A Saga de Ares - Santuário de Sangue escrita por Ítalo Santana


Capítulo 8
Capítulo 8 - Lagrimas de Hidra e o olhar de Nyx.


Notas iniciais do capítulo

Um inimigo apareceu no portão norte do Santuário e cabe aos cavaleiros de bronze detê-lo. O santuário foi invadido e o terror começou a dançar nas ruínas do Santuário. Um antigo cavaleiro perde a vida.



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Capítulo 8  Lagrimas de Hidra e o olhar de Nyx


Arredores do Santuário

— O que você está vendo, Nyctea? — perguntou Eris, para o berserker que lhe acompanhava.

Nyctea olhou para o portão norte e mesmo estando a mais de quinhentos metros de distância, para ele era como se estivesse a menos de dois metros do portão.

— A serpente do Senhor Deimos apareceu para auxiliar os soldados contra os cavaleiros. Dois cavaleiros de bronze estão no chão, mas tem um lutando contra a serpente e parece que de alguma forma está levando vantagem. A criatura destruiu o muro, mas os nossos soldados não conseguem passar.

— O que está impedido?

— Algo como uma... barreira. É como se uma barreira invisível estivesse impedindo a passagem deles.

Éris estreitou os olhos pensativa e abriu uma carta que estava em sua mão.

— Anteros não anotou nada sobre uma barreira no Santuário.

— O que a senhorita acha que devemos fazer?

Um estrondo seguido por um rápido tremor de terra chamou a atenção de Éris, que olhou em direção ao Santuário. Antes que ela perguntasse o que estava acontecendo, Nyctea adiantou a explicação.

— A serpente caiu. Ela está mais lenta e parece estar gravemente ferida.

Éris sorriu.

— Interessante. Vá até lá e acabe com isso. A serpente não vai durar muito e precisamos invadir o Santuário antes do pôr do sol.

— Sim senhora. — respondeu o berserker, abrindo as asas da sua onyx e com um impulso voou em direção ao portão norte.

—...—


Portão Norte do Santuário – Grécia

— Vamos dar um fim nisso. — Ichi elevou o cosmo e movimentou as mãos de acordo com as estrelas de sua constelação. — "Invocação de Hidras".

Dezenas de serpentes se formaram a partir do cosmo de Ichi formando uma gigantesca Hidra. Da boca de cada serpente foi disparado uma poderosa rajada de cosmo. O golpe cruzou o campo indo em direção à serpente de Deimos, a qual estava ensanguentada e paralisada por causa das presas venenosas de Ichida, e golpeou a criatura transpassando seu imenso corpo. A besta desabou em seguida no chão provocando um forte estrondo.

— Esse é o espírito de batalha do deus de vocês?! É patético. — Zombou Ichi.

Os soldados de Atena gritaram em comemoração, mas os de Ares permaneceram calados. Sem expressão.

— "Patético" é? — disse uma voz vindo do céu. — Será castigado pela sua falta de respeito para com um deus, humano imundo.

Ichi e os demais olharam para os lados procurando de onde vinha a voz. Quando olharam para cima viram um jovem trajando uma onyx negra descendo com leveza e aterrissando com suavidade, sem ao menos levantar poeira. Ele desceu ao lado da cabeça da serpente, agora morta, e pós a mão alisando-a como se fosse seu animal de estimação.

— Derrotou a serpente divina do Senhor Deimos sozinho?! Quem diria que entre os cavaleiros de bronze teria alguém com tal capacidade. Parece que não é apenas Seiya e os outros quatro que se destacam entre os de bronze. Mas vejo que você é um veterano, certamente é da geração de Seiya, então me responda Cavaleiro de Bronze de Hidra... Quantos anos se passaram para você chegar a esse nível? — disse Nyctea, zombando.

Ichi serrou o punho.

— Quem é você? — perguntou Ban.

— Sou Nyctea de Lechuza, berserker do exército do Terror. Um subordinado do deus Deimos. — respondeu ele friamente. Nyctea estalou os dedos e a serpente se desintegrou, virando cinzas. — Sou o carrasco de vocês.

— Então seu mestre enviou você para fazer o trabalho? — disse Jabu.

— É decepcionante eu ter que vir até aqui para dar cabo de vocês. Um bando de ratos — ele ergueu as mãos e várias esferas negras surgiram. — Cavaleiros de bronze não são rivais para mim. Chamem os Cavaleiros de Prata, ou melhor... Chamem os Cavaleiros de Ouro! Vocês contra mim não vão durar um minuto! Desapareçam!

As esferas foram em direção aos cavaleiros de bronze, mas Jabu correu e pulou na frente dos outros dois. A explosão do golpe lançou Ban e Ichi para longe, mas sem ferimentos. Uma grande neblina de poeira cobriu a área, mas Nyctea permaneceu imóvel. Quando a poeira cessou, lá estava ele, Jabu, em pé com as mãos estendidas para frente sustentando uma barreira alaranjada diante dele.

 “Barreira de Tempestris.”  disse Jabu. Aparentemente a barreira protegeu todos os outros do golpe de Nyctea, mas custou muito da energia de Jabu que acabou cedendo ao cansaço e caiu exausto.

— Barreira de Tempestris? — disse o berserker olhando com desprezo para Jabu. — A barreira baseada na brilhante estrela da constelação de Unicórnio?! Do que adianta usar um golpe como esse para depois ceder de exaustão? A sua estrela brilhou pela última vez, Cavaleiro de Unicórnio. Apagarei de uma vez por todas esse brilho.

Um uivo ecoou e em seguia uma rajada de cosmo uivante veio em direção a Nyctea. O berserker sorriu e se moveu lentamente para o lado, desviando do golpe. Um cavaleiro trajando uma armadura de bronze se aproximou de Jabu e o levantou.

— Adianta. É claro que adianta. Isso é o que um amigo faz pelo outro. O esforço de Jabu salvou a vida de Ichi e Ban. — disse Nachi de lobo. — Desculpa pela demora, pessoal.

— Invasores no portal principal. Pensei que fosse mentira. — disse um homem alto, se aproximando. Ele tinha mais de dois metros de altura e também estava trajando uma armadura de bronze. — Vamos dar um fim nisso.

— Geki! — disse Ban.

Nyctea estreitou os olhos.

— Cavaleiros de Urso e lobo... São cavaleiros de bronze como eles, não são? — perguntou Nyctea, sorrindo e olhando com repudio para os outros cavaleiros. — Que piada. Já disse para chamarem os Cavaleiros de Ouro. Vocês não são incômodos para mim.

— Nem mostramos do que somos capazes e já está nos chamando de incompetentes. — disse Geki, estralando os dedos e elevando o cosmo. — Não tem necessidade de incomodarmos os Cavaleiros de Ouro.

Nachi deitou Jabu no chão e foi para o lado de Geki.

— Vamos mostrar a força dos cavaleiros de bronze.

— Vou quebrar todos os seus ossos! — Geki concentrou seu cosmo no punho direito e atacou. — "Grande Punho!"

Nyctea sorriu e levantou um dedo, parando o golpe de Geki.

— Ora, ora, ora... Devo concordar que seu golpe é bastante poderoso... Para matar insetos. Achou mesmo que isso seria suficiente para me vencer ou talvez... Me ferir? — O cosmo de Geki, que se concentrava na ponta do dedo de Nyctea, passou a girar como se estivesse se transformando em um ciclone e em seguida explodiu contra Geki com uma potência duas vezes maior. O golpe o acertou em cheio e o arremessou contra o muro, causando danos na armadura de bronze de urso e deixando Geki ferido. — Não fique se gabando achando que é capaz de lutar comigo. Existe uma grande diferença entre nossos poderes.

Nyctea achou que nenhum deles iria ficar em seu caminho, mas Nachi se posicionou na sua frente em posição de ataque

— Levantem-se! Seiya e os outros são chamados de lendários porque nunca aceitaram permanecer no chão. Independente do quanto o oponente fique se orgulhando de seu poder.

Com as palavras de Nachi, Ichi, Ban e Geki se levantaram. Estavam feridos e com suas armaduras danificadas, mas reuniram forças para se levantar mais uma vez

— Uive meu cosmo! — disse Nachi, elevando o cosmo e o concentrando em sua mão. O cosmo emitia um uivo que aumentava na medida em que a energia crescia. — “Uivo do lobo”.

Nachi disparou uma rajada de cosmo que tomou a forma de um lobo cinzento. Primeiramente uma sequência de ondas sonoras foram disparadas, emitindo um uivo ensurdecedor. Nyctea, que parecia despreocupado com o ataque, levou rapidamente às mãos até os ouvidos tapando-os desesperadamente. Os seus sentidos eram bastante apurados e por isso as ondas sonoras causavam a ele uma dor intensa. Porém, o uivo não só atinge o sentido da audição, mas também atinge o sistema nervoso, causando uma rápida paralisação. Esse efeito fez com que Nyctea ficasse rapidamente paralisado, mas tempo o suficiente para que o golpe disparado por Nachi acertasse ele em cheio.

O berserker foi arremessado, mas ainda no ar ele abriu as asas e planou. Em seguida desceu suavemente, mas com o cosmo elevado. Ao encostar a ponta do pé no solo, uma onda de ar poderosa varreu o campo de batalha arremessando todos contra o grande muro. O impacto no muro fez com que eles cuspissem sangue e danificou ainda mais as armaduras de bronze

— Tudo isso... com apenas um simples impulso?! — disse Geki, impressionado.

— Ele é muito poderoso... — disse Nachi, cuspindo sangue.

Os olhos dourados de Nyctea estavam brilhando intensamente. Ele estalou os dedos e várias esferas negras surgiram flutuando no campo de batalha.

— Cometi o erro de subestimar você, Cavaleiro de Lobo, mas não vou cometer o mesmo erro novamente. — Nyctea ergueu as mãos e elevou o cosmo. — Eu sou um berserker. Um dos inimigos mais temidos do Santuário. Acham que eu vou morrer para Cavaleiros de Bronze? Possuem cosmos promissores, mas ainda são fracos. São a escória do Santuário. Desapareçam! “Esfera das trevas!”

As esferas foram em direção aos cavaleiros de bronze, mas círculos negros sugiram diante de cada um, interceptando o golpe que explodiu ao colidir com as barreiras. Um pouco surpreso, Nyceta olhou para o muro e viu um homem parado observando a batalha.

— Foi você não foi? — perguntou o berserker ao homem.

O homem saltou do muro e aterrissou no chão.

— Sou Johan, o Cavaleiro de prata da constelação de Corvo.

— Cavaleiro de prata? — o berserker enrugou a testa. — Impossível. Todos os cavaleiros de prata estão no portão sul. 

— Para um inimigo do Santuário, você parece estar bem informado sobre os planos de defesa do próprio Santuário. — disse Johan. Ele era um jovem alto e magro, olhos roxos, cabelos longos e ondulados com uma tonalidade de verde lodo escuro.

— Talvez um pouco mais que você. — rebateu Nyctea, com um sorriso irônico, e as esferas voltaram a surgir ao seu redor. — Existe traidores no Santuário, meu rapaz. Você nem imagina. — as esfera negras se agitaram e foram disparadas contra Johan — Seja devorado pelas trevas! 

Johan ergueu os braços elevando o cosmo e um vento violento cercou seu corpo. Os golpes de Nyctea foram absorvidos pelo vento forte e se acumulou na palma de mão de Johan. Com um pouco de esforço, Johan repeliu o golpe contra Nyctea.

— Vento Neutralizador.  Disparou Johan

Nyctea estendeu as mãos para parar o golpe, mas ainda assim foi arrastado por alguns metros.

— Eu não estava presente no momento em que o Grande Mestre reuniu os cavaleiros de prata e deu a eles a ordem de protegerem apenas o portão sul. — explicou Johan. — Sendo assim, eu vindo até aqui não é uma desobediência. Afinal, eu não recebi ordens nenhuma. Sobre a ida dos demais para o Portão Sul, achei estranho, mas são ordens do Grande Mestre e eles tiveram que obedecer. Não eu.

— Entendi. Vejo que, ao contrário dos outros ratos, você é poderoso. Mesmo sendo um Cavaleiro de Prata, sinto que seu cosmo está acima da sua patente. Então vou ter que lutar com a mesma intensidade que você. Prepare-se Corvo!!

Nyctea uniu as mãos, mas ao separá-las uma esfera negra se formou e estourou como se fosse tinta na água. Todo ar ficou negro.

— Invocação das trevas. Brilho de Nyx! — O campo ficou mergulhado em trevas e a pupila dos cavaleiros e soldados começaram a dilatar a fim de captar o máximo possível a luz do ambiente, mas nenhuma luz sobrevivia aquela escuridão. Era como se as trevas fossem impenetráveis até mesmo pela luz do sol. — Ao contrário de vocês que não enxergam no meio dessas densas trevas, meus olhos são como os de uma coruja, e assim vejo cada um de vocês claramente.

— Desgraçado! Vai apelar para um golpe covarde. — disse Ban.

— Posso parecer covarde para você, já que é você quem vai sair prejudicado. — Rebateu Nyctea.

— Vamos elevar os nossos cosmos e dissipar essas trevas. — disse Ichi.

— Não adianta. — disse Johan, calmamente. Os cavaleiros de bronze não sabiam onde ele estava, mas a sua voz permanecia firme. — Essas trevas é uma invocação. Um poder invocado de uma divindade. Ele invocou essas trevas da própria Nyx, dama primordial da noite. Pelo menos uma fração da escuridão dela. Uma das deusas que tem como símbolo a coruja.

— Quer dizer que estamos de fato vulneráveis a ele? — perguntou Geki, mas Johan não respondeu.

— Claro que estão. São como ratos encurralados. Atrás de vocês existe uma enorme muralha e logo a frente existe uma Coruja pronta para devorá-los. Não tem para onde fugirem! Caiam mortos! — No meio de toda aquela escuridão, um olho gigante surgiu. Um olho dourado igual ao de Nyctea. — Olhar de Nyx!

O olho dourado brilhou e disparou um raio. No meio de todo aquele brilho, todos ficaram visíveis. O golpe foi lançado diretamente para Johan, mas algo interrompeu o golpe e depois desabou no chão. As trevas voltaram a cobrir todo o local.

— Imbecil. — disse o berserker, com tom de desdém. — Poderia ter deixado Johan morrer, mas não, preferiu se jogar na frente do meu golpe.

— Do que você está falando, Nyctea? — perguntou Nachi.

O berserker deu duas tapas na palma de mão e ao fazer isso as trevas abriram espaço, formando um círculo de trevas, cercando-os como se fosse um paredão. Johan estava em pé encarando Nyctea e entre eles estava Ichi, caído no meio de uma poça de sangue. Todos correram para ficar junto dele, exceto Johan e Nyctea que continuaram se encarando.

— Cavaleiro idiota. — disse o berserker.

— Eu não sou idiota, Nyctea. — disse Ichi se levantando. Sangue escorria de um ferimento na cabeça. Sua armadura estava totalmente destruída e havia um buraco no meio do seu peito. Cortes profundos também eram visíveis espalhados pelo seu corpo. — Não me importo em dar a vida por um companheiro... Porque se um não pode vencer, no mínimo deve servir de escudo para que o mais forte vença. Sei que não estou no seu nível, no nível de Johan ou dos outros lendários... Mas sou um cavaleiro. Nós, cavaleiros de bronze, somos cavaleiros da mesma forma que eles. Independente da patente ou do tamanho do cosmo. Também passamos por duros treinamentos até chegarmos aqui. Portanto, não venha nos desmerecendo ou nos comparando com Seiya e os demais lendários. Sou Ichi de Hidra e não me envergonho disso. Sei que não vou sobreviver aos ferimentos, mas antes de morrer darei meu último golpe. Um golpe que vai mostrar o quanto qualquer cavaleiro pode evoluir, basta querer.

Ban segurou no braço de Ichi

— Não fale besteiras Ichi. Você não precisa provar nada para ele, muito menos se suicidar.

— Ban, aprenda, não pode interferir na decisão de um homem quando este está decidido a morrer. — ele sorriu para o amigo e elevou o cosmo. Ban se afastou e abaixou a cabeça. Geki e Nachi fizeram o mesmo em respeito. — Posso ser o cavaleiro mais ridículo entre os oitenta e oito combatentes, mas ainda assim sou e sempre serei um Cavaleiro. Um Cavaleiro de Atena. Um homem escolhido pela armadura de Hidra para proteger a Terra e a humanidade. Se a armadura confiou em mim, tenho a obrigação de corresponder. Não importa o quanto me chamem de inútil, pois para a minha armadura eu tenho utilidade.

— Lindo discurso, Hidra. — Zombou Nyctea. — Mas se quer tanto assim morrer, farei como deseja. O cosmo de um homem quase morto não pode me atingir. Se em vida você não conseguiu, o que te faz pensar que na beira da morte conseguirá?

Esferas negras apareceram novamente.

— Não quero morrer... — disse Ichi com lagrimas nos olhos. — Realmente eu não quero. Mas sei que vou, então não vejo problemas em gastar todas as minhas forças no último golpe.

 Esferas das trevas!

 Invocação de Hidra!  o cosmo de Ichi deu forma a uma enorme Hidra e da boca de cada cabeça foram disparadas rajadas de energia que se uniram durante o percurso, formando um poderoso disparo.

Nyctea estendeu as mãos para parar o golpe, mas algo o surpreendeu. O golpe de Ichi foi disparado com um nível diferente. Um nível que superava o poder de um Cavaleiro de Prata, um poder próximo ao de um Cavaleiro de Ouro. No último momento de vida ele conseguiu elevar o cosmo próximo ao sétimo sentido. A defesa do berserker foi rompida e ele foi golpeado em cheio, sendo arremessado violentamente até cair rasgando o solo.

Apesar do berserker ter sido golpeado, a técnica “Esferas das Trevas”, anteriormente lançada, seguiu seu percurso e atingiu Ichi, descarregando sobre ele uma poderosa energia cósmica. O cavaleiro de bronze foi bombardeado e lançado para o alto, caindo bastante ferido. Com bastante esforço Ichi tentou se levantar, olhou para os seus amigos e sorriu. Uma lagrima escorreu de seus olhos e enfim ele desabou sem vida. Ban, Geki e Nachi arregalaram os olhos e não conterem o desespero. Correram até o amigo, mas era tarde demais.

Johan permaneceu onde estava. Não interceptou nenhuma atitude de Nyctea ou de Ichi. Apenas observou. As trevas de Nyctea voltaram a cobrir todo o campo como se fosse uma nevoa. Isso era sinal de que Nyctea ainda estava vivo.

—...—


Salão do Grande Mestre – Santuário

— A invasão mal começou e um cosmo já se apagou. — Comentou Tourmaline. Ela estava sentada no braço do trono do Grande Mestre. — Ichi de Hidra está morto.

— Logo outros cosmos também irão se apagar. — disse o Grande Mestre. — Isso é uma guerra.

— Silencio. — alertou Tourmaline. — Sinto que Atena está se aproximando.

Tourmaline se posicionou em pé ao lado do trono, no mesmo instante em que Atena entrou no salão, vindo de seu templo, atravessando as cortinas vermelhas que ficam por trás do trono. Plavin de pavão a acompanhava.

— Um cosmo explodiu e se extinguiu. — comentou Atena, lamentando. — O como de Ichi desapareceu.  

— Estamos em uma guerra santa, Atena. É normal que isso aconteça. — disse o Grande, se levantando do trono e dando lugar para a deusa. — Como desconfiávamos, o nosso inimigo é Ares, mas até então apenas soldados e um berserker vieram ao Santuário.

Atena apertou o báculo com força.

— E os cavaleiros? — perguntou Atena.

— Cada um em seu devido lugar. Em pontos estratégicos para proteger o Santuário e você. — respondeu o Grande Mestre.

— Ergui uma barreira que vai impedir o avanço dos soldados.

— Uma barreira? — perguntou Tourmaline, surpresa.

Tourmaline olhou para o Grande Mestre, mas não achou resposta. O Grande Mestre, mesmo tendo sua face escondida pela máscara e pelo elmo, devia estar com uma expressão de surpresa também.

— Não me falou nada a respeito de uma barreira, Atena. — comentou o Grande Mestre.

— Achei conveniente uma defesa a mais diante da atual situação — rebateu a deusa. — Espero que isso ajude os cavaleiros.

—...—


Casa de Sagitário – Doze casas.

— Uma grande quantidade de soldados inimigos foi de encontro com o portão norte, justo o mais desprotegido. Mesmo assim não posso sair das doze casas. O que o Grande Mestre acha que está fazendo?! — disse Seiya, conversando sozinho enquanto observava a confusão no Santuário. Seiya estava trajando a armadura de ouro de Sagitário e segurava nas mãos o arco e a flecha dourada.

— Querendo garantir a proteção de Atena... — respondeu um homem saindo das sombras dos pilares da casa de sagitário. — Eu acho. 

— Hyoga?!

Hyoga estava trajando a armadura de aquário e uma imponente capa branca. Seus cabelos estavam um pouco maior e ele deixou o cavanhaque crescer.

— Você saiu da casa de aquário... por quê?

— Lembra que eu te falei quem seria provavelmente o inimigo de Atena? Bem, eu estava certo. Ares é o deus nessa guerra santa. — disse Hyoga.

— Ares?! — Seiya ficou espantado. — Mas são os cavaleiros de bronze que estão no portão norte para impedir o avanço dos soldados de Ares.

— Berserkers. É assim que são chamados. Não desmereço os cavaleiros de bronze, mas os berserkers são inimigos poderosos.

— Você está indo para lá?

— Sim, mas não para enfrentar eles. Eu tenho outra missão. — respondeu Hyoga friamente.

Hyoga começou a descer as escadas indo em direção a casa de escorpião.

— Espere Hyoga. O que você vai fazer?

— Soube que Johan de Corvo já está no Portão Norte. Não tem com o que se preocupar. O que eu vou fazer... Não posso dizer. O Grande Mestre me deu uma missão de última hora.

— Johan de corvo?! Vai confiar tudo nas mãos de um Cavaleiro de Prata? Ele deu uma missão em meio a uma invasão?! No começo de uma guerra?! E por que não pode dizer? — questionou Seiya.

— Seiya, você deve confiar no Grande Mestre. Johan dará conta da situação já que são apenas soldados rasos enviados por Ares. Afinal... Johan é discípulo do Shun.  — Ele olhou para o amigo por cima do ombro. — E confie em mim, está bem?! Adeus Seiya.

—...—


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Notas finais do capítulo

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Contato: (81) 997553813

Próximo capitulo: Uma coruja de asa quebrada e o auxilio da deusa da discórdia. Éris começa a agir e seu alvo é a barreira de Atena. Johan VS Nyctea. O duelo das trevas.

Capitulo 9 - As plumas negras do Corvo e a flecha da discórdia.

p.s: Johan, assim como Plavin, é um cavaleiro de prata de ômega. Aproveitei esse personagem porque no anime Ômega ele me agradou bastante como cavaleiro de prata. Não se assustem se mais dois ou 3 cavaleiros de prata ou bronze aparecerem aqui, mas esta fanfic continua a ignorar totalmente os acontecimentos de Ômega e Next Dimension.



Agradecimentos: Queria agradecer a todos vocês que vem acompanhando cada capitulo. Agradeço a você também que começou hoje, mas que já está ansioso pelo próximo capítulo. Agradeço a você que comenta com sua opinião, criticas e sugestões. Isso me ajuda muito e estou de mente aberta para entender a cada leitor meu.
Abraços.



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