Terminamos o jantar que foi o mais quieto desde o começo da seleção, a Rainha Amberly olhava para o Rei com o semblante cheio de preocupação, já o Rei por sua vez me mandava olhares de puro ódio, mas eu nem ligava pois tudo em que eu pensava era nos lindos olhos castanhos que não desgrudavam de mim, isso mesmo, o Maxon olhou para mim o jantar inteiro e toda vez que ele percebia que eu também olhava ele sorria para mim, o que fez com que a Celeste me fuzilasse com os olhos e Kriss que ainda estava triste, só piorou ficando roxa de ciúmes, já Elise nem se quer reparou, ela passou o jantar inteiro com um olhar sonhador.

Assim que o jantar acabou e a família real se retirou, corri para o meu quarto, quando cheguei minhas criadas vieram em cima de minha para me preparar para dormir, mas eu disse que o Maxon viria me ver, então depois de sorrisos ansiosos e pulos de alegria elas foram embora dizendo que voltariam mais tarde para me preparar para dormir.
Cinco minutos após a partida delas eu ouvi as familiares batidas na porta e praticamente corri para abri-la.

— Maxon! — Eu exclamei, dando passagem para ele entrar.

— Como vai minha querida? — Ele disse logo após entrar.

— Ainda não sou sua querida — eu disse arrancando risos dele e de mim — mas eu vou bem, e você?

— Melhor agora. — Ele disse, me abraçando.

Ficamos abraçados por alguns minutos e eu saboreei cada segundo, foi tão bom ficar abraçada com ele, que eu me perguntei como pude não perceber o que sentia por ele antes.

Quando nos separamos ele se dirigiu para a cama me levando junto, onde nos sentamos encostados na cabeceira, ainda de mãos dadas e com a cabeça no ombro dele eu fiquei imaginando como seria passar o resto da vida assim, mas ai me lembrei de uma coisa.

— Maxon, você não ia jantar com a Kriss hoje? — Perguntei.

— É, mas eu não ia perder o jantar de hoje de jeito nenhum! — Ele disse com um sorriso.

— Por que? Foi só um jantar normal. — Eu digo.

— Não, foi o jantar em que todos descobriram que você ia ficar, e eu não ia deixa-la sozinha com o meu pai e suas perguntas, apesar de que você se saiu muito bem. — Ele diz sorrindo e me olhando nos olhos.

— Obrigada...

Eu coloco uma mão em seu rosto, olho em seus olhos e o beijo, um beijo calmo e suave que como sempre me faz sentir amada e ter mais certeza de que o amo.

Quando nos separamos eu disse:

— Eu te amo.

A principio ele me olhou com espanto, como se não tivesse ouvindo direito, mas depois sorrio como se finalmente tivesse ouvido o que ele sempre quis ouvir.

— Eu também te amo. — Ele disse e me beijou novamente.

Dessa vez o beijo estava diferente, ele transmitia todo o amor que sentíamos um pelo outro e a felicidade de finalmente temos revelado nossos sentimentos. O beijo foi se aprofundando e se intensificando, uma mão sua estava na minha cintura e a outra na minha coxa, já as minhas estavam em seus cabelos, isso já estava indo longe de mais, então interrompi o beijo apesar de não ter a mínima vontade de parar e pelo visto ele também não.

Estávamos ofegantes e envergonhados quando dissemos:

— Desculpe. — Nos olhamos e sorrimos.
Ele passou a mão no meu rosto — ainda sorrindo — com tanta delicadeza, como se eu fosse a joia mais preciosa que ele tem.

— Você não sabe quanto tempo eu esperei para ouvir isso.— Ele disse, me fazendo sorrir.

— E eu para dizer. — Quando eu disse isso ele sorriu mais ainda e veio me beijar de novo, mas ai eu me lembrei que não poderia estar com ele sem dizer a verdade, toda a verdade.

— Maxon, eu não quero estragar o clima, mais não posso estar com você sem antes te contar uma coisa, e eu esporo que você me perdoe. — O amor que estava em seu olhar foi substituído por preocupação e apreensão.

— O que ouve América, você já esta me deixando preocupado. — Ele disse e eu já estava com os olhos marejados, ele quer que eu prove que ele pode confiar em mim, mas eu escondo tanta coisa.

— Você disse que quer poder confiar em mim, quer que eu confie em você, mais eu escondo muita coisa Maxon, coisas que você deveria saber, mas que não é MEU segredo, ao menos uma coisa eu posso contar e eu espero que você me perdoe.

A essa altura ele não olhava para mim com preocupação, muito menos com amor, ele olhava para mim com desconfiança.

— Você lembra que eu te contei do meu ex-namorado? — Eu perguntei e ele assentiu já com os olhos marejado, o que eu fui fazer? Vamos lá América você consegue contar eu pensei.

— Ele esta aqui. — Maxon me olhou confuso — Aqui no castelo, ele é o Soldado Leger.