Hermione. Meus pensamentos começaram a fluir:

Agora a porra ficou séria.

O que eu faria?

Eu não tinha mais ideias, o retardado do Ron não entendia nada. Eu só tinha dois planos: Meu primeiro plano era constrangedor, suicida e provavelmente não iria resolver nada além de deixar meu nome eternizado pela vergonha.

O segundo era pedir ajuda a um dos Weasley ou Harry para me ajudar. E de jeito nenhum eu faria isso. Era constrangedor, cansativo, perigoso e poderia explodir o Largo Grimmald/Hogwarts.

No entanto, isso era na sede da Ordem da Fênix. Agora que cheguei a Hogwarts, nem a primeira opção eu tenho. Então, agora a dúvida não era o que eu faria (para você ver o tamanho do meu desespero.). Era com quem eu falaria.

A quem pedir ajuda nessa miséria?

Palpite 1 - Gina. Daria certo? Provavelmente. Ela toparia? (Como se o sonho dela não fosse me desencalhar.) Toparia. Tenho como falar para ela? De jeito nenhum. Eu conheço ela. Gastaria todo o seu tempo tentando me ajudar, e não sei se tenho estômago de pedir isso para alguém como Gina.

Palpite 2 - Harry. Daria certo? Provavelmente. Ele toparia? Hesitando, mas sim. Tenho como falar para ele? De jeito nenhum. Embora ele saiba, assim como todo mundo menos Rony, Gina seria um problema. Ela ia pensar coisas, do jeito que é ciumenta, e eu é que não vou arrumar briga com alguém como ela.

Palpite 3 - Luna. Não pera, eu não estou tão desesperada assim.

Palpite 4 - Neville. Pera ai, eu disse Neville? Céus, eu prefiro pedir a Luna.

O que me resta?

Dos irmãos, os gêmeos. Dos amigos... sinceramente, ninguém a quem eu possa pedir. E não vou pedir a Sra. ou o Sr. Weasley nem morrendo, ou a qualquer um da Ordem. Mas tem de ter mais alguém... Os gêmeos não!

Merda, só tem os gêmeos.

Mas não podem ser os dois. Juntos, eles provavelmente criariam um plano ruim demais. Ou perigoso demais. Mas separados... era uma ideia.

Agora, era escolher entre Fred e Jorge.

Jorge estava totalmente por fora dessa história, então... melhor Fred.

É, vai ser Fred. Amanhã, eu falo com ele.

E assim, adormeci. Obrigada Merlin, porque eu preciso mesmo dar uma descansada.

****

Acordei esfregando os olhos e olhei em volta. Ninguém. Não ouço barulho algum.

Isso está errado.

Comecei a puxar os cobertores das camas que não estavam perfeitamente arrumadas. Apenas depois notei um movimento lá no finzinho do dormitório. Corri até lá e olhei quem era.

Queria não tê-lo feito.

Lizzie Bemone.

Ela olhou para mim, assustada, e se sentou o mais rápido que podia.

–Onde está todo mundo? Aliás, que horas são? -Perguntou, desesperada, olhando em volta.

–Eu não sei. -Respondi secamente. -Acabei de acordar também. Vou dar uma olhada.

Saí do dormitório e olhei o relógio de parede do Salão Comunal. Putz. Vou perder até mesmo o almoço. Melhor eu me apressar, talvez eu consiga chegar a tempo.

–E então? -Perguntou Lizzie.

Revirei os olhos, sem ela ver. Depois, séria, me virei para ela e respondi.

–Estamos atrasadas até para o almoço.

Ela arregalou os olhos e fui para o banheiro. Me arrumei e sai correndo. Vi ela entrando desesperada no banheiro assim que eu saí.

****

Desci o último lance de escadas, arfando, quando Fred passou correndo por mim. Não entendi. Mas, bem, tinha algo a pedir, então fui atrás dele.

Ele subiu tão rápido que eu só conseguia enxergá-lo por conta do cabelo ruivo, e por, como é o horário do almoço, quase todos estavam no Salão Principal.

Quase que incansavelmente, ele subiu e subiu, até chegar ao sétimo andar. Intrigada, mas ainda o seguindo, vi para onde ele ia. Ele passou três vezes e uma porta surgiu. Estranho. Deve ser outra passagem para fora de Hogwarts. Eu não sou de desrespeitar as regras, mas já perdi as aulas da manhã, mesmo.

Antes que a porta fechasse, passei, o mais silenciosamente possível, e encontrei uma cena singular: Fred Weasley chorando.

Geralmente, ver algum dos gêmeos sérios era algo quase que milagroso, porque eles sempre fazem graça, seja qual for o assunto, e por mais triste que for. O sorriso diabólico é a marca registrada deles. Tristeza não tem lugar, se eles estiverem por perto. E no entanto, bem na minha frente, e sem me notar, um Gêmeo Weasley chorava.

Eu nem conseguia me mover, tamanha era a minha surpresa. Mas devo ter feito algo, porque Fred finalmente me notou. Ele arregalou os olhos e se virou de costas para mim, limpando as lágrimas numa tentativa frustada de eu não perceber.

–Hermione... eu não te vi. -Falou, a voz lutando para não soar embargada, sem sucesso.

Franzi a testa.

–Fred, não adianta enganar. Sabe que... -Falei, sem conseguir pensar em algo bom o bastante para falar. -Sabe que estou do seu lado, que sou sua amiga, não é?

Ele soltou um risinho.

–Se fosse você chorando, seria o maior clichê. -Comentou, quase chorando de novo.

Ri, nervosa. É, seria. Minhas pernas começaram a doer. Foi muito tempo em pé. Um sofá apareceu. Arregalei os olhos.

Fred não pareceu impressionado.

–Correu demais? -Perguntou.

–Sim. -Admiti, e me deixei cair no sofá. Ele se sentou do meu lado.

Fiquei pensando... o que fazer para ajudá-lo? Ele já estava sem aguentar fingir. As lágrimas já estavam beirando. Então eu pensei... o que me fazia melhor? A resposta brilhou. Eu conversava com alguém sobre qualquer outra coisa, até esquecer dos meus problemas. Ria um pouco, e quando lembrava do problema, ele não parecia tão ruim. Então comecei a puxar conversa:

–Sabe, Fred... eu estou cheia de problemas... mentira, só tenho um. -Comecei. E não, eu não estava me aproveitando.

Ele pareceu ficar confuso.

–E qual seria? -A voz dele já estava menos embargada.

–O idiota do seu irmão. -Falei.

Um sorrisinho começou a surgir.

–E o que eu poderia fazer pela senhorita? -Perguntou, a velha ironia voltando ao seu lugar.

–Você é um Weasley. Ele é seu irmão. Achei que, sei lá... poderia fazer ele sequer me notar? Porque as vezes parece que ele é cego. E eu faço de tudo! -Reclamei, me deitando no sofá e pondo meus pés no colo dele.

–Ei, folgada! -Reclamou, rindo. -Mas... -Ele voltou ao seu costumeiro sorrisinho malicioso. -...Acho que já tenho algumas ideias.

Franzi a testa.

–Nada que acabe com a minha vida social, espero eu.

Ele riu.

–Vou tentar.

****

Até agora, já perdi a conta do quanto conversamos. Mas agora minhas pernas doíam de ficar sentada tempo demais. E não, não sou fresca. Então me levantei e perguntei formalmente:

–Aceitaria uma dança?

Ele arqueou uma sobrancelha.

–Com que música, posso saber?

Do nada, um Wizard Music 4 apareceu. Só com as minhas músicas prediletas.

–Uou, todas as músicas que amo estão aqui! -Exclamei.

Ele roubou o WM4 de mim. Depois, franziu a testa.

–Mas são minhas músicas prediletas.

Nos olhamos ao mesmo tempo.

–EU NÃO ACREDITO QUE GOSTA DE ONEREPUBLIC! -Gritei.

–SÓ CONHEÇO UMA MÚSICA, COUNTING STARS! -Gritou ele, de volta.

–EU TAMBÉM! -Respondi, já pulando.

Tirei os fones de ouvido e botei no máximo. Começamos a dançar.

Lately, i've been, i've been losing sleep,

Dreaming about the thinks we could be

But baby, i've been, i've been playing hard

Sitting no more counting dollars

Well'be couting stars, yeah, we'll be counting stars

(Dançando dramaticamente)

I see this life like swinging vine

Swing my hearth across the line

And my face is flashing sings

Seek it out and you shall find

(Dançando mais rápido e mais loucamente)

Oh, but i'am not that old

Young, but i'am not that bold

I don't think the world is sold

I'am just doing what we're told

(Começamos a cantar junto)

I feel something so rigth

Doing the wrong think

I feel something so wrong

Doing the rigth think

–Essa música já não combina com você, Mione! -Gritou Fred, já suado.

Ri, e gritei de volta.

–Tem certeza? -E voltamos a cantar.

I could lie, could lie, could lie

Everything that kills me makes me feel alive

–Sim, eu tenho certeza! -Gritou ele.

A essa altura estávamos os dois suados, os cabelos parecendo ninhos de ratos, vermelhos e morrendo de calor, mas continuávamos dançando e cantando.

Lately, i've been, i've been losing sleep

Dreaming about the thinks that we could be

Baby, 've been, i've been playing hard

Sitting no more counting dollars

We'll be counting stars, We'll be counting stars (2x)

Nessa hora, estávamos de costas um para o outro, e ao mesmo tempo nos viramos e acabamos caindo, ele em cima de mim.

–Clichê. -Murmurou ele.

Balancei a cabeça, confirmando.

–Clichê. -Soltei o ar.

E assim ficamos, até que eu corei e falei:

–Fred, an... acho que estão sentindo nossa falta, e tal...

Ele sorriu amarelo.

–An... desculpe. Vamos, eu te ajudo a levantar. -Ele se levantou e esticou a mão. A peguei e fiquei de pé.

O WM4 parou de tocar.

–Que lugar é esse? -Perguntei, notando pela primeira vez.

Ele franziu a testa.

–Ora, achei que sabia. É a Sala Precisa.


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Notas finais do capítulo

E ai? Agora, só sexta, gente!
*Malfeito Feito*