A Garota do St. Agnes - SkyeWard Part II escrita por Jessyhmary


Capítulo 16
A Estranha Prisioneira


Notas iniciais do capítulo

Amores, estamos expandindo nosso universo para a Mitologia Nórdica, quem lê minhas fics, sempre vê algo do tipo de vez em quando e sabe que eu gosto de usar os personagens originais, aproveitando parte da história original, então, espero que curtam e pesquisem ou perguntem se tiverem dúvidas sobre alguém. :)

#BoaLeitura!



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– Tem certeza que esse é o único jeito, Fitz? – Jemma mostrava-se preocupada.

– É tudo que podemos fazer no momento.

– Nosso primeiro 0-8-4? Fury nunca deixaria tirarmos aquilo da Geladeira. – Ela continuava dificultando as coisas.

– Talvez eu consiga abrir uma exceção. Dois dos agentes que trabalham no regimento interno me devem um favor. Um dos grandes. – Coulson aparecia com uma solução.

– Quanto tempo ainda temos, Fitz? – May preparava-se para redirecionar a aeronave até a instalação mais perigosa da S.H.I.E.L.D.

– Cinco horas e contando. Precisamos de um raio puro de energia que seja capaz de... Como posso explicar...

– Alimentar a reprodução das células. O efeito é similar a aproximar um isqueiro de um combustível. Precisamos de algo que ligue a máquina, ou seja...

– Que crie a combustão. – Fitz-Simmons explicavam como funcionaria o teletransporte.

– Mudança de curso, S.H.I.E.L.D. 616, Com destino à Geladeira. Apertem os cintos, velocidade máxima é a nossa prioridade.



(...)



Loki me deixou sozinha naquela cela horrenda. Havia prometido a mim mesma que não iria chorar, mas o desespero começava a tomar conta de mim e eu não estava mais segurando. As lágrimas desciam quentes, num desespero fora do comum, chamando a atenção de outros prisioneiros que começaram a me olhar com desprezo e pena. Sentia-me a pior das criaturas e a mais burra de todas por ter deixado um ser tão desprezível me enganar daquela forma. Estava mergulhada em lamentos e lamúrias quando uma voz firme surgiu de algum lugar naquele inferno resplandecente.

– Lenço? – A mulher imponente entendeu-lhe uma caixa de veludo negro.

– Obrigada. – Peguei a caixinha e sentei-me de pernas cruzadas em frente àquela mulher que não aparentava ter mais do que trinta anos de idade. – Mas... Quem tem lenços de papel numa cela?

– É para eventos como este. E Loki nos castiga se sujarmos as celas. Ele diz que é sagrado ou algo assim.

– Ele é um psicopata... – Falei, enxugando o rosto que devia estar todo borrado do lápis.

– Aqui, próximo ao olho esquerdo. – Ela gesticulou, apontando onde a maquiagem estava borrada.

– Obrigada – Esbocei um sorriso.

– Como você se chama? – A mulher de cabelos negros perguntou-me enquanto escondia parte do rosto com o véu que discorria da manga esquerda do seu vestido.

– Skye.

– Hum... Skye? – Ela repetiu meu nome, treinando a sonoridade – De que reino você veio?

– Bem... Midgard eu presumo... Você é asgardiana?

– Oh, não, meu bem. – Ela sorriu, deixando escapar uma gota de desaforo – Eu sou natural de Jotunheim. Gigantes de gelo... Já ouviu falar?

– Sim, sim... Devo ter lido algo sobre eles. – Olhei em volta de sua cela e vi uma barreira de proteção extra. – Uou! Alguém aqui não quer que você fuja...

– Certamente não. – Ela sorriu enquanto tocava nas paredes que conferiam mais segurança à cela dela – Eles não te tratam muito bem quando você rouba o especto do sono da alma de alguém. Mas é o ciclo da vida. – Ela deu uma pausa para assistir minha admiração ao ouvir as palavras dela. – E você? Parece tão inofensiva... Por que te lançariam num calabouço como este?

– Loki. Ele me enganou.

– Sempre Loki. – Ela balançou a cabeça negativamente – Por culpa dele eu vim parar aqui. Ele me entregou a Odin. Ele é o maior trapaceiro dos nove reinos.

– É, acho que eu aprendi isso. Como eu fui estúpida!

– Não se culpe, querida. Todos somos estúpidos quando nos deixamos enganar pelas palavras venenosas dele. Principalmente no tocante à família. Foi assim que ele lhe iludiu, também?

– Sim. Ele... Se passou por meu pai. Contou-me a minha história... Uma falsa história no mínimo. Prometeu reunir-me à minha mãe e me separou da minha equipe.

– Equipe? Você pertencia a algum clã em Midgard?

– Bem, está mais para uma instituição. Nós protegemos as pessoas.

– Protegê-los de que?

– De qualquer coisa que seja uma ameaça para a segurança mundial. Impedimos que coisas erradas caiam nas mãos erradas. O resto é muito louco para explicar... Se bem que aqui, meu conceito de loucura já desceu duas casas.

– Sinto muito, Skye. Queria poder ajuda-la, mas não posso fazer nada presa aqui.

– Por que você roubou o es... Esp...

– O especto? – Ela me corrigia, segurando o riso.

– Isso!

– Por que é isso que eu faço. – Ela ergueu-se majestosamente e ficou de costas para mim, falando num tom de autoridade – Eu sou uma divindade, Skye. Rainha de Niflheim. Deusa da Morte. Tenho o poder de dar a vida e de tirá-la, com apenas um toque. Costumava cumprir bem a minha missão... Ou razoavelmente bem. Até que Loki me destronou! A sua própria filha!

Meus olhos se arregalaram e meu corpo recuou dois passos. A mulher continuava de costas e jogava os cabelos negros de um lado para outro, que agora pareciam ter vida própria.

– Odin e Thor sempre me desprezaram e eu os matei e os revivi algumas vezes. Digamos que eu sei escolher as minhas batalhas. Mas agora, Loki quer tirar tudo o que eu tenho, porque é isso que ele faz! Ele descarta tudo e todos que não fazem parte do seu plano monstruoso e doentio! Estão dizendo em Niflheim que ele criou uma sucessora para o Meu Reino! Uma sucessora para mim! Então, eu me disfarcei de prisioneira e vim verificar com meus próprios olhos.

Engoli em seco. Pelo que eu havia entendido minutos atrás, eu seria essa sucessora. Naquele momento, tudo que eu desejava era que Loki aparecesse a qualquer instante e me levasse dali.

– Eu não sou muito esportiva, Skye. Se fosse, não teria ganho o desprezo e o desamor de Asgard. Se alguém quiser tomar o meu trono, terá que passar por cima do meu cadáver. O que devo dizer, não será nada fácil.

– Ah... Bem... Eu nem tentaria, se fosse essa pessoa... – Gaguejava, praticamente me entregando.

– Ótimo. Eu odiaria ter que esmagar seu preciso rostinho logo após ver seu corpo frágil apodrecendo em ruínas... – Ela deu uma pausa, desprendendo lentamente o seu manto negro-esverdeado. – Eu não sou uma má pessoa, sabe? Só mal compreendida... Mas acho que sua postura sábia nos torna aliadas, Skye.

Ela deixou o manto cair e virou-se para mim, deixando transparecer sua verdadeira face, cheia de morte e destruição.

– Prazer, Skye... Eu sou Hela. Deusa da Morte.


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Notas finais do capítulo

O-ou... Acho que nossa Skye está em apuros...

Comentários e Sugestões são sempre bem-vindos! :)



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