A Garota do St. Agnes - SkyeWard Part II escrita por Jessyhmary


Capítulo 17
O Corredor Infinito


Notas iniciais do capítulo

Hello, agents! Vamos para mais um capítulo louco!! Estou amando esse rumo!! *_*

— Espero que curtam!

#BoaLeitura! :)



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– Cuidado, Ward! Isso é muito poderoso! – Fitz gritava com o agente de operações.

– Eu sei, eu sei! Isso nos rendeu uma bela discursão da primeira vez, lembra?

– Calma, vocês dois! Por favor! – Simmons já estava aguentando muita coisa com a Skye desaparecida, não queria mais stress – Vamos apenas colocar isso no carro, sim? May e Coulson estão nos esperando na saída.

Três horas e meia. Esse era o tempo que eles ainda tinham. Uma hora e meia até a Geladeira, mais uma hora e meia para voltar à Rússia. Isso dava três horas. Coulson e os outros apenas teriam duas horas para fazer a máquina de teletransporte funcionar novamente e quanto mais tempo se passava, mais fraca era a incidência das células Tesseract. Isso tinha que ser rápido e eficiente.

– Pronto. – Ward trancava o 0-8-4 na gaiola. – May...

– Deixa comigo.

Coulson levantou a rampa de carga e Fitz-Simmons se trancafiaram no laboratório, procurando entender tudo o quanto podiam sobre aquela nova descoberta do Tesseract em ação. A piloto correu até a cabine e preparou a aeronave para levantar voo. Ela era mesmo boa nisso.

– S.H.I.E.L.D. 616, curso determinado. Uma hora e meia até a Rússia. Apertem os cintos.

– Espero que isto dê certo. – Ward confessou, tomando o acento do co-piloto.

– Podemos dar um jeito nisso. – A asiática falou, sem desgrudar os olhos do manche, numa coordenação motora invejável – Skye é esperta. Vai saber se virar até que a encontremos.



(...)



– Se me dá licença... Skye – Ela pronunciou meu nome de forma estranha – Eu tenho uma certa usurpadora para devorar. – Ela deu uma pausa, saindo da sua cela e aparecendo dentro da minha. Meu coração parou – Foi um prazer.

Ela se curvou perante mim, deixando transparecer o manto sombrio esverdeado, numa postura reverente. Isso não combinava com ela de forma alguma. Bem se via pelo seu tom que ela não estava acostumada a servir, e sim ter um reino inteiro – De mortos, talvez – À seus pés. Seja lá o que Loki estivesse tramando, eu não queria ser parte disso. Muito menos uma parte como essa.

– O prazer foi meu. – Respondi tentando esconder a minha carruagem de medo e ela desapareceu pelos corredores, antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa.

Isso não era bom. Não era nada bom mesmo. Aquela mulher, ou deusa, ou enfim... Aquela Coisa estava à minha procura... Talvez até já soubesse que era eu, apenas quis guardar meu fim para um momento mais especial, maquiavelicamente planejado, pronta pra destroçar todos os meus ossos... E Loki simplesmente me abandonara naquele lugar... Se fosse tudo verdade... E eu fosse mesmo morrer pelas mãos da própria morte... Queria ao menos poder vê-la. Minha mãe. Loki não poderia me negar isso. Não depois de tudo isso... De ter me enganado e me separado da S.H.I.E.L.D... Ou... O que eu estou dizendo? Como se houvesse algum fio de bondade naquele ser estúpido...

– Sentiu minha falta, amor?

– Ah! Que raios! Você me assustou, seu...

– Shhh! Shhh! Calma, querida... Sinto muito, não quis assustá-la. Venho trazer-lhe boas notícias.

– Ótimo, porque eu não tenho boas notícias pra você.

– O que houve? Já conseguiu se meter em confusão aqui?

– Mais ou menos... Hela veio me visitar.

– Não! – Ele gritou, decepcionado, num tom sarcástico – Você tem que estragar a minha surpresa! Era exatamente essa boa notícia que eu iria mencionar... Ah, terei de pensar em outra coisa...

– O que?! – Corri até as grades da cela, tentando alcançar o pescoço daquele inútil – Você sabia que ela viria? Então você sabe que ela quase me...

– Relaxe um pouco, Hela! Você não sabe mesmo como tornar algo divertido...

– Divertido?! – Estava furiosa – Divertido pra você que estava na sua torre de Marfim, ou sabe-se lá onde vocês ficam aqui... O caso é que Hela, a Verdadeira Hela, em carne e osso... Tipo, literalmente osso, já que ela tinha metade do rosto totalmente esquelético... Enfim! Ela está louca com você! Caçando como uma loba aquela que está prometida ao seu trono... Você... Uou... Como pôde fazer isso com sua filha, que direito você tem de fazer isso com...

– Basta! – Ele gesticulou magicamente, me destrancando daquela cela resplandecente – Você não sabe calar a boca? Vocês humanos são... Repugnantes, desprezíveis... Como Thor conseguiu arriscar tudo para salvar a sua raça? Tolo! – Ele me segurou pelo braço e começou a encher o meu cabelo com pétalas negras – Mas não você, minha querida. Você é especial. Você é forte, destemida... Poderosa. Diferente de todos os mortais da sua preciosa Terra. E hoje nós vamos começar a sua transformação. Em breve, muito em breve, você será Hela. A minha linda e preciosa Hela. – Ele alisava meu rosto com o dorso da sua mão fria – Ninguém poderá conosco. Reinaremos eternamente, ao lado de Frigga, assim que você estiver pronta. Não há como impedir, querida. Você foi criada para isso desde o começo.

– Criada?! – Um arrepio percorreu a minha espinha, aquilo estava ficando no mínimo macabro – Como assim, criada?

– Vamos até Iduna agora. – Ele esvaziou a cesta de pétalas negras – Depois disso, eu lhe explicarei tudo. Sem truques agora.

Seguimos em silêncio por um longo corredor negro azulado. Tudo naquele lugar ou brilhava demais ou era enegrecido, dando um peso natural à atmosfera ambiente. Os adornos eram em sua maioria composto de anjos, estátuas meio distorcidas e alguns quadros com paisagens dos nove reinos. O decorador devia ser muito eclético para juntar tantos elementos em uma única parede. Estava apenas admirando a decoração imprevisível quando senti algo úmido escorrendo pelo meu cabelo, estava incomodando.

– Mas o que... – Minhas mãos vieram sujas de sangue – Loki! – Um piscar de olhos e ele havia desaparecido. Eu estava sozinha naquele corredor sem fim – Loki?! Loki! LOKI!!!

As pétalas se transformaram em sangue. Era a única explicação. Em questão de segundos, aquilo já havia se espalhado pelo meu corpo, minha jaqueta estava em vermelho, um vermelho muito negro por sinal e eu aproveitei para enrolar aquilo no meu cabelo. Não queria passar o dia ensanguentada com um sangue que eu não fazia ideia de onde vinha. Desgraçado.

– LOKI!!

Nem mesmo sinal dele. Havia metros e metros de parede e eu comecei a correr. Não estava pensando direito, era muita loucura para um dia só. Portas e mais portas se desdobravam e eu não sabia aonde ir. “Deveria entrar em alguma dessas?” “E se forem armadilhas?” “Minha mãe poderia estar em uma delas...” “Não, continue correndo, uma hora isso deve ter um fim.” Pensava comigo mesma, mas o desespero embaçava meu raciocínio. Decidi parar. Eu era uma agente da S.H.I.E.L.D, devia existir alguma coisa que eu pudesse fazer para sair daquela situação.

– Vamos lá! – Falava comigo mesma, agora em alto e bom tom – Pense, pense... Você é esperta, Hela! Respire fundo... – Fui interrompida pelo som da minha própria voz pronunciando aquilo – Hela? Eu me chamei de... Hela?! – AII!!! O QUE É ISSO?! MEU PULSO ESTÁ.... AAAAIII!! LOKI, O QUE... AAAAIIII!!

Meu pulso estava ardendo. Queimando por dentro, na verdade. Sentia como se tivesse sido injetada com litros de álcool puro e aquilo tivesse corroendo meus vasos sanguíneos. A dor era insuportável e eu comecei a perder a audição. Antes que pudesse gritar por ajuda, caí no chão, no meio do corredor, apertando o pulso direito numa tentativa de expulsar aquela dor desesperadora. A última coisa que vi antes dos meus olhos apagarem foi um líquido vermelho enegrecido brilhando nas minhas veias. Loki tinha feito algo comigo. Mas eu estava muito fraca para lutar contra aquilo no momento.

– Mãe... – Foi a última coisa que consegui sussurrar antes de desmaiar em frente à uma das mil portas daquele corredor infinito.



(...)



– Loki... O que você fez com ela?

A voz doce de Iduna parecia um fraco zumbido que gotejava fragilmente pela sala obscurecida. A presença de sua filha há poucos metros de seu leito de morte parecia um soro que trazia de volta a vida que fugia dela.

– Ela está à porta. Mas está diferente. Loki... O que você fez com ela? – A deusa da poesia perguntou novamente, não conseguindo ser rude. – Por favor.

– Chegou a hora. – Disse o deus da trapaça – Ela está pronta.


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Notas finais do capítulo

What hell was that?! O_O

— Comentários e sugestões são sempre bem-vindos! :)

#Itsallconnected #StandWithSHIELD



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