Te Odeio Por Te Amar escrita por TamY, Mazinha


Capítulo 46
Capítulo 46 - Carícia inusitada


Notas iniciais do capítulo

Oie meninas! Tá aí mais um cap fresquinho pra vcs!
Esperamos que ele compense a demora que tivemos.. eehehe
Que desfrutem. Boa leitura :*



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# Carlos Daniel narrando #

Depois de pedir que Jetro selasse um dos garanhões que criávamos na fazenda, voltei correndo para me trocar e finalmente poder começar a mostrar a Paulina as maravilhas daquele lugar e já tinha em mente onde poderia levá-la, um lugar reservado, mas de tirar o fôlego.

Quando voltei ao quarto não a vi em parte alguma e sem pensar muito segui até o banheiro, a porta estava apenas encostada e o barulho do chuveiro indicava sua presença ali, rapidamente tirei a camisa e a calça e a peguei de surpresa porque ofegou quando a abracei por trás.

– Carlos Daniel! - Exclamou assustada. – O que faz aqui? - Perguntou virando-se rapidamente para me olhar.

– Não resisti! – Eu disse enquanto deixava que meus olhos passeassem por seu belo corpo, a água dando um brilho em sua pele clara.

Eu definitivamente gostava de me torturar, meu desejo por tê-la novamente apenas aumentou e tive que fazer o meu máximo para não começar a amá-la ali mesmo, mas não resisti a tentação de deixar que minhas mãos percorressem por sua pele e meu desejo aumentou ainda mais e me corpo reagiu no mesmo instante aos estímulos que havia ali. Tive de me controlar ou não sairíamos dali tão cedo, então me limitei a caricias e beijos de tirar o fôlego, agora quanto ao meu desejo, esse foi impossível de controlar.

– É melhor irmos! - Ela disse sorrindo ao ver meu sofrimento contido.

– Você está rindo de mim? - Perguntei tentando manter um tom sério.

– Como não poderia? – Continuou rindo enquanto me olhava. – Você procura e depois fica com essa cara! - Disse enquanto se aproximava dando um selinho em meus lábios.

– E posso saber com que cara eu fico? - Perguntei a envolvendo pela cintura trazendo-a para junto de mim.

– Com cara de cachorro molhado! – Ela respondeu sorrindo travessa enquanto me olhava.

Eu não pude deixar de rir de sua comparação, mas também não poderia deixar barato. Com um sorriso maroto, sem dizer nada me aproximei e depositei um leve beijo em seu pescoço deixando sua pele eriçada e em seguida busquei seus lábios em um beijo longo e ardente.

Levamos mais tempo do que pretendíamos naquele banho com um sentimento de frustração que me acompanharia por todo o dia, ou pelo menos até que a tivesse novamente e eu sinceramente não via a hora desse momento.

Desci as enormes escadas com Paulina e como pedi, uma cesta de piquenique estava preparada, Maria preparou tudo e ela fez suas próprias sugestões...

– Obrigado, Maria! - Agradeci enquanto espiava o conteúdo da cesta.

– Não tem porque, meu filho! - Disse a senhora de forma carinhosa enquanto me oferecia um sorriso simpático.

– Sabe se o cavalo já está selado? - Perguntei enquanto me sentava no sofá rapidamente puxando Paulina para sentar-se em meu colo.

Não pude deixar de notar quando Paulina afastou-se se sentando ao meu lado no sofá e a olhei com estranhamento.

– Em um instante vejo isso para o senhor! - Disse a senhora enquanto saia rapidamente em busca do seu marido, nos deixando a sós.

– Aconteceu alguma coisa? - Perguntei a Paulina preocupado quando ficamos sozinhos.

Será que ainda estava com raiva pelo sonho? Me perguntava. Estaria eu pagando por algo que sequer tinha culpa?

– É que... - Começou dizendo com agitação. -... Que você me deixa sem graça... - Sorriu desviando o olhar. – A dona Maria estava aqui e... - Dizia, mas a impedi que continuasse a puxando novamente para meu colo.

– E o que tem isso? - Perguntei me aproximando de seu pescoço e inalando seu perfume. – Te amo e não me importo com a opinião dos outros! - Completei depositando um beijo em seu pescoço.

Fomos interrompidos pela chegada de Maria e Jetro, mas dessa vez não permiti que Paulina se afastasse de mim e mesmo a vendo corada por minha ousadia não deixei que se afastasse.

Logo segui com Paulina até os estábulos onde um garanhão marrom e branco já selado nos esperava.

– Uau! - Exclamou enquanto olhava o animal mantendo uma distancia segura.

– Lindo não é? – Admirei acariciando a cabeça no animal. – Vem! Pode se aproximar.

Com cautela Paulina se aproximou olhando para o cavalo cheia de admiração. Segurei uma de suas mãos e levei até o animal para que o acariciasse e o sorriso em seu rosto se alargou e me perdi a admirando, poderia passar o dia inteiro assim e ainda assim seria um dia perfeito.

– Vamos? - Sugeri a fitando e lembrando do caminho que ainda tínhamos pela frente, não queria que pegássemos o sol das 10 horas. – O caminho é um pouco longo até onde quero te levar! - Disse sorrindo enquanto puxava o cavalo pelas rédeas até o lado de fora do estábulo.

– Claro, vamos! – Ela sorriu amavelmente. – Aonde irá me levar? - Perguntou cheia de curiosidade enquanto caminhávamos para fora.

– Uma surpresa! - Disse sorrindo.

Maria e Jetro nos esperavam a uma certa distancia com a cesta de piquenique e uma mochila com algumas coisas que poderíamos precisar em mãos, agradeci e a peguei para amarrar ao cavalo, ajudei Paulina a montar e montei logo atrás.

– Um pouco mais perto, meu amor! - Disse a puxando para junto de mim, deixando toda a extensão de suas costas colada em meu peito.

– Se ficarmos mais perto nos tornaremos um só! – Paulina disse rindo por minha atitude possessiva.

– Não seria uma má idéia! - Sussurrei em seu ouvido. – Ontem nos tornamos um só e mal posso esperar por isso novamente! - Gracejei.

– Carlos Daniel! - Me repreendeu olhando para os dois senhores que nos olhavam sorrindo.

– Não se preocupe, minha vida! – Sorri malicioso. – Eles não ouviram, mas se tivessem ouvido alguma coisa, sabem ser discretos!

Coloquei o cavalo em movimento e senti o corpo de Paulina tencionar com o movimento do cavalo, em um ato de proteção a envolvi pela cintura a abraçando forte e lhe beijei o ombro.

– Não vou deixar que caia! - Disse sorrindo. – Agora, relaxe e aproveite a viagem! - Brinquei.

Seguimos um bom tempo por pastos, por toda parte muitas arvores imensas, flores do campo e o que tirou nosso fôlego, alguns cavalos selvagens correndo livres pelo campo, uma harmonia em cada movimento do bando, a poeira deixada para trás em suas corridas velozes, o tremor do chão abafava o bater acelerado dos nossos corações.

– Isso é tão lindo! - Dizia enquanto seguia com os olhos o bando que passou a uma boa distancia em alta velocidade.

– Por isso amo tanto esse lugar, mas agora tenho algo melhor ainda para admirar! - Disse a olhando e ganhando sua atenção.

– Hmm... É mesmo? - Perguntou brincalhona.

– Você consegue ser ainda mais linda que tudo isso! – Lhe disse baixinho acariciando seu rosto, minha mão em sua cintura sempre a mantendo mais perto que o necessário.

A beijei rapidamente antes de continuarmos nosso caminho pelo vasto campo a nossa frente, mal via a hora de chegarmos.

– Onde está me levando? - Perguntou olhando a nossa volta sem ver indícios do nosso destino.

– Estamos quase chegando, meu amor! – Sorri em satisfação.

Levamos mais alguns minutos para chegar ao nosso destino e depois ainda tínhamos uma pequena caminhada.

Ajudei Paulina a descer do cavalo e quando a coloquei no chão não resisti a tentação de beijá-la, um beijo rápido, a proximidade não me deixava muita escolha e deixei apenas uma pequena provocação antes de encerrar o beijo e começar a desamarrar a cesta de piquenique para seguirmos, não pude conter um sorriso de contentamento quando ouvi seu suspiro.

– Estamos quase lá! – Eu disse sorrindo e lhe estendi a mão para continuarmos.

– Você disse isso ha um tempão atrás! - Reclamou enquanto se deixava ser conduzida.

Apenas sorri de seu comentário, o lugar era longe, mas valeria à pena. Depois de apenas alguns minutos chegamos a uma montanha de pedra cinzenta e bem lá embaixo uma enorme entrada.

– Vamos entrar ai? - Ela perguntou apontando para a entrada escura da caverna.

– Claro! - Disse sorrindo de seu semblante preocupado. – Você nem imagina o que tem lá dentro! - Disse sorrindo enquanto buscava as lanternas dentro da bolsa.

– Ai, imagino que tenha morcegos, insetos e sabe-se mais o que vive lá dentro! – Me olhou apreensiva, mas apesar disso, tinha um tom divertido em sua voz.

– Não confia em mim? - Perguntei a olhando. – Nunca te colocaria em risco.

– Sim, claro que confio! - Respondeu sorrindo e se aproximando para me beijar, mas antes que nossos lábios se tocassem ela desviou o beijo o deixando no canto de minha boca em uma provocação que me fez sentir ao ponto de agarrá-la e simplesmente saiu em direção a entrada da caverna como se nada tivesse acontecido. Se não fosse o sorriso satisfeito em seus lábios ninguém desconfiaria de que fez aquilo de propósito.

Sorri, eu merecia, ela estava apenas me dando o troco e corri para acompanhá-la.

*Paulina narrando*

– Carlos Daniel! Meu Deus! – Exclamei quando atravessamos aquela caverna e me deparei com uma visão de tirar o fôlego, do outro lado havia uma gruta com um lago com águas azuladas e profundas, na parte do teto inúmeras rochas pontiagudas de diversos tamanhos e uma abertura gigante que dava espaço para a luz do sol lá fora adentrar aquele lugar iluminando aquelas águas cristalinas.

– E então, meu amor, o que achou?

– É incrível este lugar! Lindo! – Respondi impressionada com a beleza daquele lugar magnífico.

– Eu vinha muito aqui quando era moleque! – Ele disse com um sorriso de criança enquanto se aproximava a mim. – E não tem pessoa melhor para me acompanhar, este fim de semana está sendo muito especial pra mim, Paulina. – Volteou seus braços por minha cintura.

– E para mim também, Carlos Daniel! Obrigada por tudo, você me faz feliz!

– E você me completa, meu amor! Te amo! - Com carinho, ele acariciou o meu rosto e me beijou suavemente, logo dando mais ardor ao beijo fazendo com que o eco se espalhasse por toda a gruta.

– Que tal nadarmos? – Sugeri quando encerramos o beijo.

– Estava pensando a mesma coisa! – Ele sorriu e fomos arrumar nossas coisas sobre uma grande rocha.

Acomodamos as nossas coisas em uma das grandes pedras e tiramos nossas roupas, ficando apenas com nossos trajes de banho, estávamos loucos para mergulhar. Carlos Daniel me ergueu em seus braços brincalhão dizendo que ia me atirar na água, mas não o fez, ao invés disso, disse que quem chegasse por último na água teria de pagar uma carícia inusitada para o outro e, óbvio que eu corri na frente dele e ele me deixou ganhar, com certeza de propósito.

– A água está maravilhosa! – Eu disse após um mergulho.

– Sim, está ótima! – Ele disse, se aproximou e deu um beijo rápido em meu ombro. – E você também, eu já disse isso? – Me roubou um beijo com ar brincalhão. O humor de Carlos Daniel estava ótimo.

Quando eu menos esperei, ele mergulhou de uma só vez e desapareceu em meio às profundezas das águas.

– Carlos Daniel, cadê você? – Chamei por ele enquanto o procurava. – Carlos Daniel?!

– Paulina!!! - Ele me assustou quando gritou o meu nome ao aparecer do outro lado do lago em cima de uma pedra. Parecia um menino brincando e eu sorri por estar conhecendo esse lado inocente dele, ele não parece ser um homem que tem tempo de aproveitar esse lado da vida e fico feliz por ele estar fazendo isso comigo.

Ele pulou de lá de cima da pedra até a água fazendo com que se espalhasse vindo até mim com ondas pequenas. Nadou até mim e namoramos um bocado, nadamos e nos divertimos brincando de apostar quem chegava primeiro ou de quanto tempo um podia ficar debaixo d’água mais que o outro. Foi um dos melhores dias de minha vida, coisas simples assim podiam me fazer uma mulher feliz e fazia muito tempo que eu não sabia o que era a felicidade, esse tipo de felicidade.

– Meu amor, confesso que se dependesse de mim ficaríamos a vida toda aqui na fazenda. – Carlos Daniel me disse quando já estávamos sentados sobre a grande toalha de piquenique onde estavam nossas coisas e ele abriu um champanhe e serviu em dois copos de cristal.

– Mas meu amor, nós temos que voltar para o DF, temos nossos trabalhos, nossas famílias... – Eu respondi sorrindo e me aproximei mais para acariciar a sua barba.

– Sim, é verdade. Mas tendo você só comigo já nada mais me importa. – Esboçou um sorriso encantador, me entregou um dos copos e me puxou para um beijo cheio de ternura.

– Eu também adoro estar com você... – Disse para ele quando nos afastamos o suficiente para olhá-lo nos olhos, brindamos à nós dois e tomamos um pouco daquele doce liquido borbulhante, logo o puxei de volta para saborear daqueles lábios de mel misturados com o suave sabor da bebida que tanto me tiravam da órbita e nos beijamos como se não existisse mais nada.

Ele me acomodou sobre a toalha e beijou com destreza o meu pescoço fazendo com que o calor de sua língua quente arrepiasse todo o meu corpo quando tocava a minha pele fria e molhada.

– Te amo tanto... – Ele disse enquanto descia sua boca em suas caricias até o meu peito, tentando encontrar espaço em meu biquíni, eu ansiava por aquelas caricias e quando ele encontrou o que procurava, me vi desfalecer com o que ele fazia com sua ágil língua naquela parte tão sensível de meu corpo.

Segurei seus cabelos molhados com força enquanto desfrutava do delicioso prazer que ele me proporcionava, gemidos involuntários escapavam de minha garganta quando ele intensificava seus beijos, mas ouvir o eco de nossos ruídos pode me deixar desconcertada mesmo estando tão envolvida.

– Carlos Daniel... – Consegui dizer com muita dificuldade. - ...É melhor não...

– Mas por que meu amor? – Ele perguntou enquanto ainda distribuía beijos agora pelo meu ventre.

– Alguém pode nos pegar aqui... – Justifiquei quase sem ar.

– Ninguém vem aqui assim, Paulina... – Ele subiu e beijou os cantos de meu rosto. – Não se preocupe, meu amor...

– Mesmo assim, Carlos Daniel... Está tarde e temos que ir antes que anoiteça. – Insisti porque se o deixasse continuar, nem eu mesma conseguiria me segurar. – Se controla meu amor... – Disse segurando seu rosto entre minhas mãos.

– É que não é fácil assim como você pensa... – Ele sorriu ao detalhar o meu corpo com os olhos famintos, senti meu rosto esquentar com seu gesto audacioso. -... Mas você tem razão, temos que ir. – Beijou minha testa e saiu de cima de mim para me ajudar a levantar.

– Obrigada por entender. – Disse enquanto buscava minhas roupas para me recompor.

– Mas você vai me pagar cada caricia e cada beijo que me deve com juros, hein senhorita Martins! Este é o mais justo! – Me pegou em surpresa e inspirou fundo em meu pescoço, fazendo sua barba me trazer cócegas.

– Tudo bem, senhor Bracho! – Gargalhei com as cócegas em meu pescoço. – Costumo ser sempre justa na vida! – Sorri para ele e o beijei com paixão, amor... Eu, mais do que ele queria pagar-lhe as caricias que devia.

# Carlos Daniel narrando #

A cada instante que passava a seu lado meu desejo por fazê-la minha novamente apenas crescia tornando-se dolorosa nossa distancia, nunca pensei que pudesse depender de alguém assim e depois dela demonstrar toda sua paixão nos beijos e caricias que trocamos lá na gruta tornava-se ainda mais difícil para mim me controlar, e o caminho de volta tornou-se ainda mais longo com a promessa de que ela me pagaria cada caricia devida naquela tarde.

– Temos que chegar antes que anoiteça, meu amor! - Disse enquanto tentava apressar os passos lentos do cavalo.

– Temos muito tempo ainda! - Rebateu sorrindo enquanto admirava a paisagem a nossa volta como se não percebesse minha ansiedade por estar a sós com ela.

– Não faz assim Paulina! – Reclamei agoniado a apertando contra mim, enterrando meu rosto em seu pescoço, inalando seu aroma natural.

– Fazer o quê? - Ela perguntou rindo. – Não estou fazendo nada! - Negou virando-se um pouco para conseguir me olhar.

– Você está agindo como se não se importasse em estar comigo agora ou daqui a algumas horas! - Expliquei resmungando enquanto a olhava nos olhos.

– Awn... Me desculpe meu amor! É lógico que eu quero estar com você! - Disse sorrindo. – Mas não adianta corrermos! - Explicou.

Fiquei em silencio, ela estava certa, correr não adiantaria, poderíamos apenas sofrer um acidente ou até mesmo o pobre do cavalo que aparentava cansado.

– Tem razão, me desculpe! - Depositei um beijo em seu ombro. – Só estou doido pra tê-la em meus braços novamente e mal consigo me conter!

Chegamos à fazenda com o sol já se pondo ao horizonte e depois de deixar o cavalo no estábulo seguimos para a casa, e ao entrarmos não pudemos conter uma exclamação de puro deleite ao sermos atingidos por um aroma delicioso e o sorriso veio fácil quando encontramos a mesa do jantar já posta apenas nos esperando.

– Maria, a senhora é um anjo! - Disse sorrindo enquanto observava a variedade de pratos sobre a mesa.

– Achei que depois de passarem o dia fora iriam querer comer algo! - Explicou a senhora enquanto nos olhava encabulada pelos elogios.

– E a senhora está certa! - Paulina disse a Maria enquanto se aproximava a abraçando. – Estamos famintos!

– Mas antes vamos nos trocar! - Disse sorrindo enquanto me aproximava de Paulina a puxando para junto de mim. – A senhora já pode ir descansar que a gente se vira! - Disse agradecido.

Maria se despediu de nós nos desejando boa noite e seguiu para sua casa deixando-nos a sós como eu desejava ha horas atrás: estar sozinho com o amor da minha vida em um lugar que ela não poderia pedir que eu parasse com meus carinhos.

Com a saída de Maria puxei Paulina para ainda mais perto e iniciei meu “árduo” trabalho em seduzir a mulher em meus braços, com muita calma deixei que minhas mãos deslizassem por seus braços causando arrepios em seu corpo e um sorriso tímido ao me olhar me fez sorrir também, mas tratei de controlar e a olhando sensualmente beijei seu rosto e logo em seguida me afastei um pouco para fitá-la.

– Não imagina o quanto esperei para estarmos a sós! - Disse com a voz rouca, logo em seguida me aproximei novamente beijando sua outra bochecha e o suspiro que escapou de seus lábios me fez sorrir satisfeito por poder dar-lhe prazer com tão pouco.

– Eu imagino! - Retrucou me olhando nos olhos enquanto suas mãos passeavam por meu peito por cima da camisa. – Também esperei muito para que pudéssemos estar a sós!

Ao ouvir isso, só me restou beijá-la nos lábios como ha muito desejava fazer, um beijo cheio de saudades, cheio de desejo acumulado, e sentir sua resposta me deixou ainda mais incapaz de esperar. A peguei em meus braços interrompendo o beijo por apenas um instante e a levei até o sofá onde sentei com Paulina em meu colo de frente para mim e voltei a tomar seus lábios de forma ágil, nossas línguas duelando em uma luta de sedução, minhas mãos como se tivesse ganhado vida própria percorreram por suas costas em busca de sentir sua pele macia e sem sucesso nisso, me afastei rapidamente praguejando enquanto a ajudava a se livrar da blusa e com o objetivo alcançado voltei a capturar seus lábios enquanto minhas mãos percorriam por toda sua pele exposta arrancando arrepios em cada toque.

– Carlos Daniel! - A escutei me chamar, mas não conseguia afastar-me, queria beijá-la assim para sempre, sentir seu gosto... – Por favor, meu amor... Espere! - Ela pediu tentando ganhar minha atenção.

– O que foi meu amor? - Perguntei emergindo da nuvem de desejo que tinha me encoberto no momento que comecei a beijá-la.

– É que, a Maria preparou um jantar tão maravilhoso para a gente... Se continuarmos assim sei que não comeremos nada! - Explicou me olhando seriamente.

Apesar de seus olhos verdes estarem escuros pelo desejo, via sua consideração pelos esforços de Maria e mesmo louco por tê-la teria de me conter por mais alguns longos e dolorosos minutos até que tivéssemos pelo menos provado da comida de Maria.

– Você tem razão! – Disse me sentindo emburrado feito um menino. – Mas antes vamos tomar um banho! - Pedi me reanimando.

– Será apenas um banho! - Disse em tom advertido. – Nada mais, e fique sabendo, não adianta tentar me seduzir porque não irá funcionar! - Exclamou tentando manter-se séria.

– Ah é? - Perguntei a olhando de forma intensa. – É uma grande pena! - Disse enquanto deixava que meus olhos percorressem por seu corpo em uma inspeção minuciosa de suas curvas bem definidas.

– Pena, por quê? - Perguntou me olhando fingindo estar confusa.

– Porque era exatamente isso que eu planejava fazer! - Expliquei a olhando com intensidade.

– Bom... - Disse sorrindo. – Você pode até tentar, mas me manterei firme! - Explicou rindo.

– Está certo, meu amor! - Disse sorrindo divertido. – Veremos então!

Não me lembro quando tive um momento assim, descontraído, de brincadeiras, regado de sedução em cada frase ou palavra, algo simples, mas que me dá imenso prazer. Acho que isso nunca me passou na vida, não dessa maneira, não com alguém que me fizesse me sentir tão especial como Paulina Martins.

– Venha, mas tomar banho e então jantamos! - Ela disse quebrando o silencio enquanto se levantava do meu colo e me puxava pela mão para irmos para o quarto.

Enquanto Paulina procurava por alguma coisa em sua mala eu fiz o mesmo e não pude deixar de rir ao ouvi-la reclamando das roupas na mala novamente, Sophia teria algo que explicar quando voltássemos. Me peguei distraído a observando, algo que me dava imenso prazer em fazer.

Fui tirado do meu momento de prazer particular com o toque do meu celular, rapidamente segui até a escrivaninha onde o tinha deixado abandonado, pensei que pudesse ser Rodrigo, mas disse a ele que não me incomodasse com problemas da fábrica porque quando voltasse resolveria tudo que estivesse pendente...

Me preocupei quando olhei o número privado no visor do celular. Quem poderia ser? E principalmente... Porque estava usando numero confidencial? Atendi pensando que poderia ser algo de importância.

– Carlos Daniel falando! - Disse ao atender a ligação e assim silenciar o toque insistente do celular. – Alô?

Ouvia-se apenas silêncio.

– Alô! - Disse com a voz mais elevada, mas nada. – Sei que tem alguém na linha! - Disse apesar de imaginar que não obteria resposta.

Esperei, mas a pessoa do outro lado continuou sem dizer nada e depois de alguns minutos desligou.

Fiquei um tempo olhando para o aparelho me sentindo irritado, provavelmente era algum desocupado passando trote.

– Algum problema, meu amor? - Paulina perguntou preocupada em me ver irritado.

* Paulina narrando *

– É... Não, minha vida... Não foi nada! – Carlos Daniel respondeu a minha pergunta pensativo após receber uma ligação.

– Tem certeza? Você parece distraído...

– Absoluta, meu amor! Só achei estranho porque não falaram nada. – Ele disse colocando o celular de volta sobre a mesa, me abraçou pela cintura e beijou o meu pescoço.

Joguei minha cabeça para trás e me deixei levar pelos beijos de Carlos Daniel que já estavam me deixando louca, ele enfiou a mão em meus cabelos e me prendeu mais a ele dando mais intensidade aos beijos. Me vi fora de órbita com suas caricias e me contive o puxando até o chuveiro.

– Não usamos a banheira ainda... – Ele disse olhando para a jacuzzi ao nosso lado enquanto deixava a água morna do chuveiro cair em nossos corpos.-...Seria delicioso fazer amor com você em uma banheira como essa...

– Carlos Daniel! – Senti meu rosto esquentar com seu comentário ousado.

– Não fique tímida, meu amor... – Ele riu com o canto dos lábios e tocou os meus ombros com sensualidade. – Ainda temos tanto que fazer e eu mal posso esperar, tenho tantas coisas em mente... – Ele não continuou porque tomou os meus lábios com tanta ansiedade que me tirou o fôlego de imediato e com suas ávidas mãos passeou pelo meu corpo fazendo uma onda grande de desejo inundar os meus sentidos.

– Carlos Daniel, te amo...- Declarei em um suspiro ao sentir que ele me ensaboava em carícias arrebatadoras que me tiravam do controle.

– E eu também te amo, Paulina, minha vida... – Ele sussurrou enquanto descia seus lábios até os meus seios, bebendo-os junto com a água que deslizava pelo meu corpo.

– Me faça tua, Carlos Daniel... – Pedi quase em suplica sentindo-o roçar em mim enquanto me beijava, ele estava pronto e eu o necessitava.

– Temos que descer, meu amor... O jantar... – Ele disse sorrindo e me olhou com expectativas, em seus olhos via a resposta que seus lábios não podiam dizer.

– O jantar espera! – Afirmei com firmeza e ele esboçou o seu sorriso mais cafajeste.

Carlos Daniel me apoiou com cuidado contra a parede fria, me suspendeu e envolvi minhas pernas em seus quadris volteando os meus braços em seus ombros, segurando-me firme nele. Meu corpo inteiro estremeceu quando senti sua masculinidade fundindo-se a minha intimidade causando-me um desconforto inicial, mordi meu lábio e apertei meus olhos deleitando-me do sentimento que ele me proporcionava enquanto nos uníamos e ele me beijou ao enterrar-se em mim fazendo com que gemidos altos escapassem de minha garganta, aqueles momentos de puro prazer em seus braços jamais seriam apagados de minha memória, eram tudo o que eu jamais imaginaria ter de um homem e tive a sorte de ter encontrado este homem especial.

Apertei minhas unhas em suas costas quando o senti mover-se dentro de mim devagar, nunca esteve tão profundo e agora me transmitia a uma dimensão que não podia explicar jamais com suas investidas lentas, só conseguia pedir que não parasse, pois poderia morrer se o fizesse. Carlos Daniel manteve seus movimentos por longos minutos e a cada momento os intensificava e eu o ajudava colocando o meu corpo em movimento até sentir que juntos atingimos o céu, e ele se retirou de dentro de mim com cuidado colocando-me de pé frente a ele.

– Você é incrível, meu amor. – Ele disse enquanto ensaboava meu corpo.

– Carlos Daniel... Eu não sabia que era assim... – Confessei sentindo uma forte emoção invadir o meu peito. - ... Tão intenso, tão maravilhoso, tão apaixonante, tão prazeroso, tão...

– Gostoso! – Ele completou sorrindo me deixando um tanto desconcertada, mas sim, essa era a palavra que me faltava dizer. – E isso é apenas parte do que eu posso lhe dar, você vai ver o que um homem de verdade pode lhe proporcionar, meu amor... Você vai ver o que o seu corpo é capaz de lhe dar, eu te prometo que vou te levar ao céu, minha vida!

Ele afirmou sem pudor algum, desligou o chuveiro, me envolveu em uma toalha e me conduziu até o quarto. Pegou uma toalha seca e passou por meus cabelos com cuidado me olhando intensamente, logo me beijou com ânsias e soltou a toalha que envolvia o meu corpo, analisou cada detalhe do meu corpo e deixava um forte rastro de arrepio por onde seus olhos passavam, entrelaçou suas mãos às minhas e me olhando nos olhos perguntou:

– Você confia em mim, Paulina?

– C-confio, por quê? – Perguntei com dificuldade enquanto me estremecia com o toque sensual das pontas de seus dedos em meus ombros.

– Porque lembra da divida que eu tenho com você? – Sorriu com malicia.

Assenti.

– Quero pagá-la agora, mas precisa confiar em mim. – Ele mordeu com suavidade o meu lábio inferior e afastou-se de mim o suficiente para me olhar nos olhos e logo me conduziu até os grandes travesseiros. – Quero conhecer o teu sabor. – Disse baixinho em meu ouvido, lambeu os meus lábios e me encostou nos travesseiros, meu coração batia cada vez mais descompassado, ele desceu a boca quente em meu pescoço se dedicou ali mordiscando-o, depois desceu mais em meus seios acariciando-os com habilidade fazendo-me ofegar com o prazer já acumulado e foi descendo até a minha barriga, fazendo com que eu me desse conta de que prendia a minha respiração.

– Carlos Daniel... – Quase gritei, meu corpo estremeceu quando senti um toque mais íntimo, ele agora estava prestes a tirar minha razão com o que acabara de fazer. Desceu sua boca até o interior de minha coxa e senti o seu acariciar sobre minha intimidade antes que ele começasse a dar leves beijos em minha virilha até que ele afastou um pouco mais minhas pernas e tocou o meu ponto mais intimo com seus lábios suaves. – Ahhh Carlos Daniel!!! – Arqueei minhas costas e apertei firme os seus cabelos enquanto gemidos involuntários ousavam sair de minha garganta, não podia controlá-los, tamanha e prazerosa era a sensação que ele me proporcionava beijando a minha intimidade daquela maneira.

– Relaxa, meu amor... Confia em mim, quero que desfrute de cada sensação que vou lhe proporcionar agora. – Ele levantou o olhar e disse quando sentiu que meu corpo tencionou. Jamais havia sido beijada daquela maneira, muito menos em uma parte tão intima de meu corpo e todas essas sensações eram novas para mim, não conseguia conter o embaraço que tudo aquilo me causou naquele momento.

Respirei fundo por várias vezes tentando controlar meu fôlego e acalmar os meus sentidos e fiz o que ele disse, recostei sobre os travesseiros novamente e lhe sorri transmitindo a confiança que ele havia me pedido. Sem mais pensar, Carlos Daniel voltou ao seu ato arrebatador deixando-me ainda mais excitada ao friccionar o meu ponto mais intimo com seus lábios e me senti desvanecer quando ele intensificou seus movimentos e introduziu sua língua naquele lugar proibido, o qual eu jamais imaginaria me tirar a razão de tal forma.

– P-Por favor... Carlos... – Senti meu mundo cair quando seus lábios abandonaram meu ponto G dando lugar ao seu dedo ágil e habilidoso introduzindo-o e retirando-o devagar e logo penetrando-o agora com muito mais agilidade que me fez afundar completamente naquele mar de desejos que eu naufragava. – Ahhhh Carrrrrlos Daniel! – Gemi alto, muito alto quando, com o meu coração prestes a saltar pela boca, senti desfalecer ao atingir o êxtase provocado pelo momento máximo daquele prazer, senti minha intimidade se contrair involuntariamente e, com minha respiração entrecortada e o bater acelerado de meu coração me vi inundada em um desejo até então desconhecido, prazer este que me fez sair de meus sentimentos mais sensatos e conhecer um universo e ver estrelas, uma constelação, eu diria melhor.


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Notas finais do capítulo

E aí??? Compensou?? hehehe Agora comentem muito, muito e muito porque a fic é movida a comentários e precisamos de mais incentivo... Também preparem seus corações porque virão emoções por aí...
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Obrigada por lerem, beijos ;**

Tamy e Mazinha