The Hunger Games : A New Beginning escrita por Mila Guerra


Capítulo 10
Chapter Nine


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem, mas esse capitulo saiu realmente pequeno, eu não tinha mais nada para acrescentar a ele.
Eu tenho que agradecer a :
Ro_Matheus
Mah Eaton
LeoPG
Lola Mellark
Natalia Everdeen
Paloma Everdeen
Ao LeoPG e a Natalia, porque estão acompanhando também, tem mais gente só que o Nyah não mostra.



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Respira, inspira.

Nos últimos dias depois do casamento eu não fiz nada.

Respira, inspira.

Eu nem saia de casa, meus pés pareciam duas bolas.

Respira, inspira.

Ninguém mais me via, a única coisa que prendia a atenção era a minha barriga, que tinha crescido de uma forma exorbitante.

Respira, inspira.

Eu não deixava o Peeta dormir mais. Como eu não achava uma posição confortável ficava me remexendo na cama.

Força, Katniss. Respira, inspira.

E ainda tinha tido um desejo, fiz o Peeta se deslocar até a floresta, e encontrar amoras. Eu comi tantas, que acho que nunca mais iria querer vê-las de novo.

Respira e inspira.

Mas nada disso importava, a minha filha estava nascendo. Faz duas horas que eu estou na cama, esperando, e a dor fica cada vez mais forte.

Respira, inspira.

A cada dez minutos, a minha mãe vinha e checava a dilatação.

Respira e inspira.

Ela estava vindo checar novamente.

– Está na hora, Katniss. – ela me avisou – Eu vou contar até dez, quando eu fizer isso, você respira fundo e faz força, ok?

Tateei as cegas a mão do Peeta, que veio correndo para casa quando soube que a Pearl iria nascer e não saiu mais do meu lado.

Eu assenti, e ela começou a contar.

– 1, 2, 3... 8, 9, 10. – respirei fundo e juntei toda a minha força.

E mais uma vez... Mais uma vez... E mais uma...

– Vamos Katniss. – o Peeta me incentivou.

– Já está dando para ver, só mais uma vez.

Só mais uma vez Katniss, você consegue, é a sua filha.

Esforcei-me ao máximo, cansada só ouvi um choro forte e estridente. Então, todo o esforço foi recompensada, esse choro era como música para mim.

– É mesmo uma menina, Kat. – o Peeta falou trazendo ela toda enroladinha, aninhada em seus braços.

Levantei as minhas mãos para que ele me desse ela.

Quando eu a puxei para perto do meu peito, ela começou a esfregar o seu narizinho em meu seio, eu deduzi o que ela queria.

Ela sugava o leite com avidez, doeu um pouco no inicio, mas depois eu não sentia mais nada. Eu aproveitei o momento para observa-la, não enxergava muito por causa das lagrimas, mas eu vi que seus cabelos eram pretos, suas sobrancelhas eram finas e quase sem pelos, como seus olhos estavam fechados eu não os vi, um nariz arrebitado e a boca vermelha e pequena.

– Os olhos dela são azuis, - me falou o Peeta, só agora reparei que ele não tinha saído do lugar – como os da sua mãe, e da Prim.

Nesse momento ela abriu os olhos, eles eram mais azuis que o de minha mãe, que os da Prim. Eram azuis como o do Peeta.

[...]

– Ela é a junção perfeita de vocês dois, - falou o Sr. Mellark, o pai do Peeta. – seus cabelos pretos, e os olhos azuis dele. Apesar de o rosto ser a copia do seu, Katniss.

Minha mãe já havia me dito isso, falou também que um dos avôs dela tinham esses olhos azuis, foi uma sorte nossa, ela ficou mesmo parecendo que era do Peeta.

Fazia dos meses que ela havia nascido e a primeira vez que nós saímos. Eu estava cansada de ficar em casa, como já estava na hora do Peeta sair da padaria viemos busca-lo. O pai do Peeta já tinha nos visitado, mas todas as vezes em que a via, ele falava isso.

O Peeta nunca comentou sobre isso, mas ele não parecia se importar, ele a amava com todas as forças, é um pai babão, - ele já tinha se acostumado com o posto, tanto que chamava a si mesmo – ela também amava ficar com ele.

– Nós já podemos ir, Kat. - o Peeta falou, ele estava acabando de fazer alguns pães.

O Sr. Mellark me deu a Pearl e nós saímos, ainda estávamos no inverno então ela estava toda agasalhada quase não dava para vê-la.

– Você não deveria ter saído com ela nesse tempo Kat, ela ainda está muito pequenina. - ele falou a pegando da minha mão, o Peeta não brigava, ele falava as coisas de forma calma.

– Eu estava cansada de ficar em casa, e além do mais você gostou da nossa visita.

Esse tipo de conversa sempre acontecia, nós sempre discordávamos de alguma coisa sobre a Pearl, e ficávamos falando por muito tempo até que um admitisse que o outro estava certo, normalmente eu fazia mais isso.

– Sim, mas não deixa de ser arriscado.

– Sim, Sr. Mellark, eu não saio mas com ela no inverno, ok?

– Assim está melhor. - ele falou rindo.

Eu segui o caminha em silêncio, enquanto a Peeta brincava com a Pearl, ela ainda era muito pequena, então só nos olhava com curiosidade, agarrava os nossos dedos e colocava na boca, ela adorava morde-los.

Ele era ótimo para ela, o melhor pai que ela poderia ter, a mimava - ele dizia que não -, ele realmente gostava de ficar com ela, nós dividíamos tudo, eu o amava a cada dia mais.

Nós estávamos em casa e eu não conseguia fazê-la dormir, ela já tinha mamado, eu já tinha dado banho e ela não estava suja.

Eu já estava arrancando os cabelos, quando o Peeta voltou do banho.

– Venha, me dê ela. – ele falou a tirando de mim – Pode ir tomar banho.

Não discuti, eu sabia que ele ganharia. Quando eu voltei do banho, eu a encontrei dormindo em cima do peito dele.

– Como você conseguiu? – perguntei.

– Ela não resiste ao meu charme. – eu a peguei e coloquei no berço – Alias ninguém resiste.

Eu dei risada.

– Você esta ficando muito convencido Sr. Mellark . – falei enquanto me juntava a ele na cama.

Ele só fez rir, e depois me beijar. O Peeta nunca havia passado de um limite invisível que existia entre nós, normalmente ele parava antes mesmo de eu me sentir incomodada, como ele fez agora.

– Eu te amo, Kat. Boa noite. – era o que eu precisava para saber que não estava fazendo nada de errado.

– Também te amo. – me apertou mais em seus braços.

[...]

Eu voltei a caçar, só que agora eu trazia o Peeta e a Pearl. No começo ele achou estranho, mas agora ele até gosta.

– Mas Kat, nós vamos acabar te atrapalhando, - ele tentava me convencer. – Você sabe que eu não sou tão silencioso quanto você.

– Não tem problema. – eu o tranquilizei.

– Como não? Assim você não consegue caçar nada.

– Tem um lugar na floresta, que vocês podem ficar enquanto eu caço.

– Que lugar? – falou curioso.

– Surpresa. – disse e dei um selinho nele saindo logo depois.

Nós andamos por um bom tempo até acharmos o lago. O Peeta ficou encantado, gravando os detalhes para pintar depois, eu acabei aprendendo a ler as suas expressões e ele os meus pensamentos.

Depois de um tempo o Peeta já sabia chegar aqui sozinho, e nós víamos aqui nos domingos para aproveitar o lago.

A Pearl com seu cinco meses, gostava da água, e soltava risinhos de criança e sorrisos banguela para nós. O Peeta aprendeu a nadar o suficiente para se manter seguro dentro da água com ela nas mãos.

Com a vida do jeito que estava, eu só conseguia amá-los cada dia mais, eles trouxeram esperança e paz para mim. Com o Peeta, eu não precisava mais me preocupar se a minha família passaria fome.

Eu me sentia protegida, e amada como eu só fui quando meu pai era vivo. E eu não podia deixar de ser feliz, mesmo que eu estivesse com um mau pressentimento.


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Notas finais do capítulo

Ele é importante para a história, por causa dos momentos e tudo mais. O próximo eu recompenso, porque o próximo é muito grande, e eu queria saber uma coisa de vocês. Vocês querem lemon? Eu não faria, mas se vocês quiserem eu posso colocar na história, me digam, ok?