The Hunger Games : A New Beginning escrita por Mila Guerra


Capítulo 9
Chapter Eight


Notas iniciais do capítulo

Eu juro, que eu ia postar uma vez por semana, mas os acompanhamentos deram um pulo de 10 para 15, e eu tinha que postar mais um para agradecer.
Esse capítulo, então é em homenagem a Amanda que comentou, e as 5 pessoas que começaram a acompanhar, entre elas a Cah Dantas, as outras não aparecem que pena eu queria saber quem é. Mas, muito obrigada de coração.



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Eu estava pronta, não era nada de mais, só um vestido da minha mãe, – claro que ele sofreu uns ajustes – com uma cor clara, que deixava a minha barriga em evidência. Eu estava esperando a minha mãe e a Prim se arrumarem, e sempre me pegava passando a mão no berço, aquele foi um bom dia.

“- Katniss? – o Peeta me chamou.

– Eu estou aqui. – com a ajuda de minha mãe e Prim, o berço velho estava no quarto com o chão forrado de papel.

Ele apareceu na porta com as mãos ocupadas, mas mesmo assim me beijou, era um costume dele, um beijo quando chega e antes de sair, não que eu esteja reclamando, longe disso.

– Então, é esse? – eu rolei os olhos pra ele, que outro berço havia ali.

Ele o avaliou, e depois começou a lixar, apesar de velho a madeira era boa, então ele se manteve intacto. Eu me sentei na cama e fiquei o olhando, o Peeta é lindo, mas agora tão concentrado ele ficava perfeito. Ele franzia o cenho e fazia um biquinho, que o deixava fofo.

Quando virou para me perguntar algo, me pegou espiando.

– Que foi? – ele perdeu a expressão concentrada.

– Você fica interessante quando está concentrado. – eu tentei disfarçar o meu encanto.

– Interessante? – ele parecia achar engraçado.

– É, o que você queria saber? – ficou sério novamente.

– Qual a cor que você gostaria de pintar o berço?

Eu não tinha pensado nas cores.

– Bem, que cores você tem ai? – falei me aproximando, não muito ele estava todo sujo de pó, da madeira.

– Eu trouxe as mais claras. – pegou os baldes para me mostrar – Tem rosa, branco, lilás e laranja.

– Que tal se você o pintasse todo de branco e fizesse umas listras com as outras cores na vertical, no fundo do berço. – o fundo era a única parte plana do berço, achei que era uma boa ideia. – Com a laranja entre o rosa e o lilás.

– Entendi. - ele me ofereceu um pincel – Você pode me ajudar a pintar a parte branca?

Eu hesitei, eu nunca havia feito isso.

– Você tem que pintar tudo em uma única direção, - ele me mostra como fazer – senão quando secar ficam as marcas.

Então, eu comecei a pintar, seguindo o que eu via o Peeta fazer. De repente ele me olhou e começou a rir.

– O que foi? – eu perguntei sorrindo.

– Você esta pintando o berço, ou a si mesma? – ele continuou a rir.

– Como assim? – me olhei e vi ao que ele se referia, eu estava toda salpicada de tinta.

– Eu... Ah, Peeta, eu nunca fiz isso na vida. – me expliquei.

– Bem, se sobrar depois eu te pinto. – e riu da minha cara indignada.

O pegando de surpresa, pintei a sua testa, ele tentou fazer uma cara de bravo, mas não conseguiu e começou a rir comigo.”

Eu já ria sozinha, quando a minha mãe entrou no quarto, para me levar ao Edifício da Justiça. O Peeta já estava lá, nós decidimos ir separados para não chamar atenção.

Fomos devagar, a barriga estava pesada, e o tempo estava esfriando, então eu não conseguia andar muito rápido.

O Peeta nos esperava o mais próximo da porta possível, seus olhos brilharam quando me viu, e eu sorri como sempre fazia quando o olhava, ele acariciou a minha barriga e me beijou, um selinho porque tinha pessoas nos olhando.

– Você está linda. Vamos, já estão todos na sala. – ele nos guiou até lá.

Na sala o Prefeito, o Sr. Undersee, estava atrás de uma mesa, a família dele do lado esquerdo, e o Peeta apontou para minha mãe e Prim ficassem do lado direito.

Nós ficamos de frente pra mesa, com minhas mãos entre as suas. Aqui no D12, o casamente não era nada mais que assinar os papéis e dizer aceito, as testemunhas também assinavam o que não significava nada, tudo isso era feito pro Capitol ter um controle sobre o que nós fazíamos da nossa vida. Para nós. só estaríamos realmente casados, depois de assarmos o pão.

O Prefeito falou algo que eu não ouvi, eu só comecei a prestar atenção quando ele se dirigiu ao Peeta.

– Senhor Peeta Mellark, aceita a Senhora Katniss Everdeen, para amá-la e respeita-la, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, - nessa hora eu me segurei para não rir, quem é rico aqui? – por todos os dias da sua vida?

– Aceito. – ele parecia feliz. Claro Katniss ele esperou a vida toda por você.

– Senhora Katniss Everdeen, aceita casar com o Senhor Peeta Mellark, para ama-lo e respeita-lo, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, - ele insistia com isso? – por todos os dias de sua vida?

– Sim. – eu também estava feliz. É Katniss, você o ama agora tanto quanto ele te ama.

Nós assinamos os papéis, e os nossos pais também.

– Pode beijar a noiva.

Ele se aproximou, e eu sofria por antecipação, antes de unir as nossas bocas ele encostou seu nariz no meu, - no conhecido beijo de esquimó – uma, duas vezes, até finalmente me beijar.

E pronto estávamos casados.

[...]

O Peeta tinha trazido suas coisas, para minha casa ontem, nos apertamos às roupas no armário, algumas coisas ainda ficaram na casa dos seus pais.

Ele havia trazido alguns cadernos de desenho, e eu fiquei os olhando, enquanto o Peeta tomava banho. A maioria dos desenhos me retratava em várias fazes da vida, outras eram de lugares do distrito.

Quando ele entrou no quarto, eu estava com dois cadernos abertos, o mais velho tinha um desenho meu no primeiro dia de escola, o vestido, as duas tranças, tudo igual, eu ainda segurava a mão do meu pai. No mais novo, eu grávida, no descampado da floresta, com a mão na barriga, e notas musicais saindo da boca, para indicar que eu cantava.

– Você desenha desde quando? – eu pergunto quando ele se senta ao meu lado.

– Faz algum tempo, - ele me abraçou pelos ombros – não teve uma data definida, quando eu vi já tinha esses cadernos cheios de desenhos.

Eu fiquei em silêncio, não precisava falar. Era um dom, essa facilidade para retratar as pessoas, com certeza era um dom.

– Essa aqui, - ele apontou para a minha imagem mais recente – foi um esboço do seu presente.

– Ele já esta pronto? – eu o olhei, a primeira vez desde que ele havia entrado no quarto, grande erro, ele estava muito perto.

– Não, não. Está quase, eu deixei lá em casa.

– Você não esta se sentindo a vontade aqui? – ele falou da casa dos pais como se ainda fosse a dele.

– Sim, estou. Por quê? – ele parecia sincero.

– Você disse que a casa dos seus pais, era a sua.

– Ah, bem, eu vim morar aqui hoje Kat, e mesmo assim, - ele pensava muito antes de falar – essa casa é uma herança dos seus pais, nunca vai ser minha. Ela é sua e da Prim.

Eu já esperava uma resposta dessas do Peeta, o que me deixava encantada, não era pela casa – que na verdade nem tinha muito valor – era pela consideração, pela lembrança, pelo respeito que ele tinha as coisas que meu pai havia nos deixado. O que prova sempre, o quanto o Gale estava errado sobre ele.

– Quem sabe um dia nós não temos a nossa casa. – ele abriu um sorriso sonhador – Você acha que elas já dormiram?

Parei por um momento para observar, como não ouvi nada, concordei.

Nós fomos em silêncio para a cozinha, o Peeta pegou o pão que havia trazido da padaria, atiçou o fogo, colocou dois pedaços do pão num espeto e botou para assar.

– Bem, antes eu queria te dar algo. – ele se virou para mim e tirou uma caixinha do bolso – Isso esta na minha família há muito tempo, é muito rara aqui no D12 e de muito valor material. Meu pai guardou por que era uma herança, ele iria dar para o filho dele que se casasse primeiro, mas ele disse que depois que viu a forma como eu te amava, ele guardou isso para quando eu criasse coragem para falar com você. Ele queria que eu tivesse a coragem que ele nunca teve com a sua mãe.

Ele tirou o pão do fogo e colocou num prato, abriu a caixinha e dentro havia um par de alianças douradas, eram lindas. Eu só havia visto isso na Capitol.

Pegou uma das alianças e falou: Eu, Peeta Mellark, aceito Katniss Everdeen para ama-la, e protege-la para o resto da minha vida. Sempre.

Colocou a aliança no meu dedo. Ele me emocionou com o seu gesto, eu já estava quase chorando, como eu não tinha o que falar, repeti o que ele disse. O “Sempre” que ele me falava a todo o momento pra demonstrar o quanto se dedicava a mim, inclui na minha frase também, para mostrar que eu iria me comprometer tanto quanto ele no nosso casamento.

– Eu, Katniss Everdeen, aceito Peeta Mellark para ama-lo, e protege-lo para o resto da minha vida. Sempre.

Deu-me uma aliança para colocar no seu dedo, me ofereceu um pedaço do pão e comeu o outro. Enlaçou as nossas mãos, e levou a minha mão a sua boca beijando o dedo com a aliança, antes de me puxar para um beijo, de verdade dessa vez.

Daquele que esquenta a alma, e acalma o coração. Quando ele viu que eu estava quase caindo de sono, me pegou no colo.

– Hora de dormir, Sra. Mellark.

– Everdeen Mellark. – só tive tempo de corrigir antes de me ajeitar contra seu peito e dormir.


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Notas finais do capítulo

Eu espero que vocês façam valer o meu esforço de postar numa segunda-feira, comentem!