Eu nem imaginava ser você. escrita por AgathadeLima


Capítulo 11
Mancada da vida.


Notas iniciais do capítulo

*Juro solenemente não fazer nada de bom*
Oizin vcs :3
Boa leitura, povo xeroso :3
Próximo cap. atualizo vcs e esse cap. vai ter a continuação do pov da Lizzie, um do Rony e um da Di-lua *0*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/489643/chapter/11

Pov. Lizzie

–HEIN? -Gritou alguém na minha frente.

Era Harry. Estava com a mesma edição do Profeta diário e parecia querer matar qualquer um que passasse pela frente. Do lado dele, Rony tentava consolar o amigo.

–Harry, veja pelo bom... -Tentou ele.

Harry fez uma careta indignada para o amigo.

–Que lado bom? Já me acham lunático, agora também sou um assassino, e você que que eu veja um lado bom nisso? - Exclamou, sem se importar com quem estivesse ouvindo.

Os murmúrios acusadores e alguns até mesmo confusos se seguiram.

Rony pareceu pensar. Finalmente, disse:

–Bem, tem um lado bom. Nem todo te acha lunático e bem menos gente vai te achar um assassino, porque tá na cara que isso é outra mentira armada pelo assistente da Skeeter. O tal do Cane Luca, que tá no lugar dela.

Harry revirou os olhos, comeu um bacon e puxou Rony, me tirando a visão engraçada dele comendo, as bochechas estourando. Fiquei quase decepcionada. Voltei para a matéria: Harry Potter poderá ter matado Cedrico Diggory?

"Cedrico Diggory, 17, era o único e justo campeão de Hogwarts no Torneio Tribruxo ano passado, mas surpreendentemente, de alguma forma Harry Potter, atualmente com 15 anos, conseguiu ilegalmente entrar no Torneio como segundo campeão da Escola de Magia e Bruxaria, que não se importou com o fato, contrariando os diretores de Beuxbatons e de Drumstrang, Madame Maxime e Iggor Karkarof, e seus campeões, Fleur Delacour, atualmente 18, e Victor Krum, também 18.

Os dois de Hogwarts tiveram as melhores pontuações nas duas primeiras provas, e foram os primeiros a entrar no labirinto na terceira. Depois de muito tempo, Fleur chamou ajuda e foi tirada do labirinto, seguida por Krum, que tinha marcas da Maldição Imperdoável Imperius, mas nenhum dos outros dois competidores foi considerado culpado.

Um longo tempo depois, Potter surge abraçado á Diggory, testemunhas afirmam que chorando falsamente, e acrescentam tê-lo visto rir. Obviamente, o menino que sobreviveu levou o troféu e o dinheiro, mesmo não precisando de nenhum dos dois, e alunos dizem que na época, o garoto sofria de ofensas graves de toda Hogwarts, que preferia Cedrico.

Será possível então que, como uma forma de vingança, Harry Potter possa ter matado seu colega no meio do Torneio? Para se defender, o Harry diz que foi Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, morto por ele próprio no lendário dia em que o Bruxo das Trevas caiu.

"Ele sempre foi traumatizado por ter perco os pais pelas mãos de Você-Sabe-Quem, mas nunca imaginei que pudesse usar a imagem do bruxo para cobrir um crime que ele cometeu." Diz Rita Skeeter, 34, ex-jornalista do Profeta Diário, que na época fez diversos artigos sobre o Torneio e os dramas de Potter.

A resposta ninguém sabe, mas acho, pessoalmente, que talvez Harry devesse ser mais observado, ou o queridinho de Dumbledore pode causar problemas para o diretor, para Hogwarts e até mesmo para o Ministério."

Harry já tinha saído do Salão há muito, mas os burburinhos apenas aumentavam de intensidade. Aquilo, aposto, junto com o drama dos Weasley, vai ser o assunto da semana, talvez do mês.

Suspirei. Se Harry está ferrado, Rony vai se envolver, e também vai se ferrar. As vezes eu queria que ele andasse com companhias melhores do que um louco traumatizado e uma rata de biblioteca superdesenvolvida. Seria tão mais fácil conseguir sua atenção.

****

Me joguei no primeiro sofá que consegui. Eu ainda não havia aberto a carta, e pretendia. Então a peguei. E abri. e caiu no meu colo um pacote e um papel fino que não me interessei, e olhei a carta. Dizia:

"Luz,(...)"

Imediatamente reconheci a caligrafia do meu pai e o apelido pela qual só ele me chamava.

"Luz,

Preste bem atenção no que vou contar, é importante. Sei que está ai muito pouco tempo, mas... acho que daqui a algumas semanas talvez tenha de ir embora.

Olha, não posso dizer mais muita coisa, estou com pressa, mas tenho tempo para pedir que confie e acredite em mim, Harry Potter nunca teve tanta certeza na vida. Ele voltou. E também tenho tempo para implorar, pela sua segurança, e para que possa se manter em Hogwarts, uma última coisa: Fique amiga de Harry Potter e dos amigos dele. Eles podem te proteger. Ah, e dê um jeito de se aproximar de Dumbledore.

E acho que tem o direito de saber: Sua tia, Amandes, morreu. Disseram que ela se engasgou com uma bebida, mas e sei: Ela foi assassinada. Tenha cuidado Luz, e faça o que pedi. Mais do que nunca, você pelo menos uma vez tem de me obedecer.

Eu te amo.

Papai."

Congelei, paralisada. Olhei para o papel fino, lentamente. O peguei e li:

"P.S. No pacote tem outra coisa que pode te ajudar."

Abri o pacote: Dentro tinha... tinha...

Pov. Rony

–Qual é o seu problema? -Perguntei para Mione.

Ela finalmente olhou para mim. De novo aquele olhar. Meu Merlin, que irritante.

–Eu não sei do que você está falando. -Respondeu ela.

Revirei os olhos.

–Você sabe. -Falei.

Ela franziu a testa, mas a expressão sofrida só piorou.

–Não, não sei. -Disse ela.

Fiquei com raiva. Ela está mentindo para mim agora?

–Sinceramente. -Comentei. -Não se faça de burra. Essa sua cara de quem perdeu alguém da família toda vez que passa o olhar por mim, o fato que está me ignorando e eu não consigo lembrar se fiz algo, ou de qualquer briga nossa. Só fala comigo se precisar desesperadamente, e ontem em vez de falar comigo me mandou uma coruja quando sabia onde eu estava, e eu estava do outro lado da Sala Comunal.

Ela franziu ainda mais a testa, se é que era possível. Ela abriu a boca e fechou milhares de vezes ainda sem conseguir uma resposta. Eu ri sem humor. Ela sequer sabia porque, então?

Finalmente, ela respirou fundo uma, duas, três vezes. E percebi que ela ia chorar. Grande novidade.

–É porque, seu grande idiota. -Soltou ela. -Eu te amo, sua cenoura ruiva. Sua anta. Seu cego. Porque eu te amo. Agora, antes você diga qualquer coisa estúpida sem pensar e me magoe de novo, eu vou me retirar. Aproveite o gostinho da verdade, Ronald.

E se foi, correndo.

Pov. Luna

Ah, certo. A ronda é agora. Respirei fundo e saí do meu quarto.

Draco não estava lá. Suspirei, aliviada. Quero passar o maior tempo possível sem olhar para aquela água oxigenada. Pelo menos o meu cabelo é naturalmente loiro.

Saí da Sala Comunal dos monitores e fui para o local onde Dumbledore indicou para começarmos cada ronda.

Os corredores, na escuridão, me lembraram dos primeiros dias depois da morte da minha mãe, quando eu ficava escondida de tudo e todos no meu quarto apenas com a enorme janela aberta e apreciava a vista para as estrelas. Mas é um pensamentamento triste, então saquei minha varinha e quando eu ia dizer o feitiço, alguém me abraçou por trás, me fazendo arfar de susto.

Uma risada galanteadora indicou que era Draco Malfoy, e eu senti nojo. Me soltei do abraço apertado e olhei, furiosa, para o sonserino, os braços cruzados.

–Como vai, Luninha? -Sussurrou ele.

Franzi ainda mais a testa.

–Você não tem o direito sequer de me chamar de Luna, imagina de criar apelidos. Para você, sou Lovegood, e só. -Respondi, falando baixo.

Ele riu de novo e disse:

–Estou magoado. Todos te chamam de Di-lua, mas eu não posso te chamar de nada, não é mesmo?

Fiz uma careta de nojo.

–Não é como se eu gostasse do apelido. Agora, se me der licença, vou fazer a minha obrigação, e você se vira. -Desprezei-o, e fui andando por Hogwarts.

Ouvi o som de alguém correndo e sussurrei "Lumos!", fazendo a ponta da minha varinha acender. Mas não havia ninguém. Olhei rapidamente para o lado e fui imprensada contra uma parede. Olhei para quem havia feito isso, e infelizmente, ali estava Draco Malfoy mais uma vez.

Revirei os olhos e tentei me soltar. Não consegui, ele é forte e segurava meus pulsos. Tentei mais uma vez. Nada. O sorriso do idiota ficou maior. Fiquei irritada e tentei de novo. Continuei presa. Ele então aproximou o rosto, e eu estava quase tentada a beijá-lo, mas ainda com certa repulsa. Então fiz o que me veio a mente.

Em minutos, Malfoy estava curvado sobre a barriga, fazendo careta de dor e segurando sua parte íntima, que eu tinha acabado de chutar. Lancei-lhe um olhar de ódio e continuei a ronda, deixando-o lá.

Certo, aquilo foi estranho.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então?
*Malfeito feito*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eu nem imaginava ser você." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.