Pov. Fred

–Fred! FRED! Espera, criatura, tenho de falar com você! -Gritou uma voz conhecida.

Me virei. Era Mione, que parou na minha frente, se apoiando no joelho, arfando. Franzi a testa, tentando não rir. Sem sucesso.

–O que foi? -Perguntei, rindo.

Ela me lançou um olhar Mamãe Weasley que me fez encolher.

–Eu preciso falar com você. -Disse, voltando a respirar normalmente.

–Jura? -Falei, irônico.

Ela revirou os olhos.

–Primeiro, tem de ser em particular então, procura uma sala vazia.

****

–Pode começar.-Falei.

–Abafiatto. -Murmurou ela, a varinha em punho.

Ela guardou a varinha e se virou para mim.

–Bem, é que... -Ela começou.

****

–Você sabe sobre a Sala Precisa á quatro dias e já quer espalhar para todo mundo? E aquela história de que vai ser um cantinho só nosso? -Eu disse, indignado.

Ela parecia nervosa. Os dedos não ficam imóveis, estavam sempre fazendo algo, ela olhava em volta e tinha uma expressão pedinte.

–É sério. Você aguenta a Umbridge? -Perguntou ela.

Fiz uma careta.

–Ninguém aguenta a Umbridge. -Respondi.

Ela fez uma cara que parecia dizer "E então?".

–Por isso mesmo quero criar esse grupo. Ela não deixa fazer magia, mas ninguém é obrigado a isso quando não está na aula dela. O único problema é o lugar, e a Sala Precisa parece ser o lugar perfeito. Por favor, Fred. -Concluiu ela, fazendo uma expressão suplicante.

Suspirei. É difícil resistir a essa carinha de Gato de Botas.

–Ainda acho que não é uma boa ideia. -Resisti.

Ela começou a fazer uma cara de quem está desconcertada. Ela demorou séculos para falar.

–Fred, por favor. Olha, não vai ser a mesma coisa. -Disse ela, finalmente.

Franzi a testa. Do que ela está falando?

–Não entendi. Como assim não vai ser a mesma coisa? -Perguntei.

Ela respirou fundo, talvez vendo uma oportunidade.

–Quando é o nosso canto, no que a sala de transforma?

Geralmente, é uma sala confortável com paredes da cor bege, uma lareira e um sofá, com uma mesa de centro e toda decorada rusticamente. Mas quando fomos dançar, a sala abriu espaço e parecia aquelas baladas trouxas que eu adoro ir.

–Eu vejo o que você vê. -Disse ela.

Nem tinha notado que tinha falado em vez de pensado.

–E o que tem a ver com a história toda? -Me perguntei.

–Bem, se você permitir e formos fazer o grupo, quando olharmos a sala, ela não será como nosso cantinho. Vai ser uma sala cheia de coisas onde poderemos testar os feitiços, vai parecer maior para caber todo mundo... não vai parecer nem um pouco nossa sala, Fred.

–Não vai ser a mesma coisa. -Murmurei.

Ela concordou com a cabeça.

Olhei dentro dos olhos castanhos dela e falei, por fim:

–Agora você tem um lugar. E, para a sua informação, estou dentro.

Pov. Lizzie

Meu plano de conquistar o Rony ainda não deu certo. Ou deu e ele só é tapado demais para perceber.

Mas ele é um tapado lindo.

Estávamos no café da manhã. Corujas voavam entregando o correio matinal. A minha, Névoa, pousou do lado do meu prato e estendeu a pata. Dei comida e peguei a carta e a edição do Profeta Diário.

Peguei o Profeta primeiro, enquanto Névoa ia embora para o Corujal.

Fui passando os olhos pelos títulos. Parei em um:

Poderá Harry Potter ter matado o lufano Cedrico Diggory?