Anjos Caídos escrita por Heichou


Capítulo 10
Capitulo 10


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE CAPITULO DEZ tuts tuts tuts tuts TODOS CONVIDADOS PRA FESTA! C: C:
Caro Lucas, eu condeno o dia em que você nasceu RA-RA ~parey



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Mackenzie

Trevor deu um leve sorriso. Sentei-me ao seu lado. Colocou o braço no meu ombro e deitei minha cabeça no seu. Meu celular vibrou: uma mensagem. Era do Eduard. Trevor também leu a mensagem, mas eu não me importei. A mensagem dizia:

Preciso falar com você! Estarei aí em alguns segundos.”

E foi feito. Alguns segundos depois que eu guardei meu celular no bolso, Eduard apareceu. Ele estava ofegante e suado. Trevor tirou o braço do meu ombro e eu me ajeitei no banco.

– Diga – eu disse.

Ele respirou um pouco.

– Acabei de receber essa noticia. – ele pegou um papel muito dobrado do bolso do casaco. – A guerra começou antes do previsto.

Eduard me entregou o papel. Era uma página arrancada do jornal do Mundo Branco. A manchete dizia com letras grandes e chamativas “Guerra começa antes do tempo.” Em letras menores estava “Exército começa a guerra antes do tempo. ‘Só queríamos antecipar as coisas’ disse o Sargento Simon Bicalho ‘Aquele anjo branco vai ter os piores castigos’ completou. Ainda não divulgaram os nomes dos mortos. Estaremos esperando.”

Isso me deixou em desespero. Quer dizer que anjos, brancos e negros, morreram. Tudo por causa dessa guerra idiota, por causa de um anjo idiota, e por causa dessa rivalidade inútil entre o Mundo Branco e o Mundo Negro. Segurei-me para não surtar.

– Posso ver? – perguntou Trevor.

Entreguei o papel a ele. Não sei exatamente qual foi a expressão de Trevor: preocupação, raiva, medo? Não sei. Trevor me entregou o papel e saiu correndo em direção ao banheiro da loja.

– O que está acontecendo com ele? – perguntou Eduard.

– Longa história. – respondi.

– Espera ai, quem é ele? – apenas o encarei. – É o mortal. – concluiu.

– Pelo visto você aprendeu a ler minha mente. – ele riu. – E ele não é exatamente um mortal.

– Mackenzie sua idiota. – disse Eduard – Você sabe o que pode acontecer?

Levantei-me e o encarei nos olhos.

– Claro que eu sei. – falei calmamente. – Você sabe que eu não sou santa.

– Eu sei que você não é santa. – disse.

Empurrei-o.

– Bobo.

No mesmo instante Trevor apareceu. Ele estava mais pálido e parecia estar cansado de ficar vomitando o tempo todo.

– Está tudo bem Trevinho? –perguntei.

– Sim, está. – respondeu.

– Eduard, esse é Trevor. – os apresentei. – Trevor, esse é Eduard. – ambos se encararam.

– Err, oi. – disse Eduard, meio sem graça.

Trevor não respondeu. Apenas mexeu a cabeça. Eduard não fica muito a vontade ao lado de desconhecidos, imagina ao lado de um anjo negro. Trevor coçou a nuca.

– Preciso ir. – disse Eduard, por fim. – Te vejo mais tarde. – E sumiu.

– Ele também é anjo branco? – perguntou Trevor.

– Sim. – respondi. – Está com ciúmes? – dei um sorriso sarcástico.

– Não. – respondeu, mas eu duvidava.

Abracei-o e beijei sua bochecha.

– Não precisa ficar com ciúmes. – sussurrei. – Meu coração é só seu.

Ele me apertou um pouco. Senti-me confortável em seus braços, mais segura. Beijamos-nos até ficarmos sem ar. Olhei em seu rosto. Ele não estava bem, de novo.

– Trevor – eu disse –, você não está bem de novo.

Ele assentiu.

– Volte pra casa. – pedi. – Descanse um pouco. Vai ser melhor pra você.

Ele assentiu de novo.

– Tem certeza? – falou.

– Tenho. Depois a gente se vê, prometo. – disse.

– O.k.

Ele me deu um beijo e foi embora. Decidi ir pra casa também. Estava exausta. Tomei banho e coloquei uma roupa leve. Em cima da minha tinha um envelope verde. Peguei o envelope e o estudei. Ele tinha uma linha dourada no meio e não falava o remetente. Abri o envelope e tinha um papel dobrado dentro. Abri o papel e nele dizia:

“O pior ainda está por vim, Sturt. Prepare-se.”

Rasguei, amassei o papel e o envelope. Joguei no chão e deitei na cama. Fiquei observando o teto até dormir por completo.

Acordei com a cabeça latejando. Estava me sentindo tonta. Sentei-me na cama. Não estava conseguindo lembrar nada. Coloquei minha mão na cabeça, estava muito quente. Fui pra cozinha beber um copo d’água. Quando peguei o copo, alguém bateu na porta. Deixei o copo na pia e abri a porta. Um garoto alto, ruivo e com olhos castanhos estava do outro lado. Ele tinha sardas pelas bochechas e um olhar maníaco.

– Você está bem? – ele perguntou.

– Primeiro de tudo – falei -, quem é você?

Ele me olhou confuso, depois riu.

– Para de brincar, Mackenzie.

– Não estou brincando!

Ele ficou sério. Pôs a mão na minha testa.

– Não me toque, estranho. – falei tirando sua mão da minha testa.

– Eu não sou estranho. – retrucou. – Você não lembra nem do próprio nome.

– Então me lembre, Não-Estranho.

Ele suspirou.

– Seu nome é Mackenzie Sturt, tem dezesseis anos. Eu sou Eduard Tiski, e também tenho dezesseis anos. – ele fez uma pausa. – Lembrou?

– Não, mas valeu pela informação, hum... Eduard.


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Notas finais do capítulo

Eai, gostaram? Sim, a Mackenzie não lembra de nada HAHAHAHA. Esse é um dos castigos, só pra avisar.



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