The Hunger Games : A New Beginning escrita por Mila Guerra


Capítulo 11
Chapter Ten - Part 1


Notas iniciais do capítulo

Esse é um capítulo tenso, eu vou dividir porque iria ficar muito grande tudo junto, amanhã eu posto o segundo.



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“Eu estava num lugar escuro, sem saída, completamente fechado e sozinha. Estava com o meu arco na mão e roupas de caça.

As paredes se mexeram, e eu vi alto-falantes aparecerem no lugar.

De repente a sala fica cheia de gritos. Que eu reconheço.

Primeiro o de Peeta, pedindo socorro, gritando por ajuda.

Eu começo a atacar os alto-falantes com as minhas flechas, como se assim o Peeta fosse parar de implorar.

E isso aconteceu, mas meu alívio durou pouco. Por que depois veio o de Prim me chamando, implorando por mim.

Por ultimo a pior de todas, eu só havia visto a minha filha gritar de alegria. Mas esses gritos, e o choro eram de pura dor.

Eu já estava no chão, em posição fetal, pedindo que parassem.”

Eu acordo gritando, com o Peeta tentando me acalmar.

– Shii, Kat. Passou, foi só um pesadelo. – não foi só um pesadelo eu sentia isso – Você quer me contar?

Não eu não queria, a única coisa que eu precisava agora, era dele.

Nesses sete meses de casados, nunca houve nada entre a gente, o Peeta não tentou nada, nunca ultrapassou um limite invisível existente entre nós.

Tinha alguns beijos, que realmente me faziam querer mais, porém havia uma insegurança, um medo tão grande, que não me deixava seguir em frente. Mesmo sabendo que quem estava ali era o Peeta, o homem que eu amava e confiava de uma forma que eu nunca pensei.

Mas hoje não, nada disso passava pela minha mente, a necessidade que eu tinha de senti-lo era maior que qualquer medo.

– Kat? – Peeta me chamou depois que eu o agarrei. – O que você pensa que esta fazendo?

Eu não iria deixar que ele ouvisse a voz da razão, não hoje, amanhã ele podia falar o que quisesse.

– Eu só preciso de você Peeta. Só de você.

Foi o suficiente para ele entender que eu realmente queria isso.

Ele seguiu com os beijos para o meu pescoço, e com as mãos para a barra da minha blusa, a tirando e aproveitando para passear com as mãos pela minha barriga. Quando a sua mão roçou de leve do lado dos meus seios um gemido involuntário escapou da minha boca.

Eu o beijei, e aproveitei para passar a minha mão pelas suas costas arranhando de leve, ele gemeu no pé da minha orelha, o que causou uma serie de arrepios, ele riu um pouco da minha reação e fez novamente, dessa vez mais rouco, o que me deixou extasiada, e o arranhei mais.

Suas mãos pararam na barra do short e ele me olhou.

– Kat, se você quiser desistir tem que ser agora, senão eu não vou conseguir parar mais. – como ele queria parar falando assim, no pé do meu ouvido, me arrepiando completamente.

Para provar que eu o queria de verdade, me enchendo de coragem levei as minhas mãos a sua calça, a puxando levemente para baixo, então ele continuou, puxando devagar o meu short levando junto à calcinha, ele me avaliou por um momento, mas voltou-se rapidamente para o meu rosto, me deixando extremamente envergonhada.

Ele me abraçou, trilhou beijos pelo meu rosto enquanto suas mãos faziam um carinho calmo na minha cintura, ele estava tentando me acalmar, me dando espaço, me dizendo que ficaria tudo bem, e que era ele ali.

Quando eu me senti pronta para seguir, eu arranhei a sua barriga seguindo com a minha mão para sua calça, a descendo em momento algum olhando para baixo, eu não me acostumaria com isso tão facilmente. Vendo meu desconforto, ele tirou o resto da sua roupa e se guiou lentamente para dentro de mim, ouve um desconforto, mas depois de uns minutos eu me movimentei contra ele. E ali em seus braços, eu consegui ficar tranquila, eu me esqueci de tudo, esqueci-me das minhas duvidas e inseguranças, era o Peeta, o único homem que me faria sentir isso.

Consegui esquecer até que amanhã seria o dia que eu temi por todos esse meses. Que amanhã seria o Dia da Colheita.

[...]

Eu sabia que dia era hoje, que hoje não seria um dia fácil para nenhum de nós, mas a única coisa que eu conseguia pensar era na minha noite com o Peeta. Eu sabia que ele estava acordado, mas eu não conseguia encara-lo, sinceramente eu não sei se era vergonha, ou arrependimento.

Vergonha? Sim, agora arrependimento? Não. Lembrando tudo, eu não me arrependeria de algo que me faz tão bem, principalmente com uma pessoa que eu amo tanto.

Só que eu precisava pensar, um medo me assolava de uma forma assustadora. E independente de qualquer coisa hoje eu iria caçar, mas para isso eu precisava passar pelo Peeta.

Ele sabia que eu estava acordada, e se manteve quieto esperando a minha reação.

– Bom dia Peeta. – eu me surpreendi com a forma rouca que a minha voz saiu.

– Bom dia Kat. – ele estava mais próximo do que eu imaginava, e só o som da sua voz me fez arrepiar.

Meu deus, quando eu havia ficado tão... Bem... Animada.

Ele havia iniciado um carinho lento pelas minhas costas, me acalmando, ele sabia que eu estava preocupada com o que lhe dizer, e estava me dando liberdade para pensar.

Eu o olhei, encarei aqueles olhos azuis tão próximos, e vi tudo que eu precisava, amor, carinho, admiração. Eu estava certa, não tinha como se arrepender.

O Peeta tinha tudo que uma pessoa precisava para ficar comigo, paciência, ele sabia que as coisas não aconteceriam de uma forma fácil, nem de forma rápida, e mesmo assim ele não desistia, nem pressionava. Eu acabei absorvendo um pouco dessa sua paciência e ele um pouco da minha coragem e força. E isso nos fazia perfeitos um para o outro.

Eu estava prestes a dizer para ele que estava tudo bem, quando a Pearl chorou me fazendo dar um pulo de susto, e o Peeta rir de mim. Bem eu tinha que levantar, mas eu não faria isso nua, e também não faria com o lençol, porque ai eu deixaria o Peeta nu, então eu estaquei.

Ele me olhou com uma sobrancelha arqueada, eu sempre me levantava rápido quando ela chorava, naturalmente ele estranhou. Ele só entendeu quando eu corei, ele riu um pouco, e se afastou de mim, pegando a sua calça que estava no chão ao lado da cama, e a vestiu.

– Você é adorável Kat. – ele falou me dando as minhas roupas, ele se virou pegando a Pearl e me dando liberdade para vestir a roupa.

Eu me aproximei dele, a pegando da sua mão.

– Eu estou com medo. – falei com o Peeta, mas olhando para a Pearl.

– Eu também, - ele havia me entendido – mas seja o que for, estaremos juntos sempre.

Eu estava com um mau pressentimento, o dia de hoje nunca foi bom para mim, mas esse está muito pior. Agora eu tenho mais duas pessoas com quem me importar o Peeta e a Prim, seria a primeira colheita dela. Mas mesmo assim eu fui caçar sozinha, por mais que eu quisesse manter minha vigilância sobre eles, eu não arriscaria em levar a Pearl para a floresta hoje, e eu só iria porque era extremamente necessário.

Quando eu chego em casa, todos já estão prontos, e eu caminho pro quarto para me arrumar. O Peeta me segue, eu sabia que ele queria se despedir – não que ele achasse que seria escolhido, mas homens e mulheres eram separados, e com todas aquelas pessoas em volta, nós não teríamos chance -, no quarto eu me jogo em seus braços.

– Você tem que ser forte Kat. – ele me apertava em seu abraço.

– Isso tudo é culpa sua.

– Minha?

– Sim, sua. Você me deixou frágil. – expliquei. Ele se atreveu a rir.

– Porque eu vou protegê-la. Sempre, lembra? – eu assenti, nunca iria esquecer.

– Eu te amo. – eu falo, eu sabia que ele entenderia, com ele eu não precisava ficar horas me explicando, ele sabia ler o que eu queria dizer com poucas palavras.

E agora eu dizia que não havia me arrependido de nada, e que eu estava com medo de perdê-lo, e que eu o amava muito.

– Eu sei. Eu também te amo. – e ele queria dizer que nunca duvidou de mim, nem do meu amor.

Eu precisava me arrumar, então corri para o banheiro, onde uma banheira quente me esperava, me esfreguei tirando a sujeira e o suor da floresta, e lavo o meu cabelo. Quando eu entro no quarto, eu encontro um vestido de minha mãe, azul de veludo, com sapatos combinando. Fico surpresa, já que as coisas que ela guardou do seu passado eram realmente importantes para ela, mas não recuso, eu sei o quanto ela está se esforçando para se manter firme. Arrumo-me e faço a minha habitual trança no cabelo.

Dificilmente eu pareço comigo mesma, pelo menos é o que a imagem no espelho me mostra.

– Você está bonita. – diz Prim quando eu entro na cozinha.

Eu vejo o quanto ela esta nervosa, então a abraço, tentando passar toda a segurança que eu não sinto. Ela está com as minhas roupas da primeira colheita, e a blusa está grande nela, de modo que fica para fora da saia.

– Olhe seu traseiro, patinha. – falo e coloco a sua blusa no lugar.

– Quack. – ela me diz rindo.

– Quack, você. Venha, vamos comer.

Sento ao lado do Peeta, que esta com a Pearl. Ele aperta a minha mão tentando me passar confiança, mas nem ele consegue. Eu tento comer, mas não desce, o Peeta também não come ele está visivelmente preocupado.

É uma hora, e nós vamos para a praça, me agarro a Pearl de uma forma que pode machuca-la. Amaldiçoando o momento em que podemos ser separados para sempre.

As crianças e os adolescentes que participam dos jogos têm entre 12 e 18 anos. Nós ficamos separados unidos dentro de áreas, com os mais novos atrás, e os mais velhos à frente. As famílias ficam em volta, e mesmo quem não tem por quem torcer, é obrigado a vir.

E agora, eu tenho que deixa-la.

Eu a abraço com mais força, o Peeta me abraça sabendo que eu não vou solta-la até o ultimo minuto. Nós não precisamos de palavras, tudo que tem que ser dito, estava no abraço. O Peeta me dá um beijo na testa.

– Nunca se esqueça de que eu amo muito vocês.

– Nós também te amamos.

Ele vai em direção ao lugar designado para os meninos, e eu dou a Pearl a minha mãe, ela havia se tornado tudo que eu precisava de uma mãe nesses últimos meses, coloco a Prim no seu lugar e vou para o meu. Bem, agora era torcer para que nenhum de nós fosse escolhido.


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Notas finais do capítulo

Sim, rolou um hentai aí, saibam que não vai ter mais, eu não tenho criatividade para isso, desculpem se ficou muito ruim. Olha, chegou numa parte em que as coisas que acontecem no livro começam a aparecer, então se ficar confuso me digam que eu explico.