Pov. Sirius

~le conversa com consciência on

Eu não vou aguentar isso. Não vou. Ninguém aguentaria, imagina eu.

Bom, Sirius, está na hora de fazer um plano.

E eu não sei?

E tá fazendo o que parado ai, panaca?

Eu... *suspiro mental* ...é, acho que tem razão. Tá na hora de sair da zona de conforto.

E qual é o seu fantástico plano, gênio?

~le conversa com consciência off

–Sirius, podemos conversar? -Chamou Dumbledore, me arrancando de meus devaneios.

Olhei para ele, desconfiado. Não podia ser boa coisa. Pelo menos não de acordo com a expressão do bruxo á minha frente. Então simplesmente dei nos ombros e o segui enquanto ele me guiava pela minha própria casa.

Ele entrou em um quarto qualquer e cruzou os braços. Arqueei uma sobrancelha.

–Queria falar comigo, Dumbledore? -Perguntei.

–Sim. -Respondeu ele, calculista.

Comecei a imaginar se ele não teria descoberto do que falei para Lupin.

–E o que seria?

–Você conseguiu uma missão, Sirius.

Pov. Gina

O que fazer? O que eu ainda não tentei?

Mas é claro! Dei um tapa em minha própria testa. Eu tinha feito de tudo menos o óbvio. Ciúmes sempre, sempre, resolviam. Era só fazer ciúmes nele.

Mas ele é Harry Potter. Ele não vai cair nessa.

Talvez... dar em cima dele? Isso eu ainda não fiz.

Vai parecer desesperado.

Então... isso! Misturar os dois. Deixá-lo confuso e depois atraí-lo, como uma leoa faz. Ou ela só dá o bote? Não interessa. Plano feito, hora de pô-lo em prática.

Saí do dormitório, já havia passado do toque de recolher, mas Harry estava lá, lindo, com Hermione, mas apenas eles dois.

Mesmo sabendo que era insano e que Hermione era total e completamente apaixonada pelo meu irmão, fiquei morrendo de ciúmes.

Acorda Gina, quem tem de ficar com ciúmes é o Harry, sua lesada.

Mas, ainda assim, fiz questão de entrar na Sala Comunal dizendo bem alto:

–Boa noite, todos vocês!

Os dois levaram um susto. Hermione apertou os olhos para mim, e depois se tocou e começou a rir. Harry, pobrezinho, estava muito confuso. Hermione olhou para Harry, se controlando para não rir de novo e disse:

–Ginny, que tal se sentar aqui? Eu vou pegar umas anotações para o dever de casa, agora que terminei de falar com Harry, mas eu odiaria deixá-lo só. Se é que me entende. -Ela estava com um sorriso tão Weasley que tive de rir.

Continuando com a encenação, sentei onde ela tinha sentado, antes de se levantar, e respondi, séria:

–Mas é claro. Deixar Harry sozinho seria mesmo uma pena. Boa sorte com o dever de casa, Mionezinha!

Ela, antes de sair, se abaixou e falou, no nosso código:

–Código 214, Ginevra!

E saiu correndo, rindo, deixando nós dois sozinhos. Harry primeiro me olhou confuso, mas depois, maliciosamente, e eu é que não ia perder nessa guerra. Devolvi o olhar com a mesma intensidade, talvez maior. Se alguém nos visse, provavelmente pensaria que essa malícia toda já foi concreta, não que eu não queira. Ao contrário.

–Então... -Comecei, a minha voz tão diferente da minha que quase me assustou.

Ele arqueou a sobrancelha, nem um pouco menos malicioso.

–Então? -Perguntou ele, a voz também bem alterada.

–O que acha de irmos para o Três Vassouras na próxima ida a Hogsmeade? -Sugeri.

O sorriso de Harry aumentou.

–Combinado. -Disse ele.

Fase 1 - Completa.

–Bem... estou com sono... -Comentei.

–Vou ficar aqui mais um pouquinho. -Respondeu ele.

Me levantei e me inclinei na direção dele, e então sussurrei no ouvido dele, provocando arrepios por parte do garoto:

–Boa noite, Potter.

Então saí, sorrindo cruelmente, um sorriso total e completamente Weasley.

Eu ia subindo para o corredor, mas seguraram meu pulso. Era Harry, ele me puxou para perto e sussurrou de volta, não sem arrepios da minha parte:

–Boa noite, Weasley.

Mas, como eu já disse anteriormente, eu é que não ia perder essa guerra. Então dei um beijo delicado mas malicioso (Isso é possível produção?) na bochecha dele e sussurrei uma última coisa antes de subir para meu dormitório:

–Está brincando com fogo, meu caro Potter.

Me atirei na cama e Hermione me olhava com cara de: "Eu. Já. Estou. Sabendo." misturada com "Safadjenha!".

–Que foi, sua lesada? -Perguntei a ela, em meio a suspiros.

–Lesada? Eu? Bom, pelo menos não sou a safada que você representou lá embaixo.

Olhei para ela, os olhos arregalados.

–Você viu o que?

Ela riu.

–Tudo. Fiquei vigiando. E... Orelhas Extensíveis! Ouvi cada palavra, cada sussurro. "Está brincando com fogo, meu caro Potter." -Imitou ela.

Senti meu rosto esquentando.

–Bom, uma coisa é certa: Se continuarem assim, Cho Chang descerá pelo ralo. -Comentou Mione. Ela bocejou e disse: -Bem, eu vou dormir. Fique a noite acordada, pensando no Harry.

E se deitou.

–E você no Ronald, né? -Brinquei, também terminando de me deitar.

Mione se virou e me olhou com uma expressão triste.

–Na verdade, é meio difícil. Eu... eu disse para o Ronald que o amava e... saí correndo.

Arregalei os olhos ainda mais.

–Conte-me TUDO! -Exclamei.

Ela suspirou.

–Tem ideia de quantas vezes aquela criatura me fez chorar? Antes de eu dizer, ele ficava me imprensando pra eu dizer, não me deixava em paz... tão na cara, e ele não notou. Ai eu esfreguei na cara dele e saí correndo direto para a... -Ela se freou.

Arqueei uma sobrancelha.

–Foi-se para onde, Granger? -Perguntei.

Ela pareceu pensar.

–Para a Sala Precisa.

Me sentei na cama.

–Agora, Mione, dormir é a última coisa que vai fazer. Pode começar a se explicar.