Te Odeio Por Te Amar escrita por TamY, Mazinha


Capítulo 47
Capítulo 47 - Lugar especial


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas, demoramos muito dessa vez né? Mas aqui estamos com mais um capítulo, esperamos que gostem e comentem bastante para nos ajudar incentivando a escrever mais...
Boa leitura ;**



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* Paulina narrando *

Após estar completamente rendida àquelas caricias que me tiraram da órbita, me entreguei mais uma vez ao homem que estava me levando à loucura e que me deixava cada momento mais apaixonada por ele, ao que fez nascer dentro de mim algo que eu jamais conheci ou imaginei sentir. Nos entregamos um ao outro mais uma vez e quanto mais nos conhecíamos, melhor se tornava a maneira em que nos amávamos, e quando nos rendemos, caímos exaustos sobre os lençóis bagunçados daquela enorme cama, nos olhamos e sorrimos.

– No que está pensando, meu amor? – Ele me perguntou enquanto tirava as mechas de meu cabelo que insistiam cair em meu rosto.

– Estou pensando que eu não poderia ter fim de semana melhor... – Respondi sorrindo e acariciei seu peito nu.

– E eu digo o mesmo, minha vida... Não sei te dizer quando fui feliz dessa maneira... Eu te amo! – Carlos Daniel disse com os olhos cheios de ternura me fitando intensamente fazendo meu coração gelar.

– E eu te amo! – Respondi segura, rocei meus lábios nos dele e mordisquei devagar.

– Sabe, Paulina... Ter vindo aqui nesta fazenda com você, lugar que eu jamais imaginei retornar depois de tanto tempo, me fez rever alguns conceitos que eu criei dentro de mim, me fez enxergar que o orgulho nem sempre tem que falar mais alto, me fez revigorar minhas energias, meus sentimentos. Sabe... Você me faz tão bem... E este lugar, este lugar sempre foi especial para mim, agora estando aqui com você... Eu não posso descrever o que estou sentindo... – Ele disse com emoção enquanto acariciava as minhas bochechas.

– Não precisa, meu amor... Eu entendo perfeitamente o que sente. – O beijei intensamente, o beijei com amor, desejo, admiração, ele também me faz bem e momentos assim me faziam sentir vontade de fazer o tempo parar para poder desfrutar até onde nos desse vontade.

Todos os momentos em que vivemos juntos jamais poderão ser borrados de nossa memória e aquele lugar já faz parte da nossa história.

Me aninhei a ele enquanto me fazia carinho e me contava algumas travessuras de infância e logo o sono nos tomou em sua inconsciência.

# Carlos Daniel narrando #

Acordei com o toque insistente do meu telefone, ainda meio sonolento busquei o aparelho na mesinha ao lado da cama quase o derrubando em minha irritação por pegá-lo e silenciá-lo.

“NÚMERO RESTRITO”, nem ao menos imaginava quem poderia estar me ligando aquela hora, atendi a ligação e esperei a pessoa do outro lado, estática, ouvia, apenas estática.

– Porque não diz nada? - Perguntei a pessoa que provavelmente estava do outro lado, mas mais uma vez ouvi apenas o zumbir do telefone.

Como não obtive resposta, desliguei o telefone de forma brusca, pois bem, se não quer dizer nada não perderia meu tempo com isso, não quando tinha tão poucas horas naquele paraíso com a única mulher que amo. Depois da irritação que senti com mais esse trote somente o calor do corpo de minha amada poderia me trazer alguma calma.

A observei dormir ao meu lado, estava deitava de bruços, as costas nuas e um fino lençol cobrindo-a na medida do possível, seu rosto mostrava serenidade e fiquei algum tempo apenas admirando-a, não querendo estragar esse momento que logo seria arrancado de mim pela realidade.

Com calma deixei que uma de minhas mãos percorressem por sua pele exposta acariciando, adorando cada centímetro e observei com calma os pelos de seus braços se arrepiarem com meu toque e aos poucos a vi acordar esboçando um sorriso em seu rosto ao me ver ali, era algo que desejei poder ver todas as manhãs pelo resto de minha vida.

– Bom dia, minha vida! - Disse sorrindo enquanto a observava calmamente.

– Bom dia! - Respondeu enquanto puxava os lençóis cobrindo sua nudez. – Está ha muito tempo acordado? - Perguntou enquanto se sentava diante de mim.

Os lençóis tirando de mim qualquer visão de sua bela figura e pensei que da próxima vez que acordássemos juntos me certificaria de esconder qualquer lençol que pudesse me roubar o prazer daquele momento.

– Não muito! - Disse sorrindo enquanto a olhava intensamente. – Apenas o suficiente para desejá-la ainda mais! - Completei a provocando.

O Sorriso brincando no canto dos meus lábios, meus olhos percorrendo sua forma...

– Carlos Daniel! – Advertiu com suas bochechas coradas. - A-acho que já é bem tarde! - Desconversou. – Vamos tomar café... Estou faminta! - Ela disse já se colocando de pé levando consigo os lençóis.

Rapidamente me levantei e a impedi de seguir com seus planos que provavelmente eram bem diferentes dos meus.

– Porque não aproveitamos esse ultimo dia aqui na fazenda para curtirmos um ao outro um pouco mais? - Perguntei sorrindo.

– Por que acho que existe muito para se ver por aqui! - Argumentou.

– Podemos voltar quando quiser! - Rebati. – Pretendo trazê-la quantas vezes quiser! - Completei.

Ela suspirou rendida à minha sugestão de programa para o dia e eu mais que depressa me apressei para encurtar a distancia que ainda nos separava.

– Agora que estamos em um acordo... - Disse enquanto, com delicadeza, a puxava pela cintura aproximando nossos corpos. – ...posso finalmente desejar um ótimo dia da forma correta! - Completei quando nossos rostos já estavam a centímetros um do outro.

Levei meu tempo admirando aqueles olhos verdes que sempre roubavam meu fôlego e sem poder manter-me longe deixei que meus lábios tocassem os seus com delicadeza, deixando que se moldassem um no outro, sentindo sua maciez, em seguida me afastei para roubar um rápido olhar da mulher de olhos fechados, ofegante e com os lábios entreabertos esperando por mais do que esse simples tocar de lábios.

E como em um gesto possessivo a apertei contra mim, capturei seus lábios e a beijei com intensidade e seus braços logo estavam em volta do meu pescoço, pouco importando-se com os lençóis que agora estavam jogados aos nossos pés, deixei que minhas mãos percorressem por sua cintura e costas sentindo sua maciez nas pontas dos meus dedos...

– Carlos Daniel! - Disse ao encerrarmos o beijo. – Podemos tomar o café da manhã? - Perguntou enquanto rapidamente resgatava os lençóis do chão voltando a cobrir-se. – Estou faminta! - Completou sorrindo corada.

– Claro, meu amor! - Disse a olhando sem poder esconder o desejo que cresceu em mim naquele momento.

Mais uma vez precisaria me manter sob controle, teria de saber esperar mais uma vez pelo momento certo e não poderia permitir que ela passasse fome apenas para atender aos meus desejos, teríamos muito tempo para nos amarmos mais tarde.

Enquanto me trocava no quarto, ouvi o chuveiro sendo ligado e estava a ponto de seguir até o banheiro quando meu celular tocou...

– Eu disse que não me incomodassem! - Disse ao atender a ligação do Rodrigo.

– Temos um problema, Carlos Daniel! - Rodrigo disse do outro lado, e por seu tom de voz podia ver que somente algo muito sério faria com que Rodrigo desobedecesse uma ordem minha.

– O que aconteceu? - Perguntei tentando manter meu caráter intolerante sob controle.

– O que acontece... É que o Sr. Martins anda sem controle algum! - Explicou.

Franzi a testa, me perguntei, o que as atitudes do Sr. Martins tinham a ver comigo? Sei que não devia pensar assim, mas não podia evitar, não quando era interrompido quando pedi, exigi que não me interrompessem.

– O que eu tenho com isso? - Perguntei impaciente.

– Só que... Gaguejou do outro lado da linha. – Ele tem bebido muito e jogado, achei que deveria saber... - Dizia, mas rapidamente o cortei não permitindo que continuasse.

– O Sr. Martins é bem grandinho! - Disse irritado. – Quando tiver alguma emergência, me ligue! - Disse desligando o celular rapidamente.

– Algum problema? - Senti meu coração quase falhar com o som da voz de Paulina.

Levei apenas alguns instantes para analisar o que diria a ela sobre esse telefonema, se dissesse que seu pai estava fora de controle provavelmente iria querer voltar imediatamente e eu não queria isso, queria passar o tanto de tempo que fosse possível ao seu lado sem interrupções.

– Era o Rodrigo... - Respondi mascarando qualquer indicio da minha mentira. – Ele ligou apenas para confirmar alguns dados da empresa! - Disse sendo neutro.

– Você está com cara de culpado! - Ela disse me olhando franzindo o cenho.

– É, estou! - Disse a olhando seriamente. – Estou me sentindo muito culpado por querer te levar para aquela cama e não me importar com o quão egoísta sou ao querê-la só para mim! - Completei enquanto mais uma vez me aproximava.

E por um momento, ao ver seu sorriso diante da minha mentira me senti culpado, egoísta... Ela tinha o direito de saber... Como me odeio por ser tão egocêntrico.

* Paulina narrando *

– Ai por favor, Carlos Daniel! – Sorri sentindo meu rosto esquentar, Carlos Daniel é um homem muito viril e incansável, completamente o contrário de alguém de meu passado. Ele me beijou com ânsias, com ansiedade, urgência.

– É que só em pensar que logo estamos indo embora e que não vou te ter em meus braços esta noite já sinto desespero, minha vida. – Explicou sua atitude enquanto distribuía beijos por meu pescoço.

– Mas meu amor, ficamos o fim de semana inteiro juntos e ainda temos algumas horas aqui, também nos veremos na capital.

– Sim, tem razão... – Ele disse me olhando desanimado. – Mas não será a mesma coisa e apesar disso, tenho que me conformar.

– Ai meu amor, não faz essa cara... – Eu acariciei a barba dele e ele me olhou com cara de gato pidão. - ...Teremos muitas oportunidades de ficar juntinhos... – Sorri e beijei levemente seus lábios.

– Tudo bem, meu amor... – Respondeu agora sorrindo. – E quando chegarmos em casa você também não me escapa, hein! – Completou brincalhão, abraçando-me e beijou meu ombro.

Enquanto eu me arrumava, Carlos Daniel tomava seu banho e estando prontos, descemos e tomamos o nosso café da manhã já preparado por dona Maria mais uma vez, estava tudo delicioso!

Passeamos mais um pouco ali por perto da casa e logo retornamos, estava quase na hora de voltarmos para casa e pretendíamos sair antes do almoço.

# Carlos Daniel narrando #

Não conseguia esconder meu descontentamento com o fim de uma coisa que me fez imensamente feliz como ha muito tempo não me sentia. Enquanto caminhávamos de volta para a casa da fazenda comecei até a cogitar a idéia de convidá-la para ir morar comigo e depois, quem sabe, poderíamos até nos casar, mas rapidamente afastei essa idéia da cabeça.

Ela não aceitaria, principalmente por causa de sua irmã, Paulina jamais deixaria a irmã sozinha, ainda mais com aquele pai tão irresponsável que tem.

Quando chegamos em casa, dona Maria e Jetro já colocavam nossas malas no carro assim como tinha pedido antes de sairmos para um ultimo passeio pela fazenda.

– Dona Maria, seu Jetro nem sei como agradecer por tudo que fizeram! - Paulina disse enquanto abraçava a senhora de forma carinhosa.

– Não foi nada, minha querida! - Disse Maria com um sorriso largo no rosto. – E espero que venha em breve novamente! - Completou olhando nós dois como se estivesse passando um ultimato, todos rimos da seriedade de seu tom.

– Não se preocupe Dona Maria, voltaremos muito em breve! - Respondi sorrindo para a senhora a minha frente.

Agradeci aos dois mais uma vez e finalmente partimos, o caminho era longo e em uma velocidade razoável chegaríamos quase à noite...

Enquanto passávamos pelos enormes portões da fazenda e pegávamos a estrada rumo a capital conversávamos sobre nossos momentos naquele paraíso e fazíamos planos para em breve voltarmos ali.

– Essa fazenda tornou-se para mim meu lugar preferido da face da terra! - Disse exagerado fazendo-a cair numa gargalhada.

– Por quê? - Perguntou ainda rindo.

– Porque foi lá que te tive de verdade! - Respondi a olhando com os olhos escuros. – Foi naquela fazenda que eu voltei a ser feliz, que eu descobri que eu sou capaz de amar novamente! - Completei sem desviar meu olhar.

– Às vezes acho que você não passa de um fruto da minha imaginação! - Ela disse me olhando com a testa franzida.

– Então você tem uma imaginação e tanto! - Brinquei enquanto a olhava divertido.

– Sim, mas agora falando sério... - Dizia enquanto eu a olhava tentando transparecer uma serenidade que estava muito longe de sentir, meu coração batia tão acelerado que cheguei a pensar que a qualquer momento poderia sair por minha boca e parei o carro por uns instantes. – Com você eu descobri que nunca fui amada de verdade, e descobri que o problema que sempre achei estar em mim, nunca esteve... Você me mostrou como é divino amar alguém! - Disse sem desviar seu olhar, via em seu rosto sua timidez em tom rosado pela sua confissão.

– Não pense mais nessas coisas, pense apenas que nos amamos da forma mais divida que pode existir e assim espero que continuemos a nos amar! - Disse a olhando, toquei seu rosto delicado e o acariciei com as pontas de meus dedos. Paulina segurou a minha mão e beijou, em seguida trocamos um beijo apaixonado, carregado de cumplicidade e carinho.

Seguimos o restante da viagem com conversas descontraídas, alegres leves provocações e o tempo pareceu voar, sempre que estava junto dela o tempo parecia pouco demais para desfrutar de sua presença, e quando nos demos conta já estávamos chegando nos enormes portões da mansão dos Martins.

– Vamos entrar? - Ela convidou quando paramos frente à grande casa.

– Acho melhor outro dia, aposto que sua família está com tantas saudades que não querem um intruso para dividir sua atenção! - Disse sorrindo enquanto a olhava com um aperto no peito.

Não imaginei que pudesse me sentir assim depois de apenas dois dias juntos e uma separação tão rápida.

– Não seja bobo! - Ela disse rindo.

– Quer almoçar comigo amanhã? - Perguntei já garantindo que nos veríamos no dia seguinte.

– Claro, vou adorar sua companhia! - Sorriu enquanto me olhava nos olhos.

– Perfeito... - Dizia quando o movimento em frente à mansão chamou nossa atenção. – Bom, acho melhor eu ir porque tem alguém ansiosa por te ver! - Eu disse a ela observando sua irmã Sophia vindo em nossa direção.

– Me liga quando você chegar em casa? - Ela pediu tocando minha barba com carinho.

– Não se preocupe, ligo assim que chegar! - Disse sorrindo.

Acho que nem mesmo me lembrava como era ter alguém que se preocupasse comigo.

– Boa noite, meu amor! - Ela disse se aproximando e me dando um beijo rápido.

– Nem tão boa assim! - Retruquei a olhando nos olhos e me aproximando. – Não a passarei com você! - Sussurrei em seu ouvido e, aproveitando nossa proximidade, beijei-lhe o pescoço.

– Carlos Daniel...

Ela disse meu nome sussurrado em meio a uma súplica e uma advertência.

– Paulina... - Disse a olhando nos olhos, nossos rostos a apenas alguns centímetros, o suficiente para sentirmos a respiração agitada um do outro.

Sem poder mais me conter a beijei ferozmente e o gemido que escapou de seus lábios só me fez querer dar a partida no carro e levá-la para minha cama imediatamente.

– EI, VOCÊS DOIS!

Nos separamos de forma brusca quando Sophia nos interrompeu impaciente do lado de fora.

– Phia! - Paulina exclamou assustada.

– Estava esperando que saíssem do carro, mas acho que se eu não viesse aqui interromper, os pombinhos nunca sairiam! - Reclamou a menina nos olhando com os olhos igualmente verdes, animada.

– Eu já vou entrar! - Disse Paulina a olhando fingindo seriedade.

– Está bem, mas se demorarem mais eu volto! - Ameaçou e saiu em direção aos portões da mansão.

– Me desculpe por ela! - Disse Paulina me olhando divertida.

– Não se preocupe, acho melhor deixar você ir antes que ela volte! - Brinquei e dei um rápido selinho em Paulina e sai do carro para tirar suas coisas do porta malas.

Rapidamente um dos seguranças da mansão veio ajudar com as malas...

– Nos vemos amanhã então? - Perguntei me aproximando mais uma vez.

– Combinado! - Ela disse envolvendo meu pescoço com os braços.

– Até amanhã então meu amor! – Lhe dei um rápido beijo. – Diga a sua irmã que foi muito bom vê-la! - Disse a acompanhando até o portão.

– Direi! - Ela disse enquanto seguia o caminho de pedra até a enorme varanda onde sua irmã já estava preparada para recebê-la junto com Adelina.

As observei de longe até que entrassem na casa e quando voltava ao meu carro não pude ignorar uma sensação estranha.

Sentia como se alguém estivesse me vigiando, olhei a procura de alguém que sequer fazia idéia, a rua estava deserta, apenas um carro preto parado a alguns metros de distancia, mas parecia não ter ninguém nele, apesar dos vidros serem escuros e eu não poder ver nada.

Decidi que eu devia estar ficando paranóico, então entrei em meu carro, dei partida e segui para casa. Enquanto seguia meu habitual caminho, algo no retrovisor chamou minha atenção.

O mesmo carro preto parado à porta da casa da Paulina estava me seguindo...


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? O que será que vai acontecer? Será que estão seguindo mesmo o CD?
Comentem bastante e logo postaremos mais um cap :D
Bjs, Marta e Tamy