Te Odeio Por Te Amar escrita por TamY, Mazinha


Capítulo 65
Capítulo 65 - Motivos


Notas iniciais do capítulo

Oi, meninas!!! Cheguei com mais um capítulo para vocês!
Quero lhes pedir desculpas por tanta demora, mas é que está complicado o meu tempo, estou sem computador etc...
Mas eu fico imensamente grata a todas que ainda lêem a fic mesmo apesar do tempo longo de postagem entre um capítulo e outro. Estou fazendo o possível para continuar com a fic, embora seja bastante difícil, mas o que mais tem me motivado, além do incentivo das leitoras assíduas que esperam o tempo que for, contanto que eu não desista da história, são duas amigas queridas que têm me ajudado super com a fic: Virgínia e Gabi. Elas me ajudam tanto que me dão ideias e até mesmo escrevem comigo, isso é muito importante pra mim, eu agradeço de coração. Além de outras meninas que são minhas amigas e sempre me deram alguma ideia, opinião, crítica, etc... Eu sempre digo que essa história é de todas, pois cada uma tem um pedaço aqui, eu não faço nada sozinha. Este capítulo também foi ajudado por Karina Célia, a quem também agradeço de coração.
Bom, então é isso meninas. Muitíssimo obrigada pelo carinho e por continuarem a ler a história, fico muito feliz mesmo!
E chega de conversa kkkkk Vamos ao capítulo, esperamos que gostem e comentem bastante para nos dar ainda mais incentivo a escrever. Eu prometo que farei o possível para que a história seja finalizada.

Então é isso. Rsrs.. Boa leitura para todas e, comentemmm! kkk



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* Paulina narrando *

Senti a luz do sol refletindo em meu rosto, esfreguei meus olhos e bocejei espreguiçando-me, olhei para o relógio digital que havia sobre um criado-mudo ao meu lado na cama e logo virei-me para o outro lado, Carlos Daniel dormia pesado. Ele estava deitado com a barriga para baixo, o rosto recostado ao travesseiro virado para mim, uma de suas mãos embaixo do travesseiro, seus cabelos lisos caíam em sua testa, sua barba por fazer e seu corpo moreno completamente nu. Impossível não admirar e não sentir tamanha felicidade e satisfação por ter um homem desses em minha cama, um deus do Olímpio, e meu.

Acariciei seus cabelos com as pontas dos meus dedos e desci minha mão até seu queixo onde sua barba espetava minha pele e sorri ao admirá-lo. Ele não acordou, apenas balbuciou algumas coisas que não entendi e mexeu-se um pouco, coçou a barba e continuou dormindo.

— Ah Carlos Daniel, se soubesse o tanto que estou apaixonada por você... - Eu disse num sussurro enquanto ainda o acariciava e senti aquele frio no estômago que apenas Carlos Daniel me fazia sentir. Respirei fundo enfeitiçada por sua beleza e beijei-lhe os cabelos, logo levantei-me e vesti a camisa de dele, que estava ali perto da cama, o cobri melhor e peguei um pequeno o cardápio que estava perto do telefone, liguei para o room service e pedi que trouxessem nosso café da manhã e, enquanto isso, fui tomar um rápido banho.

...

— Meu amor... - Chamei ao sentar-me na beirada da cama ao lado de Carlos Daniel. -...acorda! - Passeei a minha mão em suas costas acariciando-o com leveza e passei por sua nuca a enterrando em seu cabelo, ele se mexeu e sorriu murmurando baixinho. - Está na hora de acordar, hoje o dorminhoco é você! - Brinquei e distribuí beijinhos em suas costas enquanto o acariciava.

Carlos Daniel abriu os olhos e me olhou de lado, esboçou aquele sorriso cafajeste encantador e virou-se de uma vez para mim, as cobertas saindo totalmente de seu corpo revelando sua virilidade em clima matinal, ele olhou para mim que, provavelmente fiquei vermelha, e continuou sorrindo, tomou minha mão e levou até seus lábios depositando um beijo nela.

— Bom dia, vida minha! - Disse com voz preguiçosa.

— Bom dia, meu amor. - Respondi agora passando minhas duas mãos por seu peito quente e pouco peludo, as desci por seu abdômen sarado e fiquei ali acariciando os gomos que o dividia. - Ursinho lindo! - Elogiei quando o olhei tão maravilhoso enquanto desfrutava de meu carinho, sua aparência tão viril e  máscula, mas ao mesmo tempo tão fofa me dominava.

— Ursinho? - Perguntou sorrindo e também ri do que eu falei.

— Sim, meu urso grande, forte, peludo, - Eu dizia enquanto ainda acariciava seus pelos no peito. - fofo, quente, lindo e dorminhoco...

— Estava cansado, minha vida... - Respondeu sorrindo. - Fizemos amor a noite inteira, precisava repor as energias, e já que a minha mulher é assim incansável, eu preciso ser também, ou pelo menos dar conta do recado. - Brincou ao sentar-se ficando de frente para mim e tocou meu rosto sorrindo, toquei sua boca já um tanto curada e nos beijamos brevemente. Segurei seu rosto e também sorri, rocei meus dedos em sua barba e o beijei na bochecha.

— É um bobo mesmo! Você sim é incansável, é incrível!

— Porque a minha mulher é a melhor, a mais maravilhosa, linda, mais gostosa de todas e a vontade que eu tenho é de...

Ele foi interrompido com o timbre da campainha do quarto, que tocou brevemente chamando-nos.

— Deve ser nosso café da manhã, pedi que nos trouxessem, se não se importa. - Expliquei enquanto lhe entregava uma toalha.

— Tudo bem, meu amor, como você quiser. - Sorriu e foi em direção ao banheiro enquanto eu fui abrir a porta.

... Minutos depois...

— Hmm... Parece estar muito bom! - Ele disse ao sair do banho com uma toalha envolta na cintura e outra secando os cabelos, depois a colocou sobre os ombros. Eu acho que ainda não estava acostumada com aquela visão do paraíso, senti minha boca secar e me desconcertei quando ele aproximou-se mais e envolveu seus braços enormes em meu corpo abraçando-me.

— Sim, parece mesmo! Estou...faminta... - Disse com um pouco de dificuldade enquanto Carlos Daniel passeava sua boca por meu pescoço dando leves beijos.

— Eu também mal posso esperar para comer... - Sussurrou ao meu ouvido e mordiscou o lóbulo da minha orelha enviando um calafrio pelo corpo.

— Carlos Daniel, meu amor... Quero... - O afastei um pouco para me olhar nos olhos e finalmente pude dizer. - Eu quero passear um pouco pela cidade. Soube que todos os domingos vem gente de outros lugares para vender artesanato em suas tendas nas ruas do centro da cidade, também soube que aqui tem uma loja maravilhosa de jardinagem e paisagismo. Por favor, vamos lá! - Pedi quase implorando enquanto Carlos Daniel me olhava feito um bobo e sorria. - Eu adoro artesanato e afins.

— E eu adoro essa sua carinha quando fala sobre algo que a empolga. - Tocou a pontinha do meu nariz com o seu indicador e logo beijou ali, fazendo meu rosto corar. - Vamos aonde você quiser, minha noivinha linda!

— Ai meu amor... Obrigada! - Agradeci com um beijo na boca e logo nos sentamos para tomar nosso café da manhã regado de beijos, carinho e uma conversa agradável. Ele estava muito bem, não parecia aquele mesmo Carlos Daniel que saiu da festa chateado, triste e decepcionado e isso me deixava feliz.

# Carlos Daniel narrando #

Terminamos de tomar nosso café da manhã e nos arrumamos para conhecer um pouco da cidade e seus eventos típicos dos domingos, soubemos que no centro da cidade estaria acontecendo uma Feira Internacional de Cultura, a qual atrai muitos turistas e passaríamos por lá para conhecer.

— Eu quero ir primeiro à loja de jardinagem, você se importa? – Paulina perguntou enquanto eu dirigia rumo ao centro de Toluca.

— Claro que não, e já estamos perto. – Sorri ao olhá-la, toquei sua perna e Paulina cruzou sua mão na minha. – Eu já disse que você é incrivelmente linda? – Perguntei com um sorriso de alegria e acariciei sua mão na minha. Ela usava um vestido longo florido com alças finas, cabelos soltos e sua franja de lado.

— Hoje ainda não... – Sorriu travessa e me olhou fazendo um biquinho charmoso.

— Você é incrivelmente linda! – A olhei apaixonado e acariciei a maçã de seu rosto perfeito.

— Bobo... Obrigada. – Esboçou um largo sorriso e me olhou com seus olhos verdes e brilhantes. Seu sorriso, o brilho de felicidade em seus olhos eram tudo para mim, me enchia de luz, me revigorava, me fazia feliz.

— Eu te amo mais que tudo, obrigado por ser parte de minha vida. – Agradeci após estacionar o carro quando chegamos em nosso destino final. Paulina me lançou um olhar terno e tocou meu rosto com suas duas mãos, acariciando-me com leveza.

— Tudo que quero é ver você bem, meu amor. Eu também te amo... – Disse encostando nossas testas. - Te amo muito.

Nos beijamos brevemente, um beijo leve, porém cheio de significados...

— É mais bonito do que eu pensei! – Ela disse quando chegamos na entrada da loja, que era muito grande e dali já podíamos ver um amplo jardim com diversos tipos de plantas, flores coloridas, estátuas e algumas fontes. – Meu amor, aqui podemos encontrar algo para nossa casa nova. – Paulina disse com empolgação enquanto adentrávamos o lugar e nada poderia me fazer mais feliz do que vê-la entusiasmada por termos logo o nosso próprio lar.

— Então você quer um grande jardim em nossa casa? – Perguntei sem conseguir parar de admirá-la.

— Sim, se possível quero um jardim ao redor de toda a casa. – Respondeu com os olhos brilhantes.

— Bom dia, posso ajudar?! – Perguntou uma moça ruiva baixinha, com cabelos encaracolados e sardas nas bochechas.

— Bom dia, claro que sim. – Paulina disse simpática. – Gostaríamos de conhecer a loja, ver seus projetos...

A moça nos levou para conhecer toda a loja e seus itens exóticos e exuberantes para jardinagem, o que deixava Paulina cada vez mais encantada e eu adorava vê-la tão radiante, era algo tão simples, mas que a deixava contente. Paulina escolheu alguns tipos de plantas que só havia ali, alguns modelos de jardim vertical para colocarmos em uma cobertura que será construída em nosso jardim, dentre outras coisas que complementam cada detalhe.

— Sabe Carlos Daniel, eu estou pensando... – Disse parando em minha frente e tocou meu peito com suavidade. – Desculpa por estar assim...

— Assim como, meu amor? – Perguntei segurando seu rosto rosado e ela sorriu sem graça.

— Assim tão empolgada. Nós ainda nem temos a casa, não dá para projetar o jardim sem uma casa.

— Ei, não se preocupe. Podemos ver os projetos dos jardins e depois eles podem fazer de acordo com a casa que comprarmos, fica tranquila.

— Mas é que...

— Shh... – Toquei seus lábios com meu polegar e os acariciei. – Podemos pedir o que quiser e, quando estivermos na capital, vamos logo procurar uma casa para nós, está bem? Estou louco para que tenhamos nossa casa.

— Está bem... É o que mais quero, meu amor... Dividir a vida com você, ser sua esposa... – Ela disse em tom manhoso e a puxei para um beijo discreto.

Continuamos caminhando pela parte externa da loja para podermos ver melhor as fontes que ali vendia quando paramos em frente a uma que muito chamou a atenção de Paulina, tanto que pude vê-la se emocionar.

— Essa é a fada Rowena quando criança, a rainha das fadas. – Disse a moça enquanto olhava para Paulina, que continuava parada admirando a escultura com os olhos molhados.

— Está tudo bem, Paulina? – Perguntei sentindo-me preocupado por sua reação, e ela respirou fundo e me olhou, logo sorriu em consentimento.

— Sim, estou... É que, essa escultura me trouxe algumas recordações especiais. – Ela disse voltando a olhar para a fonte, uma fada perfeitamente esculpida em tamanho mediano que segurava uma concha rasa nas mãos e fazia gesto de sopro.

A escultura ficava acima de pequenas flores azuis que a rodeavam, logo a moça abriu a transmissão, ligando-a e através da concha a água é espalhada pelas flores regando-as.

— Algumas lendas dizem que algumas fadas são elementos protetores de jardins. – A moça disse nos olhando.

— Sim, eu sei... Minha mãe costumava me contar essas coisas quando eu era pequena. – Paulina sorria ao dizer tais palavras e pude ver seus olhos marejados. – Ela iria adorar essa escultura. – Concluiu em deslumbramento.

— Nós a queremos! – Eu disse objetivo para a moça e Paulina me olhou com os olhos bem abertos.

— Essa já está vendida, senhor. É obra única de um escultor italiano, foi encomendada.

— E por que ainda está aqui?

— Porque ele ainda não está no país, mas disse que virá buscá-la em breve.

— Está tudo bem, Carlos Daniel... De qualquer forma, não conseguiríamos levá-la para casa agora. – Paulina disse tocando em meu ombro e sorriu ternamente.

Acabamos comprando muitas coisas na loja, e percebi que Paulina estava meio calada, parecia estar com os pensamentos distantes, provavelmente ela estaria pensando em sua mãe, pois sempre que para pra pensar nela, fica triste e pensativa.

— Você está bem, minha vida? – Perguntei em seu ouvido quando seguimos em direção ao caixa na parte interna da loja.

— Sim, está... – Ela deu um meio sorriso e paramos no caixa quando chegou a nossa vez de sermos atendidos.

Enquanto Paulina resolvia os detalhes do endereço para a entrega dos produtos, eu procurei novamente a vendedora que nos atendeu e lhe fiz uma proposta a qual ela ficaria de me dar um retorno assim que possível, lhe agradeci e voltei para onde Paulina estava.

— Aonde você foi? – Perguntou Paulina olhando-me curiosa.

— A vovó Piedade ligou, estava falando com ela lá fora. – Omiti, não pensei em outra desculpa para lhe dar naquele momento.

— Ela está bem?

— Sim, está. Tive de lhe explicar o porquê saímos ontem sem falar com ela.

— Mas você não disse que...

— Não, não se preocupe. Eu disse que ficaria muito tarde para voltarmos, que ela estava muito ocupada e preferimos vir logo, ela ficou chateada, mas entendeu. – Expliquei e Paulina assentiu. Logo saímos da loja agradecendo pela atenção da vendedora simpática e mais uma vez eu lhe pedi que não esquecesse do que eu havia lhe proposto.

Passamos pelo centro da cidade onde acontecia a Feira Internacional de Cultura, havia muita gente de fora, música, dança, tendas com roupas e artesanatos de todo o mundo e comidas típicas, em cada tenda que parávamos, nós comprávamos algo para levar de lembrança. Paulina estava deslumbrada com tudo e eu me sentia satisfeito e feliz apenas por admirá-la nesse estado e ver que pequenas coisas a faziam muito feliz, ela sorria encantada com o artesanato e com as diferenças de culturas daqueles povos enquanto eles nos contavam sobre sua gente.

Foi uma manhã muito agradável que passamos e que guardaríamos em nossa memória, era tão bom estar em sua companhia que mal podia me dar conta do tempo, que parecia passar voando.

— Meu amor, já se passou da hora do almoço, perdemos completamente a noção do tempo. - Eu disse sorridente ao abraçá-la com carinho e Paulina tocou meu queixo, acariciando-o.

— Tem razão, meu amor... Mas não estou com fome, você está? - Dizia enquanto seus olhos verdes brilhavam.

— Sim, minha vida.. Estou com um pouco de fome.

— Quer voltar para o hotel?

— Gostaria, pois minha fome é de outra coisa também! - Eu disse em tom malicioso e agarrei colando seus lábios nos meus, beijando-lhe suavemente e breve.

— É um safado! - Sorriu dando um leve tapinha em meu peito. - Sabe, aqui pertinho tem um restaurante muito famoso, eu gostaria de conhecer, podemos almoçar lá e depois voltamos para o hotel. O que você acha?

— Hmm... Eu acho ótimo, vamos! - Segurei em sua mão e seguimos para onde nosso carro estava, o restaurante era realmente ali muito perto, a poucos metros de onde estávamos, apenas deixamos o carro no estacionamento do restaurante e o adentramos.

Um garçom nos recebeu, oferecendo-nos o cardápio. Não era um restaurante luxuoso, mas era famoso por sua rica diversidade gastronômica, tomamos um bom vinho e comemos da comida maravilhosa que o restaurante servia em um momento de descontração, carinho e conversa agradável.

— Essa comida é mesmo muito deliciosa! - Revelou mais uma vez Paulina quando o garçom chegou nos servindo um café expresso ao fim da refeição.

— Sim, por isso é tão famoso! - Lhe sorri contemplando-a e Paulina corou ao sorrir também.

— Eu gostaria de voltar aqui, Carlos Daniel. Essa cidade é tão pequena, mas também tão acolhedora, simplesmente muito agradável e com você é ainda melhor. - Disse amorosa e cruzou sua mão na minha, acariciei-lhe o dorso da mão de Paulina e aproximei meu rosto para um breve beijo nos seus lábios.

— Com você eu vou até para o fim do mundo, Paulina... - Disse ainda próximo ao seu rosto e ela riu, chamando-me de tonto e, céus, como eu adorava quando ela fazia isso...- Voltaremos, e podemos trazer Sophia, acho que ela vai gostar.

— Ótima ideia, a traremos sim!

Terminamos o café e o garçom se aproximou novamente de nós para perguntar se desejávamos mais alguma coisa, porém estávamos satisfeitos e apenas lhe pedi a conta.

— Meu amor, antes de irmos eu preciso ir ao toilette.

— Claro, Lina... Te espero aqui mesmo. - Assenti sentando-me novamente à mesa enquanto Paulina seguia em direção ao toilette, que ficava do outro lado do restaurante.

Aproveitei para checar rapidamente a minha caixa de e-mails pelo celular. Havia tantos e-mails importantes pendentes que parecia que tinha muito tempo que eu não checava os e-mails recebidos. Alguns com uma concessionária de Miami a qual estava prestes a fechar uma parceria, outros com algumas empresas do México que aguardavam o meu retorno para darem início a alguns trabalhos e o que mais me chamou a atenção, havia também dois e-mails dos Emirados Árabes, o qual eu havia me reunido diversas vezes para discutir sobre um projeto meu de muito tempo que eles queriam investir.

— Preciso ver tudo isso com mais calma. - Eu disse em um pensamento alto quando senti a presença de alguém perto de mim.

— Mas como esse mundo é mesmo pequeno!!! - Aquela voz sensual soou risonha e quando levantei o olhar para ela pude constatar que estava certo.

— Leda?! - Eu disse surpreendido e lhe sorri.

— É claro que sim, em carne e osso! - Exclamou sorridente e abriu os braços oferecendo-me um abraço.

— Quê que é? Não vai levantar para me dar um abraço? - Perguntou erguendo uma de suas sobrancelhas enquanto sorria e me olhava com seus olhos azuis reluzentes.

— Ah, Leda.. É que realmente fiquei surpreso por vê-la por aqui. - Expliquei levantando-me. - Você não estava em Paris?

Oui, monamour. Mas não apenas em Paris, durante esses anos eu viajei pelo mundo. Logo voltei para a França e lá fiquei por mais um ano, agora estou de volta ao México e cá estou, em Metepec, quem imaginava que nos veríamos bem aqui no fim do mudo?! - Disse com um largo sorriso no rosto tocando meus braços e, quando menos esperei, fui pego de surpresa por um beijo repentino que ela deu em minha boca deixando-me totalmente sem reação.

— Leda, por favor... – Pedi repreendendo seu beijo.

— Você está ótimo! Mas lembro que me cumprimentava com um pouco mais de empolgação quando me via.

— Bom, é que agora as coisas mudaram, não é?

— Ai, não me diga que agora é casado!

— Eu...

— Interrompo algo? - Ia respondendo quando fui interrompido pelo som da voz firme de Paulina, que chegou perto de nós sem que eu ao menos percebesse.

* Paulina narrando *

Os dois me olharam surpresos quando cheguei perto, Carlos Daniel não havia se dado conta de minha presença ali, cheguei a tempo de ver tudo, desde quando a mulher morena, extremamente bonita, com olhos azuis chegou e o abordou toda sorridente até o beijo que ela deu nele ao atirar-se totalmente em seus braços.

— P-Paulina! – Ele disse ficando de outra cor e baixou o olhar enquanto eu mantinha meu olhar firme nele, sentia uma raiva imensa dentro de mim, mas meu autocontrole era ainda maior. Carlos Daniel olhou para mim rapidamente e coçou o queixo, esse sinal era de desconforto. A mulher, por sua vez, nos olhava como se tivesse esperando uma explicação.

— Ah, então está acompanhado, Carlos Daniel... – A mulher disse admirada e olhou para mim.

— Sim, Leda... Essa é a minha noiva, Paulina Martins. – Ele disse e me lançou um olhar receoso. – Paulina, esta é a Leda Duran.

— Então você está noivo? – Ela o perguntou ao erguer uma de suas marcantes sobrancelhas. – Se é assim, me desculpe, eu não sabia... – Disse olhando-me séria. – Muito prazer, Paulina. – Estendeu uma de suas mãos para cumprimentar-me e não evitei hesitar no mesmo instante, mas, por educação, correspondi ao seu gesto.

— Ah, então você cumprimenta as pessoas com apertos de mãos também. – Não consegui deixar de ser irônica naquele momento, foi mais forte do que eu e ela sorriu e depois olhou para Carlos Daniel.

— Sim, também aperto as mãos das pessoas. E, me desculpem pelo mal-entendido, foi apenas um impulso pelo hábito.

— Hmm... Hábito. Sei... – Respondi em sarcasmo e olhei rapidamente para Carlos Daniel, que nada dizia.

— Nós somos apenas velhos conhecidos, meu amor. – Ele disse finalmente, após pigarrear.

— Vamos, meu amor? – Pedi enfatizando com ironia o “meu amor” antes que ele dissesse mais algo e ele apenas assentiu entendendo exatamente o que eu queria lhe dizer.

Despedi-me friamente da mulher e Carlos Daniel fez o mesmo e rodeou seu braço em meu corpo enquanto caminhava comigo até a saída do restaurante, eu sentia tanto ciúme que não conseguia sequer aceitar sua mão em minha cintura, mas não lhe disse nada por hora, apenas afastei-me um pouco e o fiz perceber que estava realmente chateada.

— Paulina, eu não sabia que a Leda me abordaria daquele jeito.

— Por favor, não fala comigo agora. – Pedi interrompendo-o quando ele dizia baixinho olhando-me seriamente.

— Mas não quero que entenda tudo errado...

— Limite-se, por favor... O que vi já foi suficiente para estragar o dia de hoje. – Eu disse entre dentes, sentindo meus olhos marejarem naquele momento e, como se não bastasse a primeira “surpresa”, outra ainda nos esperava na entrada do restaurante. Dois repórteres estavam ali e o abordaram rapidamente, cercando-nos enquanto caminhávamos até o carro.

“Senhor Bracho, pode nos dar minuto de sua atenção? Somos do Jornal do Empreendendor e soubemos que está aqui, todos sabem que tem investido em novos projetos e que logo terá novidades, pode nos adiantar algo sobre isso? ”, “As Indústrias Bracho estão expandindo muito rápido, em qual das companhias estrangeiras investirá com mais afinco? ”...

Foram as principais perguntas que dispararam assim que o abordaram, ele não respondeu nada a ninguém, continuou caminhando calado, e quando chegamos ao carro, abriu a porta para mim rapidamente, ele estava fugindo das perguntas, mas quando fez menção de dizer algo, lhe fizeram a pergunta chave para acabar de uma vez com nosso “agradável passeio”.

“E sobre seu novo affair, já estão juntos há algum tempo, agora é pra valer ou ainda não é nada sério? ”— Ouvi muito bem quando a repórter lhe perguntou, mas ao invés de lhe responder a sua pergunta, ele olhou para ela com raiva e simplesmente disse:

— Se não tem nada de interessante para perguntar, por que está ocupando o cargo de alguém que poderia fazer melhor? – Ouvi quando rebateu com outra pergunta grosseira para a repórter, que ficou completamente sem graça. – Já vi que você não faz parte da classe de repórteres que fazem perguntas, ao menos produtivas.

Foi a resposta seca que ele deu aquela jornalista ao deixá-la falando sozinha e entrou no carro com cara de poucos amigos e logo deu partida, o olhei com decepção e desviei meu olhar para a janela.

— Paulina, por favor... – Ele disse enquanto dirigia, já estávamos próximos do hotel, que não ficava longe do restaurante.

— Eu que peço, por favor, não diga nada agora. – Pedi respirando fundo sem conseguir segurar uma lágrima teimosa.

— Me desculpe, eu não sabia...

— Não... – Fiz gesto com a mão para que ele parasse e fechei meus olhos ao respirar fundo. Logo chegamos no hotel e subimos para nosso quarto, ele permanecia calado, olhando-me com o cenho franzido e o olhar ressentido.

— Tem que me ouvir, Paulina...  – Ele disse ao me segurar firme, fazendo-me ficar de frente para ele. – Eu não imaginei que Leda apareceria ali e me abordaria daquele jeito.

— Também não fez esforço nenhum para repreendê-la. – Respondi aumentando meu tom de voz.

— Eu fui pego desprevenido, foi muito rápido.

— Pelo amor de Deus, Carlos Daniel, você não fez nada, eu vi como você se portou diante dela. Qualquer um podia ver o climinha que havia entre vocês.

— Não tem nada a ver, a Leda não significa nada para mim.

— Ah é? Mas aposto que já significou, e do jeito que você ficou, ainda deve sentir algo.

— O que houve entre nós já faz muito tempo, Paulina... Agora somos apenas amigos.

— Ah sim, entendi... Então amigos também se cumprimentam com beijo na boca agora?

Carlos Daniel ficou apenas parado me olhando, ele não tinha argumentos, eu estava certa e ele apenas concordou.

— Tem razão, eu fui um idiota. Não devia ter dado aquele espaço para a Leda. Me perdoe, eu prometo que não deixarei que aconteça mais nada do tipo. – Ele disse olhando-me nos olhos e tocou meu queixo com suavidade.

Evitei seu olhar virando meu rosto para o lado, ele me mantinha presa em seus braços e encostou seu rosto no meu, roçando nossos lábios.

— Eu te amo, você é a única mulher que eu quero, é a única que eu desejo, a qual eu daria a minha própria vida. – Sussurrou lábio contra lábio e me beijou levemente, diante de tais palavras não pude argumentar, mas ainda me sentia chateada pelo que vi, além do mais, ele não havia dito nada quando a repórter lhe questionou sobre sua vida pessoal, mas isso já era outro assunto o qual eu deixaria para segunda instância.

...

Não pude evitar essa raiva que me dominava desde a aparição dessa tal "amiga" de Carlos Daniel no restaurante, não queria brigar mais com ele, precisava de um tempo para colocar os pensamentos em ordem, decidi tomar um banho para tentar relaxar, quando me soltou, Carlos Daniel sentou-se na cama e passou a me observar. Retirei meu vestido ficando apenas de lingerie, enrolei-me em uma toalha branca e segui em direção ao banheiro quando fui surpreendida por ele, que já estava apenas vestido com a cueca, me encostou na parede e colou seu corpo totalmente no meu, começando a distribuir beijos pelo meu pescoço, ombro e seios, não o evitei mesmo quando queria lhe dizer umas verdades vindas de meu coração e minhas mãos percorreram suas costas sentindo seus músculos, minha respiração se tornou ofegante próximo ao seu ouvido.

— Meu amor... Como pode ser tão sensual? Assim eu não resisto a você, é tão deliciosa... – Ele disse sussurrando ao desatar meu sutiã e logo sugou um de meus seios, gemi extasiada e arranhei seus ombros.

— Não quero fazer... Estou muito chateada com você... – Eu disse já embriagada pelo desejo. Ele não respondeu nada, abandonou meu seio e subiu beijando meu pescoço até encontrar meus lábios, causando-me arrepios por onde sua língua passava, trocamos um beijo ardente e demorado. - Vou para o banho... – Disse relutante tentando não ceder mais as suas carícias, e virei-me de costas quando ele rapidamente me tomou em um abraço por trás, fazendo-me sentir sua forte ereção tocar meu bumbum.

— Não vai meu amor, aqui está tão gostoso... – Pediu com uma voz manhosa com seus lábios em minha orelha e, quando virei meu rosto para olhá-lo, o encontrei me fitando, me lançava um olhar ainda mais desejoso.

— Carlos Daniel, eu... – Tentei falar alguma coisa e ele, que apenas me observava, mordeu o lábio inferior de maneira sensual, rendendo-me aos seus pés.

— Você me deixa louco Paulina, quero te possuir aqui mesmo, agora... – Seus olhos escuros juntos com suas palavras atingiram o mais íntimo do meu ser e senti minha intimidade pulsar, o seu membro que roçava em mim estava ainda mais rígido e quente.

— Então faça, faça o que quiser, eu quero tudo com você! – Revelei de uma vez sem pensar em minhas palavras ou em suas consequências, decidida, não podendo mais controlar a vontade de ser levada por todos os caminhos do prazer.

Ele sorriu abertamente ao ouvir minhas palavras e me beijou com fogo, desejo, paixão. O correspondi com a mesma intensidade e com uma de minhas mãos massageei sua virilidade que estava dura como uma rocha pode dentro da cueca.

— Me enlouquece Paulina... - Ele puxou meu lábio inferior levemente com os dentes. – Provoca o mais profundo dos meus sentidos... te desejo como um louco, só você é capaz de me deixar assim Paulina, apenas você! – Ele disse olhando rapidamente para minha mão que continuava a acariciar seu membro ainda não à mostra e então começou a beijar minha nuca, dando pequenas mordidas ali, descendo seus beijos por minhas costas e pressionei mais meu bumbum contra sua ereção já livre da cueca, seus beijos estavam me deixando maluca eu também queria senti-lo ali mesmo, daquele jeito que estávamos, naquela posição, o que me fazia ansiar mais e mais por tê-lo dentro de mim.

— Você também me faz sentir tudo isso...  – Respondi quase sem voz quando Carlos Daniel abaixou-se e começou a distribuir beijos por meu bumbum enquanto apertava massageando-me, fazendo-me delirar, apenas ouvi quando minha calcinha se rasgou em suas mãos e logo ele voltou a acariciar todo o meu corpo, passando uma delas por um de meus seios e desceu a outra para a minha intimidade estimulando-me cada vez mais, eu fervia apenas por sentir suas mãos explorando cada parte do meu corpo.

Apoiei minhas mãos na parede e inclinei totalmente meu corpo contra ele para recebê-lo quando uma de suas mãos passaram por entre minhas pernas e acariciaram minha intimidade, e voltou a beijar e lamber minhas costas, eu já estava em estado de êxtase naquele momento.

— Está pronta para mim... - Em seguida suas mãos se espalmaram em minha cintura e ele segurou firme ali, minha respiração estava entrecortada, meu corpo ansiava por ele.

— Quero ter você dentro de mim... – Pedi delirando de desejo. Ele afastou minhas pernas e posicionou seu membro quente em minha intimidade, estremeci completamente quando ele roçou em mim massageando-me e logo começou a fundir-se lentamente em meu interior, penetrando-me por completo. - É ma-ra-vi-lho-so ... – Gemi quando ele estava inteiro dentro de mim, tocando-me profundamente, ele também soltou um gemido abafado quando nossos corpos se uniram, deslizando suas mãos pela lateral de meu corpo até um de meus seios onde ele segurou com possessão.

— Sim... É delicioso te sentir assim, você é tão gostosa e só minha... – Disse e movimentou seu corpo para trás, logo voltando a enterrar-se em mim com mais força e precisão enquanto seus lábios roçavam em minha nuca.

— Sim, Carlos Daniel, sou só sua ... – Gemi em delírio enquanto ele colocava um ritmo constante em seus movimentos, eu só conseguia sentir todo o prazer que ele me proporcionava, não conseguia pensar em mais nada. Meu corpo parecia um fio desencapado, sentia cada estímulo que ele me levava a sentir, meus gemidos eram descontrolados, o sentia me tocar profundo, inteiro, completamente meu. Ele segurou firme meus cabelos entre seus dedos fazendo meu corpo arquear e então pressionei mais meu bumbum em direção do seu corpo movendo-me conforme o ritmo dele. 

— Ah, Paulina... Se continuar assim não vou aguentar, ah que delícia... – Carlos Daniel disse ao entrelaçar uma de nossas mãos apertando-a, e com a outra deu um leve tapa em minhas nádegas, fazendo-me suspirar de prazer, enquanto seus movimentos aceleraram freneticamente. – Quero prolongar o máximo que puder, meu amor...- Ele disse pressionando cada vez mais seu corpo no meu, e quando menos esperei, ele saiu rapidamente de dentro de mim e virou-me para ficar de frente para ele, encostando-me as costas novamente na parede, olhou dentro de meus olhos e tomou meus lábios em um beijo apaixonado e ansioso.

— É você quem eu desejo mais que qualquer coisa. – Disse de uma vez ao segurar minha perna em direção ao seu quadril ainda ofegante e assenti, sentindo-o fundir-se novamente em meu interior. – Ninguém jamais me fez sentir assim tão louco de desejo. – Disse em meu ouvido enquanto segurava meu rosto com uma de suas mãos e continuou com seus movimentos de vai e vem fazendo-me gemer feito uma maluca desesperada.

— Por favor, não pare. – Pedi o implorando, ao menos lembrava de como era respirar, e ele sorriu para mim sensualmente, logo desceu seus lábios por meu rosto e parou em meu pescoço, chupando-o com destreza.

— Não vou parar.

Ele apenas me ergueu em seus braços fortes e me levou para a cama, meu corpo estava anestesiado de tanto prazer, apenas delirava em gemidos e sorria, era como se eu estivesse no paraíso, o qual eu não queria mais sair.

Sentei-me rapidamente sobre a cama ficando de frente para ele, toquei seu membro e o estimulei com minha mão, em seguida o beijei e o acariciei com a boca enquanto observava suas expressões faciais, ele me olhava firme e segurava meus cabelos em gemidos enquanto eu mantinha meus movimentos.

Ele me fez parar com as preliminares e puxou-me para beijá-lo novamente, sua língua explorando a minha com habilidade de uma maneira completamente deliciosa e fora do comum, depois me acomodei novamente sobre a cama ficando de quatro para ele, que não hesitou em colar seu corpo ao meu.

— Não faz ideia do quão linda é essa visão. – Brincou ao passar suas mãos pela extensão de minhas costas e pressionou meu bumbum com força. – Adoro.

Fundiu-se novamente em mim por trás, não havia melhor sensação que o sentir assim tão profundo inteiro em meu interior movimentando-se sem parar em movimentos precisos indo de lento ao rápido, entrando e saindo do meu interior, levando-me a total loucura, fazendo-me esquecer até mesmo de quem eu era naquele momento.

— Car-los.... Eu estou... – Minha voz saiu rouca e entrecortada, sentia meu interior queimar, posicionei com mais firmeza minhas mãos na cama enquanto sentia meu corpo tencionar. Ele apertou com força minha cintura e mordiscou minhas costas ao inclinar-se colando ainda mais seu corpo suado no meu. Estávamos chegando ao ápice do prazer juntos e então me derramei ao seu redor, ao mesmo tempo senti seu líquido quente em meu interior e perdi a sustentação de meus braços e recostei sobre os travesseiros, ofegante e cansada.

— Perfeita meu amor, você é perfeita... – Ele disse no pé do meu ouvido quando se deitou ao meu lado e começou a passear as pontas de seus dedos em meu corpo, acariciando-me o ventre, desenhando o meu umbigo, meu corpo ainda sensível respondendo ao êxtase daquele poderoso orgasmo. – É linda! – Ele levantou a cabeça e distribuiu beijos por meu ventre e subiu para os meus seios, enquanto eu não conseguia reagir, apenas o sentia com meus olhos fechados em completo delírio.

# Carlos Daniel narrando #

Paulina respirava relaxadamente enquanto mantinha seus olhos fechados ao desfrutar de minhas leves carícias, a abracei com um de meus braços e recostei minha cabeça no seu, que me envolveu e passou a fazer carinho em minhas costas. Um momento pós o prazer que ambos adorávamos disfrutar juntos, um nos braços do outro.

— Carlos Daniel...- Disse Paulina quebrando o silêncio. Ergui a cabeça para olhá-la melhor.

— Sim, meu amor...

— Por que não disse sobre nós para aquela repórter?

Paulina perguntou me fitando com aqueles olhos verdes intensos e acomodei-me melhor sentando em sua frente para lhe explicar, tomei uma de suas mãos e cruzei na minha.

— Bom, eu não gosto de expor minha vida pessoal para todos, falo sobre os meus negócios porque os divulga, é necessário e o suficiente. Eu sou um homem muito discreto, não gosto que todos saibam sobre o que acontece em minha vida privada, não lhes cabe saber, e mesmo assim sempre especulam tudo e qualquer coisa sobre mim, em sua maioria inventam mentiras ou distorcem as verdades. Procuro passar longe de repórteres porque sempre me aborreço com seus questionamentos, mas principalmente por questões de segurança.

— De segurança? – Ela perguntou franzindo o cenho.

— Sim, minha vida... Sou um homem rico e de poucos amigos, embora muito influente, tem gente que me odeia por aí, já tentaram me roubar por diversas vezes, sofri um atentado há alguns meses... Apenas quero preservar nosso relacionamento, que está indo muito bem e a mídia nunca vai nos favorecer.

— Entendo... – Ela respondeu baixando o olhar e depois esboçou um meio sorriso.

— Se pensa que não quero falar sobre nós para todos, está equivocada. Eu te amo e minha vontade é de gritar para o mundo que vamos nos casar, mas prefiro que tudo ocorra no seu devido tempo, se souberem agora não nos deixarão em paz. – Toquei-lhe a pontinha do nariz e acariciei a maçã de seu rosto rosado, aproximando-me mais para beijá-la.

— Tudo bem, Carlos Daniel... Como você quiser.

... Uma hora depois ...

Já era início da noite de domingo quando pegamos a estrada de volta para a capital, liguei o rádio do carro e fomos durante todo o caminho escutando Lucero, uma cantora mexicana que Paulina adora.

— Está muito cansada, meu amor? - Perguntei olhando-a rapidamente ao meu lado, Paulina estava concentrada em seu celular desde quando saímos de Toluca, ria de vez em quando enquanto tocava rapidamente as teclas do seu iPhone.

— Não, meu amor... Por quê? - Olhou-me rapidamente e depois voltou a atenção para o aparelho.

— Gostaria que fosse dormir comigo em minha casa essa noite.

— Ah, é uma ótima ideia, mas não devo ir... - Paulina disse fazendo-me olhá-la de uma vez com a sua negativa. - Por favor, não desvie do seu foco da estrada.

— Mas... Por que você não quer ir comigo para a minha casa?

— Não é que eu não queira, eu adoraria ir dormir com você em sua casa, mas eu preciso também ficar com a minha família um pouco.

— Entendo... - Rebati um tanto decepcionado.

O fato é que, pelos e-mails que recebera, já supunha que, possivelmente, haveria alguma surpresa em algum deles, não quis comentar nada com Paulina para não ser precipitado demais, teria de esperar um pouco mais até ter a certeza do que seria realmente.

— Não fica chateadinho... Prometo que durante a semana nos veremos todos os dias, e que no próximo fim de semana faremos alguma coisa só os dois novamente. - Ela disse com o tom de voz manhoso, o que me fez sorrir e olhá-la novamente.

— Não estou "chateadinho", apenas queria ficar mais um pouco com você, pois o tempo passa muito rápido quando estamos juntos.

— Eu sei meu céu, mas não se preocupe, logo estaremos casados e você vai me vir tanto que vai ficar até cansado disso. - Brincou.

— Isso nunca! - Respondi com total sinceridade. - Eu nunca vou me cansar de você. Jamais! – Paulina sorriu e pousou sua mão esquerda em minha perna e eu a entrelacei na minha ao soltar o câmbio. - Te amo! - Lhe sorri ao acariciar sua mão com o meu polegar.

— E eu te amo mais, meu amor...

Não demorou muito para que chegássemos à capital por ser domingo e não ter quase nada de trânsito.

— Esse fim de semana foi incrível! - Eu disse ao adentrarmos de mãos dadas na mansão dos Martins, fiquei de frente para Paulina e toquei seus cabelos que voavam com o leve vento. - O que você fez por mim não tem preço. Você é um ser iluminado, meu amor. - Beijei-lhe a testa e ela sorriu feito um anjo. - Me revigorou!

— Te ver bem me faz bem, Carlos Daniel! - Brincou ao fazer carinho com suas duas mãos macias em minha barba por fazer e a tomei pela cintura apertando-a contra mim, beijando-lhe com paixão.

— Mal posso esperar por estarmos juntos em nossa própria casa. – Suspirei olhando-a após o beijo.

— Eu também, mal posso esperar para ser sua esposa, mas precisamos ter paciência. No momento certo tudo vai acontecer. – Ela disse tocando meus ombros e esboçou novamente aquele sorriso terno que me deixava louco.

— Tem razão, primeiro vamos procurar nossa casa, se não encontrarmos, podemos construí-la do nosso jeito.

— Construir uma casa levaria meses, meu amor, ... mas veremos isso também, não se preocupe. – Acariciou meus cabelos e beijou meu rosto.

— Está bem, vamos ver tudo aos poucos, conversaremos essa semana sobre tudo. Amanhã entro em contato com Renato, dono de uma imobiliária que confio e marcamos uma reunião.

— Como você quiser... – Paulina assentiu e nos beijamos em despedida. – Promete que me liga assim que chegar em casa?

— Prometo. – A beijei brevemente e esperei que entrasse na casa.

Ao vê-la entrar em casa, pedi ajuda a Mathias, um dos porteiros da mansão, para tirar do carro as coisas que compramos em Metepec.

Assim que cheguei em casa, Matilde me recebeu com aquele sorriso agradável de sempre, cumprimentando-me com um breve abraço.

— Filho, boa noite!

— Boa noite, Matilde! Pensei que ainda estaria no interior.

— Não, voltei hoje pela manhã. E como está a vovó Piedade? Como foi a festa?

— Está bem, a festa foi... Bonita. – Respondi brevemente ao hesitar um pouco, preferi poupá-la de detalhes desagradáveis sobre esse dia. – Você devia ter ido Matilde. Aqueles mariachis que você tanto adora estavam lá. – Toquei-lhe o rosto e vi seus olhos brilharem.

— Eu imaginei que eles iriam, a vó Piedade também adora! Mas no ano que vem não faltarei. – Sorriu e afagou meu braço. – E a senhorita Paulina?

— Acabei de deixá-la em casa, agora vou subir e dormir, amanhã vou para o escritório.

— Está com fome? Preparo algo em minutos.

— Não, obrigado Matilde. Estou bem... Por favor, peça que Gabriel retire minhas coisas do carro e as traga. Estou indo para o quarto... Boa noite.

Despedi-me dela beijando-lhe o rosto e subi para o meu quarto para um banho, ligaria para Paulina, como havia prometido e deitaria para descansar, não estava tão cansado, mas não me custaria muito dormir assim que deitasse na cama.

* Paulina narrando *

Me despedi de Carlos Daniel e, assim que entrei na sala de casa, encontrei Sophia que vinha ao meu encontro com seu jeito eufórico

— Lina, vi o carro do Carlos Daniel chegar... – Me cumprimentou com um abraço apertado.

— Sentiu muito a minha falta?! - Perguntei sorrindo enquanto lhe retribuía o abraço.

— Ah claro que sim, sempre sinto! Mas não esqueça que também estava me divertindo em Acapulco graças ao meu cunhadinho do coração

— Hum... Quero saber tudo e como a senhorita se comportou lá! – Eu disse a olhando quando finalizamos o abraço 

— Oh, minha irmã... Você sabe que eu sempre me comporto bem, foi tudo perfeito! E a casa... Lina do céu?! Que casa maravilhosa!!! Você precisa conhecer! - Ela falava tudo de uma vez enquanto eu a observava sorrindo. - E o Carlos Daniel? Por que ele não entrou?

— Ele está cansado, Phia... Veio dirigindo e decidiu ir pra casa descansar – Eu lhe disse enquanto acariciava seus cabelos loiros.

— E vocês estão bem? - Perguntou apreensiva

— Sim, estamos bem... - Desviei meu olhar do dela rapidamente e caminhei em direção as escadas.

— E papai? Está em casa?

— Está sim, na biblioteca!

— Vou vê-lo e depois subo para tomar um banho e descansar um pouco

Okay, eu vou subindo então, tenho que descansar também! Agradece ao Carlos Daniel por mim Lina? A viagem foi sensacional!

— Pode deixar, Phia! - Nos despedimos brevemente e segui em direção a biblioteca, a porta estava entreaberta, dei apenas duas leves batidas para avisá-lo que estava entrando.

— Papai? - Ele olhou rapidamente na direção da porta ao ouvir minha voz.

— Filha, já voltou? - Parecia surpreso com a minha presença.

— Sim papai, o aniversário foi no sábado apenas ficaria o final de semana com o Carlos Daniel... - Expliquei enquanto o olhava confusa. Ele estava realmente surpreso ao me ver em casa. – Por quê?

— É que... Estão tão apaixonados que imaginei que ficariam mais um tempo juntos. - Ele disse se levantando e vindo em minha direção. - E onde está o Bracho?

— Ele já foi para casa, se sente cansado e veio apenas me trazer. – Papai me cumprimentou com um beijo e em seguida pousou às mãos em meus cabelos.

— Paulina quero que saiba que agora faço muito gosto do relacionamento de vocês, em breve estarão casados, tenho certeza que o Bracho a fará feliz e dará tudo o que você merece... - O olhei com surpresa, não entendia o porquê papai estava falando essas coisas, já que antes ele não concordava em nada com a minha relação com Carlos Daniel e depois que anunciamos o casamento veio essa mudança repentina.

— Obrigada papai, já sou muito feliz por estar com o Carlos Daniel. - Eu disse e segurei sua mão.

— Eu sei filha, vejo isso em seus olhos, por isso entendo que tem que estar com ele, entendo se quiserem viajar, passear, pode deixar que eu assumo a fábrica os dias que quiser ficar fora. - Estranhei a atitude de meu pai, principalmente em relação a fábrica.

— Não é preciso papai, posso conciliar tudo e também não posso abandonar o meu trabalho, ainda mais agora que temos caminhado tão bem...

— Eu entendo filha, mas eu insisto, se precisar se ausentar pelos preparativos do seu casamento pode ficar tranquila, estarei aqui para ajudá-la! - Ele finalizou indo em direção à mesa e pegou seus pertences.

— Vai sair? - Perguntei o observando.

— Sim, irei à fábrica buscar alguns documentos para analisar ainda hoje. - Falou sem me olhar e pegou as chaves do seu carro.

— Mas pai, é domingo e já está tarde. Por que não deixa para amanhã?

— Prefiro fazer hoje, amanhã terei outros mais e, já que estou sem fazer nada, não quero acumular trabalho. – Disse olhando-me rapidamente.

— Tudo bem então papai, sendo assim, vou subir então, tomar um banho e descansar.

— Tá filha, bom descanso e dê lembranças ao Bracho! - Ele disse enquanto saía e deixou-me ali sozinha.

Não pude deixar de me sentir incomodada depois dessa pequena conversa que tive com papai, sabia que ele poderia ter mudado de ideia sobre o que pensava a respeito de Carlos Daniel, mas todo esse interesse para que eu estivesse com o Carlos Daniel e ainda focada nos preparativos do nosso casamento me deixou confusa.

Precisava relaxar um pouco meus pensamentos, então decidi tomar um banho quente para também aliviar o cansaço da longa viagem, entrei no chuveiro e não sei precisar quanto tempo fiquei apenas deixando que aquela água quente caísse sobre meu corpo. Meus pensamentos voltaram automaticamente para o  nosso almoço em Metepec, mas mais precisamente quando vi Carlos Daniel daquela maneira tão íntima com aquela mulher no restaurante, senti uma raiva me possuir de novo repentinamente, fechei os olhos e tentei mentalizar coisas boas e logo veio aos meus pensamentos a imagem de Carlos Daniel me beijando, me tocando, a entrega dos nossos corpos sedentos um do outro hoje cedo e assim como raiva havia me possuído rapidamente, também foi dissipada com tais lembranças. "Ai, Carlos Daniel, só você tem esse poder de mudar meus sentimentos em questão de segundos...".

Ainda terminava meu banho quando fui desperta pelo timbre do meu celular, que começou a tocar alto, rapidamente desliguei o chuveiro e vesti um roupão roxo, olhei meu celular e vi que era uma chamada de Carlos Daniel.

— Agora mesmo estava pensando em você...

— Ah é? E posso saber em que estava pensando, meu amor?

— Não, não. É segredo - Brinquei e ele sorriu ao me ouvir.

— Hmmm... Assim terei que voltar aí para tentar descobrir esse segredo!

— Tonto! Você chegou bem?

— Sim meu amor, liguei apenas para te avisar e também para desejar um boa noite, vida minha...

— Boa noite para você também, meu amor!

— Não será tão boa, afinal não terei você aqui ao meu lado. - Ele disse com um tom desanimado na voz.

— Não fica assim meu amor, também já sinto saudades de você, mas em breve passaremos todas as noites juntinhos.

— Mal posso esperar minha vida... Tenha uma ótima noite e lindos sonhos comigo...

— E seriam lindos mesmo!

Nos despedimos e deitei em minha cama, pegando um de meus livros para ler antes de dormir.

... MANHÃ SEGUINTE...

# Carlos Daniel narrando #

—- No escritório matriz  -  Bracho Corporation... --

—-

“Prezado, Sr. Carlos Daniel Bracho,

Faz-se necessário que alinhemos e elucidemos alguns detalhes quanto ao desenvolvimento do seu prospecto.

A partir desta data estarei contatando-o pessoalmente para a tratativa de todo e qualquer assunto relacionado ao projeto em comum.

Destarte, aguardarei a confirmação de uma reunião extraordinária com o objetivo de agregarmos novas propostas e deliberarmos em definitivo as proveniências de nossa propensa parceria. ”

Isabel Velasquez

CEO”

—-

Esse foi um dos e-mails que recebi da companhia árabe a qual havia apresentado um projeto muito importante há alguns meses. Eles me propuseram algo que não estava de acordo com as minhas exigências e ficamos de nos encontrar em breve, quando eles tivessem uma proposta melhor a ofertar. Não pude deixar de ficar feliz, pois se eles estivessem de acordo com o que eu lhes propunha, meu projeto seria realizado exatamente como eu sonho desde muito tempo. Sim, seria um sonho a se realizar, uma realização não apenas profissional, mas também pessoal.

— Marta, por favor, verifica toda a minha agenda do mês e em seguida venha em minha sala. – Pedi a minha secretária ao comunicá-la por telefone.

— Sim, senhor. – Respondeu prontamente.

Chequei toda a minha caixa de e-mails, havia muito trabalho a fazer, tinha pendências importantes que dependeriam de mim para prosseguirem, precisaria ficar o dia inteiro no escritório hoje para tentar realizar, pelo menos, metade delas.

— Com licença, senhor Bracho. – Disse Marta ao adentrar a sala portando em mãos seu iPad de trabalho.

— E então?

— Senhor, para este mês está com a agenda cheia. Só com os sócios da IconMotors tem compromisso em três datas diferentes entre uma semana e outra. Tem também a campanha publicitária para o novo produto, precisa decidir se comprará as ações da Zukki Pneus e...

— Cancele todos os compromissos dos próximos dez dias. – Pedi interrompendo-a e Marta me olhou rapidamente.

— Todos, senhor?

— Sim, todos!

— Mas senhor, são de extrema importância e...

— Não se preocupe com isso, terei uma boa justificativa. Mas antes de fazê-lo, preciso que ligue para a Emirates Oil Corporation e agende uma reunião com... Isabel Velasquez para esta semana.

— Sim, senhor Bracho.

Marta saiu rapidamente da sala deixando-me sozinho e passei a analisar uns documentos, pensando já na elaboração dos contratos e de tantos outros documentos que precisaria para iniciar tudo. Mas primeiro era necessário me reunir novamente com os árabes para saber qual sua nova proposta e se tudo der certo, daríamos início a uma ótima parceria, mas com muito trabalho pela frente.

Olhei para a foto de Paulina, que estava sobre a minha mesa, em minha frente e sorri. “Se tudo der certo, vou dedicar meu projeto a você, meu amor.” – Pensei ligeiramente, e logo fui tirado de meus devaneios quando Marta retornou à sala.

— Senhor, a senhorita Velasquez está em Miami, disse não poderia vir ao México e que para a quinta-feira está ótimo lá no escritório central da Flórida. Mas eu lhe disse que retornaria para confirmarmos.

— Miami... – Respondi pensativo... Não imaginei que tivesse de ir para tão longe, mas assim teria de ser, não seria a primeira e nem a última vez que o faria e disso eu sabia bem. – Muito bem, Marta, pode confirmar.

— Confirmo também o jatinho para amanhã, senhor?

— Ainda não... Amanhã confirmamos, sim? Por ora, apenas confirme com a CEO e, ao desmarcar os outros compromissos, diga-lhes que precisarei fazer uma viagem de emergência e que assim que retornar, honrarei com cada um deles.

— Sim, senhor. – Marta saiu da sala, deixando-me novamente sozinho, logo me pus a pensar.

“Quero que Paulina me acompanhe nessa viagem, posso tratar de negócios, mas também podemos aproveitar as maravilhas de Miami Beach juntos. Será maravilhoso!”— Sorri empolgado, levantei-me rapidamente conferindo meu relógio de pulso, era quase a hora do almoço. Liguei imediatamente para Paulina convidando-a para almoçar comigo, mas ela disse que não poderia sair da fábrica e convidou-me a almoçar lá com ela. Aceitei e corri para a fábrica dos Martins, estava ansioso para lhe contar a minha novidade.

...Meia hora depois na Fábrica Martins...

— Que bom que veio almoçar comigo, meu amor... – Paulina sorrindo ao levantar-se de sua mesa quando entrei em sua sala.

— Estou morrendo e saudades. – A abracei pela cintura apertando-a contra mim e lhe beijei levemente. – Está linda! – Elogiei quando nos separamos e ela sorriu pícara. – E sexy, como sempre... Estou ansioso por uma “reunião” daquelas... – Sussurrei em seu ouvido e Paulina gargalhou, dando um leve tapa em meu peito.

— Eu também adoraria uma reunião daquelas novamente, senhor Bracho... – Disse agora lábio contra lábio enquanto puxava-me pela gravata. – Mas logo a faremos, não se preocupe. – Beijou-me brevemente e afastou-se caminhando de volta para a sua mesa, dando uma breve atenção ao computador.

— Muito trabalho?

— Sim, estou atolada de coisas para fazer. Cheguei bem cedo hoje na fábrica e ainda não parei, devo sair mais tarde também... Mas vamos, a comida do nosso refeitório é ótima, você se importa em almoçarmos lá?

— Claro que não, minha vida... Será um prazer.

Paulina segurou minha mão e caminhamos em direção ao refeitório da fábrica  Martins, cumprimentei alguns empregados que já conhecia e ela me apresentou a outros enquanto seguíamos.

— Este lugar parece mais um restaurante a um refeitório. – Brinquei ao observar os detalhes daquele lugar e ela sorriu.

— Minha mãe teve a intenção de fazê-lo exatamente assim porque dizia que o horário do almoço é sagrado e precisamos estar em um ambiente que nos propicie bem-estar.

— E eu concordo com ela. – Respondi tocando-lhe o rosto.

Escolhemos nosso almoço e comemos enquanto conversávamos um pouco.

— E você, como está? Descansou bem essa noite?

— Sim, até demais... Você não estava comigo pra me dar atividades noturnas. – Brinquei.

— Bobo!

— Mas hoje também fui cedo para o escritório, tenho tantas coisas para fazer que não sabia ao menos por onde começar.

— E por que veio até aqui hoje? Não perderia tempo se deslocando até aqui para almoçar?

— Não, não perco tempo nenhum estando com você. Vim porque adoro a sua companhia... me faz relaxar sempre apenas ouvir sua voz..., mas também preciso te fazer um convite.

— Um convite? – Ela perguntou franzindo o cenho enquanto me olhava com seus olhos brilhantes bem abertos.

— Sim... Eu estou muito empolgado, meu amor. Gostaria de compartilhar com você um dos meus maiores êxitos. – Disse muito contente à Paulina, que me olhava cheia de expectativas.

— Então me diga, meu amor! – Ela disse com aquele sorriso doce que me tirava do chão enquanto segurava minha mão sobre a mesa e meu coração se encheu ainda mais de orgulho e alegria. Eu sou um felizardo!

— Lembra daquela minha viagem à Miami? - Perguntei sorrindo e ela meneou a cabeça positivamente. – Fui à uma reunião muito importante com uns árabes. Tenho um projeto pronto há alguns anos e os apresentei a eles, mas impuseram algumas condições as quais não aceitei, eles entraram em contato para marcarmos uma reunião o quanto antes e ficamos de nos reunirmos novamente para uma definitiva.

— Que coisa maravilhosa, Carlos Daniel! – Ela sorriu ainda mais e acariciou minha mão.

— Não é mesmo, meu amor? Esse foi meu maior projeto, o mais difícil e demorado. Me dediquei por anos, mas acabei dando um tempo, pois tive que fazer algumas mudanças. Logo surgiu o interesse dos árabes e foi então que conversamos e, provavelmente, faremos uma parceria bilionária.

— Parabéns, meu amor! Vejo que essa realização é realmente muito importante para você!

— Sim, muito. Obrigado, Paulina. Estou muito animado. Agora vamos ver se dessa vez eles concordam totalmente com minhas condições e firmamos um contrato para darmos início aos trabalhos.

— Então você vai viajar de novo para Miami? – Paulina franziu o cenho, tocou seu cabelo e baixou o olhar.

— Bom, sim...

— S-sim? Quando?

— É... Amanhã...

— Amanhã? – Ela perguntou com os olhos bem abertos e retirou sua mão da minha rapidamente.

— Sim, foi tudo muito rápido, meu amor... – Expliquei pegando sua mão de volta.- E eu quero que vá comigo.

— Ir com você?

...


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Notas finais do capítulo

Segue link da estátua de fada que a Paulina viu na loja de jardinagem, se não conseguirem visualizar, eu vou postar lá no grupo da fic, no facebook.
http://3.bp.blogspot.com/-n-O4UCdTLRo/VTo0eT3s6BI/AAAAAAABHXs/IuIZuLU6x84/s1600/jardinagem-ideia%2B(2).jpg

Gostaram?
Comentem, por favor, digam o que acharam, dêem suas opiniões.
Obrigadaaaaaa por lerem! ♥ Beijos, Marta.