Te Odeio Por Te Amar escrita por TamY, Mazinha


Capítulo 64
Capítulo 64 - Resistência


Notas iniciais do capítulo

Oie meninas, voltei com mais um capítulo depois de um tempinho, mas não se preocupem, vou demorar um pouco mesmo, mas continuarei postando.

Este capítulo vai dedicado a nossa leitora querida Vanessa Alves pelo seu aniversário que foi ontem. Parabéns, Nessa! Tudo de bom pra vc, muitas bênçãos dos céus.
Quero agradecer a minhas amigas Virginia e Gabi por sempre me ajudarem e me apoiarem para não desistir de escrever. Também agradeço a vocês, leitoras que ainda continuam firmes e fortes acompanhando a fic. Obrigada de coração, por isso que não desisto.

Enfim, espero que gostem. Boa leitura :*



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* Paulina narrando *

— Por que está com a carinha séria... – Ele disse tocando a ponta do meu nariz e lhe sorri um pouco sem graça. – Aconteceu alguma coisa?

— Não, meu amor... Está tudo bem, não se preocupe. – O beijei nos lábios rapidamente e Carlos Daniel ficou me olhando como se tivesse se questionando algo. Logo chegaram Stefani e Willy nos convidando para tomar um chá na cobertura do jardim e me senti aliviada, pois Carlos Daniel não poderia me perguntar mais nada naquele momento.

...

— E quando será a data do casamento? - Perguntou Stefani com um largo sorriso no rosto.

— Nós ainda não sabemos... - Respondi com sinceridade, pois não havíamos pensado nisso ainda.

— Será o quanto antes, mana. - Carlos Daniel disse encostando o queixo em meu ombro enquanto estávamos sentados.

— Meu irmão, você não faz ideia de como é para nós, mulheres, os preparativos de um casamento, ficamos quase loucas. - Stefani disse fazendo uma careta. - Paulina, vai se preparando porque são muitos detalhes e parece que nunca acabam. - Ela disse sorrindo dando ênfase no "muitos". - E não pode faltar nenhum.

— A Lina prefere uma coisa mais simples e íntima, Stefani.

— Mas Paulina, o casamento é uma das coisas mais importantes que acontece na vida de uma mulher e tem de ser perfeito e inesquecível.

— Mesmo sem grande cerimônia e festa será perfeito e inesquecível, Stefani. – Olhei para Carlos Daniel, que me fitava com um brilho nos olhos e um sorriso nos lábios e lhe retribuí o sorriso.

— Tudo bem, eu entendo, mas o vestido, ah esse tem de ser divino. E se você não se importar, eu gostaria de lhe indicar um amigo que desenha vestidos como ninguém. Tenho certeza que ele vai desenhar o vestido perfeito para você. – Ela dizia com empolgação e lhe agradeci aceitando sua sugestão.

Conversamos sobre muitas coisas enquanto Carlos Daniel ainda estava de olho no menino, que estava muito animado com o brinquedo no ar até que ele se cansou e o guardou. Carlos Daniel estava mais descontraído e, por sorte, não vimos mais seu irmão e sua esposa e agradeci mentalmente por isso também.

# Carlos Daniel narrando #

— E então, como estou? - Paulina perguntou quando ficou totalmente pronta depois que eu a ajudei com o zíper de seu lindo vestido, virando-se para mim e sorriu ao fazer uma pose, deixando-me em total êxtase.

— Está... Está maravilhosa, minha vida!!! - Eu disse encantado ao ver Paulina vestida naquele vestido longo azul royal, seus cabelos estavam presos para o alto e a maquiagem realçava sua beleza apenas a deixando mais linda, embora não precisasse disso.. - Está perfeita, deslumbrante!!! - Dizia muito satisfeito por ver em minha frente a mulher tão linda que eu tenho. - Não haverá mulher mais linda e elegante que você nessa festa! - Me aproximei dela envolvendo meu braço em sua cintura e ela me olhou ficando um pouco corada. - E mais cheirosa também...- Sussurrei enquanto percorria minha boca por seu pescoço deslizando-a em sua suave pele.

— Obrigada, você também está lindo! - Ela disse com um largo sorriso e segurou a minha gravata borboleta ajeitando-a enquanto eu não consegui sequer tirar os olhos dela. - O que foi? - Perguntou com um meio sorriso.

— Não foi nada... - Sorri e acariciei a maçã de seu rosto. - É que você é maravilhosa e eu te amo mais que tudo.... Não dá pra mensurar o que sinto por você. Te amo como um louco. - Declarei de uma vez e aproximei mais meu rosto para beija-la, mas ela se afastou um pouco e tocou meus lábios.

— Ei, acabei de me maquiar, não podemos borrar toda a minha maquiagem.

— Sim, tem razão, mas isso não me impede de beijar outras partes de seu corpo e depois da festa você não me escapa. - Argumentei em tom travesso e beijei seu ombro nu, mas mesmo assim a notei um tanto retraída, de repente, com meu gesto. - Está tudo bem, Paulina?

— Sim, Carlos Daniel... Não se preocupe.

— Você está um pouco mais distraída desde que descemos para o jardim. Quer conversar sobre algo? - Perguntei ao sentir que algo estava errado, pois embora ela estivesse tentando estar relaxada, eu sabia que alguma coisa a estava incomodando.

— Não, amor... Está tudo bem, fique tranquilo. - Sorriu e tocou meu queixo acariciando-o. - Eu também te amo muito. - Ela disse com os olhos brilhantes, sorri acariciando seus braços com delicadeza e beijei suas mãos macias.

...

Descemos para a sala principal de casa, onde seria celebrado o aniversário da vovó, já havia chegado quase todos os convidados, e os que ali estavam não deixaram de nos olhar quando adentramos a sala, claro, apenas Paulina podia atrair todos aqueles olhares com seu deslumbre e não posso negar que senti meu ego elevar-se um pouco por ser o homem de sorte que a estava conduzindo.

Sentia-me bastante nervoso e um tanto desconfortável apesar de estar em minha casa, mas as coisas haviam mudado bastante desde que saí dali. Eu conhecia a maioria dos convidados, que eram os mais íntimos da família, mas me sentia como se aquele mundo não fosse mais o meu.

— A festa ainda não começou, mas já estou louco para ir embora. - Eu disse a Paulina enquanto caminhava nos para a sala de braços dados.

— Tenha paciência, meu amor.... Tenta aproveitar esse momento, aproveitar a sua avó.... Pensa apenas no quanto a sua família está feliz em tê-lo aqui.

— Eu sei, mas não consigo me sentir à vontade, eu não sei, eu...

— Carlos Daniel Bracho!!! - Fui interrompido por, Antônio Suárez, um velho amigo do meu pai. - Quanto tempo, filho!!!... - Ele veio em minha direção e me cumprimentou, em seguida fazendo o mesmo com Paulina, que lhe sorriu amavelmente. Trocamos apenas algumas palavras, ele não deixou de elogiar a Paulina, e logo seguimos pela sala enquanto cumprimentamos outros convidados.

A vovó estava radiante e nos chamava a todo momento quando falava com algum amigo para apresentarmos minha noiva. Paulina estava o tempo todo do meu lado, como tinha prometido, e estava tão à vontade que parecia estar em sua própria festa com seus próprios amigos, o que me deixou feliz, pois assim eu conseguia também ficar menos tenso.

Aqueles que eu não queria ver estavam ali com suas caras de pau e participavam da festa como se nada, apenas de estar no mesmo ambiente que eles, me fazia sentir um enorme desgosto, não era por eles, mas sim pela carga tão negativa que eles deixavam por onde passavam, e eu não conseguiria relaxar direito sem antes tomar algumas doses de uísque.

— Não pode beber muito, Carlos Daniel, terá que dirigir mais tarde. - Paulina me advertiu quando me servi de mais uma dose daquela bebida.

— Eu sei, mas não consigo relaxar. Preciso tomar pelo menos um pouco. - Expliquei ao derramar de uma vez o líquido em minha garganta e logo coloquei mais uma dose no copo.

— Por favor, Carlos Daniel! - Paulina disse ao segurar em minha mão impedindo-me de tomar mais um gole da bebida. – Prometo que o ajudarei a relaxar, mas apenas se parar de beber. – Ela disse sorrindo maroto e apenas por imaginar como sua promessa seria cumprida faria o que ela pediu.

— Olha que promessa é dívida... – Lhe devolvi um sorriso cafajeste e lhe beijei o canto da boca. – Já fico louco só de imaginar... – Sussurrei de uma maneira discreta e Paulina sorriu. – Não consigo me conter de vontade que sinto de beijar sua boca.

— Por favor meu amor, aqui não. – Pediu segurando meu queixo, minha boca secou quando a vi apertando aqueles lábios vermelhos e tão saborosos.

Discretamente, a conduzi para o lado de fora da casa indo em direção a parte mais isolada do jardim.

— Não posso me segurar mais. – Eu disse rapidamente antes de agarrá-la de uma vez e tomar aqueles lábios macios e saborosos em um beijo carregado de desejo e ansiedade deixando-a totalmente rendida.

Aquele beijo cheio de necessidade era o que eu precisava para controlar um pouco tanta tensão que sentia, mas não era o suficiente e a cada movimento que fazíamos o meu desejo por fazê-la minha aumentava. Encostei Paulina numa pilastra que havia atrás das plantas, ela ofegava em meu ouvido enquanto eu lambia seu pescoço com destreza, porém cuidadoso e suspendi uma de suas pernas nua apoiando-a em meu quadril.

— Meu amor, devemos entrar. – Ela suspirou quase sem ar enquanto eu percorria meus lábios em seu pescoço. – Aqui não podemos, podem estar procurando por nós.

— Por que não, minha vida? Uma rapidinha não vai nos atrasar em nada. – O meu desejo estava tão evidente que já não podia parar naquele momento e apenas almejava senti-la em mim.

— Alguém pode nos ver, aqui não é tão isolado... – Justificava ainda com dificuldades. – Além do mais, não me sinto confortável assim... – Apertei seu bumbum por baixo do vestido e ela suspirou profundamente, depois segurou meu rosto e me fez olhar em seus olhos.

— Só mais um beijo então e nós voltamos. – Pedi fazendo uma cara convincente e a beijei com muitas ânsias novamente.

 

* Paulina narrando *

Justamente o que eu temia aconteceu, estávamos em um local afastado e um pouco escuro do jardim dos Bracho, mas algo me incomodava. Sentia que estávamos sendo vigiados e não foi um mero pressentimento, realmente alguém nos observava e, quando pude ver melhor, senti um frio possuir meu estômago rapidamente, de onde estávamos dava para ver perfeitamente quem nos vigiava e imaginei que de lá também ficasse nítida a visão do que estávamos fazendo.

Fabíola nos olhava sem nenhum escrúpulo, o que me fez pensar que ela fazia questão de demonstrar seu interesse pelo que eu e Carlos Daniel fazíamos ali. Com certeza eu deveria sentir pudor por saber que alguém nos via “namorando”, mas dessa vez não foi assim e meu vaidade cresceu de tal maneira que apenas senti vontade de beijar Carlos Daniel com ainda mais afinco. Pude ver de longe o despeito na cara dela e não me senti mal por fazê-la sentir assim, de certo modo foi uma retribuição do que ela me fez sentir quando estávamos no jardim à tarde. Ela não ficou ali por muito tempo, vi quando tomou de uma vez o restante da bebida que havia em sua taça e voltou para dentro da mansão.

— Eu não queria sair daqui, mas você tem razão. – Carlos Daniel disse quando encerramos mais um beijo desejoso. – Também não quero amassar seu vestido, tampouco bagunçar seu cabelo. – Continuou enquanto me ajudava a ajeitar a roupa.

— Não se preocupe, não acabou ainda. – Lhe sorri cheia de segundas intenções e Carlos Daniel devolveu o gesto, tocando em meu queixo com carinho.

— Não mesmo, a noite será longa para nós! – Sorrimos alto de sua maneira de falar. Ali mesmo retoquei rapidamente minha maquiagem e voltamos para a casa juntando-nos aos outros convidados.

...

— Aonde vocês foram? Já ia pedir para chamá-los. – Disse a vovó ao nos encontrar na entrada.

— Fomos tomar um pouco de ar fresco, vovó. – Carlos Daniel respondeu sorrindo-lhe.

— Muito bem, mas vieram na hora certa. Já vamos servir o jantar!

Se antes eu não me senti mal com o olhar indiscreto daquela mulher em cima de nós, agora eu não conseguia deixar de me sentir incômoda com seus olhares insistentes, ela simplesmente não disfarçava quando nos encarava de longe e, de vez em quando, sorria com sarcasmo. Apenas fingi que ali ela não estava e continuei ao lado de Carlos Daniel, que me abraçava o tempo todo e eu lhe retribuía em todos os gestos.

# Carlos Daniel narrando #

Vovó nos conduziu à mesa de jantar para que comêssemos. Por sorte, sentamos longe daquelas pessoas, mas ainda assim havia algo que estava me incomodando demasiadamente e eu já não conseguia controlar. Eles não paravam de nos observar e conversavam entre eles como se estivessem comentando algo, eu não me importava com o que diabos eles podiam dizer sobre mim e Paulina, mas uma coisa que não podia admitir era que aquele filho da mãe continuasse olhando para a minha noiva com aquele olhar de cobiça que nem sequer disfarçava.

Engoli em seco aquele ciúme que já sentia, apesar de me sentir totalmente seguro com Paulina, e tentei comer em paz sem transparecer minha insatisfação.

Logo, todos terminamos de jantar e retornamos para a sala principal, pois lá cantaríamos parabéns para a vovó e seria repartido o bolo. Como nos outros aniversários da vovó, vieram alguns mariachis e tocaram e cantaram juntamente com todos.

Tudo estava muito bonito, apesar que de ser mais modesto do que das outras vezes, mas ver a vovó Piedade tão feliz não podia me deixar menos satisfeito. Ela fez um lindo discurso na frente de todos e nos emocionou com suas belas e sábias palavras, destacou também a sua alegria em nos ter em sua casa e agradeceu emocionada.

...

— Nossas malas já estão no carro, minha vida. Quando descemos pedi que Bráulio as levasse. - Disse à Paulina e ela assentiu me olhando um pouco séria.

— Espera mais um pouco, meu amor. Vamos ficar mais um pouquinho e depois nos despedimos de todos. - Também assenti e lhe acariciei a maçã do rosto e beijei sua testa.

— Tudo bem, como você quiser...

— Tia Paulinda, você já vai embora? - Lizete perguntou chamando nossa atenção para olhá-la e eu a segurei em meus braços dando-lhe um beijinho no rosto enquanto ela coçava os olhinhos com sono.

— Daqui a pouco, meu amorzinho. - Paulina respondeu acariciando o queixo da minha sobrinha.

— Ah não, por favor, fiquem mais um pouco... - Pediu um pouco chorosa, o que  fez Paulina se encher de ternura.

— Você poderá nos visitar quando quiser, Lizete. - Eu disse chamando a atenção da menininha que me olhou ficando logo contente.

— Yupiii!!! – Festejou dando pequenos saltos. - Titio Tato, é verdade que a tia Paulinda tem uma fábrica de bebês? - Perguntou a menina surpreendendo-nos.

— Bom... Eu espero que sim, Lizete. - Respondi brincalhão e Paulina me olhou e sorriu. - Mas por que você está perguntando isso?

— Porque a mamãe disse que os bebês vêm das fábricas e se a tia tem uma então é de lá que vem os bebês. - Explicou a menininha com sua total inocência fazendo-nos rir. - Mas por favor titia, vamos lá para o meu quarto ler uma historinha para dormir? - Lizete pediu já erguendo os braços para Paulina que me olhou em seguida e concordei com Lizete, pois se já íamos embora e a menina ficou tão apegada à Paulina, não seria justo que elas não tivessem mais um pequeno momento juntas.

Enquanto Paulina ia com Lizete, fui para o lado de fora da casa respirar um pouco do ar da noite com um pouco mais de silêncio, e embora alguns convidados estivessem ali no jardim e de tempo em tempo se aproximavam para falar comigo, pude ter um pouco de espaço para fazer uma ligação.

— Pronto?! – Rodrigo atendeu após tocar algumas vezes.

— Rodrigo, como está indo?

— Está tudo muito bem, estou jantando com a Patrícia. Aconteceu alguma coisa?

— Não, não. E por aí, alguma novidade?

— Por enquanto não, está tudo igual.

— Que bom... – Respondi ficando distraído por uns segundos.

— Está tudo bem mesmo? Você parece estar preocupado com algo. – Ele perguntou após o meu silêncio.

— Sim, eu apenas quero ir embora. Mas logo estaremos voltando. Bom, já sabe, qualquer eventualidade, me avisa. Abraços na Patrícia.

— Tudo bem, não se preocupe que te aviso sim. Até mais.

...

— Um último trago, cunhado? – Disse Willy aproximando-se com dois copos de uísque nas mãos e me ofereceu um.

— Obrigado. – Peguei o copo e tilintei no dele rapidamente em gesto de brinde e voltamos a olhar para o jardim na noite.

— Vocês vão mesmo embora hoje? – Perguntou me olhando seriamente.

— Sim, daqui a pouco estaremos indo.

— Por que não considera ficar aqui essa noite? Amanhã podemos fazer alguma coisa. Carlinhos está treinando no Jóquei Clube, amanhã irei levá-lo, você e Paulina poderiam nos acompanhar. – Ele disse referindo-se ao clube de hipismo ao qual Malú treinava, mas eu ainda não me sentia preparado para ir a um lugar que me devolveria mais lembranças difíceis.

— É muito bom saber que ele está treinando lá, mas é melhor nós irmos embora. Não quero ter de ficar nem mais uma noite aqui, não é nada contra vocês, mas espero que entendam. – Respondi olhando para Willy e tomei um gole da bebida.

— Entendemos sim, mas sinceramente, eu acho besteira você ter de sair quando eles é que são os errados.

— Prefiro assim Willy, não quero mais problemas com ninguém.

— É compreensível, ainda mais agora que você está tão bem. – Willy disse tocando meu ombro e sorriu.

— Sim, melhor do que nunca!

— Com licença! Será que posso me juntar aos homens da família? – Perguntou aquela voz debochada que fez meu sangue ferver imediatamente.

— Vou entrar, Willy... – Olhei para Willy seriamente e dei um passo à frente, mas Alex se pôs diante de mim.

Respirei fundo e apertei os dentes no intuito de me controlar.

— Espera, mano. Gostaria que conversássemos um pouco. – Ele ergueu as duas mãos para o alto em gesto de rendição.

— Alex, eu acho melhor você ficar na sua. – Willy disse colocando-se rapidamente entre nós.

— Quê isso cunhado? Não tem nada demais em querer estar com a família, ou tem? – Ele disse olhando diretamente para mim em total ironia e cerrei meu punho com força ainda mantendo meu controle.

— Alex... – Willy o advertia enquanto ele ria me olhando.

— Ah por favor, vamos conversar mano... Quem sabe a gente se entenda dessa vez...? Quem sabe você possa me dar umas dicas de como conquistar uma mulher como Paulina Martins?

— Seu desgraçado... – Falei entre dentes e a vontade de quebrar a cara dele foi tamanha que dei mais um passo à frente para mais perto dele.

— Pelo amor de Deus Alex, saia daqui! – Willy disse ainda entre nós impedindo uma possível briga.

Eu já não conseguia controlar minha fúria e ver aquele olhar cínico e irônico me fazia sentir ainda mais vontade de partir a cara dele.

— Ué, sou sincero. Meu irmão sempre com as melhores, mas essa sua noivinha Martins superou todas as minhas expectativas... Que delícia, hein?!

Dessa vez não me contive, com toda minha força o puxei para o lado segurando em seu colarinho e lhe soquei bem na boca.

— Nunca mais ouse falar assim da Paulina, ouviu seu desgraçado? – Lhe disse com o ódio que me dominou e ele ainda assim sorriu descaradamente.

— O quê, maninho? Que a Paulina é uma perdição?

— Cale essa sua boca imunda! – Dei-lhe mais alguns socos no meio da cara, o que o derrubou no chão.

— Carlos Daniel, contenha-se por favor! – Willy disse tentando me segurar, mas eu não poderia deixar que um imbecil desrespeitasse Paulina de tal maneira.

— Isso não vai ficar assim, você não pense que vou deixar barato. – Alex disse levantando-se ao limpar a boca ensanguentada com a mão.

— E o que você vai fazer, seu covarde? – Perguntei olhando-o furioso, menos esperei e também levei dois socos na cara.

— Seu filho da...

— Chega, por favor, chega... – Willy disse quase gritando enquanto ainda tentava nos separar junto com mais dois convidados da festa.

Por sorte, não havia muita gente no jardim, pois a maioria dos convidados estava dentro da casa e ninguém viu o que estava acontecendo, principalmente a vovó Piedade.

— O que está acontecendo aqui? – Antônia veio correndo até nós e sua feição de pavor me deixou ainda mais irritado.

— Alex meu filho, o que aconteceu? – Aproximou-se de seu filho consentido e tocou-lhe o rosto.

— Não foi nada. – O ingrato tirou a mão dela de seu rosto e levantou-se rapidamente e saiu dali.

— Carlos Daniel, por que vocês brigaram? – Ela olhou pra mim demonstrando uma falsa preocupação e também fez menção de tocar minha boca que sangrava um pouco.

— Por favor, não precisa fingir que se importa. – Respondi ressentido e ela abaixou a cabeça, logo chamou Lalinha, uma das empregadas.

— Lalinha, por favor, vá chamar a Paulina.

— Não precisa Lalinha, eu mesmo vou buscá-la para irmos embora de uma vez daqui.

— Não, você não vai entrar em casa desse jeito. Sua avó não pode vê-lo assim, tampouco tem que dar a entender aos convidados o que aconteceu agora. – Ela disse impondo sua autoridade e Lalinha saiu correndo para dentro da casa em busca de Paulina.

— O que aconteceu aqui? – Chegou aquela mulherzinha perto de nós e choramingou para Antônia, que meneou a cabeça impaciente e disse que não sabia, que era pra ela ir ter com o seu marido, que estava precisando dela.

Sem vergonha, ela me olhou com aquele olhar indiscreto e saiu em busca de seu marido perfeito.

— Willy, me diga o que aconteceu exatamente. – Antônia perguntou séria enquanto me olhava fixamente.

— O Alex, ele provocou essa briga. – Eu ri com ironia, como se com essa justificativa ela fosse ficar do meu lado. Dela eu não esperaria nada.

— Mas o que os levou a brigar dessa maneira?

— Alex pirraçou Carlos Daniel desrespeitando a Paulina. – Disse de uma vez e apenas em pensar no que aquele canalha disse, meu sangue voltou a ferver.

— O quê? Isso é o cúmulo do absurdo! – Disse fazendo-se de incrédula. – Mas como ele?...

— Carlos Daniel, por Deus, o que houve?... – Antônia foi interrompida quando Paulina chegou correndo e aproximou-se de nós preocupada.

 

* Paulina narrando *

Lizete dormiu muito rápido, a deixei confortável em sua caminha e desci para encontrar Carlos Daniel, mas encontrei Lalinha praticamente desesperada na escada. Ela ia à minha procura, pois parece que Carlos Daniel e seu irmão tiveram uma briga feia lá fora.

Saímos discretamente para não chamar a atenção dos convidados nem da dona Piedade e, quando chegamos no lado de fora da casa, estavam Carlos Daniel, Antônia e Willy um pouco afastados, no jardim da mansão.

— ...Não foi nada, está tudo bem.

— Como não foi nada se você está com o rosto machucado? - Perguntei enquanto tocava o seu rosto já um pouco inchado, tinha uns respingos de sangue no smoking dele e sua boca parecia estar cortada.

— Depois eu te explico, vamos embora agora por favor... – Ele pediu me olhando firme e pude perceber o quão desesperado estava para sair logo dali, então não insisti mais para ficarmos.

— Tudo bem, vamos voltar. – Concordei e olhei para Lalinha, que estava do nosso lado. – Por favor, Lalinha, peça para alguém trazer o carro, nós vamos embora.

— Não se preocupem quanto à minha mãe, eu converso com ela. – Antônia disse olhando-nos, mas Carlos Daniel não lhe deu muita importância.

— Obrigada, Antônia.

O carro de Carlos Daniel chegou quase que imediatamente, ele falou alguma coisa com Willy e logo seguiu diretamente para o lado do volante quando Bráulio saiu entregando-o as chaves.

— Não deixe que ele dirija Paulina, por favor, ele está muito nervoso... – Antônia segurou meu braço, seus olhos vermelhos e preocupados, parecia que estava prestes a chorar. – Não vou suportar se perder mais um filho.

— Não se preocupe Antônia, eu vou dirigir.

— Por favor, ajude-o Paulina... Ele é muito sensível e se deixa dominar muito fácil pelo rancor e a raiva, está chateado comigo, mas eu o amo e preciso dele.

— Fique tranquila, Antônia... Vai ficar tudo bem... – Segurei sua mão transmitindo-lhe confiança e ela esboçou um meio sorriso.

Ele esperava eu me aproximar para abrir a porta do carro para mim.

— Meu amor, eu vou dirigir e não quero uma recusa sua. – Eu disse de uma vez antes que ele pudesse argumentar e ele assentiu, logo ocupei o lugar no volante, apertei o cinto e dei partida no carro saindo da mansão dos Bracho.

... Minutos depois...

— Você quer conversar sobre o que aconteceu? – Perguntei quebrando o silêncio que havia no carro, Carlos Daniel não falava nada desde que saímos. Apenas mantinha os olhos fechados e sua respiração era tão forte que eu podia ouvir.

Ele abriu os olhos e me olhou, logo sorriu e acariciou minha mão sobre o câmbio do carro.

— Em primeiro lugar eu quero que me desculpe. Eu não queria que acontecesse algo assim, pelo menos não na sua frente. – Disse tornando-se pensativo, mas sua feição era de total tristeza, ele estava decepcionado. – Ele não tem o mínimo de respeito com nada. Sempre foi um mal-agradecido, um irresponsável.

— Nem sempre as pessoas são como a gente quer que elas sejam.

— Não entendo porque ele tem tanta raiva de mim se eu sempre fiz de tudo por ele, nunca fiz nada que pudesse discriminá-lo.

— Discriminá-lo?

— Ele não é filho dos meus pais, foi adotado. Foi abandonado na porta da casa de meus pais e eles o criaram como se fosse seus. Desde então sempre teve de tudo, uma boa educação, amor, boa família, muito dinheiro... – Suspirou inconformado. - As coisas não deviam ser assim, eu não entendo por que ele se transformou nesse insolente.

— Talvez ele tenha ciúmes de você...

— Ciúmes? Não creio que seja isso, ele sempre foi o mais consentido mesmo não tendo o nosso sangue e eu nunca me importei com isso até quando ele começou a me trair e Antônia permanecia ao seu lado como se ele estivesse coberto de razão. – Carlos Daniel disse inconformado e passou a mão nos cabelos. – Está tudo errado... – Suspirou baixinho e continuou olhando através da janela a estrada escura e deserta.

...

Carlos Daniel estava muito cabisbaixo, apesar de não querer transparecer sua dor, eu sabia que ele não estava nada bem com toda aquela situação, o entendia, mas não gostava de vê-lo tão chateado, foi então que me surgiu uma ideia.

— “Norte, Boulevard Toluca Metepec” – Eu disse alto para que o GPS captasse bem o endereço, Carlos Daniel me olhou franzindo o cenho.

— Por que pediu a direção de Metepec? Estamos indo para o DF, minha vida. – Perguntou curioso e lhe sorri.

— Por que quero que passemos por lá antes de voltarmos para casa. – Estávamos há apenas alguns quilômetros de Metepec, um município do México que fica próximo de Toluca, entre o DF e La Marquesa, que é onde fica a mansão Bracho.

— Tudo bem, como você quiser, confio em você. – Ele sorriu e beijou meu ombro.

Não demorou tanto para que o GPS indicasse que chegamos ao destino que eu desejava, a cidade estava um pouco deserta, mas muito iluminada, e quando parei em frente a fachada do Hotel Holiday inn Express, Carlos Daniel esboçou seu primeiro sorriso de alegria depois de estar tão chateado.

— Um hotel! Vamos passar a noite aqui?

— Sim, não é tão luxuoso como os que você frequenta, mas...

— Shh... Não diga isso. – Ele tocou meu rosto fazendo-me olhá-lo nos olhos.  - Qualquer lugar em que você estiver, para mim é perfeito.

Nos beijamos rapidamente e conduzi o carro até a entrada do hotel, onde um manobrista aproximou-se com um mensageiro, que pegou nossas malas ao sairmos do carro.

Ao fazermos o check-in solicitei a suíte máster que incluía todas as regalias que o hotel proporcionava, junto com o melhor vinho tinto da casa e um balde de gelo.

A recepcionista nos indicou o quarto, que ficava no terraço do hotel e quando o adentramos, gostei muito do que vi. O quarto era todo branco com tons em cinza, um ambiente muito amplo e claro, na parede alguns quadros e lamparinas. As janelas com enormes cortinas em tom bege, o tapete também cinza, cadeiras de madeira polida e estofado branco, uma enorme TV, frigobar, secretária, armários brancos,..., tudo era impecável, apesar de modesto. A cama era enorme e estava muito bem arrumada com travesseiros grandes e lençóis brancos com dois roupões em cima, sobre uma mesinha, uma pequena cesta com frutas.

— É tudo o que precisamos, meu amor... – Carlos Daniel disse quando já estávamos dentro do quarto e me envolveu em seus braços puxando-me para beijá-lo.

— Sua boca está mesmo machucada. – Eu lhe disse tocando em seus lábios quando senti um pouco do gosto de sangue. Ele se afastou devagar e me olhou apreensivo.

— Me desculpa, sempre me meto em confusão. – Disse baixinho, pegou minhas mãos e as levou até seus lábios beijando-as.

— Por que não me conta o que aconteceu antes de vocês brigaram? – Perguntei sentindo-me curiosa, Carlos Daniel não havia me contado ainda desde que saímos da casa de sua família.

— Por que não vale a pena e apenas lembrar me faz ficar furioso. – Rebateu cerrando os dentes. Tirei seu smoking e o conduzi até a cama para que sentássemos de frente para o outro.

— Talvez se você conversar comigo possa se sentir melhor colocando para fora o que sente... – Desatei a gravata borboleta e desabotoei sua camisa branca com alguns respingos de sangue.

Fomos interrompidos rapidamente pela campainha do quarto que soou, era o mensageiro com nossas malas e junto com ele uma garçonete com o balde de gelo e o vinho que solicitei. Os agradeci e peguei uma toalha de rosto colocando algumas pedras de gelo ali e voltei para perto de Carlos Daniel, que estava deitado na cama calado fitando o teto.

— ...Acontece que ele tenta me atingir de todas as maneiras, e eu juro que estava tentando me conter, mas não aguentei quando ele se referiu a você daquela maneira desrespeitosa. – Ele explicou quando se sentou ao meu lado depois de tirar totalmente sua camisa. - E isso é algo que eu não pude admitir.

— E o que ele disse sobre mim? – Perguntei pondo-me perplexa, não podia imaginar o que aquele homem havia dito ao meu respeito, mas tinha uma vaga ideia pela maneira que ele me olhava o tempo todo enquanto estávamos na casa dos Bracho. – Bom, eu acho que prefiro não saber o que ele disse.

— Sim Paulina, eu também prefiro não dizer. Obrigado. – Ele sorriu um pouco sem graça e tocou meu queixo com carinho.

— Precisa desinchar... – Coloquei a bolsa de gelo improvisada em sua boca e Carlos Daniel gemeu um pouco.

— Dói, acho que cortou um pouco. – Resmungou fazendo careta.

— Será que com uns beijinhos sara rápido? – Brinquei para que ele pudesse sorrir e foi o que aconteceu. Ele sorriu feito um bobo e tocou a maçã do meu rosto com delicadeza.

— Eu quero muitos beijinhos e beijões para ficar totalmente curado.

— Então vamos começar imediatamente! – Rimos à gargalhadas e o beijei, logo continuamos com o gelo em sua boca.

— Não sei o que eu faria se não fosse você em minha vida...

# Carlos Daniel narrando #

...

Paulina foi ao banheiro e me deixou sozinho por uns instantes. Eu voltei a deitar na cama e continuei fitando aquele teto branco, não pude parar de pensar no que ele disse aquela noite.

“ - Quem sabe você possa me dar umas dicas de como conquistar uma mulher como Paulina Martins? .... Sou sincero. Meu irmão sempre com as melhores, mas essa sua noivinha Martins.... Que delícia, hein?!

— Nunca mais ouse falar assim da Paulina, ouviu seu desgraçado?

— O quê, maninho? Que a Paulina é uma perdição? ”

A raiva me dominou novamente quando lembrei-me daquelas palavras, o ciúme que sentia conseguia ser mais forte do que eu, não queria que as coisas chegassem aquele ponto novamente, mas estava em um ponto que não suportaria sequer uma pirraça mais.

Levantei-me rapidamente e fui em busca da garrafa de vinho que Paulina pediu, a abri e servi duas taças rasas, tomei o primeiro gole com o intuito de diminuir a tensão que sentia.

— Pensei que fôssemos tomar juntos, amor... – Paulina disse baixinho ao meu ouvido ao me abraçar por trás.

— Desculpa, eu me adiantei um pouco, me sinto tenso. – Lhe entreguei sua taça, ela balançou o liquido de dentro e o inalou de uma maneira totalmente sexy vestida em seu roupão branco e seus cabelos ainda presos no alto.

— Não gosto de ver você assim, está muito distante, pensativo... Está triste. – Dizia enquanto me acariciava e beijava minhas costas.

— Eu sei, eu sinto muito meu amor, eu realmente não consigo relaxar.

— Eu garanti que o ajudaria a relaxar... – Eu disse virando-me para ficar de frente para ela, tomei sua taça novamente e a apoiei na bancada que estava próxima de nós junto com a minha.

— Hmm... Estou louco por isso... – Sorri e a beijei com carinho enquanto meu corpo já correspondia às suas carícias em meu peito e naquele momento um medo me dominou, o medo de perdê-la.

— Vem, tenho uma surpresa. – Ela disse após encerrarmos o beijo puxando-me para acompanha-la. Imediatamente peguei as taças e a segui até o banheiro.

Realmente fiquei surpreso, tudo estava muito bonito e o cheiro de rosas exalava pelo banheiro, a banheira estava cheia com espuma branca e algumas pétalas de rosas. A cesta de frutas estava perto da banheira junto com duas toalhas brancas dobradas perfeitamente.

Coloquei as duas taças cheias em cima da base da banheira, perto das frutas e Paulina me ajudou a tirar toda minha roupa, embora ainda muito tenso, minha evidente excitação lhe tirou um suspiro e ela se aproximou tocando meu peito nu, desceu sua mão lentamente até a minha intimidade e a tocou carinhosamente, gemi baixo ao sentir sua mão macia e quente em meu membro excitado e a admirei, toquei seus cabelos e lhe beijei no pescoço, arrancando-lhe outro suspiro.

Desamarrei seu roupão devagar e a adorei ainda mais quando seu corpo nu perfeitamente escultural se revelava a medida em que eu o retirava, minha boca salivou ao ver seus seios fartos e sem pensar os possuí chupando-os e os acariciando com suavidade e veemência, Paulina gemia alto em meio às carícias e apertava meus cabelos ainda induzindo-me a continuar, eu sabia muito bem o quão ela adorava as preliminares e mantive ali tempo suficiente para fazê-la perder a sustentação de suas pernas. A segurei firme em meus braços e ela me olhou e sorriu majestosamente, fazendo-me sentir cada momento mais revigorado, seu sorriso era a minha alegria.

A ajudei a entrar na banheira e logo a acompanhei, a água morna estava ótima. Nos sentamos e Paulina chegou perto de mim, tocou meu rosto com as duas mãos e o acariciou, medindo cada detalhe, eu apenas tive o prazer de contemplá-la em sua minuciosa admiração, seus lábios vermelhos inchados, seus olhos escuros dilatados, o cabelo preso com a franja para o lado, suas bochechas coradas, ela ficava cada dia mais linda.

Paulina retomou suas carícias beijando cada parte de meu rosto com carinho, ela fazia me sentir alguém, no mínimo, especial e eu sorri ao constatar isso. Logo, encheu cada mão com aquela água perfumada e começou a regá-la em meus ombros e peito enquanto massageava delicadamente.

— Como se sente agora meu amor? – Ela perguntou enquanto mantinha sua massagem em meus ombros e peito e depositou um beijo ali.

Paulina não fazia ideia do quão importante era para mim ter seu total apoio. Jamais imaginei ter alguém assim em minha vida, tampouco pensei que abandonaria aquela vida que levava quando andava com tantas mulheres para me entregar apenas a uma de corpo e alma. Mas não podia ter acontecido coisa melhor, e se a divindade existe, foi graças a ela que eu tenho Paulina, pois vi que não era apenas mais um dentre muitos, era um afortunado por ter uma mulher como ela e me sentia o homem mais feliz da terra, quando estava com ela, parecia que todo e qualquer problema se dissipava.

— Me sinto muito melhor, minha vida... – Lhe sorri e toquei seu rosto angelical, aproximando-me mais para beijar sua boca saborosa.

Tomamos o vinho e comemos aquelas frutas sensualmente, eu faltava enlouquecer quando Paulina mordia com vontade aqueles suculentos morangos ou quando os dividia comigo e quando compartilhávamos também daquelas uvas tão deliciosas em meio as caricias e beijos durante o nosso banho.

Meu desejo se intensificava a cada carícia que recebia, eu estava ficando louco a cada movimento seu, a cada momento que os intensificava, Paulina me acariciava e estimulava fazendo-me sentir como se estivesse no paraíso e foi como se estivesse caído de um precipício em queda livre quando explodi em êxtase.

— Obrigado meu amor, não sabe o quão feliz me sinto. – Agradeci enquanto sorria ainda tentando recuperar meu fôlego, Paulina sorria junto a mim. – Você é perfeita!

— Ainda não acabou, garanhão. – Disse brincalhona, lançou-me um olhar maroto e beijou minha boca cuidadosamente.

* Paulina narrando*

Saímos da banheira e rapidamente Carlos Daniel me agarrou e capturou meus lábios num beijo faminto, aquele beijo acendeu ainda mais o desejo dos nossos corpos que agora estavam mais relaxados. Minhas mãos percorriam as costas nuas e musculosas dele fazendo com que, através delas, aquela corrente elétrica prazerosa transcorresse todo o meu corpo, Carlos Daniel me pressionou contra a parede e me deu impulso para que entrelaçasse as minhas pernas em volta da sua cintura e, assim que o fiz, senti meu corpo todo estremecer. A excitação de seu membro tocando meu corpo estava me consumindo, estava me deixando em um quase ápice sem nem sequer ainda o sentir dentro de mim.

 - Me toma... Me faça sua meu amor... - Sussurrei ao seu ouvido e ele me olhou com desejo, com aquele semblante que tanto me fazia bem estampado em sua face novamente.

Me carregou em seus braços ainda entrelaçada em seu quadril até e caminhou até a cama onde ele deitou e se afastou ficando a apenas poucos centímetros afastado de mim. Com o seu olhar minucioso ele me admirava de uma maneira que eu conhecia muito bem, seus olhos me revelavam tudo o que sua mente cogitava e sua excitação era mais que evidenciada.

— Você é perfeita meu amor, não me canso de te contemplar... - O encarei ainda mais desejosa, ele não parava de me olhar, admirar, venerar.  Permaneceu assim, parecia que estava hipnotizado e não sei precisar o tempo em que estava parado me olhando. 

Logo, lentamente ele pareceu ter retomado sua consciência e deitou-se sobre mim, prendendo-me em seu abraço

—... Você bem sabe o efeito que tem sobre mim, não te quero simplesmente pelo desejo que nos domina agora, te quero da maneira mais amorosa, lenta e prazerosa, quero que sinta cada vez mais desejada e amada, quero que se sinta importante como me faz sentir. Estou rendido aos seus pés desde o primeiro momento em que te vi. Eu sou teu e você é minha, Paulina apenas você traz sentido a minha vida, só você me acalma e eu preciso de você, eu te amo mais que tudo, você é a minha vida. Não quero te perder.

Eu não tinha palavras para lhe dizer depois de tudo o que ele disse, seus olhos molhados enquanto me olhava intensamente, suas mãos me acariciando o tempo todo, ele estava aflito e dizia com toda sinceridade que seus olhos podiam denotar e simplesmente me rendia, e me fazia sentir a mulher mais realizada e feliz que existia.

— Eu te amo, Carlos Daniel... Você não vai me perder, meu amor... – Respondi sentindo meus olhos umedecerem e acariciei sua boca delicadamente. -... Não pense nisso agora, apenas faça amor comigo. - Olhei seu lindo e másculo rosto em minha frente, ele era tão desejável e, quando escutou as minhas palavras, colou seu corpo no meu e dedicou-se a me beijar...

Tê-lo tão rendido, tão entregue e somente meu fazia me sentir maravilhosa, eu adorava quando Carlos Daniel prolongava suas carícias, e quase entrei em colapso em cada uma delas, que deram espaço aos nossos desejos mais carnais. Sua língua invadiu a minha boca e o seu beijo me possuiu com necessidade, desespero e um maior desejo correu pelo meu sangue, despertando ainda mais meus desejos sexuais, acompanhei em seus movimentos, nossas línguas se entorpeciam com o sabor do nosso beijo. Suas mãos apertavam meus seios, meu bumbum. Eu delirei, me entreguei.

...

Seus lábios foram de encontro aos meus seios e ele dedicou um tempo ali, transmitindo-me naquele momento a sensação de que o meu corpo estava flutuando. Sua ereção pulsante encontrou-se com minha intimidade tocando-a, fazendo-me ansiar ainda mais por tê-lo dentro de mim, quando finalmente nossas intimidades se friccionavam uma na outra desfaleci com a sensação deliciosa que me debilitava. Seu corpo se movia devagar para cima e para baixo, seu membro acariciava a minha intimidade e eu já não suportava mais, eu precisava dele dentro de mim.

— Por favor...Carlos Daniel - Pedi em súplica quando não aguentava mais as sensações de prazer que ele me proporcionava, acariciando minhas pernas e ele fez com eu as abrisse ainda mais para recebê-lo. Depois de se acomodar entre elas, sua mão desceu até seu membro acomodando-o e, quando senti que lentamente me preenchia, gemi alto e estremeci assim que o senti por inteiro em meu interior.

É divinamente incrível e perfeita a sensação de tê-lo dentro de mim.

Carlos Daniel não deixava que nosso contato visual se desligasse, movia-se ao mesmo tempo em que me admirava.

— Perfeita, gostosa e minha, somente minha. - Ele gemia a medida em que se fundia em mim, seus dedos me tocando faziam com que cada sensação que nossas peles sentiam fosse a mais prazerosa de todas. O abracei com as minhas pernas e seus movimentos se intensificaram ainda mais, dando-nos mais prazer e tirando-nos totalmente da órbita, assim como nossas respirações, que já estavam ofegantes, e enquanto ele continuava a mover-se com ainda mais rapidez sobre mim intensificando ainda mais seus movimentos, meu corpo começava a evidenciar que meu ápice se aproximava e eu sabia que o Carlos Daniel também estava chegando ao fim.

Gemi seu nome e me senti desfalecer em seus braços quando atingimos juntos o ápice do prazer, o olhei novamente ainda sem fôlego e lhe sorri, ele retribuiu o sorriso e tirou meus cabelos molhados do rosto, beijando-o em toda a sua extensão.

— Te amo, te amo, te amo... – Sussurrava em cada beijo que depositava em minha face fazendo-me sorrir. – Sempre vou te amar.

— E eu te amo, meu amor. – Correspondi enquanto ainda lhe sorria e o ajudei a acomodar-se nos travesseiros para deitar em seu peito. – Você é incrível, obrigada! Ao seu lado sou muito feliz. – Eu o fitava enquanto tocava seu rosto. – Tudo fica cada vez melhor, te amo, Carlos Daniel te amarei sempre.

...


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem, meninas. Tentarei postar o próximo no mais breve possível.
Beijoss! :**