The Hunger Games : A New Beginning escrita por Mila Guerra


Capítulo 40
Chapter Five


Notas iniciais do capítulo

Olá, para quem não sabe eu tive que excluir e postar tudo novamente porque eu não vi que havia pulado um capítulo. Então quem não percebeu por favor leia o Capítulo 33, ok?
Eu estou muito feliz porque as minhas visualizações pularam de cinco mil para quase sete.
Espero que gostem e comentem. Boa leitura.



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Eu acordo pela primeira vez em muito tempo antes do Peeta, mas provavelmente é porque ele passou a noite toda fazendo doces e o bolo para o aniversário da Pearl. Ele estava de costas para mim e a luz do sol que entrava pela janela caia diretamente nele e eu percebi que havia alguns sinais por ali. E seu cabelo parecia mais loiro do que nunca, inconscientemente as minhas mãos seguem para lá e eu começo a fazer um carinho por ali, ele se remexe e vira na minha direção.

– Desculpe, eu não queria te acordar. – falo e ele sorri para mim.

– Não tem problema, só não pare. – diz e eu coloco a minha mão no seu cabelo.

Ele coloca as suas mãos em volta da minha cintura e me puxa para mais próximo a ele.

– Nós temos que levantar. – falo.

A Pearl já, já acordaria e hoje era o dia dela. Eu não faria nada, mas o Peeta insistiu dizendo que ela merecia – eu falei que ela nem iria lembrar - e que era uma boa lembrança para todos nós. Então eu concordei e ele chamou a família dele toda e o Haymitch, a Prim só faltou começar a pular e falou que no próximo aniversário dela também teria que ter festa.

Eu me levanto e deixo-o na cama, tomo banho e me arrumo, quando eu saio ele já está de pé.

– Bom dia Kat. – ele me abraça e me dá um beijo.

– Bom dia.

Eu ficava pensando no quanto esses gestos fofos e simples do Peeta me encantavam, pode parecer meio banal, mas eu amava. Eu sempre fui uma pessoa que não demonstra seus sentimentos e mesmo sem perceber eu peguei algumas das manias fofas do Peeta, e surpreendentemente, eu não me importava. Nunca me importei, e ficava feliz em saber que eu fui capaz de mudar por ele.

Ele segue para o banheiro e eu para o quarto da Pearl que já está em pé no berço me esperando, quando me vê abre o seu sorriso de quatro dentinhos e estica seus braços para que eu a carregue. A levo para a cozinha e preparo o seu café, a minha mãe já estava acordada e a Prim também.

– Cadê o bolo Kat? – a Prim me pergunta.

– É surpresa. – o Peeta fala.

Ela parece meio decepcionada e eu rio, ele tinha colocado isso na cabeça, dizendo que o bolo iria ficar lindo e que iria me surpreender. Do Peeta eu não duvidava já que ele era mestre na arte de me fazer surpresas.

Ele toma café e logo sai, falando que ele ainda tinha que ajudar o pai a fazer pães e eu fiquei em casa ajudando a minha mãe a arrumar algumas coisas na casa para receber a todos. Eu nunca havia feito uma festa e a nossa não seria muito grande, era mais uma reunião de família e amigos, mas nada impedia de deixar a casa impecável para causar uma boa impressão – principalmente para a mãe do Peeta – e um exemplo pro Haymitch também.

O Peeta havia falado que combinou de tudo acontecer depois do almoço. Ele não veio almoçar em casa e eu fiquei preocupada, mas não iria atrás dele e acabar com sua surpresa. Então eu comecei a arrumar a Pearl, a minha mãe havia feito um vestido amarelo, quase laranja. Ela havia ficado linda eu a deixei com a minha mãe que usava um vestido vermelho lindo, quando eu a elogiei o seu rosto ficou da cor do vestido, foi hilário. Eu fui me arrumar e escolhi um vestido verde de alças simples. Bem a tempo porque o Peeta tinha acabado de chegar com a sua família quando eu entrei na sala.

Ele ainda estava com o bolo nas mãos e ele era maravilhoso. Ele era todo branco só que o Peeta havia enchido ele de bolinhas que imitavam pérolas e tinham laços na base, havia ficado fofo que nem a Pearl e simples também.

Ele colocou em cima da mesa que já estava com um pano branco perolado também. Envolta havia um doces que ele fazia e que ela amava.

– Oi Sr. Mellark. – falei e dei um abraço nele.

– Oi Katniss, como vai querida? Nunca mais você foi nos fazer uma visita? – me pergunta.

– Eu vou muito bem, me desculpe, eu sei que o senhor tem sentido a falta da Pearl. – respondo.

– E de você também. – ele fala me deixando corada.

O Peeta se aproxima e tira a Pearl de mim a colocando no chão, quando ela começou a andar o pai do Peeta só faltou chorar e correu para abraça-la. Eu fiquei emocionada, era bom ver que independente de qualquer coisa a nossa filha teria sempre alguém que a protegesse e fizesse feliz.

Antes que eu conseguisse falar com os outros convidados alguém bate na porta, eu olho o Peeta o questionando e ele ai até a porta pedindo que eu o acompanhe. A minha surpresa não poderia ser maior.

A Delly e o... Gale.

Eu não esbocei reação alguma e o Peeta sorriu, eu devia imaginar que isso era arte dele. Afinal a Delly ainda era sua amiga e por mais que ela me irritasse às vezes – ela era muito doce, não doce que nem o Peeta era aquele tipo sorrisinhos e abraços em todo o mundo – ela era uma boa amiga tanto para mi quanto para o Peeta e sempre apoiou o seu amor por mim, desde quando eram crianças, pelo menos era o que ele me disse.

Agora o Gale... Bom eu sabia que eles estavam tendo alguma coisa, só não sabia que o Peeta havia o convidado.

Eu teria que ser uma boa anfitriã.

– Olá, que bom vê-los aqui. – falei fingindo que sabia que eles viriam.

Percebi que o Gale havia soltado um ar preso, parecendo aliviado. Eu não o perdoaria e achava muita ousadia da sua parte vir aqui, mesmo que tenha sido convidado.

– Oi Delly, Gale, vamos entrem. – o Peeta falou saindo de frente da porta e me puxando com ele, já que não tinha me movido. – A Pearl está com todo mundo lá na sala.

– Oi Kat, - a Delly falou se aproximando e me abraçando – é simples, mas foi de coração, a minha mãe que fez. É para Pearl.

Apesar de tudo o seu gesto me tocou e eu sorri verdadeiramente e agradecendo.

– Vamos você tem que entregar na mão da aniversariante. – eu falo e a puxo em direção a Pearl.

Ela entrega a Pearl que sorri, mas estranha ela no começo já que a viu poucas vezes, no fim rasga a embalagem do presente e nos descobrimos que é um vestido azul, simples e lindo. Eu agradeço novamente e ela sorri para mim.

Quando eu vejo uma chance sigo para a cozinha, beber um copo de água e pensar um pouco, só que o Peeta me segue.

– Ei Kat, me desculpe por isso, - ele fala – eu convidei a Delly e disse que ela podia trazer alguém, eu só não imaginei que fosse o Gale.

– Tudo bem, eu só estou surpresa. – ele se aproxima e me abraça.

– Já está na hora, não é? – questiona e eu o olho intrigada – De você falar com ele, ele era o seu amigo, ainda é importante para você. Isso não faz bem a nenhum dos dois.

– Eu sei, é só que ainda doí um pouco. – eu me agarro mais a ele – E eu fiquei esperando um primeiro passo dele por muito tempo e não veio, eu meio que me acostumei com a ideia de que ele era orgulhoso demais para se importar com o que me disse e se isso me afetou em alguma coisa.

– Eu nunca perguntei o que ele falou, mas eu devo imaginar e eu espero sinceramente que ele te peça desculpas. – diz – Porque se arrepender, eu sei que se arrependeu.

Eu o questiono com os meus olhos e ele só faz sorrir para mim e me dar um selinho, eu não ia o deixar encerrar o assunto assim, mas fomos interrompidos por um pigarreio. Quando eu olho vejo o Gale parecendo envergonhado.

– Desculpa, mas estão esperando vocês na sala. – ele fala.

– Ok, eu já vou indo. – o Peeta sorri novamente e me dá outro selinho.

Quando ele passa pelo Gale, dá dois tapinhas nas suas costas em sinal de que está tudo bem.

– Oi Catnip, - o som do meu apelido me parecia tão estranho agora.

– Oi Gale. – eu não sabia se devia começar falando alguma coisa então me manteve em silêncio.

– Eu queria me desculpar com você, por tudo. Nós passamos quase a nossa adolescência toda juntos e eu meio que criei um sentimento de posse por você, eu gostava de você, nós pensávamos da mesma forma, agíamos como complemento um do outro durante a caça e isso me fez pensar que você era perfeita para mim. – ele parou um pouco e suspirou – E eu só fui descobrir que você não sentia o mesmo por mim, quando já estava grávida da Pearl e eu nem imaginava que você gostava do Peeta e que estava com ele.

“Não justifica a forma como eu te tratei e nem ter te ignorado por tanto tempo. A Delly me fez ver que nada do que eu pensei sentir por você era verdade, o que eu sinto por ela é verdadeiro. Eu entendi o que você viu no Peeta, eles são a paz para toda essa raiva que sentimos um dia, um pouco da doçura que nos foi tirada quando nossos pais morreram. Desculpe-me de verdade.”

– Tudo bem Gale, a muito que toda a minha raiva já passou, eu só queria o meu amigo de volta. – falo sorrindo para ele.

Eu estava feliz, eu não esqueceria as palavras, mas ele foi mais que um irmão para mim durante parte da minha vida, ele importava de verdade e com ele aqui a vida ficava mais feliz.

– Agora vamos comer bolo. – digo mas ele me impede antes que eu possa sair.

– Eu posso receber um abraço? – indaga.

– Ok. – eu o abraço.

Não era como o do Peeta que me esquentava e me trazia paz, eu só ficava feliz em ter o meu amigo novamente.

– Ah Catnip, eu queria agradecer pela caça. – ele parecia meio envergonhado.

– Tudo bem, nós temos demais aqui. – respondo e saio.

O Peeta me olha e eu sorrio para ele. Ele parece entender e sorri de volta.

Agradeço em silêncio e ele só faz balançar a cabeça.

Aproximo-me da Pearl que continua andando graciosa pela sala, brincando com um e com outro, parando de vez em quando para enfiar a mão num dos doces na mesa. O que fazia todos rirem. Menos a mim é claro, eles se encantavam com tudo o que ela fazia mesmo que fosse muito errado.

– Peeta - falei me aproximando dele – acho que já está na hora de você cortar o bolo.

– Claro, vamos. – ele segura a minha mão e segue para a mesa.

– Alguém quer bolo? – pergunta

– Finalmente, eu já estava quase morrendo de fome. – esse comentário tinha que sair do Haymitch.

– Esperem, - a minha mãe interrompe o que é muito fora do comum – é um costume antigo, ela tinha que fazer um desejo antes de partir o bolo, mas é muito pequena. Então vocês pais desejem algo a ela.

– Eu quero que ela tenha uma vida tranquila e feliz. – eu falo.

– Ao nosso lado. – o Peeta acrescenta, e eu sorrio concordando.

O Peeta parte o bolo e distribui a todos, pega mais dois pedaços e coloca em um prato e me entrega pegando três colheres em seguida e nós sentamos. Eu começo a dar a Pearl enquanto ele come e depois eu provo, eu sabia que estava bom, mas os bolos que o Peeta fazia eram maravilhosos e eu comi outro pedaço.

Já estava ficando tarde e o Haymitch foi o primeiro a ir embora alegando que precisava de uma bebida. A Delly e o Gale o seguiram e foi diferente a hora de se despedir, a Pearl gostava da Delly, mas o Gale ela só tinha visto uma vez e mesmo assim ela gostou dele. Então quando o Gale foi falar com ela colocou suas duas mãozinhas no rosto dele, o que mostrava que ela gostava da pessoa, ela fazia muito isso comigo e com o Peeta, olhava nos nossos olhos como se entendesse, eu amava já que seus olhos eram iguaizinhos aos do Peeta, mas o Gale se assustou.

– Ela é tão linda, a sua cara, mas ela é tão Peeta. – eu ri com a sua descrição.

– Sim, ela é tão Peeta. – concordei.

– O que você quer dizer com tão Peeta? – o Peeta perguntou.

– A Katniss não é tranquila e carinhosa com pessoas que não conhece. Fora que esses olhos mostram exatamente a mesma coisa que os seus, gentileza. – o Gale falou.

Eu sentia a mesma coisa quando os olhava, desde sempre mesmo quando eu ainda não o amava. Eu ficava feliz que a minha filha cresceria igual ao Peeta, ele sofreu muito tanto com a mãe, com os Jogos, e continuava igual ao mesmo menino que me ajudou com o pão.

O sol desaparecia e a casa já estava vazia, a família do Peeta tinha sido a última a ir embora, e o senhor Mellark estava radiante, eu não esperava mais nada e estava morrendo de vontade de dormir.

Só que bateram na porta novamente, eu olho para a sala para ver se alguém tinha esquecido algo, mas não percebi nada. Fui abrir a porta e eu preferia não ter feito isso.

Era ele.

Eu devia ter começado a tremer ou as minhas lágrimas ficaram evidentes porque o Peeta já estava do meu lado, quando ele viu quem era me abraçou e me puxou para trás de si.

– O que você está fazendo aqui? – ele perguntou.

– Eu só vim trazer uma correspondência da Capitol para vocês.

Eu não sabia o que era pior, se o Pacificador Chefe na minha casa ou se uma correspondência da Capitol.

– Pode me dar, e se você puder nunca mais apareça aqui. – o Peeta recebe uma caixa que estava na mão dele.

Ele bateu a porta com uma força exagerada e me levou para a cozinha. Ele falou algo para minha mãe, mas parecia um zumbido.

Eu nunca mais tinha visto ele, eu fugia de qualquer pessoa que usasse farda de Pacificador, ver os outros me trazia uma má lembrança, agora vê-lo. Eu me sentia da mesma forma que aquele dia, impotente, me sentia um lixo.

– Bebe essa água Kat. – minha mão tremia e eu quase não consigo segurar o copo.

Ele vê que eu não vou conseguir, então larga em cima da mesa e me abraça, passando as mãos pelas minhas costas tentando me acalmar, nos seus braços eu me permito chorar.

– Se lembre de nós Kat, você tem a nós. Eu, a Pearl, a sua mãe, a Prim, ninguém vai te machucar. – ele continua murmurando coisas assim no meu ouvido e eu vou me acalmando.

Ele me carrega e nos leva para o quarto. Antes que eu possa dormir eu me lembro do presente da Capitol e pergunto ao Peeta sobre ele.

– Não se preocupe. – ele fala. – Eu estou aqui.

Sempre, ele sempre estaria aqui.


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Notas finais do capítulo

Foi muito difícil fazer esse capítulo ficar com tudo que eu queria mais eu acho que consegue, eu não estou tendo mais tanta dificuldade em fazer capítulos grandes.
Estou engatando na história e ela esta ganhando mais ritmo.
Bom, eu dei uma bela assustada em vocês ai no final, não foi?
Mas não se preocupem ele não vai aparecer frequentemente, e foi mais pelo presente da capitol do que por ele que eu fiz isso.
Beijos e comentem por favor.



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