The Hunger Games : A New Beginning escrita por Mila Guerra


Capítulo 39
Chapter Four


Notas iniciais do capítulo

REPOSTANDO CAPÍTULO.
OLHA SÓ EU NÃO QUERO QUE VOCÊS COMENTEM NOVAMENTE NEM NADA OK? SÓ PEÇO QUE QUEM NÃO LEU LEIA O CAPÍTULO THIRTY ONE, ERA OUTRO ANTES E AGORA ESTÁ CERTO.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/487590/chapter/39

O Peeta estava estranho, muito estranho.

Eu não deixei ele perceber, mas eu havia percebido que ele quase não havia dormido hoje, e que essa semana ele havia chegado especialmente tarde da padaria.

O mais estranho foi hoje, ele acordou mais do que cedo e saiu, eu estava fingindo dormir e ele não me viu. Eu ouvi seu barulho na cozinha e pensei que ele tinha acordado para fazer algo especial hoje, provavelmente para a Prim que sempre pedia alguma coisa a ele, mas não, quando eu levantei ele já tinha ido e não tinha nada de novo na cozinha. E o mais impressionante a minha mãe me perguntou por ele, o que quer dizer que ele tinha saído antes mesmo dela levantar, o que era muito cedo para ele sair de casa.

Então eu fui caçar, como sempre. Aquele lugar me trazia grandes lembranças, tanto com o Peeta e com a Pearl e tanto com o Gale.

Gale, meu grande amigo. E eu ainda o considerava assim, apesar de ele quase nem me olhar direito, o que era uma injustiça, já que o Peeta havia me contado que ele estava começando a gostar da Delly, coisa que ele soube pela própria. Eu esperava um pouco mais de consideração da parte dela, eu achei que quando as coisas esfriassem ele viria e nós conversaríamos, só que nada aconteceu. Nem da minha parte, eu acho que grande parte por causa do orgulho ferido, afinal ele não esperou meio segundo para me ofender quando descobriu que eu estava grávida.

Tiro essas coisas da minha mente e consigo uma boa caça, no caminho eu vendo metade no Prego e a outra metade eu entrego escondido para Hazelle – a mãe do Gale – mesmo que ele já não fosse grande parte da minha vida, ele era importante e eu sabia que ele precisava de ajuda.

Depois eu sigo para a padaria, e eu encontro o Senhor Mellark, que abre um sorriso nervoso ao me ver, me deixando mais desconfiada.

– Oi Sr. Mellark, o Peeta está aí? – pergunto.

– Ahh... Não, ele saiu faz pouco tempo. – ele fala se enrolando um pouco.

– Ok. – falo e saio.

Pelo sol já era quase meio dia, então eu esperava encontra-lo em casa para comer com a gente, como sempre fez. Qual a minha surpresa quando eu chego em casa e não o encontro.

– Não sei, ele comeu rápido e depois saiu dizendo que tinha o que fazer na padaria. – a Prim fala quando eu a questiono.

– Mas como eu não o encontrei no caminho? – pergunto.

– Sei lá, você passou na casa do Haymitch? – questiona.

Eu como intrigada e depois pego a Pearl e nós vamos à casa do Haymitch. Eu bato a porta e surpreendentemente ele a atende.

– Oi docinho. – eu me arrependo de ter ido assim que sinto o cheiro do seu hálito.

– Oi Haymitch, você viu o Peeta? – pergunto, recusando a sua oferta de entrar na casa.

– Sim, vi e não faz muito tempo. – ele fala coçando sua barba por fazer – Ele me parecia muito estranho, aquele menino está planejando alguma coisa.

– Me fale algo que eu não sei. – resmungo para ele, que ri da minha frustração.

– Não se preocupe docinho, o garoto nunca faria nada de que se arrependeria depois. – ele fala e eu sorrio assentindo.

Ele tinha razão o Peeta não faria nada de errado. Volto para casa, pensando em esquecer tudo isso e aproveitar a minha tarde com a Pearl que parece cada vez mais disposta a andar sozinha.

POV Peeta

Não estava sendo nada fácil esconder as coisas da Katniss, mas até agora eu parecia estar conseguindo. Eu havia combinado tudo com a Senhora Everdeen e ele me ajudaria quando chegasse a hora, até o Haymitch entrou na história para plantar uma desconfiança na Katniss.

Eu havia acordado cedo e ido a padaria, eu escolhi uma dúzia de coisas gostosas para nós que eu sabia que a Kat gostava. Havia pegado uma dúzia de travesseiros e cobertores em casa, mais algumas velas, que eram essenciais.

Meu pai já tinha me dito que a Katniss havia procurado por mim, o Haymitch também e eu soube que tudo estava saindo como eu queria. Eu sabia que ela se distrairia com a Pearl, então fui e voltei da floresta uma dúzia de vezes, até ter tudo certo. No fim fui até a casa do meu pai e me arrumei já estava quase escurecendo e eu me apressei, eu não faria a Kat ir à floresta sozinha muito tarde, mesmo que ela conhecesse aquele lugar como ninguém.

Antes de ir dei uma batida discreta na janela da cozinha o sinal para a senhora Everdeen, ele teria que dar o meu bilhete a Katniss que a faria vir direto para a floresta, era simples, uma sugestão do seu lugar favorito e ele logo adivinharia. Eu segui calmamente, provavelmente a Kat, chegaria no momento em que o sol estaria quase sendo engolido pelo lago. O que tornaria tudo mais lindo. Depois de escorregar umas duas vezes eu finalmente chego ao nosso lugar.

Eu havia ficado realmente satisfeito com o meu resultado, não ficou nada de mais, afinal falávamos de mim e de Katniss e se fosse pomposo não seria verdadeiro. O meu principal medo ao ter essa ideia era que alguém percebesse que eu estava entrando e saindo da floresta, mas eu havia deixado tudo próximo à cerca o que facilitou as coisas. Eu não quis acender a lareira para não chamar muita atenção, então trouxe cobertas extras.

As comidas ficaram espalhadas pelo chão próximo a cama improvisada, eu não sabia o que estava pensando quando tinha tomado a decisão de fazer essa surpresa para a Kat.

Eu só sabia que nada parecido tinha acontecido conosco, apesar do nosso Distrito ser pobre as pessoas aqui namoram e passeiam muito juntas quando tem alguma força para isso. Nós não tivemos essa oportunidade e eu quis criar um momento especial para Kat, só nosso.

Sem medo, sem ninguém por perto, nós dois, no lugar que ela mais ama. Eu quero que ela sempre tenha memorias boas, independente do que aconteça eu quero sempre estar na sua mente como alguém que deixou a sua vida mais feliz, mesmo nos momentos ruins.

Meu coração dá um salto assim que eu escuto seus passos cautelosos, e eu suspiro esperando que ela finalmente apareça.

POV Katniss

Eu havia realmente começado a ficar preocupada com o Peeta quando eu vi o sol sumindo. A minha mãe já tinha ido à cozinha umas sete vezes, quando eu a vejo aparecer com um sorriso do tamanho do mundo e me entregar um bilhete.

– Leia. Eu acho que você devia mudar essa roupa. – falou olhando para as minhas roupas com um olhar reprovador.

Eu a olho intrigada, e ela me indica o bilhete. Eu o abro e encontro um recado com a letra do Peeta.

Vá ao lugar que você acha mais especial do mundo, quando chegar lá saberá o que fazer.

P.S.: Se estiver muito difícil lembre-se dos momentos bons.

Com todo o meu amor, Peeta Mellark.

Não foi preciso muito tempo para que eu conseguisse desvendar o recado, a primeira pista me deixou no ar, mas a segunda me indicava o lugar em que eu tinha mais lembranças boas. E era o lago.

Eu subi correndo as escadas procurando em meio a tantas novas roupas uma adequada, eu achei uma calça quente e linda preta, uma blusa que puxava para o laranja de mangas, um casaco marrom e um cachecol com listras douradas. Coloquei as minhas velhas botas e gostei do resultado. Desci novamente correndo e dei um beijo na Pearl me despedindo e pedi para a minha mãe cuidar dela, que revirou os olhos e disse que eu estava linda, o que me fez corar, a Prim sorriu em aprovação e eu saí dali com medo de não aguentar passar tanta vergonha.

O caminho foi fácil já que eu o conhecia, só que a minha mente a toda hora imaginava cem possibilidades do que o Peeta havia feito, desde uma surpresa, até alguma emboscada da Capitol, que logo descartei ao lembrar do envolvimento da minha mãe. Sinto-me extremamente ansiosa assim que avisto a superfície do lago com o por do sol refletido, e vejo o quanto o Peeta sabe fazer as coisas, já que ele me disse certa vez que amava essa cor e que se pudesse parava todos os dias para observar o sol indo embora.

Eu esquadrinho a área em sua busca, mas não encontro nada, é com total surpresa que eu vejo a casa que tem na beira do lago com a sua porta aberta. Eu já havia entrado ali com o meu pai, mas nada mais do que poucos minutos para descansar ou comer uma caça e eu relutei em seguir adiante, mas eu me lembrei de que era o Peeta lá e que nada do que viesse dele poderia ser ruim.

Quando eu passei pela porta e olhei tudo que o Peeta havia feito para nós eu só pude sorrir para ele e chorar, de felicidade, claro. Já que em nenhum minuto da minha vida e em todos os momentos que esteve ao meu lado ele deixou de mostrar o quanto era apaixonado por mim, o quanto não mediria esforços para me agradar.

Eu acho que o Peeta já estava meio impaciente por me ver parada no mesmo lugar, sem esboçar nenhuma reação além de um sorriso, seu cenho já estava franzido e ele parecia prestes a se xingar por ter feito algo tão lindo achando que eu um dia gostaria. Então eu simplesmente o abracei.

– Você gostou? – ele perguntou ainda meio desconfiado.

– Claro, está tudo lindo Sr. Mellark. – ele pareceu soltar um suspiro de alivio.

Eu o beijo e não sei o que me leva realmente a fazer isso, talvez para afirmar totalmente que eu havia gostado de tudo, ou então porque eu precisava disso. Na maioria das vezes quem errava era eu e quem se esforçava para consertar era o Peeta, não dizendo que ele não erra, mas não com a mesma frequência que eu e seus erros não causavam tanta magoa. E mesmo assim agora ele vinha e fazia isso tudo, para nós. E isso me deixava encanto com ele e com raiva de mim.

Assim que eu o solto, inspeciono melhor o ambiente, havia várias comidas o que fez a minha barriga se manifestar, e haviam cobertores e travesseiros arrumados à frente da comida. Ele não havia sido exagerado, ficou simples e lindo.

Eu seguro a sua mão e me sento em cima de um dos cobertores e puxo o outro para cobrir as nossas pernas.

– Então vamos comer? – ele pergunta assim que se ajeita melhor ao meu lado, passando um dos seus braços pela minha cintura.

– Sim. – falo simplesmente e nós atacamos.

Estava tudo delicioso como sempre, e nós havíamos passado a maior parte do tempo em silêncio, pensando talvez, pelo menos eu pensava em como o agradecê-lo por tudo. Depois que eu acabei de comer o Peeta me puxou inesperadamente para o se peito, se deitando e me deixando quase me cima dele.

– Quando você teve essa ideia? – pergunto

– Não sei, ela simplesmente surgiu. – ele fala – Mas eu creio que ela veio em grande parte por causa da nossa conversa sobre a “nova perna”. Sobre nós dois sabe e apesar de tudo que já aconteceu com a gente, e eu sei que todos os momentos foram especiais, nós nunca tivemos nada só nosso. Sabe do tipo casal?

– Realmente, mas eu nunca havia me importado com isso. – digo. – Quer dizer, nada na nossa vida é do tipo normal, e nós não estaríamos juntos se fosse.

Ele assente por que sabe claramente a que eu me refiro.

– Sim, só que eu queria fazer isso com você, ter esse momento. – ele suspira – Eu acho que se o Peeta de dez anos atrás soubesse que havia uma mínima possibilidade dos seus sonhos se realizarem, ele teria falado com você há muito tempo.

– Pode crer que a Katniss de dez anos atrás não daria nenhuma chance a ele. – eu falo e ele ri.

– É verdade, então essa é a nossa vida. – suspira – As coisas ruins que aconteceram só foram uma preparação, nenhum dos dois estava disposto a ficar com o outro, e a vida se encarregou de mudar e nós fazer crescer e ser fortes o suficiente para nos mantermos juntos. Sempre.

– Sempre. – eu sussurro com a voz embargada antes de puxá-lo para um beijo.

Eu fiquei realmente surpresa quando o Peeta nos girou e me fez ficar embaixo dele. Eu tento parar o beijo umas duas vezes, até que ele me deixe falar.

– Peeta você não precisa fazer nada se não estiver preparado para isso, ok? – indago e a única coisa que ele faz é voltar a me beijar.

Dessa vez eu o acompanho e guio as minhas mãos para as suas costas as infiltrando por debaixo da camisa e o arranhando. Ele por sua vez retira o meu casaco, também agora enfiando as suas mãos pela minha blusa e apertando a minha cintura. Eu puxo a sua blusa para cima ele termina de tirá-la por mim, começando o mesmo processo com a minha, interrompendo a série de carinhos que eu fazia nas suas costas.

Quando ele conseguiu, sua boca seguiu para o meu pescoço me dando vários beijos por ali e me fazendo ficar arrepiada, suas mãos seguiram para o fecho do sutiã rapidamente me livrando dele. Eu me senti tremer quando o meu tronco foi de encontro ao de Peeta, sua boca havia voltado para a minha e eu o havia puxado para mais perto. Eu não sei em que momento nós havíamos perdido os sapatos, mas isso realmente não importava, não quando o Peeta descia os seus beijos para o meu colo e esbarravam em um dos meus seios, fazendo com que um gemido vergonhosamente alto escapasse.

Eu volto a minha mão para as suas costas e o arranho, e ele também geme, só que baixinho no pé do meu ouvido, o que me enlouquece. Eu levo as minhas mãos a barra da sua calça e faço menção de descê-la, só que há um cinto, um botão e um zíper que me impedem. Eu me apresso em me livrar deles e rapidamente empurro a sua calça para baixo. Ele também se livra da minha, só que com um pouco mais de dificuldade pela posição em que nos encontrávamos.

Não restava quase nenhuma peça de roupa nos separando e eu conseguia sentir cada pedacinho do corpo do Peeta contra o meu e nesse momento eu não conseguia pensar em mais nada que não fosse o quanto ele é perfeito para mim. Ele retira o restante das nossas roupas.

– Eu te amo kat. – ele fala antes se guiar lentamente para dentro de mim, fazendo com que a minha resposta fosse só um grunhido de satisfação.

Eu ainda me surpreendia com a forma que eu me desligava de tudo quando estava com o Peeta, quer dizer nem de tudo, em algum momento o Peeta segurou o meu queixo e prendeu o seu olhar nos meus. E todas as vezes que eu fechava minimamente os olhos ele pedia que eu abrisse novamente, então eu me perdia duas vezes, nas sensações que ele me passava e no seu olhar, que um dia já fora de um azul cristalino e se transformara num completamente escurecido.

Eu deixei que seu olhar me passasse todo o amor que ele sentia por mim, e esperava que o meu passasse isso tudo também.

– Eu também te amo. – disse por fim, quando todas as sensações haviam passado e meu coração havia parado de sambar no meu peito.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

OBRIGADA PELA COMPREENSÃO E ME DESCULPEM O TRANSTORNO.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Hunger Games : A New Beginning" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.