A Saga de Ares - Santuário de Sangue escrita por Ítalo Santana


Capítulo 33
Capítulo 31 - O peso das garras do Leão dourado


Notas iniciais do capítulo

Henry inicia uma batalha contra Hugo, mas o cavaleiro de câncer descobre ter uma certa desvantagem contra berserkers e isso pode colocar sua vida em risco. No campo de batalha Eros mostra que suas rosas realmente não devem ser subestimadas. Enquanto isso, na America do Norte, Enyalios invade a Casa Branca e inicia a 3º Guerra Mundial, mas nos corredores da mansão o rugido de um leão dourado ecoa. Diante da divindade e do questionamento dos seus atos, Jake descobre o peso das suas garras.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/488642/chapter/33

Capítulo 31 - O peso das garras do Leão dourado


Girona, Espanha

Henry se espreguiçou e sorriu.

— Finalmente um pouco diversão. — disse ele indo para frente de Jabu e dos outros, levantando o braço e concentrando seu cosmo na ponta do dedo.

— Não fique brincando, Henry. — disse Eros, em um tom serio, se aproximando de Henry e ficando ao seu lado. Eros elevou o cosmo e apontou a rosa negra pra os berserkers que saiam das sombras. Pétalas negras começaram a aparecer flutuando. — Prestem atenção, cavaleiros! Não deixem que nenhum berserker saia daqui vivo.

Seiya e os outros, que tinham sido pegos pelo veneno de Eros, começaram a se levantar enquanto Alkes curava os ferimentos de Jabu e Nachi.

— Aquele berserker... — disse Plancius estreitando os olhos e tentando lembrar. — O nome dele é Hugo, o Corvo de Phobos.

— Você o conhece, Plancius? — perguntou Seiya se aproximando.

Plancius acenou com a cabeça dizendo que sim.

— Também chamado de "Caçador de Joias". Ele é um dos berserkers que estavam no Santuário. Ele também é o responsável por caçar o senhor e os demais "cavaleiros rebeldes". — disse Plancius.

Henry sorriu.

— Estamos na frente de "peixe grande", Seiya. — comentou Henry, com um sorri sarcástico no rosto.

Hugo deu dois passos à frente e parou.

— Eros de Peixes e Henry de câncer. O que vocês acham que estão fazendo? — perguntou ele. — Eros, você não tinha recebido a ordem de matar Seiya e os outros? Então porque está apontando essa Rosa Negra para mim e os outros berserkers? E Henry, todos acharam que você tivesse morrido ao ser enviado para matar Shiryu, mas vejo que nos enganamos. — os olhos vermelhos de Hugo brilharam debaixo do elmo em forma de crânio de corvo. — Nós traíram também. — concluiu ele. — Hayato tinha razão em não confiar em vocês.

— Traidores terão o mesmo fim que aqueles soldados. — disse um dos berserkers.

— Soldados? — perguntou Henry, sem entender do que o berserker estava falando.

Mas Plancius entendeu muito bem. Ele cerrou o punho e elevou o cosmo. Os soldados tinham acompanhado Plancius e os outros na tentativa de salvar Atena. Naquele dia, pela manhã, eles tinham saído em missão de reconhecimento na cidade. No final da tarde eles não tinham aparecido ainda e todos acharam que eles tinham se atrasado. Todos tinham desejado que eles tivessem a sorte de levarem uma vida comum e que não fossem tragados por essa guerra santa.

— Vocês mataram eles! — o chão debaixo dos pés de Plancius começou a congelar. — Vocês...

Henry olhou para Plancius por cima dos ombros.

— Ei garoto. Vai chorar ou vai lutar? — perguntou ele. Plancius, ainda elevando o cosmo, olhou para Henry. — Isso é um guerra, cara. É provável que todos aqui morram. Vai chorar de um por um então? Engole o choro, garoto! Fecha o punho e bate neles. É assim que se resolve. 

— Henry... — começou Eros.

— Guarde suas rosas e suas reclamações, Eros. Eu cuido disso. Mandarei todos para o inferno.

Henry correu em direção ao grupo de berserkers concentrando em seu dedo uma porção de cosmo que tomava uma forma espiral. Cinco berserkers se afastaram do grupo e foram contra Henry. Baphomet foi na frente cerrando o punho para o confronto.

— Caiam no Yomotsu e morram! — gritou Henry. — Sekishiki Meikai Ha! — O golpe foi disparado, mas se dissolveu ao se chocar com as Onyx. — Po-por que não funcionou? — perguntou surpreso.

Seiya e os outros também não conseguiram entender. Aproveitando que Henry estava desorientado por ter seu golpe repelido sem o mínimo esforço, Baphomet se aproximou e lhe aplicou vários socos seguidos em seu abdômen e depois aplicou um ainda mais forte em seu rosto, arrancando o elmo de Henry. O cavaleiro de ouro foi lançado para o alto, para depois cair no chão em uma forte pancada.

Os berserkers riram ao ver o Cavaleiro de Ouro no chão cuspindo sangue.

— Eu vou lhe explicar antes que morra. — disse Baphomet estralando os dedos como ameaça. — Nossas Onyx são feitas de um minério retirado do Tártaro. O "mundo dos mortos" dos imortais. Esse minério nos dá o poder de transitar entre o mundo dos vivos e dos mortos, além de conceder grande resistência. E assim como as surplices dos espectros do Imperador Hades, as técnicas de Sekishi são inúteis contra nós.

Henry se levantou e não se deu ao trabalho de limpar o sangue que escorria em seu rosto.

— É... Eu não gostei nenhum pouco disso e estou começando a achar vocês incômodos demais. — a expressão de Henry mudou. O sorriso sarcástico, que antes marcava o seu rosto, desapareceu. O seu semblante ficou mais sério e seu cosmo ficou mais intimidador. — Vou matá-los.

Baphomet sorriu.

— Será que eu escutei bem? — O cosmo de Baphomet se elevou e ele se lançou contra Henry. — Você disse que vai nos matar? — Baphomet aplicou um soco, mas Henry estendeu a mão para segurar o golpe. O choque do golpe gerou uma pressão que fez o chão se desprender junto com uma nuvem de poeira. — O que um fraco como você pode fazer sem o seu Sekishiki? — perguntou ele cara a cara com Henry.

Os olhos castanhos de Henry brilharam e mudaram para um tom de castanho avermelhado.

— Fez a pergunta errada. — disse Henry e em seguida tudo foi tomado por chamas azuis. O calor das chamas eram intensas e chegava a incomodar aqueles que presenciavam a luta.

Os berserkers que acompanhavam Baphomet deram passos para trás recuando, mas Baphomet permaneceu imóvel diante de Henry.

— O quê?! O quê é essa chama azul? — perguntou Baphomet. O calor das chamas parecia atravessar a sua Onyx. — Mas que sensação é essa que vem desse homem? É diferente de qualquer outro cavaleiro que eu já conheci. É uma sensação assassina sedenta. Até parece... Até parece um de nós. — pensou.

Seiya assistia a luta impressionado. Lutou poucas vezes ao lado dos cavaleiros de ouro e já tinha visto eles lutando com todas as forças, mas mesmo assim é de se impressionar toda vez que um cavaleiro de ouro entra em batalha.

— Suas Onyx não me impressionam. — disse Henry. — Não preciso quebrá-las para matá-los. Basta apenas que eu estale os dedos. — Henry ergueu o braço. — Dessa forma...

Ele estalou os dedos e Baphomet se desesperou em gritos. As chamas romperam de dentro de sua Onyx e sua pele começou a borbulhar e derreter. Baphomet se debatia tentando se livrar das chamas, mas quanto mais ele se agitava, mais elas cresciam. Vendo que estava sendo consumido, ele avançou contra Henry disposto a dar tudo de si para matar o cavaleiro, mas uma forte corrente de ar passou entre eles obrigando Baphomet a recuar e fazendo com que as chamas reduzissem até se apagarem.

Baphomet caiu de joelhos cuspindo bastante sangue. Metade do seu rosto estava extremamente queimado. O cheiro de carne queimada impregnava no ar. Os berserkers olharam para Hugo, achando que tinha sido ele quem tinha salvo Baphomet, mas Hugo permanecia apenas observando. Henry então olhou para trás e viu que tinha sido Shun o responsável pela forte rajada que salvou o berserker.

— Pare com isso. Eu não gosto da sua forma de lutar. — disse Shun reduzindo seu cosmo. — Não é uma atitude exemplar para um cavaleiro de ouro e...

— Você não gosta? — perguntou Henry, interrompendo Shun. — Dane-se! — o cosmo se intensificou e chamas azuis voltaram a surgir. — Então olhe bem para isso! Explosão Demoníaca!!

Colunas de fogo explodiram do chão envolvendo Baphomet e os outros quatro berserkers que tinham avançado com ele. Os gritos de dor pareciam aumentar cada vez mais que o fogo se expandia. No desespero eles tentavam tirar suas onyx, mas suas peles saiam coladas com as peças. As colunas de fogo então se agitaram e explodiram espalhando restos chamuscados dos berserkers e deixando as onyx vazias.

— Andrômeda, se você me interromper outra vez quando eu estiver lutando, juro que vou te matar acorrentado assim como a sua constelação, mas vou fazer de um modo tão cruel que a ameaça do Kraken vai parecer brincadeira de criança. — disse Henry caminhando em direção a Hugo. — Agora é a sua vez, Corvo de Phobos.

Os olhos vermelhos de Hugo brilharam e seu cosmo se acendeu.

— Não achei que poderia encontrar um homem, um psicopata, como você entre os cavaleiros de Atena. Derrotar Baphomet pode ter lhe dado esperança em me derrotar, mas não se engane. — As asas de Hugo se abriram gerando uma forte rajada de vento. — Estou em um patamar muito acima dele.

— É... Eu sei. — Henry voltou a esboçar um sorriso sarcástico.

— Mas eu não posso perder meu tempo lutando com você. — disse Hugo. Henry enrugou a testa não entendendo o motivo de Hugo negar a luta. — Tem uma coisa mais importante e eu á quero. — Hugo passou a encarar Seiya e todos se viraram para ele. — Sou conhecido como o "Caçador de Joias". Nenhum resquício de cosmo pode passar despercebido aos meus sentidos. Tentar esconder a armadura de Atena que você carrega... É inútil.

Seiya arregalou os olhos.

— O quê?! Ele... ele percebeu... que estou com a armadura de Atena!! — pensou Seiya.

Os berserkers começaram a cochichar sobre a armadura de Atena. Contestavam que ela havia sido destruída no Santuário por Delfos durante o Bacanal.

Os cavaleiros, com exceção de Eros e Henry, se aproximaram de Seiya para fazer a retaguarda caso Hugo e os demais berserkers atacassem. Vendo a preocupação dos cavaleiros, Hugo deu uma risada.

— Então estou certo. Você está carregando a armadura de Atena. Meus olhos nunca falham. — disse Hugo. — Então concluo que Delfos fingiu destruir a estátua de Atena fazendo com que o Senhor Ares desistisse de obter o báculo de Atena, a deusa Nike, mas agora a esperança de acorrentar a vitória ao nosso lado retornou. Ortros!! — chamou Hugo. — Volte imediatamente para o Santuário e avise ao Senhor Phobos. A armadura de Atena se encontra com Seiya.

— Sim, senhor! — disse o berserker.

Eros se preparou para lançar uma rosa, mas um outro cosmo se elevou contra o berserker.

— Não deixarei que você vá. — gritou Retsu, vestindo a armadura de prata de Triangulo. — Selo dos três mundos! — Vários triângulos azuis repleto de hieróglifos surgiram em volta de Ortros o imobilizando e disparando uma poderosa descarga elétrica. O berserker urrou ao receber o ataque, mas uniu toda a sua força até trincar e por fim quebrar a restrição de Retsu. — Se desfez da minha técnica!!

Ortros concentrou cosmo em sua mão e disparou contra Retsu que desviou do ataque.

— Se você não morrer hoje, nos encontraremos depois — disse Ortros desaparecendo nas sombras.

— Qual foi a parte de não deixar que nenhum berserker fugisse que você não entendeu. — perguntou Eros, ainda encarando Hugo. — Não atrapalhe. — Retsu cerrou o punho, mas não respondeu. — Continuem fazendo a retaguarda para Seiya. — disse Eros. — Henry e eu cuidaremos deles.

— Cansei de vocês. Vamos acabar com isso. Berserkers! Matem esses dois tolos! — ordenou Hugo e os berserkers partiram pra cima de Henry e Eros, mas enquanto eles avançavam o berserker escutou o som de correntes, mas não tinha nenhuma corrente entre os berserkers, e Shun não estava atacando. Ele então percebeu finos rastros de cosmo entre os berserkers e ao olhar para Henry viu que ele esboçava um sorriso para eles. — Parem!! — Gritou ele tentando avisar, mas foi tarde demais.

O chão embaixo de Henry brilhou e seu cosmo se elevou agitando sua capa. Os finos rastros de cosmo que Hugo tinha visto se materializaram em correntes que estavam presas nos punhos e nos pés dos berserkers. As correntes, que pareciam ter brotados do chão, puxaram os berserkers prendendo-os ao solo. Eles tentaram se levantar, mas todos passaram a alegar estar sem forças e que sentiam o corpo formigando.

— Correntes da alma! — disse Henry esboçando um sorriso perverso. — Já que o meu Sekishiki não funciona em vermes como vocês, eu tive que montar um plano "B". Coloquei essas correntes presas á vocês desde então. Aos poucos elas sugaram o cosmo de vocês e de suas onyx, deixando até mesmo as suas almas enfraquecidas. — Henry sorriu. — Com a força que vocês têm agora, não conseguiriam se quer matar uma formiga. E então rapazes, como desejam morrer?

Um jardim de rosas negras se formou debaixo dos berserkers. Pétalas negras também surgiram flutuando e isso chamou a atenção de Henry e dos demais. Eros caminhava até os berserkers trazendo uma rosa negra na mão.

— Vão morrer com as rosas negras que destroçam tudo aquilo que toca. — disse Eros e lançou a rosa. — Rosas piranhas!!

As rosas negras brilharam em um tom roxo e explodiram subindo ao céu como uma coluna de rosas devorando e perfurando os berserkers. Em poucos instantes todos caíram mortos restando apenas Hugo que assistia a luta.

—...—


Casa Branca - Washington, DC - Estados Unidos

A sala do Presidente estava lotada de repórteres, representantes militares e seguranças. Todos reunidos em volta de um homem magro, de pele clara, cabelos grisalhos, usando um paletó preto com uma camisa branca de botão por baixo e uma gravata vermelha. Em cima da sua mesa havia uma pequena placa escrito Presidente George W. Bush.

Ele estava atrás de uma mesa sentado em uma cadeira de encosto alto. Todos se preparavam para o discurso, mas um barulho no corredor chamou a atenção. Primeiro foi um estrondo e em seguida tiros. O alarme soou, mas em seguida parou.

Os seguranças sacaram suas armas e ficaram em volta do presidente. Um tentou falar por rádio com outros seguranças, mas nenhum respondia. Apenas chiados. O barulho parecia se aproximar cada vez mais da porta que dava para o salão presidencial.

— O que está acontecendo? — perguntou George.

— Senhor, fique ai! Certamente a Casa Branca está sendo invadida. — disse um dos seguranças. — Não sabemos quantos homens estão infiltrados.

O rádio chiou e um homem gritou "Fujam! Ele está indo ate o..." e se calou.

Todos na sala ficaram ainda mais nervosos. O barulho no corredor se intensificou quando tiros foram disparados e alguns deles perfuraram a porta. Entre as brechas da porta uma luz roxa brilhou e em seguida a porta explodiu. Pedaços de madeira voaram para todos os lados.

Havia apenas um homem em pé na porta. Era um homem pardo, cabelo preto azulado curto e espetado, mas em suas laterais era raspado em três riscos finos. Usava um brinco em sua orelha direita, uma miniatura de um crânio com olhos de rubi e três penas negras penduradas na base do crânio. Vestia um colete preto, sem manga e de gola alta, com botões vermelhos e uma calça escura. Seus braços eram musculosos e repleto de cicatrizes finas. Calçava as botas de sua armadura, uma onyx negra e vermelha, que cobria até os joelhos. Seus olhos eram castanhos e tinha uma expressão fria e assassina, acompanhada de um sorriso insano.

O corredor atrás dele estava repleto de tiros e sangue nas paredes. Havia vários seguranças mortos caídos no chão.

— Apenas um homem fez isso? — perguntou um dos seguranças.

— Quem é você? — perguntou um dos representantes militares. Era um homem forte com cabelos grisalhos. Vestia trajes do exército americano e trazia em seu peito várias medalhas.

— Vejo que é um militar, então eu digo que sou o seu deus. — respondeu ele. — Se ajoelhe e me adore.

— Como é que é? O meu Deus não se veste de forma tão ridícula e...

O invasor estendeu a mão contra o militar e o levitou, fazendo com que se engasgasse. Todos olharam apavorados.

— Como ousa falar comigo dessa maneira? O seu "deus" sou eu. Meu nome é Enyalios, o deus menor da guerra e dos soldados. Se você tem outro "deus" então ore por ele porque eu não o vejo aqui para lhe salvar. — Enyalios fechou a mão e como resposta a cabeça do general explodiu, jorrando sangue e cérebro despedaçado para todos os lados. Os jornalistas começaram a gritar e os seguranças se prepararam para atirar. — Vão usar armas humanas contra um deus que acabou de explodir a cabeça de um homem apenas usando o poder da mente? Como são burros. Vocês, seres humanos, não tem respeito nenhum para com seus deuses. — As mãos dos seguranças já não respondiam a eles. Contra a própria vontade eles viraram as armas contra suas próprias cabeças. — Que isso sirva de lição. Os humanos devem abaixar a cabeça quando estiverem diante de um deus. — As armas dispararam e eles caíram mortos. — Eu vim falar com você, "senhor presidente". Quero que você anuncie um bombardeio no Irã. Não... Não só no Irã. Na Russia e na Coreia do Norte também.

— O quê? Mas... Mas... isso vai gerar uma terceira guerra mundial. — Questionou George.

Enyalios sorriu.

— Mas é isso o que eu quero. Guerra! Quero ver vocês se matando feito loucos sanguinários. — Ele agarrou o presidente pelo pescoço e o puxou para cima da mesa. — Agora ligue a câmera e ordene aos seus militares um ataque.

O presidente obedeceu e fez o seu anúncio. E todos os jornalistas repercutiram a notícia sem mencionar a interferência do deus. Muitos militares contestaram, mas o cosmo de Enyalios e o cosmo de Ares que cobre a Terra incitaram o conflito na mente e no coração dos homens. Em poucos minutos aviões saíram de suas bases levando misseis e bombas.

— Berserkers! Tirem esse homem daqui e prendam-no em algum lugar. — ordenou o deus, se referindo ao Presidente dos EUA. — Talvez eu precise dele em algum momento.

Sentado na poltrona do presidente e com os pés em cima da mesa, Enyalios respirou fundo e sorriu.

— Em poucas horas a guerra terá se alastrado no mundo inteiro. Só restará o cheiro ferroso de sangue e morte. — disse ele satisfeito. — Logo a discórdia vai se espalhar por todos os continentes e a guerra crescerá ainda mais. Isso dará forças ao Senhor Ares.

— Senhor Enyalios... — disse um berserker entrando no salão. — Temos um invasor na Casa Branca e...

— Eu sei. — Enyalios sorriu. — Posso sentir o cosmo dele se aproximando. Saia! Deixe que ele venha até mim. Ordene que os berserkers se afastem daqui. Não quero ser atrapalhado. — Um rugido de leão ecoou pelos corredores. Um rugido poderoso que fez a estrutura treme. — Isso foi do cosmo dele?! Tem um leão dourado furioso vindo até aqui. Muito tolo por sinal.

O berserker saiu do salão, mas não demorou muito para que uma silhueta surgisse no corredor em meio as chamas que consumia o palácio. O cosmo dourado de Jake emanava de forma violenta e chamou a atenção do deus. Enyalios se afastou da janela indo para perto da mesa para ver o Cavaleiro de Ouro, e naquele momento o deus teve a impressão de que a silhueta tinha o formato de um leão gigante.

Jake saiu entre as chamas trazendo em suas mãos dois berserkers mortos.

— Me seguiu até aqui? Mesmo sabendo que estava indo atrás de um deus? A humanidade perdeu o bom senso. 

— Já não basta o mal que fez com aquelas pessoas na Grécia, agora vem até aqui e dá início a terceira guerra mundial? Eu não poderia ficar de braços cruzados ou ir ajudar Seiya sabendo que um deus como você está solto por aí. — disse Jake. — Não. Não poderia. Também não posso dizer que alguém como você é um deus.

— Ousado você. — disse Enyalios estendendo a mão. — E um tolo também. — o deus disparou um golpe que jogou Jake contra a parede. — Antes de querer bancar o salvador da América e do mundo, deveria ver a diferença de poder entre nós. O que pode um único homem fazer contra um deus?

Jake se levantou com um corte em seu rosto.

— Já disse. Você não é um deus. E não importa o nível de diferença entre nós... — Jake avançou concentrando cosmo em seu punho. — Eu vou matá-lo para vingar a morte de todos os inocentes que você matou. Capsula do poder!!

Enyalios segurou o golpe e direcionou contra a janela, estraçalhando-a.

— Não passa de um discurso emotivo. — o deus lançou um golpe que foi em forma de esfera de energia e explodiu ao se chocar com Jake. O cavaleiro de ouro teve a sua armadura danificada e foi novamente jogado contra a parede. — E emoção é algo que vocês humanos têm de sobra. Questiona minha atitude em iniciar uma guerra, mas os humanos fazem isso sozinhos. São gananciosos e orgulhosos. Matam milhares por causa de petróleo. A humanidade não precisa do meu cosmo ou do Senhor Ares para iniciar uma guerra. É uma raça nojenta que se arrasta pela Terra.

— É verdade. A humanidade já deu início a dezenas de guerras e duas delas foram mundiais e mataram milhares, mas... A humanidade não precisa ser incentivada por deuses da guerra. Nós, os seres humanos, somos imaturos em relação ao poder que carregamos, mas também aprendemos com os nossos erros. — Jake cerrou o punho. — A grande custo, mesmo com ambições, a paz vem sendo conservada. Não permitirei que você roube a nossa paz. — ele avançou contra Enyalios como um raio. — Não irei permitir!!

Jake tentou aplicar socos em Enyalios, mas o deus se desviava de todos os golpes com facilidade.

— Como pode?! Ele se desvia dos meus punhos sem o mínimo esforço. Ele é extremamente rápido. Então é esse o poder de um deus? Ele é mais rápido do que eu? — pensou Jake.

Enyalios avançou passando por Jake e depois girou e atacou aplicando um soco nas costas do cavaleiro o lançando pra cima e em seguida aplicou uma cotovelada no peito, lançando-o contra o chão.

— Vocês seres humanos... Não passam de lixo tentando sobreviver dentro da própria sujeira. Merecem desaparecer. Lâmina da guerra!  Com o outro braço, Enyalios disparou um golpe como se fosse centenas lâmina e atravessaram a armadura de Leão. O golpe foi como uma chuva de navalhas pressionando Jake contra o chão. Sangue espirrou pelos ferimentos. — Seu punho é lento. Não consegue carregar o peso das próprias garras. Como você disse, vocês humanos são imaturos em relação ao poder que possuem. Você é imaturo. Afinal, pelo que você luta? Você ainda é jovem, mas se tornou um cavaleiro. E mesmo sendo um cavaleiro, devendo ser fiel a Atena, jurou lealdade ao Senhor Ares, mas agora se rebela contra ele e tentar ajudar Seiya a salvar Atena. Tenta me impedir em iniciar uma guerra. Afinal, o que você realmente quer fazer? Parece um gato perdido no meio da selva achando que é um leão. — Enyalios colocou o pé na garganta de Jake. — Você não é um leão. É um gato indefeso com medo, mas com um orgulho muito grande para reconhecer isso. Você é covarde e indeciso.

A palavra “covarde” serviu de gatilho. O cosmo de Jake se acendeu e ele segurou no pé de Enyalios, afastando-o da sua garganta. Ele rangeu os dentes com raiva a ponto de sua gengiva sangrar.

— E quem é você para falar isso de mim? — questionou Jake. — Usa seu poder de "deus" para se aproveitar dos outros. Você sim é um covarde. — Jake disparou um golpe fazendo com que Enyalios se afastasse para poder desviar do ataque. — Não... me chame... de covarde!!

— Quem eu sou? Eu sou um deus menor da guerra. Eu sei quem eu sou. É de minha natureza gerar conflitos. Exterminar nações. Você pede para que eu não mate os humanos, pede para que eu não os incentive a guerrear. Você quer que eu vá contra a minha natureza. — disse Enyalios. — Mas e você? Diga quem você é. Diga porque luta. Você não sabe responder, não é? Simplesmente luta.

— Não é verdade!! — gritou Jake. Um raio cruzou o salão no momento em que Jake deu um soco no chão e o rachou, fazendo com que o piso cedesse e todos fossem parar no andar de baixo. Um estrondo se espalhou com uma nuvem de poeira. Enyalios e Jake se levantaram dos escombros acendendo os seus cosmos. — Eu sei muito bem pelo que eu luto. Luto para evitar o sofrimento das pessoas. Eu luto para que pessoas como você, que se acha superior aos outros, não venham machucar inocentes!! Quando eu me tornei um cavaleiro, pude ver a possibilidade de proteger as pessoas. Aceitei servir a Ares porque não sabia o que fazer naquele momento, mas quando eu conheci Seiya, percebi que estava lutando no lado errado. É como um cavaleiro de Atena que eu devo lutar e é Ares quem eu devo derrotar. — Raios surgiram do seu cosmo e começaram a se concentrar em seu punho. Jake levantou a cabeça e em seus olhos um cosmo dourado crescia. — Eu luto... Por causa de alguém que morreu dando a sua vida por mim. Relâmpago de plasma!!

Mais de cem milhões de socos por segundo foram disparados como raios. Enyalios estendeu a mão para conter o golpe, mas Jake continuava a intensificar o seu golpe.

— Que cosmo intenso! — pensou Enyalios. — Mesmo ferido volta a se levantar com tamanha força. — o deus sorriu. — Isso não é o suficiente, garoto!!

Ele se desviou dos golpes de Jake e se lançou contra o cavaleiro para aplicar mais um golpe, mas nesse momento Jake se movimentou em extrema velocidade e surgiu atrás de Enyalios.

— Eu disse que nós, humanos, aprendemos com os nossos erros. Capsula do poder!!  Jake disparou o golpe concentrando toda a sua força em seu punho. Aplicou um soco direto na velocidade da luz que violentamente lançou Enyalios contra a parede abrindo um buraco. — Agora, pare já essa guerra!!

— Um humano atacando um deus dessa forma... Você não será perdoado!! — gritou Enyalios, elevando o cosmo e lançando os escombros que estavam em cima dele. — Parar? — o deus sorriu de forma maliciosa. Ele se levantou elevando o seu cosmo. Sua roupa estava rasgada e sua Onyx já podia ser vista. Com o cosmo se intensificando, a roupa de Enyalios se desfez dando lugar a sua Onyx. — Ilusão sua. Agora nada vai parar essa guerra. Kydoimos e os outros espíritos da guerra estão guiando os humanos para a carnificina. Terá que derrotar o Senhor Ares, mas isso é impossível, pois Atena está morta. Ela, que é o oposto do Senhor Ares, é a única que teria poder para pará-lo nesse momento. Sem Zeus no Olimpo até mesmo Apolo está de braços cruzados. Não se preocupe com isso. Você logo morrerá também!! — gritou ao ser tomado pela ira. — Não importa quanto você lute. Não importa por quem você lute. O seu destino se encerrará pela vontade de um deus, pois sendo inferior, jamais conseguirá derrotar um deus. Lâmina de guerra!

— Relâmpago de plasma!! — os golpes se chocaram.

Os relâmpagos repeliam as lâminas, mas o golpe de Enyalios ainda era mais veloz e mais poderoso. Naquela intensa velocidade o golpe acabou sendo repelido e as lâminas atravessaram mais uma vez a armadura de ouro. Jake foi lançado contra uma grossa coluna, partindo-a ao meio e fazendo uma parte do teto desabar sobre ele. Ele cuspia sangue e sangue saia do seu nariz. Os escombros formavam uma cúpula sobre ele. Jake levantou a cabeça e pode ver entre as brechas Enyalios em pé no salão. Ao tentar se levantar ele sentiu uma forte dor aguda percorrer o seu corpo. 

— Não sinto a minha perna. Meu corpo está formigando. Então... acabou? — pensou Jake.

Uma neblina avermelhada surgiu entre os escombros e penetrou no nariz de Jake. Tinha um aroma de uva. A neblina começou a lhe causar sono e ao fechar os olhos algumas imagens inundaram a sua mente. Eram imagens do seu passado:


5 anos atrás – EUA

"... Estava chovendo bastante e o local estava abandonado. Era um velho galpão enferrujado no meio da floresta. Ele chorava enquanto corria. Sua camisa branca estava colada ao seu corpo e sua calça jeans estava ficando pesada. Ele estava descalço e com os pés cortados por causa dos galhos e pedras afiadas espalhadas no solo da floresta. Suas lagrimas se uniam as gotas de chuva que caiam em seu rosto. Ele torcia para que tudo estivesse bem, mas seu coração se apertava quanto mais ele se aproximava do galpão.

Ao se aproximar do galpão ele escutou pancadas, mas teve medo de entrar. Seu coração estava acelerado e suas pernas tremiam. Por causa do medo ele resolveu olhar por uma brecha e foi aí que ele viu seu amigo, Brent, segurando dois meninos pelo pescoço, mas também sendo segurado por outros meninos enquanto era espancado. Jake levou a mão até a boca para não gritar ou fazer qualquer barulho. Por causa do medo, da covardia, ele não entrou no galpão. E Brent, mesmo apanhando, mesmo em desvantagem, ele não soltava os meninos. Ele não desistia de lutar por aquilo, ou por aquele, que achava ser o correto e que queria proteger.

Um dos meninos, certamente o líder, apareceu com um taco de beisebol na mão. Ele era alto e forte. Pele clara, cabelo preto e olhos claros. Vestia um casaco do time de beisebol da sua escola. Atrás do casaco tinha o seu nome: Rick.

— Aquele chute doeu, sabia? Não tinha motivos para você ter se metido. A minha conversa era com aquele seu amigo estranho. — O garoto girou o taco no rosto de Brent fazendo ele cuspir sangue. O rosto de Brent logo ficou vermelho. Vendo aquela cena, Jake levou a mão até a boca, mas seu corpo tremia com medo de entrar no galpão. Ele se virou e se agachou.

Ele ouvia as batidas do taco contra o seu amigo e os gemidos de dor. Jake chorava e se odiava por não estar fazendo nada. Depois de alguns minutos, que pareciam uma eternidade, as pancadas pararam. Ele escutou a porta do galpão abrindo e então correu para se esconder atrás de alguns toneis de óleo. Quando os garotos entraram na floresta, Jake correu em direção ao galpão, mas ao chegar na porta ele parou e arregalou os olhos. Brent estava caído em uma poça de sangue. Jake correu até ele e o tomou nos braços.

— Brent?! Brent, por favor, fala comigo. Brent!! — Jake tinha medo de fazer força enquanto tentava acordá-lo. O rosto dele estava gravemente ferido e muito inchado. Um ferimento profundo em sua cabeça não parava de sangrar. As mãos de Jake estavam meladas de sangue e sua camisa também. Ele chorava desesperado. — Tenho que tirar você daqui. Brent eu sinto...

— Não. — disse Brent sussurrando. Ele levantou a mão machucada até tocar na mão de Brent. — Você... Você vai dizer que sente muito. N-Não diga isso. Não fiz isso só por você. Eu fiz... Fiz por mim também. É normal nos sacrificarmos quando queremos proteger alguém. — Brent cuspiu sangue. — Mas eu também estava me protegendo.

— Pare! Não fale mais. Eu tenho que tirar você daqui. — disse Jake tentando se levantar, mas Brent segurou firme em seu braço.

— Não. Não adianta. — sua voz estava mais fraca. — Preste atenção... — Brent segurou na mão de Jake e apertou firme. — Você é forte. Você sabe disso. Esse medo que você carrega de reagir é que lhe atrapalha. Você pode proteger as pessoas que ama. Aquelas que são importantes para você. Como também pode vencer qualquer um que se opor a você. Não se cale diante daqueles que te oprimem. Se você der voz a eles... Eles irão tirar de você a sua liberdade. — Brent olhou nos olhos de Jake e sorriu. — Eu sempre disse que você tinha um olhar igual ao de um felino. É astuto e penetrante. Você é como o seu signo. É um leão. Não deixe que tirem essa coroa de você. — Naquele momento o cosmo se ascendeu nos olhos de Jake e ao ver aquele brilho Brent sorriu. — Esse brilho que tem nos seus olhos, não deixe que apaguem. Você tem que reagir. Você tem que... — ele se engasgou e encostou a cabeça no peito de Jake. — Você tem que rugir.

— Brent?!! Brent!! — Jake o balançava, mas Brent não respirava mais. — Não! Não... Brent, por favor!! — ele abraçou o corpo do amigo e se curvou chorando. — Por favor!! Não. — Uma luz dourada passou a emanar de Jake e quanto mais ele sofria, mais a luz aumentava. — Não!!!

O grito gerou uma explosão. Foi como um rugido de um leão. O cosmo dourado de Jake subiu ao céu atravessando o teto do galpão como uma coluna de luz.

...

— Não... ainda não acabou. — disse Jake elevando o cosmo e expelindo os escombros que lhe cobriam. — Enyalios!! — gritou ele encarando o deus.

— Vai se levantar de novo? — perguntou o deus. — Desista de uma vez e morra.

— Eu vou derrotá-lo!! — gritou Jake. Seu grito foi quase como um rugido através do seu cosmo. — Relâmpago de plasma!! — Jake lançou novamente o golpe, mas agora ele foi disparado na forma de feixes de raios.

— De novo? — perguntou Enyalios, sorrindo. — Eu já conheço esse seu golpe. — o deus começou a desviar da técnica, até que um dos feixes o atacou por trás, fazendo ele perder o equilíbrio e ser pego pelos demais.

— Talvez. — disse Jake. Os raios começar a formar um turbilhão enquanto erguiam Enyalios e então explodiram. — As minhas garras podem fazer muito mais que isso.

O resto do teto desabou em seguida, levantando uma nuvem de poeira e fumaça.

— Podem? Então cabe a mim arrancá-las. — disse Enyalios em meio a nuvem de poeira. Apenas sua silhueta aparecia, mas seus olhos brilhavam emanando um cosmo roxo assustador. — Para me vencer, eu que sou um deus, você precisa alcançar o poder divino também. — Enyalios avançou em extrema velocidade reunindo cosmo em sua mão. Parecia que sua mão tinha se tornado uma grande lâmina afiada. — Mas entre um humano e um deus, existe uma diferença enorme. É um passo largo demais para você. Lâmina de guerra!!

Jake tentou parar o golpe, mas o braço do deus o atingiu em seu peito perfurando a sua armadura e sua carne. Não demorou para que sangue jorrasse.

— Vou apagar o seu cosmo, moleque. — disse Enyalios.

Jake sorriu com a boca cheia de sangue.

— Vai? — ele agarrou a cabeça do deus com uma mão e elevou o cosmo, concentrando-o na outra. Toda a mansão tremia enquanto o cosmo se elevava.  Capsula do poder!!

O golpe pegou o deus cheio, que teve o elmo de sua onyx destruído.

— Eu não tenho o poder divino para lhe derrotar, mas vou deixa-lo com o máximo de danos que eu puder causar. Outros virão em meu lugar para terminar o que eu comecei. 

Enaylios ia respondeu algo quando uma neblina rubra como vinho surgiu tomando todo o salão.

— Esse cheiro... — disse Jake ao lembrar de sentir esse mesmo aroma quando desmaiou.

— Esse aroma! Esse cosmo! — Enyalios fez uma expressão de raiva repulsa. — O que você está fazendo aqui, Dionísio?

Que bom que me reconheceu. — disse Dionísio através da neblina. Uma parte da neblina então começou a modelar o corpo de um homem. Logo o deus do vinho apareceu. Um homem imponente e belo com cabelos longos cor de vinho, com duas tranças longas caindo sob seus ombros e trajando uma túnica branca que envolvia um ombro e sua cintura com o resto do tecido que caia arrastando ao chão. Seus olhos verdes como esmeralda brilharam ao olhar para Jake. — Você não tem o poder divino para matá-lo, mas eu posso lhe dar esse poder.

— O quê?! — Jake estava surpreso, mas não tão surpreso quanto Enyalios.

— O que está fazendo, Dionísio? Você vai ajudar os cavaleiros a derrotarem o Senhor Ares? Você virou um trai...

— Eu não vou ajudar os cavaleiros a derrotarem Ares. Eu vou ajudar o jovem leão a derrotar você. — disse Dionísio, ríspido.

— Mas porque você faria isso? E por que eu confiaria em você? — perguntou Jake.

Dionísio virou-se para Jake.

— Enyalios matou uma das minhas adoráveis subordinadas. Sou amigo de Ares, mas eu gosto da humanidade e não tolero quando mexem com os meus criados. Jurei que viveria para ver Enyalios sendo derrotado por um humano. — Dionísio se aproximou de Jake e segurou em sua mão. — E você, meu jovem, é esse humano que irá derrotá-lo. Pode confiar em mim. Fui eu quem lhe fez lembrar daquele garoto quando você estava prestes a desistir de lutar. Suas garras podem ser mais afiadas. Você tem um rugido preso na garganta porque contém as suas emoções. Vamos, liberte-se. — Dionísio soltou a mão de Jake e se afastou. — Esse é o meu presente para você. A sua vitória está, literalmente, em suas mãos.

Ao olhar para a sua mão Jake viu que sua armadura estava melada de sangue, mas não era o seu. Aquele sangue emitia um brilho dourado divino.

— Isso é... Ikhor! — disse Enyalios, ao ver o sangue na armadura de leão. Ele arregalou os olhos quando entendeu o que Dionísio pretendia, mas depois sorriu. — Então é isso? Você quer despertar aquilo?

 Do que estão falando? — perguntou Jake.

— Um poder divino capaz de derrotar Enyalios. O meu sangue não vai lhe entregar a forma completa desse poder, pois isso só o sangue de Atena poderia fazer já que ela é sua deusa, mas ainda assim, se você elevar o seu cosmo com intensidade, poderá fazer ferver o meu sangue em sua armadura despertando garras divinas. — explicou Dionísio.

— Tolice!! — gritou Enyalios. — Eu vou matá-lo e depois acabarei com você também Dionísio. Morra humano!!

Enyalios avançou contra Jake preparando seu braço para um novo ataque.

— Dionísio, somos inimigos, mas temos algo em comum. — o cosmo de Jake se elevou com bastante intensidade. — Queremos a morte da mesma pessoa.

— Isso mesmo. Portanto, ruja!! — disse Dionísio.

— Morra!! Lâmina da guerra!!  Enyalios disparou o golpe, mas as lâmina fincaram em cristais dourados que surgiram diante de Jake. — Mas o que é isso? Esses cristais semelhantes a Oricalco... É cosmo? O cosmo desse garoto está se materializando? Não! Não pode ser.

— Mas é. — disse Dionísio. — Esse garoto possui um cosmo tão poderoso e emoções tão verdadeiras, que o seu cosmo está tomando uma nova forma ao se expandir. É muito cosmo contido.

— Ruja cosmo!! — gritou Jake. — Eleve-se!!

O seu gritou disparou como um estrondoso rugido. Enyalios ficou paralisado diante de tamanho poder. Os cristais não paravam de surgir, mas o cosmo era tão poderoso que os cristais começaram a se despedaçar. Os pedaços dos cristais começaram então a se unir e a se modelar formando inúmeros cristais pontiagudos que brilhavam como estrelas e flutuavam no ar ao redor de Jake. O cosmo de Jake então se expandiu com um deslocamento de ar e sua armadura rapidamente mudou de forma. O seu elmo e seu braço direito se transformaram em peças da armadura divina de leão. Algo semelhante a asas também surgiram nas costas de Jake. Era um cosmo tão intenso que parecia criar um pequeno universo dentro daquele ambiente.

— Aquilo é... uma armadura divina? — perguntou Enyalios tentando resistir ao poder de Jake.

— Quase uma. — disse Dionísio. — É apenas a sombra do que deveria ser uma armadura divina. É o suficiente para derrotar um deus inferior como você.

— Enyalios!! — chamou Jake. — Sua ambição termina aqui.

— Não fale besteiras! Esse seu poder temporário não vai me vencer! — gritou o deus, disparando um golpe contra Jake.

— Ouça, o rugido do Leão!! — Os cristais em forma de estrela pontiaguda brilharam intensamente e raios surgiram entre elas. — Rugido estelar!!

O golpe foi disparado como se milhares de estrelas pontiagudas emanando raios caíssem do céu fazendo um rugido ensurdecedor. O golpe cruzou o salão e atingiu Enyalios em cheio. O deus tentou resistir, mas foi em vão. A onyx de Enyalios não suportou o impacto e se despedaçou. Enyalios foi jogado contra a parede e então caiu morto.

— Isso foi... lindo! — pensou Dionísio, encantando com a beleza do golpe. — Em todos os meus anos de vida, nunca presenciei algo tão belo e mortal.

— Brent, eu consegui. — disse Jake sorrindo e caindo de joelhos. Ele arfava por estar bastante cansado, mas uma dor fina percorreu o seu corpo e então ele cuspiu sangue e mais sangue também jorrou dos seus ferimentos. A sua armadura voltou ao normal e os cristais formados pelo seu cosmo desapareceram. — O que... O que está acontecendo comigo?

— Você certamente morrerá. Foi poder demais que você liberou sem ter um controle. Se sobreviver a isso, fuja. — Dionísio desapareceu na neblina. — Esse poder matará você.

— Desgraçado!! Queria matar dois pássaros com um só golpe. — disse Jake, caindo no chão e sua armadura começou a fazer ressonância.

—...—


Girona, Espanha.

— Não pensei que um homem de aparência tão delicada tivesse uma técnica tão violenta. — disse Hugo. — Ah!! Henry, não acha que vou cair no seu truque, não é? — O cosmo de Hugo se elevou e fez com que as correntes presas em seu tornozelo aparecessem e se quebrassem. Henry esboçou um sorriso no canto da boca. — Já que os outros morreram, eu serei o próximo adversário de vocês.

— Eu cuido dele, Eros. — Henry correu em direção a Hugo. — Eu vou depenar e exorcizar essa galinha preta.

Hugo abriu suas asas e voou em direção a Henry. Era como se um grande corvo negro de olhos vermelhos tivesse saído das sombras, mas trouxesse ela em suas asas deixando tudo mergulhado em trevas por onde passasse. Henry disparou um golpe antes de se chocar com Hugo, mas o berserker desviou e formou um espiral de cosmo em seu punho e disparou contra Henry que cruzou os braços para segurar o golpe.

Hugo aproveitou que Henry segurava a técnica e aplicou um soco em seu queixo debaixo pra cima, mas quando o Cavaleiro de Ouro se inclinou para trás, ele se virou, e apoiado com uma mão no chão, girou novamente aplicando um chute no rosto de Hugo, arrancando o elmo.

— Ora seu maldito! — gritou o berserker ao girar e agarrar no pescoço de Henry, lançando-o contra uma casa. — Não foi você que disse que ia me "depenar"? — zombou Hugo. — Saia do meu caminho porque tenho um assunto sério a tratar com um certo lendário. Seiya de Sagitário. Ou será que devo dizer "Pégaso"?

 Ainda não terminou, Hugo. — disse Seiya.

Hugo ia avançar em direção a Seiya, mas algo lhe chamou a atenção. De dentro da casa saiu Henry trazendo uma senhora idosa em seu braço e atrás de Henry um idoso, com alguns cortes em seu rosto, o acompanhava. A mulher estava com um corte na testa e estava desmaiada. Henry caminhou com ela nos braços até estar em uma certa distância de Hugo e a deitou debaixo de uma arvore. Ele retirou a sua capa e rasgou um pedaço, entregando na mão do idoso, já a outra parte ele dobrou e colocou embaixo da cabeça da idosa.

— Ei velhote, limpe o ferimento dela. — disse Henry se levantando e dando as costas. O idoso tremia de frio e não conseguia dar uma palavra se quer. Suas mãos tremiam por causa da idade. Sua pele branca era manchada, marcada pelo tempo. — Fique aqui. Se você se aproximar não posso garantir que vai continuar vivo. Meu mestre um dia me disse que em uma guerra, quando soltamos uma bomba, não dá para evitar mulheres, crianças e idosos. Isso aqui é uma guerra e aquela galinha preta ali e eu... somos as bombas. Peça ajuda aos vizinhos.

As mãos de Henry foram tomadas por chamas azuis. Ele uniu suas mãos e liberou uma rajada de chamas contra Hugo, mas o berserker usou uma de suas asas para conter o golpe e repelir. Antes que o golpe fosse repelido, as chamas cresceram e se espalharam ao redor de Hugo formando um círculo de fogo.

— Odeio perder a paciência. Sabe, eu fico muito impulsivo. — disse Henry surgindo em meio as chamas e entrando dentro do círculo. — Minha mente fica gerando dezenas de ideias de como matar a pessoa na minha frente. Eu tento me conter e até consigo, mas o melhor é quando não tenho necessidade de me conter.

— E porque ficou "impaciente", Henry? — perguntou Hugo. — Foi por causa da idosa? — perguntou sorrindo. — Dentro de um assassino como você existe bondade e misericórdia? Depois que eu matar você eu irei matá-la. Assim como todos outros nessa rua. Todos que estão em suas casas, com as luzes apagadas e olhando pela janela. Calados e com medo.

Eros olhou para uma das casas e viu que a cortina de uma das janelas balançou quando alguém se afastou.

— Temos que acabar com essa luta. — disse Eros, colocando uma rosa vermelha na boca. — Não podemos arriscar a segurança dos civis.

Os olhos de Hugo se acenderam e seu cosmo se elevou.

— Também não gosto de perder a paciência. Vamos dar um fim a isso. Você vai queimar com as suas chamas, rapaz. — disse Hugo.

— Vamos ver quem vai morrer torrado. A galinha ou o caranguejo. Explosão Demoníaca!!

— Vá pro inferno! — Hugo ergueu os braços e concentrou uma esfera de cosmo e raio entre as mãos. — Joia do extermínio!!

Uma rajada de fogo e raios se chocaram e se concentraram gerando uma esfera de cosmo entre os dois.

— O nível de poderes deles são idênticos. — disse Seiya. — Essa luta vai ficar como a "guerra de mil dias" dos cavaleiros. Se não pararem, ambos vão morrer ou então o primeiro que ceder. Eros, temos que pará-los!

A colisão de cosmos começou a fazer o chão se desprender e a tremer. Uma escura nuvem de poeira se levantou junto com pedaços de pedra. Tudo estava ficando instável.

— Não se metam nisso!! — gritou Henry. — Não importa se os dois morrerem. Se vocês interferirem podem morrer também. A energia entre nossos cosmos apenas se acumula e cresce. Saiam daqui. Agora!!

Hugo deu uma risada.

— Ora, Ora Câncer! Desse jeito você perde a sua fama de “homem sangue frio”. Eu não me importo em morrer, afinal eu sou imortal, você possui apenas essa vida e vai jogar fora desse jeito?

— Não me importo nenhum um pouco em morrer levando um filho da puta como você. — disse Henry. A esfera de energia que se concentrava entre eles começou a crescer e a liberar rajada de cosmo. — Eros! Saia já daqui!

— Não diga bobagens!! — gritou Eros. — Se esse cosmo que se concentra entre vocês explodir, poderá destruir essa cidade e matar inocentes. Não me resta escolhas!! — Eros elevou o cosmo, projetando a constelação de peixes atrás dele e ergueu ambos os braços em direção ao cosmo que se concentrava entre Hugo e Henry. Ele concentrou o seu cosmo e disparou uma poderosa rajada. O golpe rasgou o espaço temporal, criando uma espécie de passagem espacial entre os dois peixes que formam a constelação. Abrindo uma passagem para uma outra dimensão. — Fenda de Alrisha!!

— Esse golpe me é familiar. — disse Seiya espantado.

— Seiya, esse golpe é bastante parecido com o "Outra dimensão" de Saga. — disse Shun. — É como se fosse uma variação do golpe.

— O quê?! "Outra... dimensão" do Saga? — disse Retsu. — Saga... aquele que diziam ser o Cavaleiro de ouro mais poderoso a serviço de Atena na geração anterior?

O cosmo acumulado entre Hugo e Henry foi sugado pela fenda dimensional de Eros e em seguida a fenda se fechou. O desequilíbrio entre ele acabou fazendo com que os dois fossem repelidos e lançados para lados diferentes.

— Você me atrapalhou. — disse Henry se levantando.

— Você teve sorte, Câncer. — disse Hugo em pé. Seu cosmo emanava escuridão e parecia lhe cobrir. — Vai viver por enquanto. Agora que o Mestre Phobos já deve saber sobre a armadura de Atena, não vai demorar para que eu seja enviado novamente para mata-los ou então outros berserkers mais poderosos. Agora, mais do que nunca, iremos caçá-los. Agradeça ao Cavaleiro de Peixes por lhe dar mais alguns dias de vida.

— Você não vai fugir. — disse Eros. — Rosa sangrenta!!

A rosa branca foi disparada, mas atravessou Hugo como se fosse uma neblina.

— Mas...

— Não adianta. Não pode mais me alcançar. Nas trevas eu não posso ser atacado. — disse Hugo desaparecendo.  Meus olhos não só rastreia o cosmo, mas também o coração das pessoas. E eu sei quais são as joias preciosas de vocês. Prometo que irei me empenhar nessa caçada.

Hugo desapareceu em meio as trevas.

—...—


Roma - Vaticano

As portas do salão se abriram e um homem imponente entrou no salão. Sua pele era escura, seus olhos tinham o tom da mais branca neve e sua pupila era bastante minúscula, um ponto negro na imensidão branca. Ele era esguio e musculoso, com um rosto majestoso e sério, e cabelos negros modelados em dread's caindo até os ombros. Em cada dread existia fios de cabelos dourados que os enfeitava. Dois finos dread's caiam sobre seu peito musculoso e em cada um havia um dente canino branco e afiado.

Ele trajava uma robusta Onyx negra com detalhes e adornos dourados. Seu elmo tinha o formato da cabeça de uma pantera negra mostrando suas duas poderosas presas prateadas e com seus olhos vermelhos.

O salão era retangular e bastante largo. O alto teto abobadado era repleto de desenhos de anjos e santos no meio das nuvens. O mármore branco dos pilares e do chão refletiam a onyx negra que o berserker vestia. No final do salão havia um trono dourado onde um homem estava sentado.

— Senhor Ares! Sou Alceu de Pantera negra, do exército do Medo. — disse o homem, se ajoelhando e tirando o elmo.

Ares estava sentado no trono de forma imponente. Sua pele parda estava cada vez mais viva. Ares tem a aparência de um homem jovem de porte atlético forte, aparentemente alto. Seu cabelo curto castanho um pouco esbranquiçado estava semi-coberto por um elmo emplumado que escondia uma parte do seu rosto deixando apenas a boca amostra. Ele trajava algumas peças de sua onyx vermelha com adornos dourados. vestia o peito, cintura, braços e pernas de sua Onyx. Havia também uma capa preta presa em suas costas. 

— Achamos o Fênix.

— Onde ele está? — perguntou Ares com uma voz imponente.

— Seguindo as informações fornecidas por Hugo após a sua missão de rastreamento, o Fênix saiu da França e agora está na Alemanha.

— Na Alemanha?! O que ele está fazendo lá?

— Não sabemos ainda, Senhor. — respondeu Alceu. — Ele parece estar procurando algo. Agora que está na Alemanha e o grupo de Seiya também está se dirigindo até lá, acredito que ele esteja esperando Seiya. Rumores no Santuário dizem que eles querem convencer Thanatos a abrir os portões do Tártaro para poderem salvar Atena.

Ares deu uma risada maliciosa.

— Convencer Thanatos? Estão desesperados. Deixe—os se iludirem. Enquanto Phobos envia assassinos para matá-los, eu também farei o mesmo. Uma hora um dos lados vai acabar matando aqueles vermes, mas quando a lua de sangue aparecer novamente, aqueles inúteis já não serão ameaças. — disse Ares. — Quanto ao Fênix... Ele está sim procurando algo. E eu desconfio que seja algo que vai garantir o meu domínio sobre a Terra perante os outros deuses. Algo que eu escondi no mundo humano para deixar longe das mãos dos deuses.

— O que faremos com ele então? — perguntou Alceu.

— Eu cuidarei dele. — disse um homem de voz rouca entrando no salão.

De pele acinzentada como um zumbi e cabelos longos de cor verde escuro como lodo, ele trajava uma Onyx negra com adornos vermelhos. Possuía longas garras negras afiadas e usava um elmo que lhe cobria o rosto. O elmo era no formato de um crânio com dentes afiados. O espaço onde deveria estar os olhos era coberto por uma lente negra, mas dava para ver os olhos vermelhos brilhando atrás do elmo. — Eu sou Hysminai, o espírito da Carnificina. Um dos espíritos da guerra.

— Você está aqui?! Pensei que tivesse ido para os Estados Unidos com Kydoimos e os outros espíritos acompanhar Enyalios. — disse Alceu.

— Não lhe devo satisfação, berserker. — o modo como Hysminai pronunciou o nome berserker foi como se o repudiasse. — Senhor Ares...

— Vá! Vá até o Fênix e mate-o. — disse Ares. — Você é o espírito da carnificina. Não existe exército que permaneça de pé diante da sua insanidade sedenta por sangue. Ikki pode ser um único homem, mas vale como um exército.

— Sim, meu Senhor. — disse Hysminai se dissolvendo em trevas.

—...—


Casa Branca - Washington, DC - Estados Unidos

Jake estava caído no meio dos escombros e perdendo bastante sangue. Enyalios estava morto do outro lado do salão e Dionísio tinha deixado ele ali para morrer também. A armadura de leão continuava a fazer ressonância, como se estivesse disparando um alarme. Uma fenda no espaço-tempo então se abriu e um homem saiu trajando uma armadura de ouro que também estava ressoando. Ele andou em meio as chamas sem se importar e se aproximou de Jake.

— Quem.. está... ai? — perguntou Jake, tentando abrir os olhos.

— Sua armadura me chamou até aqui. Parece que ela quer te salvar. — o homem pegou Jake e o levantou apoiando-o em seu ombro. — Vamos rapaz, tente se equilibrar em mim. Seus ferimentos precisam de cuidados antes que você perca mais sangue e morra.

Jake se equilibrou no ombro do homem e tentou abrir os olhos para vê-lo, mas tudo estava embaçado. Apenas viu que o homem usava uma armadura de ouro também.

— Você é...

— Sim. Eu sou um Cavaleiro de Ouro como você. — respondeu o homem. — Me chamo Kastor. Sou o cavaleiro de ouro de Gêmeos. — Um pedaço do teto desmoronou levantando uma nuvem de poeira. — Agora vamos. Temos que sair daqui.

Eles caminharam até a fenda dimensional e desapareceram.

—...—


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Site Oficial: https://italosantanaofc.wixsite.com/meusite

Grupo da fanfic no facebook: https://www.facebook.com/groups/562898237189198/


Também pode falar comigo no Whatsapp. Caso queira entrar em contato basta me mandar um recado: 81 97553813

Próximo capítulo: Seiya e os outros chegam á França, mas não demora muito para que outro grupo de berserkers enviados por Fobos apareça iniciando um novo ataque. Lycaon, o berserker Licantrope do exercito do Terror, os caçam incansavelmente. Alkes se vê na necessidade de lutar, mas acaba tendo problemas durante a luta. O antigo Lince então afia suas garras para lutar e para honrar a promessa que fez quando conheceu Aiolia. Enquanto isso no Santuário, após saber do fracasso de Deimos em Asgard, Ares envia um homem para levar Deimos de volta á Roma.


Capítulo 32: Tão honrado quanto Aiolia! A promessa de Lince. - Parte 1



Foi um capítulo longo e demorei para postar porque estou na semana pre-prova. Aproveitei o domingo para concluir dando o melhor efeito possível para levar vocês ao campo de batalha e entender as emoções dos cavaleiros. Aguçar a imaginação é o meu desafio sempre ^^ Desculpa a demora rsrs.
Minhas provas começam no dia 01/06 então só vou começar a escrever o capitulo 32 depois que acabar as provas.

Boa leitura a todos. Deixa um comentário lá dizendo o que achou ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Saga de Ares - Santuário de Sangue" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.