A Saga de Ares - Santuário de Sangue escrita por Ítalo Santana


Capítulo 7
Capítulo 7 - A invasão. Deus ou demônio?


Notas iniciais do capítulo

Sempre que as forças do mal tentem dominar a terra, os lendários Cavaleiros de Atena surgem para protegê-la. Neste capitulo, acontece a invasão no santuário. Jabu lidera a defesa do Santuário. O banho de sangue começou.



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Capítulo 7 A invasão. Deus ou demônio?


Em algum lugar de Roma - Setembro de 2001

O pátio estava repleto de soldados. Da sacada de edifício, que parecia ser uma Catedral, avistava-se um vasto pátio oval repleto de soldados armados com escudos, lanças, espadas e vários outros tipos de armas.

— Como vão mover um exército desse porte para lá? — perguntou Anteros, que estava na sacada observando de cima toda aquela movimentação. Usava uma túnica negra que cobria todo o corpo e ombreiras negras.

— Isso não será obstáculo. — respondeu uma mulher que se aproximou da sacada. Tinha cabelos longos azul escuro e possuía olhos verde-esmeralda que se destacavam em uma pele pálida. Em sua mão direita ela trazia um bidente adornado com uma serpente.

— Éris, deusa da discórdia. — disse Anteros. 

— Espero que seu plano funcione, Anteros. Phobos e Deimos irritados é um perigo, imagine então o Senhor Ares.

— Não queira bancar a misericordiosa comigo agora. — Anteros encarou os soldados que estavam aguardando uma ordem para agir. — Não vou falhar.

Antes que Éris pudesse rebater, as pesadas portas no fundo da sacada se abriram e dois soldados, carregando lanças, passaram por elas e pararam, um de frente para o outro, e em seguida dois homens entraram. Phobos e Deimos. Phobos estava usando uma capa preta, ombreiras negras com detalhes azul marinho e uma onyx simples semelhante as dos soldados. Seu cabelo preto e sua pele branca, como a neve, fazia seus olhos azuis serem a primeira coisa a reparar ao olhar para ele. Deimos estava de peito nu, apenas tinha a cintura e as pernas cobertas por uma onyx negra com detalhes prateados. Ele trazia nas costas uma espada dentro de uma bainha. Cicatrizes eram visíveis em todo o seu corpo.

Onyx, assim são chamadas as vestimentas usadas pelos servos de Ares. São vestimentas negras forjadas com uma mistura do mineral Onyx, extraído do Tártaro e Oricalco.

Deimos e Phobos se aproximaram da sacada e os soldados se agitaram. Batiam as lanças no chão e faziam passos de marcha.

— Preste atenção, Phobos... — disse Deimos. Veja como é que se comanda um exército.

Phobos ignorou o comentário do irmão e permaneceu indiferente olhando para a multidão.

— Há duzentos anos atrás, o exército do Senhor da Guerra foi humilhado por Atena, mas chegou o momento do exército de Ares trazer a glória roubada! — anunciou Deimos, gritando para os berserkers. — Hoje vocês irão invadir o Santuário, derrubar as defesas de Atena e superar seus cavaleiros! Não se preocupem de qual patente o cavaleiro seja, apenas ataquem. Vão ao Santuário com sede de sangue. Sejam ferozes, descontrolados, com sede de agonia e morte. Não hesitem! Não pensem! Ignorem a dor! Vocês nasceram e foram treinados para servir no campo de batalha sangrento! O meu eterno exército que sempre se levanta dos mortos se for necessário para mais uma vez lutar por mim e pelo Senhor Ares!

Os soldados gritaram e levantaram as lanças, símbolo do exército de Ares.

— Hoje o exército do Terror trará de volta a honra que Atena nos roubou e selou! Vamos fazer o sangue dos inocentes pintar as belas colunas brancas do Santuário! Vamos fazer os cavaleiros clamarem por misericórdia! — Deimos desembainhou a espada que trazia nas costas e a ergueu. — Berserkers, por Ares!

— Por Ares! — gritou o exército.

O cosmo de Deimos se elevou e cobriu todo o seu exército.

— Éris, a deusa da discórdia, irá guiar vocês até lá! Vocês irão ficar sob os comandos dela. — Deimos olhou para Éris. — Ninguém melhor do que ela para tal tarefa.

Lanças bateram no chão, espadas bateram nos escudos e o exército vibrou. Era o orgulho de Deimos personificado em cada homem. Todos carregando dentro de si a mesma violência e sede por sangue do deus do Terror.

O cosmo de Deimos se expandiu e teletransportou o exército e Éris.

— ... —


Arredores Santuário de Atena – Grécia— Setembro de 2001

O espaço se distorceu e o exército de Deimos surgiu marchando. Éris estendeu uma das mãos dando a ordem para que parassem.

— Estamos a alguns metros do Santuário! — disse Éris, falando com os soldados. Eles estavam em uma planície rochosa que fica ao redor do Santuário. Ao longe, no fim da planície, um grande muro limitava o início do Santuário de Atena. O portão Norte. E em ambos os lados dos portões havia uma alta torre de vigilância. — Soldados rasos e cavaleiros de bronze estão guardando a entrada norte do Santuário, mas não temos com o que nos preocupar! Façam como Deimos ordenou, vão e mostrem a eles do que nós, o exército do Terror, somos capazes! Se Deimos confiou a vocês essa tarefa, é porque ele acredita em cada um de vocês. Agora vão e matem os Cavaleiros de Atena!

Os soldados gritaram e correram em direção ao Santuário. Eram centenas de soldados sem medo ou hesitação. Após ouvirem o quanto o deus deles confiava na capacidade de cada um, abraçaram esse voto de confiança e partiram para a batalha com o propósito de não envergonhar Deimos e Ares.

— A senhorita não vai com eles? — perguntou um rapaz, que permaneceu parado ao lado de Éris. Era um jovem de cabelo curto branco como a neve e olhos durados estreitos como se fosse uma coruja da neve observando sua presa. Ele estava trajando uma Onyx negra com grandes asas. — Vai observar tudo de longe? Isso não faz muito o seu tipo.

— Por enquanto vamos permanecer aqui. — respondeu Éris. — Apenas daremos apoio se for necessário. Fique de olhos atentos, Nyctea de Lechuza.

—...—


Portão Norte do Santuário - Grécia

— Não acredito nisso! — disse um soldado que estava em uma das torres do portão norte. — Aquilo é... Um batalhão?!

Ao longe, uma grande quantidade de homens trajando armaduras negras, lanças, escudos e espadas, estavam correndo em direção ao portão principal.

— Invasão! — gritou o soldado que estava na torre. Ele correu e tocou o sino com força, emitindo o sinal para que o Santuário se preparasse.

Os soldados que estavam ao redor do portão montando a guarda correram para o topo da muralha e avistaram uma massa negra que se movimentava.

— Emergência no portão principal! — gritou um soldado. 

— Formação de batalha! — gritou outro soldado. — Guardas, preparem as flechas! Outro grupo deve descer a muralha e ficar na linha de frente! Vão! Vão!

Centenas de soldados desceram da muralha através de cordas e ficaram em posição de defesa diante do portão principal, fazendo assim uma barreira de lanças e escudos para deter a invasão.

Não demorou muito para que os soldados invasores do exército de Deimos chegassem diante do grande portão, mas não houve diálogos. Os soldados berserkers já foram descendo a espada e apunhalando suas lanças no peito dos soldados de Atena.

Não tinha comparação. Os soldados de Atena não eram ágeis como os de Deimos. A cada dois berserkers que caia morto, dez soldados de Atena perdiam a cabeça ou eram partidos ao meio. O sangue jorrava como se fosse uma fonte inesgotável. Os berserkers agiam como bestas indomáveis manejando a espada e girando enquanto atacava um soldado após o outro. O chão passou a ser uma poça de sangue. Gritos, pedidos de ajuda, gemidos de agonia. Esse era o som que saia dos soldados de Atena. Os berserkers sorriam enquanto o sangue jorrava. Não se importavam com os cortes que levavam, membros que perdiam ou quando eram apunhalados. Eles ignoravam a dor e atacavam.

Um raio caiu no meio da batalha e uma onda de cosmo empurrou ambos os lados que lutavam. Todos pararam para observar o que seria aquilo. No local do raio, um homem estava agachado.

— Uma invasão?! Como ousam invadir o Santuário de Atena? Quanta falta de educação, pois nem ao menos se apresentaram. Onde está o líder de vocês? — disse o homem se levantando.

— Jabu? Senhor Jabu de Unicórnio! — disse o soldado ferido, apoiando seu braço que estava sangrando.

— Não comecem a lutar sem mim. — disse Jabu, que estava trajando a armadura de bronze de Unicórnio. — Fui ordenado a guardar esse portão junto com vocês. — Jabu olhou para os lados avaliando o local. Havia muito sangue derramado. Em pouco tempo soldados de ambos os exércitos morreram em grande número. Ele olhou para o exército de Deimos com olhos curiosos, observando. — Não vejo nenhum oponente poderoso. São todos simples soldados, mas... Esses soldados fizeram todo esse estrago? — pensou Jabu. — Quem são vocês? — perguntou ele aos soldados de Deimos.

— Berserkers! Somos soldados do exército do Terror, o exército do Senhor Deimos, o deus do Terror. Servimos ao deus Ares, o Senhor supremo da guerra. — respondeu um dos soldados berserkers. Ele estava coberto de sangue e repleto de feridas, mas respondeu à Jabu com um sorriso orgulhoso no rosto. É como se o fato de dizer que são das tropas do deus Ares fosse um motivo para se orgulhar.

Jabu arregalou os olhos.

Ares?! O deus da Guerra?! Então... Ares é o nosso próximo inimigo?! Droga! pensou Jabu, cerrando o punho. O santuário está defasado em defesa. Temos apenas dois Cavaleiros de Ouro nas 12 casas.

Jabu ficou impressionado, mas sabia que não poderia demonstrar isso aos seus inimigos. Ares é o deus da guerra. Divindade que age como a contra-parte de Atena

— Para o azar de vocês, eu cheguei. — disse Jabu, elevando o cosmo com um sorriso sarcástico. — Se arrependam por terem vindo até aqui. — Jabu correu em alta velocidade concentrando seu cosmo nos pés e saltou, disparando centenas de chutes contra os soldados enquanto passava por eles. — Galope relâmpago! — Era de fato um relâmpago cruzando o campo de batalha e derrubando os berserkers.

Dezenas de soldados caíram mortos, mas algo chamou a atenção de Jabu. Enquanto os soldados de Atena pareciam no mínimo lamentar pelos seus companheiros de batalha mortos, os berserkers não mostravam compaixão. Eles apenas deram mais alguns passos avançando, passando por cima dos corpos de outros berserkers mortos, completando o vazio que ficou onde os soldados caíram pelo golpe de Jabu.

— Não importa quantos caiam, sempre avançaremos. — respondeu um soldado berserker

— Que interessante! — disse um homem que estava em cima do portão. — Também somos assim, mas temos um pouco de compaixão e misericórdia pelos nossos companheiros.

Os soldados olharam para o homem.

— Eu sou Ban, cavaleiro de bronze de leão menor! — Ban saltou e desceu se posicionando ao lado de Jabu. Ele estava trajando a armadura de bronze de leão menor.

— Vocês são iguais a nós? Não mesmo. Vocês lamentam as perdas antes de avançarem. Esses sentimentos de vocês é o que causa a enorme quantidade de seus soldados e cavaleiros mortos. — disse um soldado de Ares sem emoção alguma em sua voz.

— Ban, eles são do exército de Ares. — comentou Jabu. — Sabe o que isso significa?

— Uma Guerra santa. — respondeu Ban. — Pensei que após a derrota de Hades não fossemos mais nos preocupar com isso.

— Anime-se Ban! — disse Jabu

Jabu sorriu e foi pra cima dos soldados de Ares. Ban e os demais soldados de Atena fizeram o mesmo. Agora com dois cavaleiros de bronze presentes, a batalha teria um rumo diferente.

—...—


Vilarejo de Rodorio - Grécia - Próximo ao Santuário de Atena

O Vilarejo de Rodorio é uma pequena vila que fica nos arredores do santuário. Muitos aspirantes a cavaleiros, humanos normais que servem ao Santuário e soldados vivem nesta vila. É dever do Santuário proteger os moradores do vilarejo.

— Que comece o espetáculo. — disse um homem encapuzado, coberto por um manto da cabeça aos pés. Ele estava parado no meio da rua principal do vilarejo. Ao lado dele estava outro homem encapuzado, mas em silêncio, apenas observando.

Dezenas de berserkers de Ares surgiram das sombras se materializando e invadiram o vilarejo levando pânico aos moradores. Gritos, choros e lamentações foi a sinfonia entoada pelos moradores. Vasos caindo, sangue jorrando e casas pegando fogo. Espada cortando a garganta dos idosos, mulheres sendo arrastadas pelo cabelo, crianças sendo chutadas, bebês sendo mortos sem hesitação. Era uma carnificina sem medidas. As pessoas tentavam desesperadamente fugir do vilarejo indo em todas as direções possíveis, seja pela floresta, para a cidade de Atenas ou para o Santuário, mas muitos morriam ou eram desmaiados na tentativa.

Um grito chamou a atenção de um dos encapuzados e ele entrou em uma casa se deparando com uma criança, aparentemente com sete anos de idade, chorando agarrada ao corpo da mãe que estava morta. A casa estava toda revirada e manchada com sangue.

Por que choras? — perguntou o homem encapuzado.

— Mataram a minha mãe. — respondeu a menina. As palavras estavam misturadas com choro e soluço.

— Dói, não é? Vocês são tão frágeis que uma simples pressão pode despedaçar vocês. Então por misericórdia, irei tirar a sua vida também. — O homem ergueu a mão e uma espada negra de cabo vermelho, surgiu.

Ele desceu a espada contra o pescoço da criança, mas a trajetória da espada foi interrompida por uma barreira de fogo que a protegeu.

— O que?! — disse o homem sem entender. Daquelas chamas brotava um cosmo calmo e poderoso, deixando-o com temor. Sua mão tremia e sua espada parecia ser empurrada contra a trajetória que estava para fazer. — Mas que garota é essa? — pensou ele.

— Por que o senhor está fazendo isso? — perguntou a menina olhando para o homem. Seus olhos repletos de lagrimas.

— Você está sofrendo e eu sou um deus. — disse ele, ainda confuso. — Não acha natural eu tirar seu sofrimento?

— O senhor é um deus? — perguntou a garota, um pouco incrédula. — E é o senhor o responsável pela morte da minha mãezinha?

— Sim. Sou um deus e também sou o responsável pela morte da sua mãe. — ele respondeu sem emoção, sem compaixão. Parecia não se importar com a dor da criança como dizia estar se importando.

— Então por que o Senhor fez isso? Minha mãe sempre me disse que os deuses eram bons e que o dever deles era nos proteger. Nós que somos tão frágeis. E nos guiar pelo bom caminho como a deusa Atena faz. Mas o Senhor tirou a vida da minha mãe. Isso por acaso é um castigo? Minha mãe e eu fizemos algo contra o Senhor? Desrespeitamos algum templo do Senhor?

— N-Não.

— Então por que tudo isso? Que deus é esse que mata pessoas inocentes como a minha mãe e as pessoas do vilarejo? Pessoas que nunca fizeram mal a ninguém. Muito menos ao Senhor.

— Garota... Sou um deus e minha vontade é absoluta. — disse ele friamente. — Não me questione.

A menina voltou a abraçar o corpo da mãe.

— Então me desculpe, mas o Senhor não é um deus. — ela virou o rosto e olhou para aquele homem que dizia ser um deus. — Você é um demônio!

Ele ficou sem reação ao ter uma leve impressão de ter visto chamas crepitando no fundo dos olhos da menina. Ele sentiu uma enorme necessidade em sair dali e então abaixou a espada hesitando e deu meia volta.

— Reconheço sua coragem em falar assim comigo, garota, mas não tenho tempo a perder. Não sei como você se protegeu de mim, mas mostrarei misericórdia e deixarei você viver.

— Não preciso da misericórdia de um demônio! — rebateu a menina.

O homem não respondeu. Apenas saiu da casa e foi de encontro ao outro encapuzado.

— Vamos para o Santuário. — disse ele. — Já peguei o que eu queria.

Ambos seguiram para o Santuário e alguns soldados os acompanharam.

— ... —


Portão Norte do Santuário Grécia

Um urro no meio do campo de batalha chamou a atenção dos guerreiros de Atena. No meio do exército de berserkers o chão rachou e explodiu. Da cratera saiu uma criatura enorme. Aparentemente um animal longo, com uma pele lisa, coberta por escamas, cabeça achatada, olhos dourados com uma pupila estreita e grandes presas. A criatura se arrastava com a barriga no chão levando tudo que encontrava pela frente.

— Uma serpente! — disse Ban, assustado.

— Exatamente! — confirmou um dos berserkers. — Essa serpente é apenas uma manifestação do espírito de luta do senhor Deimos.

— Uma criatura divina enviada por um deus! — disse Jabu

A serpente abriu a boca e mostrou as presas que estavam pingando veneno. A serpente era extremamente alta, chegando a ser mais alta que o muro que limitava a fronteira do Santuário no portão norte.

— Uma mordida e vocês já eram! — disse um dos soldados rindo. — Serão mortos pelo veneno que corrói até os ossos ou por serem engolidos?

— Ficaremos vivos e mataremos a serpente. — respondeu Ban.

Ban correu em direção a serpente, a qual já vinha em direção a ele com a boca aberta prestes a devorá-lo. A serpente deu um bote, mas Ban desviou.

— "Chama Flamejante de Leão Menor" — O punho de Ban se envolveu em chamas e ele lançou o golpe na forma de um turbilhão de fogo.

As chamas atingiram os berserkes mais próximos a Ban e a serpente, mas o golpe não surtiu efeito na besta sagrada de Deimos.  A serpente saiu das chamas e voltou a atacar. A cada vez que Ban desviava do golpe da criatura, a boca dela atingia o chão deixando crateras. Um raio de cosmo caiu na cabeça da serpente, era Jabu, mas de nada adiantou. A serpente apenas sacudiu a cabeça e lançou Jabu contra o grande muro.

Ban aplicou novamente o golpe, mas a serpente o acertou com o rabo e o lançou longe. O impacto fez o ar sair de seus pulmões. Ela seguiu em direção ao muro e se chocou contra ele, derrubando uma parte da muralha, abrindo assim uma passagem para os berserkers.

Jabu se levantou dos escombros e correu em direção à serpente elevando o cosmo.

— "Galope do Unicórnio"  O chute atingiu na lateral da serpente, mas ela apenas balançou. Nem se quer chegou a tombar. Ela virou em sua direção e passou a persegui-lo. A cauda da serpente arrastava tudo. Soldados de Atena, de Ares e escombros do muro.

A serpente deu mais uma investida em Jabu e ele desviou para o lado, mas acabou sendo golpeado na barriga pelo rabo da besta divina. Antes que ele viesse se chocar no chão, alguém apareceu e o apanhou nos braços, colocando-o no chão.

— Descanse. — disse ele. — Eu cuidarei disso.

— Tome cuidado, Ichi. — disse Jabu.

Ichi, o cavaleiro de bronze de Hidra, correu em direção à serpente. As garras venenosas de sua armadura brotaram em seus punhos e quando a serpente deu um bote Ichi desviou, fincando suas garras venenosas na pele da serpente. Ele rasgou uma parte da lateral da criatura graças ao veneno da armadura de Hidra, conseguindo assim ultrapassar a grossa escama.

— "Garras venenosas." Logo você ficará com algumas partes do seu imenso sistema nervoso paralisado. — disse Ichi debochando da serpente. — Que engraçado, não é? Uma serpente divina sendo morta por um cavaleiro que representa a divina Hidra da mitologia.

A serpente ficou mais furiosa do que desnorteada e então voltou a atacá-lo. Ichi desviava e aplicava vários golpes com suas garras, deixando a serpente ferida, mas Ichi estava começando a ficar cansado e a serpente ainda parecia se mover mais do que ele esperava.

— Vamos dar um fim nisso. — Ichi elevou o cosmo e movimentou as mãos de acordo com as estrelas de sua constelação. — "Invocação de Hidra".

Diversas serpentes se formaram do cosmo de Ichi e se uniram, formando assim uma imensa Hidra de cosmo. Da boca de cada Hidra foi disparado uma rajada de cosmo em direção à serpente de Deimos. A besta, que já estava ensanguentada e paralisada por causa das presas venenosas, foi atingida pelo golpe e desabou no chão causando um forte tremor.

— Esse é o espírito de batalha do deus de vocês?! É patético! — zombou Ichi.

Os soldados de Atena gritaram em comemoração, mas os de Ares permaneceram calados. Sem expressão.

— "Patético" é?! — disse uma voz vindo do céu. — Será castigado pela sua falta de respeito para com um deus, humano imundo.

—...—


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Notas finais do capítulo

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Próximo capítulo: Um inimigo apareceu no portão norte do Santuário e cabe aos cavaleiros de bronze detê-lo. As doze casas foram invadidas e o terror começou a dançar nas ruínas do Santuário. Um antigo cavaleiro perde a vida.

Capítulo 8 - Lagrimas de Hidra e o olhar de Nyx. Adeus aquário.

P.s: me perdoem pela demora para postar este capitulo. Sinto uma pequena dificuldade em descrever cenas como um grande campo de batalha.


Agradecimentos: Queria agradecer a todos vocês que vem acompanhando cada capitulo. Agradeço a você também que começou hoje, mas que já está ansioso pelo próximo capítulo. Agradeço a você que comenta com sua opinião, criticas e sugestões. Isso me ajuda muito e estou de mente aberta para entender a cada leitor meu.
Abraços.



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