The Hunger Games : A New Beginning escrita por Mila Guerra


Capítulo 38
Chapter Three


Notas iniciais do capítulo

REPOSTANDO CAPÍTULO.



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POV Peeta

Passar a noite sem a Kat foi uma eternidade. Eu não dormir e de manhã eu acordei mais cedo do que nunca e fui fazer a única coisa que realmente me acalmava. Pão.

Eu devo ter feito umas três fornadas quando o meu pai apareceu e me dispensou dizendo que esse não era mais o meu trabalho. Eu fiquei conversando com ele e deixou escapar que estava com saudades da Pearl e aí eu me lembrei de que sem mim elas não teriam pão. Coloquei uma quantidade suficiente para o café e fui.

Entrar naquela casa e agir como se eu não estivesse sofrendo por estar longe da Katniss foi horrível, mas eu fui recompensado com o sorriso da Pearl que se animou ao me ver. A Katniss não levava a Pearl mais ao caçar, nem eu ia com ela, só que eu quis checar antes de pedir para lavá-la para ver o meu pai. Foi estranho e imaginar que de agora em diante eu teria que pedir para ver ou fazer algo com a minha filha me entristecia.

Mesmo assim eu segui, eu estava me fazendo de difícil, as vezes eu me sentia meio mau por ceder tanto as vontades da Katniss. Não que não me alegrasse vê-la feliz, é que parecia que só eu fazia isso.

– Pai? – chamo assim que entro na padaria.

– Oi filho, aqui no fundo. – eu sigo para os fundos da padaria.

– Olhe ela aqui. – eu falo mostrando a Pearl, que sorri animada ao ver o avô.

– Como você está grande, - ele a pega – também já vai fazer um ano, não é?

Realmente faltava pouco mais de um mês para o aniversário dela, eu teria que pensar no que fazer para ela. Como seria o bolo?

Meu pai continua brincando com ela, enquanto eu tomo o seu lugar no que ele estava fazendo.

– Se resolveu com a Katniss? – pergunta ao me ver calado.

– Não. – falo simplesmente.

– Por quê? – eu dou de ombros – Vocês são muito complicados, os dois estão ai morrendo de vontade de falar com outro e ficam inventando problema onde não existe.

– Existe sim pai, - eu suspiro – às vezes me parece que a Katniss não quer dividir os problemas comigo. Ela simplesmente sofre e quer carregar tudo nos próprios ombros, nós somos dois, eu jurei ajuda-la e protege-la, mas ela não quer a minha ajuda.

Havia sido um alivio finalmente conseguir colocar em palavras o que eu realmente sentia, e meu pai permaneceu em silêncio por um tempo.

– Eu te entendo, só que ela nunca vai saber o que você sente se você não falar. – ele me olha – Você reclama dela não dividir o que sente com você, mas você não se propõe a contar que isso te importa e te machuca.

Eu assinto, realmente ele tinha um pouco de razão e dessa vez ele me deixa ficar em silêncio, pensando.

POV Katniss

Eu sigo direto para a padaria e encontro – infelizmente – a mãe do Peeta.

– Bom dia Sra. Mellark. – falo e nem espero ela me responder – Onde está o Peeta?

Ele indica com as mãos o fundo da padaria e eu sigo para lá. Quando eu chego a porta eu só escuto os gritinhos da Pearl e bato na porta.

– Pode entrar. – quem fala é o Sr. Mellark.

Eu coloco a minha cabeça numa fresta da porta e o Sr. Mellark sorri para mim. O Peeta não me vê, porque está de costas.

– Oi. – ele se vira assim que ouve a minha voz e franze o cenho.

– Oi, aconteceu alguma coisa? – ele pergunta preocupado.

– É... Sim, será que eu posso falar com você? – ele fica mais intrigado.

– Sim. – ele olha para o pai – O senhor pode ficar com ela?

– Claro, vai ser um prazer. – ele fala sorrindo para a Pearl.

Ele me guia até o lugar onde ele faz os bolos e fecha a porta.

– OI? – se vira para mim curioso.

Eu havia pensado tanto em vir aqui e falar com ele, que nem pensei no que diria. Eu podia pedir desculpas, mas eu não sabia como começar. Eu faço a única coisa que me vem em mente. O beijo. Para a minha felicidade ele não recua, passa os seus braços em volta da minha cintura e me puxa para mais perto dele. A minha mãe segue direto para os seus cabelos, beijar o Peeta era a melhor coisa do mundo.

Eu havia feito um bom começo, só que eu ainda não sabia o que falar, e quando ele me afasta e me olha com os seus olhos azuis interrogativos, eu fico perdida.

– Katniss? – questiona.

– Desculpe. – falo e ele me abraça.

– Me desculpe também. - ele fala – Só não decida as coisas por mim. Somos dois, e principalmente porque envolvia os dois, não tome a frente.

– Ok, eu percebe o meu erro. – o olho – E também peço desculpas pelas minhas palavras, eu não acho que nós estávamos errados, nem que tudo que está acontecendo é porque nós estamos juntos.

– Eu sei disso. – ele fala – Você tem o dom de falar sem pensar quando está com raiva.

Eu o olho indignada e ele ri.

– Isso pode ser bom, quer dizer quando não sai uma besteira. – ele continua rindo e eu não consigo não o acompanhar.

– Ah e nunca mais saia sem me dizer para onde você vai. – eu falo.

– Como? Nós tínhamos acabo de nos desentender você queria que eu voltasse e dissesse: A proposito eu vou dormir na casa do meu pai até você perceber que o que disse foi uma grande besteira e me pedir desculpas. – ela fala mudando um pouco o tom de voz e me faz rir.

– Vamos. – eu falo e nós voltamos para onde o seu pai está com a Pearl.

– Pai, eu acho que agora você tem que deixar a Pearl senão o senhor não fará nada aqui. – o Peeta diz e o senhor Mellark dá risada.

– Sim, depois nós vamos nos divertir melhor não é garota? – ela ri e ele me entrega ela.

– Tchau Sr. Mellark, tchau Peeta. – eu falo e saio.

Eu passo por um dos irmãos do Peeta que brincam um pouco com a Pearl e eu vou para casa, hoje novamente não daria tempo para caçar, então eu passaria mais um dia chato em casa.

O resto da manhã eu passo com a Pearl brincando com ela e tentando fazê-la falar, ou andar, mas o máximo que consigo é deixa-la em pé e fazê-la dar um passos e cair. O que arranca risadas dela mesma, parecendo feliz com o seu feito.

– Você tem que aprender a andar pequena. – eu converso com ela – Tem que receber todo mundo em pé no seu aniversário.

Ela fica me olhando só que não faz nada, a Prim chaga da escola e eu a deixo com a Pearl enquanto ajudo a minha mãe colocar a mesa do almoço.

– Pode colocar o prato do Peeta. – falo.

– Se acertaram? – pergunta

– Sim mãe e não doeu. – respondo me referindo à conversa que nós tivemos mais cedo.

Ela ri e continua a colocar a mesa, eu escuto um grito da Pearl e a porta batendo e chego na sala a tempo de ver a Pearl cair nos braços do Peeta.

– Não, não, não. – grito, só que eu estou rindo então ninguém se importa – Eu tentei a manhã toda fazê-la andar, aí você chega e ela corre para você.

Ele ri e se levanta com ela em seus braços.

– Eu já te disse que ninguém resiste ao meu charme. – ele diz rindo mais ainda.

– Vamos comer. – volto para a cozinha e todos comemos em silêncio.

A tarde nenhum de nós tem o que fazer, a minha mãe hoje conseguiu um paciente, então eu me refugio no quarto com o Peeta e a Pearl enquanto ela e a Prim cuidam dele.

O Peeta pega um quadro e as sua tintas e começa a nos pintar. A Pearl gosta da ideia e o Peeta consegue um papel para ela não partir para cima do seu quadro, então ficamos os três no chão. O Peeta pintando e eu ajudando a Pearl a fazer mãozinhas no papel, o que a deixava extremamente feliz.

No final o Peeta tem um esboço de nós três no chão do quarto em preto e branco e a Pearl suas mãos de várias cores no papel.

– Não tem nem comparação? – eu falo.

– Para uma criança de 11 meses até que está muito bom. – o Peeta fala e eu rio.

Eu dou um banho na Pearl e ela dorme. No final o resto da tarde passa bem rápido e nós vamos dormir.

– Você faz muita falta aqui. – eu digo.

– Eu posso dizer que também não consigo dormir sem você. – ele fala.

Eu rio e o beijo, apesar de estar com o Peeta há algum tempo, eu ainda mantenho o meu receio sobre ver pessoas nuas, mesmo sendo o Peeta, e fazer o que eu tenho em mente ainda é extremamente vergonhoso.

Enfio as minhas mãos por dentro da sua blusa nas suas costas, e puxo-a para cima. Quando está prestes a passar por sua cabeça o Peeta segura as minhas mãos.

– Peeta... – falo frustrada.

– Me desculpe Kat, mas eu não consigo. – ele se afasta e eu consigo ver os seus olhos.

– Mas por quê? Você não... – eu não consigo colocar em palavras a minha duvida.

A única coisa que eu conseguia imaginar era que ele não me queria mais, não sei se por ainda estra irritado comigo ela briga, ou se por algumas das minhas novas cicatrizes.

– Não, não é você... – ele suspira. – É só que eu ainda não me acostumei com a minha “nova perna”.

Eu havia parado de me preocupar com isso, porque se o preço para ele estar vivo era perder a perna, eu não me importava. Só que eu me esqueci de questioná-lo sobre como ele se sentia com ela. Eu me lembro de que no começo ele tinha algumas dificuldades para andar, só que com o tempo ela passou a ser parte dele. Tirando o fato de que ele se tornou muito barulhento, o que o irritou profundamente. Foi uma das poucas vezes em que o Peeta parecia realmente triste consigo mesmo.

Esse foi um dos motivos para ele deixar de ir à floresta.

– Você sabe que eu não me importo. – eu falo me aproximando e me aconchegando a ele – Isso faz parte de você Peeta, se eu me importasse com isso eu seria hipócrita, já que eu também tenho as minhas. Nós somos duas pessoas com marcas, que só provam o quanto nós nos amamos.

– Eu sei, só que me dê um tempo, ok? – eu assinto e ele me abraça. – Eu te amo mais por isso.

– Eu também te amo. – falo e ele me dá um selinho. – Só me prometa que você vai falar comigo quando tiver qualquer problema, você mesmo me disse que nós somos dois e que coisas que envolvem os dois, um não deve resolver sozinho.

– Você tem razão. - ele fala.

Dormir depois do meu pesadelo estava fora de cogitação então eu só fiquei observando o Peeta dormir, eu me detive umas duas vezes entes de ceder e começar a fazer um carinho no seu cabelo. Eu tomo um susto quando ele começa a tremer e me prende com uma força exagerada em seus braços.

– Peeta... Peeta. – falo o sacudindo. – Peeta!

Quando eu quase grito, ele acorda. Parecendo atordoado, ele me puxa mais para si e esconde a sua cabeça no me pescoço, e eu consigo sentir o quanto a sua respiração está arfante. Eu começo um carinho nas suas costas para que ele se acalme.

– O que foi Peeta? – eu falo - Você quer me contar?

– Foi só mais um dos pesadelos sobre perder você. – ele diz – Quando eu acordo e vejo que você está aqui, passa.

Fico aliviada pelos sonhos dele serem tão fáceis de esquecer e emocionada por saber que eu faço parte de sua vida até nos sonhos, mesmo que de uma forma tão ruim.

– Você consegue voltar a dormir? – pergunto

– Não, vou ficar te fazendo companhia. – ele responde.

E nós passamos o resto da noite conversando.


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Notas finais do capítulo

OBRIGADA PELA COMPREENSÃO.



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